Metas para 2020


Muitas vezes a gente sente como se houvesse um grande peso sobre as nossas costas, que cobra da gente atitutes para resolver todas as questões possíveis, no menor período de tempo. É uma sensação que pode levar a gente a estafamento mental e físico, que por diversas razões não é visível para ninguém, nem mesmo para nós.
Era muito assim que me sentia desde o ano passado, até Maio desse ano, quando consegui realizar uma viagem que eu queria muito e que me trouxe diversas novas perspectivas sobre mim mesma e os objetivos que almejo alcançar no médio e longo prazo. (veja mais sobre essa viagem no instagram @mesadecafedamanha)
Então, para as metas do ano que vem, eu resolvi ser mais amiga de mim mesma, valorizar algumas coisas e, principalmente, trazer um pouco de tranquilidade para essas cobranças que me acometem (e que, na maioria das vezes, são cobranças minhas). Logo, são metas que fazem sentido para mim, mas que podem te convidar a refletir sobre as suas próprias metas e repensar hábitos e até formas de agir consigo e nas relações que tu constróis.
Ah, eles não seguem uma ordem particular, nem de importância, nem de necessidade e nem de tempo a ser concluído. Todos são baseados em hábitos que eu quero desenvolver ao longo do ano inteiro e que podem ser praticados no dia a dia. 
Vamos lá?!

1 - Prestar atenção no meu corpo e nos meus sentimentos.
Acredite, ou não, mas esse é um dos maiores desafios que eu tenho pela frente. Já venho tentando isso desde o início desse ano, depois de descoberta uma situação complicada de saúde, que me fez querer rever toda a minha relação comigo mesma. Por anos eu fui um cérebro, dentro de um corpo, desde 2019 eu comecei a perceber o meu corpo e a missão para 2020 é conseguir me conectar com esse corpo, escutando o que ele me diz. Sabendo que ele precisa de pausa, de carinho, de descanso, de paz, de movimento, de comida e de bebida.
O mesmo se aplica aos meus sentimentos. Sempre me vangloriei por ser muito racional e extremamente prática com questões que, muitas vezes, envolviam uma forte carga emocional. O desapego sempre foi presente na minha vida e as vezes até em excesso, de modo que despedidas nunca mexeram muito comigo, assim como ir de um lugar a outro sempre foi fácil. Mas, ao me tornar mais consciente dos meus sentimentos, percebo que, ao hiper racionalizá-los eu não amadureci com eles e nem deixei eles se tornarem parte de mim e da minha jornada na vida adulta. O resultado é uma pessoa que toma decisões de forma simples, mas que não consegue lidar com suas próprias insatisfações e dores. 
Prestar atenção nos sentimentos e tentar compreender melhor as suas origens, como eles te afetam e, sim, curtir a dor, quando for necessário. 

2 - Dizer para as pessoas que eu amo, que eu as amo.
Com esse desapego em excesso, muitas vezes eu não digo ou demonstro para as pessoas que são importantes para mim o quanto eu as valorizo, as admiro, sou grata por tê-las na minha vida e as amo. Sendo assim, se tornou uma meta para 2020 (principalmente levando em conta que estarei uma boa parte do ano ainda mais longe) deixar claro para elas todas essas coisas
Venho aprendendo que, muitas vezes, nos deixamos levar pela falsa ideia de que elas "já sabem", mas mesmo sabendo, todo mundo merece se sentir valorizado, querido e importante. Fora que não custa em absoluto, uma ligação, uma mensagem, um abraço e/ou uma palavra.

3 - Valorizar minhas conquistas e aprender com os meus erros.
Não sei vocês, mas eu tenho o péssimo hábito de me ligar nas coisas que não foram feitas e nos erros cometidos. Fico estressada, chateada e muito p*** da vida quando erro e mais ainda quando faço aquela lista de coisas para o dia e não consigo cumprí-las no seu total. A sensação que eu tenho, é de que nada valeu a pena e que o dia foi perdido.
Mas não quero me sentir mais assim. Meu dia deve ser produtivo, sim, mas não deve ser uma constante cobrança pelo que não aconteceu e sim um constante lembrete do meu potencial e do que eu consigo alcançar. Para quem quer saber mais sobre a valorização de conquistas, confere esse post aqui, no site Pick up Limes.

4 - Continuar minha incursão pelo minimalismo.
Cada vez mais estou me embranhando pelo mundo do minimalismo. Não só porque eu consegui ver o quanto a minha vida mudou, ao fazer o Armário Cápsula, mas também porque eu tenho me ligado mais e mais em viver experiências, do que possuir coisas. Em entender o que é essencial para mim e como que posso alcançar isso. Em olhar para dentro das pessoas, mais do que para o que elas possuem, ou como aparentam. O minimalismo é poderosíssimo e se intensifica demais, a partir do momento que você o deixa mais a sua cara = sim, o minimalismo não é uma camisa de força que precisa de uma fórmula para funcionar. Prometo fazer um post sobre isso mais a frente, mas recomendo demais conferirem o site Madeleine Olivia sobre a experiência dela com o minimalismo.

5 - Estar presente no que eu estou fazendo.
Existe um nome para isso, "mindfull". Estar presente no que você está fazendo, é se tornar ciente do que está ao seu redor e totalmente ligado nas suas ações e como elas te fazem sentir. Muitas das coisas que fazemos está no piloto automático e, por mais que isso facilite certos aspectos da nossa vida (como dirigir, tomar banho e até lavar a louça), nossas relações, realizações, tarefas diárias e momentos de lazer perdem muito espaço nas nossas vidas, se estamos no piloto automático. Apreciar o alimento, sentir os braços de quem se ama, caminhar notando por onde se anda, ler e ver, escrever e sentir...enfim...essas são atividades que podem se beneficiar muito se estivermos presentes ao fazê-las. Por isso, nesse ano de 2020 quero me tornar cada vez mais presente no que eu estou fazendo e menos ligada no que ainda preciso fazer, no que virá no dia seguinte, ou no que ainda cumprir até a próxima hora.

6 - Cultivar hábitos saudáveis, especialmente ligados à alcançar o que me motiva.
Ainda estou nessa incursão de descobrir o que realmente me motiva, mas acho que o caminho está ficando mais preciso, conforme eu me aproximo de mim mesma. Alcancei muito nesse ano, simplesmente por ter hábitos mais saudáveis, como de me exercitar, dar pequenas pausas durante o dia, dizer "não", enfim...são hábitos que eu pretendo manter e expandir no próximo ano. Com a pós graduação, vem essa cobrança de darmos conta de tudo, enquanto publicamos, produzimos, damos aula e etc, etc, etc. Eu não quero sentir que a minha vida é uma espiral de insuficiente, como vinha me sentido, então ser mais tolerante comigo e meus limites, também é um hábito saudável a ser desenvolvido.

7 - Tornar as minhas relações com a manhã e com a noite ainda mais produtivas.
O "ser produtivo" definitivamente tem a ver com o que te motiva e o que é importante para você. Para mim, uma meta para 2020 é ter uma relação mais produtiva com a manhã e a tarde, para que eu possa ter a noite para estar com quem eu amo, aproveitando livros, séries, filmes e uma comida gostosa. Para isso, é acordar mais cedo e tentar ser mais ativa na manhã, valorizando o tempo que ela me oferece, tanto para trabalhar, quanto para ter certeza de que as noites serão aproveitadas de outra forma e não presa respondendo email. 

Dicas para o detox do final de ano


Estou fazendo, há um tempo já, alguns vídeos no meu instagram (@mesadecafedamanha) falando sobre guarda-roupa inteligente, as minhas experiências com o Armário Cápsula e outras coisitas mais. Depois de falar sobre esse tema lá, me veio a ideia de compartilhar um pouco mais sobre esse assunto aqui no blog. Até para expandir as discussões e trazer alguns links que podem ser úteis, especialmente na parte de doação e pequenas alterações. Então acompanha aqui e vamos conversar sobre essa época de detox que é o final de ano!

1 - Evite fazer tudo isso num dia só

Particularmente, eu prefiro fazer o detox da minha vida a cada 6 meses, mais ou menos. Mas eu entendo que a maioria das pessoas nem tem paciência e nem tem tempo para fazer desta forma, então uma dica preciosa que eu deixo para você, caso você só tenha o fim de ano para cuidar disso é: evite fazer o detox inteiro num dia só. Isto porque, para que póssamos fazer um detox digno nas nossas vidas, precisamos tirar TUDO (incluindo roupa de cama, acessórios, toalhas, pequenos objetos, roupas de academia, roupas de frio, fantasias, pijamas, eletrônicos, livros...) e ver cada sessão separadamente. 
Pensando nisso, aqui vão duas sugestões de métodos que você pode seguir:
1.1 - KonMarie - o método da Marie Kondo (que inclusive tem uma série na Netflix "Ordem na Casa") separa as coisas da casa nas categorias: roupas, livros, papeis, cozinha e komono - ou pequenas coisas que fazem parte de um interesse/objetivo específico, como costura, eletrônicos, papelaria, fotografia... Nesse método você separa um dia para cuidar de cada uma parte dessas, mas dependendo da quantidade de coisas que você tem, você pode levar um dia inteiro fazendo uma delas, ou apenas alguns poucos minutos, então separe aqueles dias que você estiver mais tranquilo e com tempo para o que tiver mais itens.
1.2 - Fê Neute - o método da Fê liz da vida - nesse vídeo que ela postou no ano passado ela separa os 30 dias de dezembro com uma pequena tarefa diária de organização para que o próximo ano inicie com tudo reorganizado. O método que ela compartilha pode ser adaptado para a sua realidade (caso você queria agrupar e diminuir a quantidade de dias), mas as categorias são perfeitas para não esquecer de nenhum aspecto da sua vida!   

2 - Está em dúvida se quer ou não se desfazer de alguma coisa?

Quando eu estou fazendo detox, é muito comum acontecer comigo de bater uma dúvida sobre se eu quero, ou não me desfazer de alguma peça. Principalmente se é uma peça que tem algum valor sentimental também agregado a ela e se eu acredito que pode ser útil para mim mais a frente, e/ou se eu só tenho aquela entre as minhas peças. Quando isso acontece, eu coloco essa peça dentro de uma sacola e escondo ela por três meses. Se durante esses três meses eu sentir falta da peça, ficar me lembrando dela e/ou quiser usá-la, eu tomo isso como um sinal de que ela ainda é útil para mim e coloco ela de novo no guarda-roupa. Se nesses três meses ela não for lembrada, então eu posso colocá-la à venda, ou para doação.

3 - Não sabe para quem dar as peças que você quer doar?

O fim do ano é uma época especialmente bacana para separar peças para doação. Primeiro porque as pessoas estão mais caridosas, segundo porque as igrejas e as instituições de caridade estão organizando bazares e/ou encaminhando as peças diretamente para pessoas que estão precisando. Se você não conhece nenhuma igreja ou instituição que esteja fazendo isso na sua cidade, outra opção é você usar o site Repassa, nele você você colocar essas peças a venda e escolher a porcentagem que você que destinar para doação. 
Além de roupas, você também pode doar itens de higiene pessoal, para o pessoal da Minigentilezas que direcionam as doações para abrigos onde pessoas em situação de rua podem tomar um banho e ter um mínimo de dignidade.
Outra ideia que você pode fazer, juntamente com outras pessoas da sua comunidade é criar um varal coletivo, onde você e outros vizinhos podem colocar peças de roupas, calçado e acessórios no esquema de "pegue o que quiser, deixe o que puder"
Também é possível fazer um dia de troca entre seus amigos, trocando eletrônicos, dvds, livros, roupas, calçados e afins. Assim você e eles saem com coisas "novas" e sem gastar nada com isso.

4 - E a pilha de coisas rasgadas, sem botão, sem par e quebradas?

Se tem conserto ainda é possível ser utilizado, beleza?! Se você ainda gosta da peça, acredita que é possível dar uma vida para ela e que com uma alteração, personalização e/ou pregar uma parte arrebendata, então faça, mesmo que não vá ficar com você. Encontre uma costureira de bairro, ou uma pessoa que possa fazer isso para você, pague por isso, ou mesmo ofereça as peças para a pessoa (caso você não queira ficar com elas, mesmo depois de consertadas). A pessoa pode querer usá-las ou vender. O mesmo pode ser feito com eletrônicos, móveis, calçados e afins! 

5 - Não existe "jogar fora" - então o que dá para fazer?

Quem já segue o Mesa há um tempo, provavelmente lembra do post que eu fiz sobre o filme The True Cost, se você é novo aqui, recomendo assistir e conferir esse post, onde eu falo sobre a indústria da moda e como é importante a gente colocar a mão na consciência e começar a fazer escolhas mais assertivas e diferenciadas sobre o nosso modo de consumo. O lixo produzido por essa indústria é gigantesco (em todas as etapas de produção) e com a quantidade de fibras sintéticas que são utilizadas nessas peças, elas demoram MUITO TEMPO para se decompor no meio ambiente. 
Desse modo, é importante a gente pensar bem no que fazer com essas peças (aqui eu to falando especialmente de roupa, mas eletrônicos e plásticos entram com força aqui também) que estamos nos desfazendo. Aqui vão algumas dicas, por categorias:

5.1 - Roupas:
*Panos de Limpeza - especialmente se a roupa for de tecido flanelado. Basta cortar em diversos quadrados e/ou retângulos.
*Tapetes - se você costuma minimamente já dá para se aventurar nessa! Tem um vídeo aqui com calças jeans, mas dá para adaptar com outros tipos de tecido.
*Capas de Almofadas - esse é o meu destino favorito para camisetas, especialmente aquelas que tem escrituras engraçadas e inusitadas! Aqui tem um vídeo que ensina a fazer uma sem usar costura.

5.2 - Eletrônicos:
*Decoração - se você tem uma cola quente na sua casa e alguma habilidade motora, tem VÁRIOS vídeos no youtube e no Pinterest dando dicas de como você criar decorações bacanas usando cabos antigos, peças eletrônicas e afins. Aqui vai um que eu acho super bacana reciclando cds!
*Coleta Seletiva de Lixo Eletrônico - já existem alguns sites e apps que organizam para você os coletores de lixo eletrônico que existem na sua cidade. Alguns não cobram nada para ir busca, outros cobram uma pequena taxa de deslocamento para ir até a sua residência. De qualquer modo, vale a pena você conferir para saber mais sobre. Aqui vão alguns link úteis: MG Recicla, Base Colaborativa, app Cataki

5.3 - Plásticos:
*Reuso - a maioria das embalagens que cruzam os nossos caminhos podem ser usadas novamente e não necessariamente para a mesma finalidade a qual ela foi projetada. Um estojo pode virar um organizador de gaveta, uma garrafa pode virar um vaso de plantas, uma embalagem de presente pode virar forro de uma caixa ou de mesa...enfim...são infinitas possibilidades. Aqui tem uma playlist com várias ideias!
*Coleta Seletiva - assim como para os eletrônicos, para os plásticos também já existem cooperativas e associações que fazem a coleta na sua casa. Os links da parte de eletrônico também servem para cá.

Gostou das dicas? 
Quer continuar esse assunto? Confira o meu instagram (@mesadecafedamanha) e também deixe seu comentário aqui! Vamos trazer mais informações sobre essas e outras formas de fazer um detox que seja benéfico pra gente e para o mundo também!  

Sobre (d)aqui pra frente


Recentemente eu comecei a me perguntar se eu ainda tenho algo a dizer por aqui. Sabe?
Aquela dúvida que aparece de tempos em tempos, como quem vem para saber se a minha mente, meu coração e a minha ânsia continuam operando na mesma velocidade que as coisas externas da minha vida (mas que influenciam diretamente nela). 
Cheguei a conclusão que sim. 
Ainda tenho algo a dizer por aqui. 
Talvez um pouco atropelada. 
Talvez de um jeito um pouco desformatado. Sem entender muito bem quais os caminhos que vão me levar a partir de agora e, com certeza, sem aquela antiga obrigação de postar duas vezes na semana que eu tinha antes, trazendo informações sobre cultura pop, críticas, "sonorarias", falarias, (às vezes) destilharias e tantas coisas assim...
Tanto a dizer, sim, tanto a querer, sim, tanto a viver, SIM, tanto a ser, SEMPRE! 
Talvez por isso que esse espaço esteja longe de morrer. 
Ele sempre tem algo a acrescentar, mesmo que ninguém passe para ler. 
Eu passo.
Eu resisto.
Eu cuido.
Eu preciso desse lugar.
Para sentar a mesa. Degustar de antigas angústias, vencer antigos obstáculos, vivenciar novos desafios, enfrentar novas fronteiras e fragmentar certezas.
Quem disse que o blog morreu?
O meu ta vivinho da silva!
Tá aqui! Saltitante, falante e ressignificante! 
Um espaço que é uma mesa, que serve pra mim, pra si, pra ti e pra quem quiser vir. 
Se está reinaugurada uma nova era nesse lugar? 
Vai saber...
Mas to bem interessada em pagar para ver...