Entre as varias definições que caberiam na hora de falar sobre o show de Ed Sheeran pelo tour de "Divide", a minha favorita, certamente, é "good trip".
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A "Good Trip" começa quando a gente percebe o quanto ficamos envoltos pelo que Ed cria em seus shows. É uma atmosfera onde sons melódicos de uma voz treinada, se misturam aos acordes e rifes bem aplicados de versões únicas das musicas que se tornaram tão queridas para nós, os fãs. Ele age em seus concertos como um maestro, que conduz de modo solitário uma orquestra de vozes apaixonadas e totalmente afim de aprender, entrando em estado de graça, enquanto roupagens inusitadas surpreendem os desavisados, que esperavam ver um "show de estúdio".
Ed quer que a gente entre na dele, que curta suas composições tanto quanto ele curte entoá-las para mais de 20 mil pessoas, sendo este divertimento, de quem ainda se encanta com um sonho realizado, que contribui fortemente para essa viagem boa que ele constrói com a gente.
Para o álbum novo, Ed dedicou boa parte do show, começando por "Castle in the Hill" e "Eraser", seguindo para um "Don't", que virou um mashup ao lado de "New Man", passando pelas lindas baladas "Dive", "Perfect" e "Happier", além das deliciosas "Nancy Mulligan", "Galway Girl".
Das vintages ele 'só' cantou "The A Team", "Give me Love" e "You Need me, I Don't Need You", o que achei triste, porque contava em ouvir novamente "Lego House" e "Drunk". Já de X, as mais famosas "Thinking out Loud" e "Photograph" ganharam versões, assim como "Take Back", "Bloodstream", mas é lógico que "One", "Nina" e "Afire Love" me fizeram falta...
Para finalizar, "Sing", que já se tornou um hino do show deste ruivo, agora acompanhado de "Shape of You", que recebeu uma salva de uivos e gritos escandalizados.
Apostando no gogo, na música em sua mais terna essência e na presença de si nas letras que compôs, Ed Sheeran continua crescendo como artista e performer, percebendo a necessidade de seguir em frente e se esforçando para dar aos seus fãs um show completo, que envolve corpo, envolve imagem e envolve som. O som das suas batidas no violão, com as batidas dos nossos corações.
Preciso, no entanto, dizer que a disposição do show aqui em BH deixou a desejar. O palco tinha uma proposta linda, ao dispor uma espécie de videomapping de projeções já gravadas e ao vivo, porém o fato desses telões ficarem apenas no meio do palco foi extremamente penoso, para esta que vos fala, porque a maior parte do show foi vista em cortes por mim. A falta dos telões laterais foi substancial!
Sobre o show de abertura, Antonio, não é a primeira vez que nossos caminhos se encontram e não achei que houve uma evolução do que eu me lembrava, com o que presenciei..achei mais do mesmo é que ele gosta muito de ohs e ouhs e variações.
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