É num mundo onde todos falam o contrário, que conhecemos O Menino. Mais um, entre tantos outros que se despedem de um pai que procura algo que não tem, enquanto cresce em meio às lembranças musicais e coloridas. Esse é o O Menino, então, que se joga em busca desse mesmo pai. Joga por dentro de um Mundo de infinitos detalhes, sutilezas, cores, pessoas e sons, que são desvelados para nós, através de diversas técnicas de uma bela animação brasileira.
Está certo, eu to aproveitando a vibe Oscar para falar de O Menino e o Mundo, mas não sem antes ressaltar a sua presença na minha lista de filmes nacionais favoritos e, também, não sem antes dizer pra vocês que faz um tempo que vi o filme, e quis escrever sobre ele assim mesmo, apenas com as lembranças dos traços e tracejos mais importantes desse longa, fazenod jus muito mais aos sentimentos que ele me traz a mente, que a detalhes fílmicos.
Dirigido por Alê Abreu, o longa demorou alguns anos para ficar pronto e entre as técnicas de sobreposição, colagem, gravura e muitas outras, a animação é uma demonstração da completa arte de fazer o inanimado ganhar vida. E que vida ganha, recheado de intenções profundas e sentimentos relacionáveis, O Menino da história encontra um Mundo todo a ser vivido e explorado, inclusive nos dando a impressão de uma constante mistura entre o que realmente está acontecendo e o que é sonho e ilusão, de modo a nos envolver na atmosfera da fértil imaginação infantil.
Além da doçura infantil, o filme trata de questões críticas, como poder, ganância, avareza e a constante cobrança de que se seja real, cada vez mais hiperreal e intensamente racional, de forma que são detalhes bastante pertinentes ao redor dO Menino, fora, é claro, da ânsia pelo desconhecido, aliada à necessidade do familiar.
Com uma trilha sonora belíssima e que realmente dá o tom do filme (significando muito mais do que as falas, que como já dito, são faladas de trás para frente), melodias musicais misturadas à efeitos sonoros, surpreendem constantemente, enquanto somos criticados por sermos blasé em relação ao Mundo ao nosso redor, que é forte personagem e construtor de nosso caráter, assim como foi dO Menino.
E daí, lembro de quando Teo do filme Her explica a sua paixão por Samantha dizendo que é raro conhecer pessoas que não perderam a capacidade de se encantar com o mundo e talvez, nesta mesma medida, O Menino que se lança nessa aventura a contínua vontade de se encantar com o que tem ao seu redor, já que acreditar nesse mundo é uma forma de fazer a diferença nele.
O Menino e Mundo tem a minha torcida na categoria de Melhor Longa de Animação, apesar de ser bastante improvável que consiga bater o queridão Divertidamente.
Veja os concorrentes em todas as categorias.
*O Título do post está invertido: O Menino que encanta pelo Mundo
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