2010 - retrospectiva


Sempre achei que tivesse mais sorte para numeros pares. Talvez seja por que o meu signo é de um mês par, ou talvez seja por simples e pura falta de imaginação que acredito que as melhores coisas e os anos mais marcantes sao aqueles que terminam com 0-2-4-6-8.
Superstição ou nao, fato é que quando eu comecei a pontuar as coisas boas que aconteceram comigo, elas passaram (e muito) das coisas ruins. E mesmo as coisas ruins que aconteceram, foram positivas quando foram capazes de me ensinar alguma coisa.
Certa de que este blog é muito mais do que simplesmente um diário pessoal, eu pensei reparei que nele contem todos os momentos em que foi necessário de fazer legendário na minha mente. Entendo e espero que vocês também possam entender, que o que eu sou é exatamente isto. Sou as palavras, sou as licenças poéticas, sou a solidez do tecido que é construido a partir de palavras, aparentemente desconexas.
E por assim vai.
*Caro leitor, este post é relativamente grande, então se você nao está interessando, não se preocupe que nao ficarei chateada
Para começo, eu lembro-me exatamente o que prometi a mim mesma no começo do ano (aqui) e sim, acho que em parte conseguir chegar perto da minha proposta. Foquei mais em mim, acorrentei lados soltos da minha vida e mais ainda, entendi certos erros que cometera no passado. Erros que, por causa do que prometi a mim, não os cometi mais.
Agora incrível ter essa coisa de ter deixado de acreditar em romance. Sim, no começo do ano eu me despedi de um relacionamento em potencial (aqui) para tentar investir em um sentimento fugaz (aqui e aqui), justamente por este medo irracional de se apaixonar, e mais o medo irracional de magoar os outros ao magoar a mim mesma. Parece complicado de mais para se entender, no entanto se um dia passarem por algo parecido saberão do que eu digo.
E ao mesmo tempo em que me encontrava pessoalmente nesta sinuca de bico, também parecia meio perdida no que eu mesma sentia. Via o mundo de maneira meio errônea, mesmo não querendo ver. Passei boa parte do ano que passou e metade deste ano tentando parar de usar uma máscara de pessoa perfeitinha e ironicamente, a mascara que eu mesma construí ao longo dos meus 19 anos (aqui).
No mês de março, no entanto, eis que tive um dos melhores momentos de toda a minha existência. O show do Guns! (aqui) Este será sempre um momento lembrado por mim como: 1- um sonho realizado e 2- o momento em que a minha vida começou a se transformar. É loucura dizer isso, mas depois do dia 13 de março e a partir das musicas, que ha tanto tempo eu ja conhecia de cor, eu consegui me situar. Encontrar-me dentro desse globo terrestre lotado de pessoas meio estranhas e ao mesmo tempo tao conhecidas.
O mês de abril foi um mês basicamente auto-analítico, uma vez que serviu para eu encontrar certa razão nas coisas que me aconteceram, e nas que eu achava confusas de mais para tal. Em abril, eu pude pensar um pouco sobre o romance (aqui), sobre um desejo inenarrável de agarrar um cara que estava afim (aqui); sobre a resposta de Cambridge e como ela poderia me salvar de uma insanidade que parecia me rondar (aqui e aqui) e por fim, sobre como eu percebi que estava passando por mudanças, minhas folhas mudavam, caiam e se renovavam. Foi ali que encontrei a minha verdadeira virada (aqui).
Em maio me encontrava no limiar da alegria insana por ter conseguido a oportunidade para escapar e da tristeza quase irreparável por ter sido pega, novamente, pela efemeridade do tempo (aqui e aqui) impressionada sobre as minhas próprias fraquezas, me achava boba por querer sonhar com alguém que se apaixonasse por mim, tinha aceitado a minha condção de cigana.
Mas como as coisas acontecem nas nossas vidas é simplesmente muito engraçado.
No dia 12 de maio apareceria para mim um sol que se tornou capaz de derreter um frio que eu pensava ser inexistente na minha vida (aqui). E ainda que corresse desesperada da possibilidade de me apaixonar (aqui), pensava sobre ter esperanças, sobre querer algo e ser capaz de correr por ele (aqui).
Maio foi um passo enorme para mim quando me percebi, finalmente, me libertando de amarras do passado e aceitando açoes e sentimentos que pareciam sem sentido (aqui).
No mes das surpresas, junho me reservou, como principal ponto ele. Meu sol que voltou a brilhar. E a brilhar forte sem desistir até que derretesse aquele gelo maldito e pudesse me esquentar com o seu calor cálido e seguro. Em uma das nossas primeiras conversas, ele simplesmente disse: "Você sabe que nao precisa ser forte e durona o tempo todos, né?!". É. Agora eu tenho certeza disso. (aqui, aqui e aqui) - Eu encontrei o paraíso.
Encontrei a primeira parte deste paraíso em julho, quando fui para a Europa. Julho me reservou tantas surpresas que é quase uma sacanagem e injustiça se tiver que pontuar todas, já que acabaria me esquecendo de alguma, mas eu diria que julho marcou três grandes momentos no meu ano. 1 - eu me encontrei como alguém que estava se apaixonando (aquiaqui e aqui) 2- a conexão (aqui e aqui) e 3 - Wicked. (aqui)
Londres para mim...(aqui)
Mês um pouco apaixonado de mais, agosto marcou, principalmente o começo de uma nova vida para mim, pelo menos se comparada a como ela era no começo do ano. Agradeço isto, principalmente a ele, que nunca desistiu de mim e que faz meu mundo girar, toda a vez que nos beijamos (aqui, aqui, aqui e aqui). E ao mesmo tempo eu enfretava o meu primeiro Não (aqui).
E me apaixonava mais e mais, por este que parece ter me salvado da insanidade, comemorando bodas de meses de uma celebração que pretende completar 100 anos (aqui, aqui, aqui e aqui), e ainda sofro de amor feliz (aqui).
Passei por duas grandes frustrações acadêmicas (aqui e aqui) e uma envolvendo a amizade (ou a falta dela)(aqui), mas em nenhum momento, como aconteceria no passado, passei a me enclausurar entre sonetos borrados de lágrimas e incertezas tristonhas.
Então neste final de ano, no dia do meu aniversário eu estava feliz (aqui). Estava satisfeita. Estava como forma de dizer, pois ainda estou. Vivo muito mais contente com a minha vida e espero que isto continue caminhando desta maneira.
Assim, para 2011 (por ser um numero impar) nao vou fazer planos os quais nao conseguirei atingir. Quero continuar sonhando, quero continuar acreditando e mais do que tudo, quero continuar amando.
Amando as pessoas que me amam (sabendo distinguir aquelas que somente fingem sentir isto por mim), amando minha imperfeições, amando minha personalidade (loka personalidade), amando meus amigos, meus suportes (minha familia), amando aquele Nilo Love que tanto me ama (bastante *piada interna*) e me quer bem;
Correndo o risco de me repetir e até parecer egoísta, ME amar será a prioridade no próximo ano. Quero bem a mim, quero minhas realizações, meus desejos, minhas identidades, meus caminhos. Quero o que será bom para mim e o que será meu.
E a todos vocês, muito obrigada por terem me acompanhado nesta viagem de 365 dias. Espero poder contar com vocês no ano de 2011...

Um comentário

Lívea Colares disse...

E eu pensando que só eu tinha essa superstição sobre os anos de números pares! aushauhshahsa
Enfim, também acredito que esse tenha sido uma ano bom pra mim, principalmente um ano em que percebi que nem sempre aquilo que vc julga ruim é realmente ruim, é só ter paciência!
Gostei do seu post!