-Nina...
-...não imaginei que você abriria a porta...
-Porque?
-...
-Eu não quero te odiar. Só gostaria que você nunca tivesse ficado com o homem e tivesse esperado pelo menos duas semanas...até deixar que ele te levasse.
-E você permaneceu fiel, acredito...
-Sim! E ele não é o cara certo para você!
-Você é o cara certo!
-Sim! Nos conhecemos há tanto tempo que não consigo nem lembrar como nos conhecemos!
-Isso não está certo! Você é tão egoísta!
-Eu entendo, mas não posso evitar. Eu ponho meu trabalho na frente de tudo, menos minha família e meus amigos. Mas acho que você estará no meio, para sempre.
-Se nós tivéssemos nos casado, teríamos que ser, mas tragicamente, nosso amor perdeu a vontade de viver.
-Mas você também perde a vontade de tentar?
-Nunca foi bom ter te perdido...
-Só acho que tínhamos que ter olhado as coisas de uma outra perspectiva.
-Você vive na estrada. Não sei mais quem você é.
-Agora você assiste ao Blue Planet e criou novos hábitos. Nos falávamos sempre ao telefone, mas isso nunca foi suficiente para você.
-Não e você sabe porque. Sua estrada é longa e você não volta para casa. E você me escreveu aquela carta em que dizia...
-Eu sei o que dizia. "O amor vem, o amor vai, mas você pode se dar bem sozinha! Cante aquela canção, vá, por que você não me deixa agora. As pessoas crescem, e desmoronam, mas você pode remendar seu coração partido. Pegue-o de volta, você não me vai deixar agora.". Achei que você não me deixaria.
-Eu sei que é dificil lidar e até colocar as coisas em perspectiva, mas eu fiquei aqui, tendo que catar meus pedaços pessoais, sozinha, enquanto mais uma canção saia pelos alto-falantes. Não quero mais isso e não, a distância não é só o tempo de um avião decolar e pousar. Achei que você entenderia isso.
-Então, Nina...Você deveria ir embora...Porque eu nunca vou voltar pra casa.
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