Vai, você vai rir da minha cara quando eu contar esse causo. Vai rir, ou talvez se compadecer, talvez até achar que poderia ser mais engraçado do que achou que seria e pode, até, dizer pra mim que eu fiquei louca, mas não resisti. Mandei um email para o Entenda os Homens.
Não foi um email do tipo que só elogia e faz cumprimentos, longos cumprimentos, sobre como, entre todos os sites auto reflexivos, esse é o que mais se alinha ao meu.
Não.
Eu toda oferecida fui lá e me dei.
Dei de mente e ideias.
Dei de palavras e verborragias.
Dei.
Na esperança de ser percebida. Na esperança de ter um email respondido. Na esperança ~pausa para o suspiro~ de ter meus pensamentos ali também.
Pode parecer uma sandice para quem, talvez você ache que eu seja, mas para mim seria um orgasmo escrever para o Entenda os Homens, não pelo motivo torto de ter textos meus em um site com maior visibilidade, ou pela "frívola" e inesgotável necessidade de trocar ideias com outras pessoas, mas porque me sinto tão apaixonada pelo site, que não sei, no final dessa soma diária de entrar naquele site e extrair pensamentos que são compartilhados a mim, eu passei a me considerar uma espécie de peguete dali.
Peguete daquelas meio chatas, meio ciumentas, meio malucas, mas totalmente decidida em ser parte daquela vida.
Sim, porque o Entenda os Homens tem vida própria.
Respira sozinho, tem ideias e questões profundas de ser vivente e pensante, e ainda por cima, sempre me faz querer ler mais e ser mais.
Ser mais pessoa mesmo, sabe como é?!
Então eu fui lá e fiz.
Agi como uma peguete apaixonada mesmo, boba de paixão platônica, não correspondida, esperando apenas uma ligação para ele me dizer que me ama...
Para ele me dizer que me quer...além do corpo e da transa do final de semana...
Para ele querer ouvir de mim meus mais profundos pensamentos errantes e berrantes...da metafísica à astrologia; da pragmática ao pensamento dialético;
Ai se ele dissesse que sim...
Só que a resposta nunca veio, nunca tomamos esse café, nunca dividimos as alucinações e nem nunca soube se ele lembra do meu nome...
Será que entre tantas outras peguetes, ele sabe que eu existo?
Mas se ele dissesse que sim, provavelmente este seria o texto que marcaria o começo dessa união estável. Provavelmente este seria o momento do desabafo, o qual eu não me sentiria ainda mais louca por estar desse jeito, assim, completamente head over heels por um...site...
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Confira o meu email de peguete apaixonada:
Data: 13 de abril de 2015
Assunto: Blog, Cafés e outros clichês
Olá,
penso que é provável que essa mensagem nunca seja lida, ou que caia em intermináveis peneiras, as quais um site como este deva ter, mas precisava tentar, nem que seja sem uma resposta, jogar essa garrafa no mar. Mar aberto? Provavelmente...
Veja bem, quem quer que esteja lendo esse email, tenho certeza que você(s) recebe inúmeras observações, comentários e devaneios em sua caixa de entrada, falando sobre como o site tem um conteúdo incrível, colunistas fantásticos e assuntos de tirar o fôlego. Também entendo que devem 'pop-upar' centenas de milhões de propostas (indecentes) de parcerias, mas não mando esse email para dissertar sobre o tipo de conteúdo que você(s) deve receber, ou mesmo o teor das tais propostas. Não.
Na verdade venho com todos os clichês românticos de um fã pelo seu conteúdo, mas com a intenção de oferecer um singelo café por aqui. Veja bem, sou blogueira há seis anos e entre trilhões de abas abertas, percebo a recorrência de sorrisos carinhosos de minha parte, reflexões bem vindas e momentos que tem completamente a ver com o que eu tenho vivido, graças ao que o EOH publica. Sendo assim aqui vai: gostaria da oportunidade de escrever com vocês.
Veja bem, sofro de escritivite aguda, que basicamente se trata de uma doença crônica, sem cura, que faz com que a pessoa dê vazão aos seus pensamentos, sentimentos, opiniões sobre tudo e qualquer coisa, e questionamentos humanos através de palavras escritas. É um problema, talvez, mas também é uma dádiva, já que conteúdo é o que não falta...
Vamos fazer o seguinte? Vem tomar um café comigo no Mesa http://mesadecafedamanha.blogspot.com e sei que pode parecer presunção me achar digna de produzir algum tipo de conteúdo para o EOH, mas novamente, vai que rola um romance durante esse café, não é mesmo?
Não sei se posso esperar por uma resposta, mas vamos fingir que ficamos noite passada, acho que não é pecado nenhum esperar por essa ligação do dia seguinte, né?!