Sobre os Sete


Em determinados momentos das nossas vidas a gente precisa começar a ponterar sobre o que quer fazer dali pra frente e o que fez dali pra trás.
Algumas culturas dizem que esses momentos acontecem com uma média de 7 anos e que, quando elas ocorrem, servem para colocarmos as nossas escolhas, nossos caminhos e as nossas realizações em perspectiva. Sejam essas perspectivas positivas, ou negativas. Sejam elas focadas em descobrir se o caminho estava certo, ou para desconstruir tudo que foi posto até aquele ponto.
Se somos frutos de nossas escolhas e essas escolhas são moldadas pelo que queremos ver nos próximos sete anos de existência, eis que me parece que estamos vivendo para cumprir as ideias que criamos sobre nós mesmos.
Mas fico ponderando se as ideias que criamos sobre nós são nossas mesmo, ou se seriam do que outros (daí você pode colocar quais outros quiser) fazem de nós. 
"Somos quem podemos ser...sonhos que podemos ter...", já diz a música, só que o quanto do que somos e sonhamos, de fato vem da gente?
Será que vem da gente fazer as amizades que fazemos? Almejar a profissão que almejamos? Amar quem amamos?
Será que realmente somos frutos das nossas escolhas, ou seria o inverso?
Será que essas escolhas foram realmente tomadas por nós, ou pelo que achávamos que seria o melhor?
O que seria o melhor, então?
Difícil, né?!
E nesse hiato de tempo sem dar as caras por aqui, talvez você esteja se questionando: "Mas para quê esse bando de perguntas sem pé nem cabeça?"
Sendo que a única resposta que eu posso dar é: "Seja muito bem vinda, crise dos 7!".
Que ela não seja uma crise só por causar pensamos negativos, dúvidas homéricas e reviravoltas malucas. Que seja uma crise também de incertezas, de colocar em questão os desafios aceitos, cumpridos, em curso e os que virão.
Que seja uma crise de des(re)encontros, despedidas, novas vistas e algo à almejar. Também, que seja uma crise de identidade, sagacidade e vontade de travar as batalhas que vierem.
Para questionar a estabilidade e encontrar a sanidade, que muitas vezes passa pela insanidade. 
Em busca da claridade, mesmo que veja penosa, um pouco turva no início, mas com a vontade de se achar e, quem sabe, aventurar.
Como há algum tempo não se faz...

Vai aqui uma lista de cinco itens que têm me ajudado nessa jornada: