Sobre 30/05/2017

Entre as varias definições que caberiam na hora de falar sobre o show de Ed Sheeran pelo tour de "Divide", a minha favorita, certamente, é "good trip".
Fonte da imagem

A "Good Trip" começa quando a gente percebe o quanto ficamos envoltos pelo que Ed cria em seus shows. É uma atmosfera onde sons melódicos de uma voz treinada, se misturam aos acordes e rifes bem aplicados de versões únicas das musicas que se tornaram tão queridas para nós, os fãs. Ele age em seus concertos como um maestro, que conduz de modo solitário uma orquestra de vozes apaixonadas e totalmente afim de aprender, entrando em estado de graça, enquanto roupagens inusitadas surpreendem os desavisados, que esperavam ver um "show de estúdio".
Ed quer que a gente entre na dele, que curta suas composições tanto quanto ele curte entoá-las para mais de 20 mil pessoas, sendo este divertimento, de quem ainda se encanta com um sonho realizado, que contribui fortemente para essa viagem boa que ele constrói com a gente.

Para o álbum novo, Ed dedicou boa parte do show, começando por "Castle in the Hill" e "Eraser", seguindo para um "Don't", que virou um mashup ao lado de "New Man", passando pelas lindas baladas "Dive", "Perfect" e "Happier", além das deliciosas "Nancy Mulligan", "Galway Girl".
Das vintages ele 'só' cantou "The A Team", "Give me Love" e "You Need me, I Don't Need You", o que achei triste, porque contava em ouvir novamente "Lego House" e "Drunk". Já de X, as mais famosas "Thinking out Loud" e "Photograph" ganharam versões, assim como "Take Back", "Bloodstream", mas é lógico que "One", "Nina" e "Afire Love" me fizeram falta...
Para finalizar, "Sing", que já se tornou um hino do show deste ruivo, agora acompanhado de "Shape of You", que recebeu uma salva de uivos e gritos escandalizados.
Apostando no gogo, na música em sua mais terna essência e na presença de si nas letras que compôs, Ed Sheeran continua crescendo como artista e performer, percebendo a necessidade de seguir em frente e se esforçando para dar aos seus fãs um show completo, que envolve corpo, envolve imagem e envolve som. O som das suas batidas no violão, com as batidas dos nossos corações.
Preciso, no entanto, dizer que a disposição do show aqui em BH deixou a desejar. O palco tinha uma proposta linda, ao dispor uma espécie de videomapping de projeções já gravadas e ao vivo, porém o fato desses telões ficarem apenas no meio do palco foi extremamente penoso, para esta que vos fala, porque a maior parte do show foi vista em cortes por mim. A falta dos telões laterais foi substancial!
Sobre o show de abertura, Antonio, não é a primeira vez que nossos caminhos se encontram e não achei que houve uma evolução do que eu me lembrava, com o que presenciei..achei mais do mesmo é que ele gosta muito de ohs e ouhs e variações.

Desafio da Cápsula - V

Eis que termina mais um trimestre, gente! E com ele mais uma penca de coisas legais para compartilhar com vocês, além dos meus looks favoritos e as peças escolhidas para me acompanhar de 30 de maio à 31 de agosto, na terceira cápsula desse ano!

Antes de mais nada, queria agradecer às pessoas que estão me acompanhando pelo instagram @mesadecafedamanha e deixando comentários e likes sobre as combinações que eu compartilho. Para quem não sabe, durante o trimestre eu vou postando alguns 'visus' e quem tem curiosidade de como componho as peças e como penso em cada combinação, fica sabendo de tudo por lá.
Depois disso, vamos aos acontecimentos dos último mês e meio desde a última postagem (clique aqui, caso tenha perdido):

Parte 5.1

Assim como no trimestre passado, neste eu me foquei em alguns objetivos: 1 - criar um visual para trabalho, 2 - não temer usar peças mais claras e estampadas na parte de baixo e 3 - explorar melhor vestidos, já que no trimestre passado eu não pensei muito sobre esse tipo de peça. Daí que aprendi umas coisas bem legais! Primeiro que, o que dizem sobre o "little black dress" é muito verdade! A peça é extremamente versátil e uma verdadeira tela vazia para você brinca e ousar! Combinei o vestido com blusas, meias calças, acessórios variados, sapatos diversos e com os casacos separados para a cápsula. Devo dizer que fiquei muito satisfeita com os resultados, porque me permitiram olhar para o pretinho de outra maneira. 
Primeiro grupo de looks, apenas usando o little black dress!

Com isso, eu também acabei testando outras peças, como o tubinho azul e o vestido vinho que também integravam a cápsula desse mês. Sobre o vinho, fiquei satisfeita com a peça e com as opções que consegui montar; já sobre o tubinho azul, ao usar essa peça com mais frequência, percebi duas coisas:
1 - Ela não tem um caimento bom para mim
2 - O tecido não é muito favorável para quem tem quadril largo (porque fica subindo...), tanto é que acabei não usando mais e resolvi "trocar" a peça (veja mais a seguir).
Agora sobre usar peças mais claras e estampadas na parte de baixo, achei um resultado bem interessante também, até porque eu estava com muito medo de olhar para as fotos e simplesmente odiar como ficou, mas me surpreendi com os resultados e me senti linda com a minha saia azul, saia estampada e calça estampada! Vale acrescentar que a saia azul eu só tinha usado em algumas poucas ocasiões e a calça estampada eu ficava com vergonha de usar, achando que ela era muito cheia de informação. Que nada! Que bobagem da minha parte! 
Azul da cor do céu... 
Lacinhos fofuxos!


Outra conquista foi em relação a looks para o trabalho. Comecei a dar aula em março e justamente por isso, precisava verificar se estava passando a mensagem adequada e se estava com um guarda-roupas versátil e interessante nesse quesito também. Outra missão que eu considerei cumprida, já que não senti qualquer desconforto em sala de aula e meus alunos pareceram ter uma boa receptividade também, inclusive elogiando meu gosto. *beijinho no ombro*.
Preciso prestar uma homenagem à minha calça preta que me abandonou (saiba mais aqui), antes que eu pudesse brincar mais com ela...deixou a legging preta no lugar, para cumprir os seus deveres...
RIP Calça Preta...
Legging cumprindo o seu papel designado

Dessa vez, escolhi de três a cinco composições favoritas com cada parte de baixo (e vestidos) para compartilhar com vocês, além das que já estão neste post. Lembrando que saíram da cápsula: o mocassim azul e a saia preta transpassada. Também substitui o bolero cinza pelo moletom cinza, por motivo de: "fez mais frio do que eu tinha planejado" e eu não ia passar frio por causa disso...


Parte 5.2 - A Montagem para o Próximo Trimestre


Bom, só porque julho está chegando, não quer dizer que vou estar de férias, na verdade estarei dando aula firme e forte, além disso estaremos no inverno por aqui por BH, o que significa que precisarei de umas peças um pouco mais quentes do que tenho hábito de usar. Logo, um dos objetivos dessa próxima cápsula é ser possível o uso em sala de aula e adaptável ao frio
Em julho também passarei uns dias em Belém, que ao contrário de BH estará quente como brasa, logo preciso de algumas opções que podem ser adaptáveis tanto para o frio daqui, quanto o calor de lá
Dessa vez optei por peças mais escuras, em uma paleta que tem como cor principal o preto e cores secundárias o azul marinho e o branco; cores de realce cinza, lilás e vermelho. É uma paleta um pouco diferente da que eu vinha me propondo e por isso que eu acho que vai ser interessante de colocar em prática, porque é muito possível que eu me sinta monocromática demais. Logo, vai ser um exercício de criatividade em uma paleta mais sóbria e escura. Vamos ver no que vai dá!
Nesse trimestre eu resolvi ser mais visual e trazer uma lista em imagens para facilitar, já que escrita não pareceu surtir um efeito positivo, principalmente por que, no início, eu esquecia quais peças que eram e precisava ficar lendo a descrição em texto e ficar lembrando. Assim, eu montei um espacinho no meu quarto para poder fotografar melhor as peças e montar um guia em fotos, que vai me ajudar e muito para pensar nas combinações!! (P.S: vou fazer um post falando sobre isso ;))

As peças selecionadas foram:

Casacos (4 peças): Trench Coat gelo, casaco grunge vintage, casaquete listrado verde e branco, casaco roxo com listras cinzas.


Partes de baixo (6 peças): calça jeans chumbo; saia preta de lacinhos; saia preta básica; calça preta flare; salopete azul marinho e shor jeans azul.


Partes de cima (14 peças): bata canoa estampada; camisa listrada preta, laranja e branca; camiseta da batgil; camisa de botão de poá; camisa de botão sem manga de passarinho; camisa 7/8 estampada; camisa de botão listrada; camiseta listrada preto e branco; blusa preta peplum; cropped rosa claro; camiseta de camada florida; blusa de alcinha de coração; camiseta de alcinha preta e camisa azul de joaninha.


sapatos (8 pares): sandália marrom e laranja; sapatilha vermelha; oxford preto; sapatilha colorida; sapatinho annabela preto e branco; sapatênis nude claro; sapatilha amarela e sapatilha gelo.


vestidos (5 peças): vestido preto de veludo; vestido vermelho de poá 7/8; vestido azul marinho listrado; maxi dress estampado e vestido pin up de poá azul marinho.
Total: 37 peças.

Aqui estão as trocas efetuadas neste trimestre:
Vale dizer que a justificativa de cada uma delas está ao longo deste post e também no post anterior, mas resumindo, troquei a saia e o vestido por modelos mais parecidos com o meu estilo e que não ficariam subindo, colocando as duas peças a venda no enjoei =P; além disso, a minha adorada sapatilha preta realmente me abandonou, de modo que eu não tive outra alternativa a não ser me livrar dela. Um final bem triste, na verdade, mas encontrei na feirinha daqui de BH um substituto à altura!

Vale conferir: O @repeteroupa da Melody, tem tanto um instagram, quanto um blog. A proposta dela é semanal e ele se desafia a repetir uma mesma peça por uma semana corrida. Corre para conferir que é uma lindeza só, já que a moça é super criativa e se sai bem com as inspirações e ideias. 

Depois do Piloto 11

Acredito que a gente começa a ver uma série porque algo nela nos atrai, ao mesmo tempo em que tem a ver com humor e o momento em que estamos, logo, não dava para elas serem muito parecidinhas entre si dessa vez, como eu vinha tentando fazer...
Então vamos lá:

Bitten


Curto a Laura Vandervoort desde a época em que ela fez Instant Star com a maravilhosa Alexz Johnson e, por coincidência, vi vários trabalhos dela na telinha, como sendo a primeira supergirl, em Smallville, até no filminho bobinho Coffee Shop, então o fato de ela estar nessa série pesou para que eu quisesse assistir, mesmo assim não fui particularmente envolvida pelo trama inicial, em que a moça interpreta Elena, uma lobisomen que tenta fugir de sua antiga cidade e de sua família/matilha. 
A premissa da série me pareceu um pouco datada e até meio clichê em algumas coisas, tem uma gororoba meio True Blood, The Originals e até Crepúsculo que não me envolveu particularmente. Pode ser que dê mais uma chance à série, mas não vai ser por agora.
Fica chateado não, lobinho...

Dear White People


Outra série original do Netflix que me pegou pela proposta. Na série, um grupo de negros, estudantes em uma universidade prestigiada, vivem os sabores e dessabores de serem brilhantes, ao mesmo tempo em que vivem sob a falsa premissa de que o racismo não existe mais. Com uma brilhante liderança de Logan Browning, que encabeça o grupo e o programa de rádio "Dear White People", a série traz, em um ambiente pós adolescência, questões bem complexas sobre ser quem se é e respeitar o outro pelo que ele é. Com certeza continuarei assistindo.
Eliana me representando sobre essa série!

American Gods


Baseada no badaladíssimo livro de Neil Gailman, Deuses Americanos, a série homônima tem, o que parece (pelo piloto), todas as características que fizeram do livro um grande hit: personagens intensos, mistérios, novas interpretações do mundo, muito exagero e, claro, um boa pitada de erotismo, enquanto traz deuses antigos em guerra com os novos deuses. 
Sinceramente, achei o primeiro episódio um pouco esquizofrênico demais para mim, apesar de achar que o caminho é esse mesmo. Sendo assim, devo continuar vendo, mas em doses homeopáticas...
P.S: Também vou continuar vendo, porque a Emily Browning tá na série...
Arrasa Emily!

Bom humor post mortem

Com séries como Walking Dead e Z Nation, o tema de Zumbis invadiu de vez os gostos e a popularidade da telinha. Com uma cara pesada, muita maquiagem, cérebros pulsantes e gosma, esse universo vem se expandindo cada vez mais, dando espaço para interpretações mais leves em outros gêneros, sendo a série IZombie, um bom exemplo disso.

IZombie acompanha a pós-vida de Liv Moore (Rose McIver), depois de ter ido a uma festa e ter sido infectada com uma espécie de vírus de zumbi. De repente, Liv, que era boazinha, disciplinada e com um futuro brilhante pela frente, desenvolve o gosto impulsivo de consumir cérebros, seu cabelo fica branco e todo mundo parece achar que ela está se metendo com drogas. Residente médica, ela decide concluir essa etapa em um necrotério, para que possa consumir os cérebros dos mortos. 
Como o necrotério também é forense, ela acaba se envolvendo em uma série de casos de homicídio, ativando nela mais uma habilidade 'Z', que é a de ter flashes de lembranças das pessoas que eram donas daquele cérebro, assim como se tornar um pouco parecida com o dono do mesmo. Logo, nessa nova (pós)vida, a moça se torna uma espécie de conselheira paranormal da polícia local, o que a coloca em várias situações inusitadas.

Apesar do pontapé inicial sem muitas manobras inventivas, IZombie se apoia em um enredo dinâmico, de fácil assimilação e cômico, o que vem garantindo a sua sobrevida, estando na 3a temporada já!  
O que é bacana na forma como a história vai acontecendo, é que os acontecimentos que cercam Liv vão se construindo aos poucos, ao mesmo tempo que temos como pano de fundo os casos da polícia e a relação que a personagem cria com cada um dos indivíduos que comeu o cérebro.
Inclusive, esse último é um dos primeiros pontos mais interessantes da série, porque não é como se Liv se tornasse uma nova pessoa, a cada nova ingestão de cérebro, mas ela internaliza e exterioriza as características principais desses sujeitos, criando até um laço com eles, enquanto tenta descobrir a causa de seus assassinatos, o que dá ao zumbi um ar mais humanizado e até mais domesticado (o que não é demérito algum, pelo modo como é construído na série). 
Mesmo com esse ritmo de série policial, que pode parecer cansativo (e deveria ser), com os conflitos que vão ganhando fôlego, esse ritmo se torna menor, então não se preocupe, que não se trata de mais uma série CSI.

Além da narrativa em si, chama atenção o ótimo elenco, bem entrosado e encabeçado por Rose McIver, uma atriz neozelandesa que já tinha feito papéis menores na TV, como a ranger amarela em Power Rangers RPM e a Tinker Bell em Once Upon a Time. De fato, em IZombie, a capacidade de Rose de se mostrar dinâmica e interessante é uma das qualidades que dá à série um quê de envolvente, assim como a ótima química dela com Ravi (Rahul Kohli) e Clive (Malcolm Goodwin), que se tornam uma espécie de parceiros no "crime". A Liv de Rose é empática e consegue carregar bem a história dela, sendo crível na medida certa.
Com a clara proposta de entreter e dar ao mundo dos zumbis uma faceta mais leve e descontraída, IZombie não perde a mão na hora de construir uma explicação para o fenômeno dos zumbis, trazendo um arco bem bacana e palatável, mesmo assim, não senti que o vilão Blaine (David Anders) é particularmente genial, na verdade, ainda estou (lembrando que acabei de começar a segunda temporada) esperando que outro personagem assuma essa função, porque acredito que a série só vai ter a ganhar com isso.
De modo geral, IZombie cumpre o que se propõe, é esperta e distrai bastante depois de um dia pesado. Com certeza é uma pipoca de final de semana, então aproveita que a primeira temporada está toda disponível no Netflix. 

5 lições que aprendi sobre estilo...

com a ajuda do Armário Cápsula:

Sei que ainda não está na época de dar um feedback sobre o #DesafiodaCapsula desse trimestre, mas essa semana que passou, me peguei pensando sobre a questão do Estilo. Esse conceito abrangente, facilmente confundido com moda, é muito complexo para qualquer fase da vida e nos últimos tempos tem sido particularmente complexo para mim, já que estou num momento bastante crucial do que busco na vida profissional e pessoalmente.

Penso que todo mundo na casa dos 20 anos passa por esse momento, em que precisa se colocar e ser levado a sério no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que precisa estar adequado com o que acredita e como se enxerga no mundo e, querendo ou não, a mensagem que você passa no exterior, através de suas roupas, corte de cabelo e atitude, dizem muito ao seu respeito, mesmo que a mensagem esteja com ruídos.
Não é preciso dizer que vivemos em uma sociedade de aparências e que o que você exterioriza passa uma ideia, o que precisamos fazer, ao pensar melhor sobre estilo, é ter o controle da mensagem que transmitimos, de modo que possamos ser os donos do que as pessoas venham a pensar. Está certo que afirmar algo desse jeito pode (e deve) assustar as pessoas, especialmente quando sou abertamente adepta de sermos quem devemos ser, mas, pasmem, uma coisa não anula a outra. Passar a mensagem que se quer passar, não quer dizer abrir mão do que você gosta de vestir, por mais que possa parecer num primeiro momento. 
Mas o foco desse post aqui, não é o de vomitar regras sobre estilos e sim comentar 5 lições que eu aprendi sobre o meu estilo pessoal, ao longo desses quase 6 meses de Armário Cápsula, bem como tentar ajudar outras pessoas que estão à procura de um estilo pessoal que funcione para elas, independente das suas áreas de atuação, dia a dia e objetivos. 
Então bora lá:

05 - Qual é a sua mensagem?
Pessoalmente, isso para mim é muito complexo e complicado de responder, de modo que ainda estou beeeeeeeeeeem longe de responder (se é que um dia isso será possível de responder-se categoricamente). Uma das coisas que me ajudou bastante, no entanto, foi de pensar em palavras soltas que eu gostaria que passassem no pensamento de alguém que me conhecesse pela primeira vez, seja essa pessoa uma possível empregadora, uma possível amizade, ou um ser aleatório que cruzou o meu caminho por acaso. 
Palavras como feminina, delicada, corajosa, profissional e interessante surgiram na minha mente e eu as anotei, pensando em referências que me passam esse tipo de mensagem. Atrizes, cantoras, escritoras, fashionistas e por aí vai. De vez em quando lembrava de alguém que empoderava essas palavras, daí procurava por imagens de referências de suas roupas e estilos de cabelos, percebendo que existem algumas linhas de encontro que me agradam, sejam por cores, cortes e até peças específicas, o que as tornaram inspirações. 
Aqui vão dez das minhas inspirações que eu levo para vida (até criei uma pasta de imagens de cada uma delas, com diversas peças interessantes que elas usaram para futuras consultas...).
Audrey Hepburn, Zooey Deschanel, Grace Kelly, Ginnifer Goodwin & Felicity Jones

Emilia Clarke, Mindy Kaling, Kate Middleton, Zoe Kazan & Lily James

04 - Atemporalidade
Cheguei a conclusão de algo que eu já suspeitava há algum tempo, de que moda não é exatamente proporcional a estilo (a não ser que seja esse o caso e a pessoa ter como estilo pessoal estar na moda), isso começou, porque eu observei que dificilmente me interesso pelo que está "In", sempre optando por uma pegada mais clássica de peças. Desde uma sapatilha preta pau pra toda a obra, uma jaqueta trench coat e uma blusa branca de botão, todas essas peças me parecem bem mais eternas e interessantes, do que mudar de "estilo" a cada nova temporada. 
Logo, aprendi que estilo é algo que fale sobre você, mostrando um cartão de visitas consistente sobre o papel que você desempenha (ou quer desempenhar). 
"A moda desvanece, só o estilo permanece o mesmo"


03 - Integração
Até eu começar a experiência do Armário Cápsula, achava que cada peça tinha um "par", como se fossem integradas e inseparáveis, depois do A.C, fui vendo que, na verdade, um guarda-roupas integrado é mais interessante, porque você tem mais opções para combinar, remodelar, rearrumar e se divertir com isso. A integração das peças tem a ver com estilo, porque, a não ser que você tenha uma visão muito clara do seu estilo, suas peças continuarão sendo compradas aleatoriamente, seja por preço, seja por ter visto algo nela interessante. Mas nem sempre peças interessantes seguram um estilo sozinhas, a maioria das vezes você precisa encontrar a integração delas com o todo, de modo que alcancem juntos a mensagem que você busca transmitir.

02 - Ajustes, Retoques e personalização.
Comprar uma roupa que te sirva corretamente é uma das melhores vitórias que o seu estilo pode ter, isso porque você estará vestindo a roupa e não o contrário; da mesma maneira que a sensação de que a peça foi feita para você é simplesmente recompensadora! Mas não desanima, caso você tenha dificuldade de encontrar algo que realmente te cai bem, a maioria das peças são passíveis de ajustes, assim como peças que perderam a graça e se tornaram obsoletas para a sua finalidade, podem ser revisitadas através de personalizações e retoques de estilo. Um ponto importante sobre encontrar o seu estilo pessoal é, exatamente, a sensação de que, escolhidas bem, as peças podem se tornar o que você precisa que elas se tornem.


01 - Seu e só seu!
Apesar das referências, aparências, mensagens e etc, o estilo de cada pessoas é dela e apenas dela! Isso mesmo! Não tente fazer uma pessoas que ama boho, vestir uma blusinha com rendinha candy color, que a pessoa vai se sentir totalmente desconfortável. Logo, se você não se sente bem usando algo, é porque, provavelmente, aquilo não tem a ver com você de verdade! 
Muitas vezes caímos na ideia de que jeans e camiseta resolvem tudo, ou que peças que "todo mundo está usando" são para serem usadas...bom, isso não é exatamente correto. Nem todo mundo gosta de slipdress sobre camiseta, ou patchers, ou aquelas sandálias que parecem as antigas riders...cada pessoa tem que conhecer o que lhe traz gosto em usar, porque o estilo é uma parte de você, na medida que você entende o que ele pode fazer por você. ;)

Podem ajudar:

Café para ouvir #15

Aperta o play, seja no random, seja na ordem criada e entra em mais esse café musical:
01 - Duele el Corazon - Enrique Iglesias
02 - Cold - Maroon 5 feat Future 
03 - Can't stop the Feeling! - Justin Timberlake
04 - Desperation - Judith Hill
05 - Rewind - Wingtip feat Sophie Strauss
06 - I'm gonna be (500 miles) - The Proclaimers
07 - Sissy that Walk - RuPaul
08 - My Silver Lining - First Aid Kit
09 - Beauty and the Beast - Ariana Grande & John Legend
10 - Sober - P!nk
11 - Pavilhão de Espelhos - Roberta Sá feat Ballaké Sissoko
12 - Back to Beautiful - Sofia Carson feat Alan Walker
13 - Vienna - Billy Joel
14 - Galway Girl - Ed Sheeran
15 - Don't Worry baby - The Beach Boys

Sobre "Então sou uma Amélia"


Escrito em 2 de junho de 2012 aqui nesse blog, o post "Então sou uma Amélia" é o texto mais lido de toda a história do Mesa. Seja porque usei imagens de pin ups, seja porque usei "Amélia" no título, o que importa mesmo é que esse foi o meu primeiro post sobre o tema Feminismo e desde então o tema só foi crescendo e se tornando mais e mais relevante na minha vida. Logo, senti a necessidade de tentar atualizá-lo e talvez trazer umas questões que tenho observado e que têm me chamado muito a atenção.
Vale acrescentar logo de cara, que não se trata de um post definitivo, porque assim como quem leu "Então sou uma Amélia" sabe, esse é um assunto que sempre traz muita atenção para si, da mesma maneira que inflama um monte de gente que já se posicionou de um jeito bastante extremo e irredutível. Fora que é um tema que se renova e que traz mais e mais questões para si.

Para tornar o negócio mais fluido, resolvi trazer cinco observações e aprendizados sobre o Feminismo. Então vamos lá:

01 - Femismo não é Feminismo e nem o Feminismo é oposto do Machismo.
Oi?! Mas o Feminismo não foi "criado" para acabar com o machismo? De uma certa forma esta afirmação está correta, mas de outra não exatamente. Isso porque o feminismo não veio para pregar as ideias opostas as do machismo e sim de contestá-las, abordando uma perspectiva de igualdade de direitos (e deveres), que perpassam pela compreensão de que todos devem ser vistos e tratados da mesma forma, independente do sexo. Femismo, sim, leva as ideias do machismo para o seu total oposto, colocando as mulheres como seres superiores aos homens e merecedoras de mais. Normalmente, os discursos extremos partem de vertentes feministas inebriadas pelas ideias femistas e acontece que, muitas vezes, essas pessoas são impossíveis de conversar e, também, enfraquecem a frente de luta de mulheres que realmente incorporam o sentido de igualdade. 
Ao final disso, deixo a pergunta: homens (sejam gays, heteros, trans, pans, etc) podem ser feministas?

02 - Empoderamento e o reforço do conceito de si.
"Empoderamento" tem sido uma das palavras mais repetidas nos últimos anos, provavelmente porque ela carrega consigo uma potência equivalente ao seu significado semântico. Se pensarmos sobre o assunto, perceberemos que causas importantes, especialmente no que se diz respeito ao que vemos na mídia, tem feito parte da agenda. É o suficiente? Não! Precisamos de mais ainda, SIM! O Empoderamento não é apenas colocar em um comercial vários "tipos" de corpos femininos, várias personalidades de "cores" diferentes, e/ou diminuir o uso de maneirismos sociais e estereótipos enraizados. Empoderamento passa pelo reforço de quem se é, assim como o conceito de si mesma é incorporado por onde nos vemos e nos sentirmos representadas. Quanto mais variedade, mais próximo de "humano" as coisas ficam.

03 - Sororidade, mesquinharia, haters e "bela, recatada e do lar".
Uma vez eu vi em algum desses perfis de instagram de vlogger, que "haters sempre vão existir" e que "não podemos ficar perdendo tempo com pessoas tão mesquinhas assim". De uma certa maneira, isso é verdade. Pessoas para questionar, para criticar e para dizer com todas as letras que se sentiram incomodada com algo que você fez, postou, ou representa, sempre vão existir. Especialmente aquelas que ganham um doentio prazer em fazer isso de um jeito mesquinho e maldoso. Sim, a internet está cheia de gente assim, mas não só lá. O pensamento de que alguém é melhor (ou pior) do que outro alguém, assim como a diminuição de uma pessoa para que ela "se equipare a um ideal negativo, ou menor, que só existe na sua mente" são elementos do dia a dia. Mas será que tinha que ser assim? Uma coisa que aprendi com o feminismo, é que o pensamento negativo (seja gordofóbico, racista, ou de religião, etc) sobre outra pessoa apenas enfraquece a noção de igualdade e unidade que o feminismo carrega em si. Para ver-se igual ao outro, é preciso ver o outro igual a si, e isso passa pela vontade de conhecer o outro, pela empatia e pelo companheirismo. E não apenas entre mulheres, mas já que somos tão cruéis conosco mesmas e com nossas irmãs, porque não começar por aí, talvez respeitando a escolha da outra?!

04 - Lutar pela sua luta, que vem da sua essência e não questionar a essência da luta da outra.
Um dos vídeos da Jout Jout que mais me marcaram, foi um bate papo que ela teve com Nátaly Neri sobre os diferentes tipos de feminismo. Eu falei, inclusive, no infame texto "Então Sou uma Amélia" sobre essa área cinza de nuances que a própria dicotomia entre feminismo e 'ameilismo' não dá conta, de modo que ainda causa muita discórdia e conflito entre as próprias mulheres, que muitas vezes não entendem que a luta de uma, não é necessariamente a luta de todas. E isso não enfraquece o movimento, só mostra que existe um leque de lutas e identificações ainda mais amplo e extenso. Justamente nesse vídeo, eu fiquei ciente de uma diferença, por exemplo, entre o feminismo branco e o feminismo negro. Uma luta não inviabiliza a outra, ou é mais importante que a outra.

05 - A cultura do estupro e não vamos chamar todos os homens de estupradores em potencial.
Se tem uma coisa que a gente aprende com o feminismo, conforme vai levando ele mais a sério, é que os direitos iguais não devem ser vistos apenas para as mulheres, mas também para os homens. Assim como a gente não quer ser alcunhada de "pedaço de carne", "objeto", "delícia", "gostosa" e variantes, homem nenhum quer ser chamado de estuprador. Sim, vivemos em uma sociedade que precisa criar seus filhos de modo igualitário, entendendo que o respeito deve ser mútuo. E sim, ainda vivemos em uma sociedade em que homens receberão vantagens por terem um pênis. Mas não, não temos inveja do Pênis (sorry, Freud), o que buscamos é que o pênis não seja uma vantagem, muito menos uma "ditadura". Muitos homens já internalizaram isso, muitos aprenderam isso do berço. Outros tantos pregam-se simpatizantes e se repreendem ao soltarem machismos impensados. Se estamos em busca de uma sociedade igualitária (por mais utópico que isso ainda seja), temos que viver sob essa vontade, para termos uma chance de chegar lá. Mulheres poderosas sim! Por favor! Mas homens poderosos também? Com certeza. O empoderamento correto e a compreensão de que gente é gente e por isso merece respeito, independente de ser quem se é, para mim, é a melhor maneira de combater a permissividade de uma violência sexual contra quem quer seja.

*Quero deixar claro que sou idealista e ainda acredito na sociedade, obrigada.

Recomendações lindas: