Sobre a solidão e ser sozinho


Existe uma sutil, porém determinante diferença entre a solidão e estar sozinho. A diferença perpassa pelo sentido do querido Aurélio, de ambas as paalvras, onde solidão denomina-se o sentimento de isolamento, ermo, lugar despovoado e não frequentado por viv'alma. Já ser sozinho está mais conectado ao ato de se sentir só, abandonado, largado e desamparado.
Percebeu a diferença?
Falei que era sutil.
A solidãp é um lugar e estar só é um sentimento. Um sentimento que pode estar diretamente ligado à solidão, mas que não depende dela para se manifestar. Sim, porque você pode se sentir só entre um milhão de pessoas, mas estar confortável estando sozinho, olhando para rachaduras em uma parede. Solidão, inclusive, que pode servir de bálsamo, de templo reflexivo, de auto-descoberta e de distanciamento da própria realidade, em busca de uma perspectiva.
Ainda está difícil sentir a diferença?
Sabe o que é bom na solidão? Organizar as ideias. Riscar listas e estourar balões, sem qualquer motivo aparente. Também é bom para colocar os óculos, ao invés das lentes, ler um livro bobo, só com o som do silêncio, enquanto se imagina naquele mundo, dizendo aquelas falas, estúpidas falas, que saíram como uma flecha no vácuo di ser sozinho. E por um momento algo de extraordinário pode acontecer...ou nada...mas também não importa. Você está no seu próprio mundo.
A solidão, sendo assim, pode ser o que você mais precisa.
Ser só, não.
Ser só pode até levar à loucura e não uma loucura carpe diem. Não uma loucura saudável. Quando estamos só é, coincidentemente, ou não, quando cometemos os maiores erros! Desde cair de amores por alguém, só porque quer cair de amores; até chegar ao 'extremo' de querer voltar. Voltar para o que tinha, para a pessoa que era, para os sonhos já sonhados e para o que não foi alcançado, mas supostamente superado.
Quando estamos só, ficamos vulneráveis e propensos a desistir das coisas, suplicar carinho e mendigar por um drink. Também nos tornamos nosso mais impiedoso crítico, literlamente chutando cachorro morto. Desequilibramos com mais facilidade e pedimos para ficar no chão, mesmo que alguém queira ajudar...
Será que agora ficou mais claro?
Aí é que tá! Tem gente que ainda confunde as duas coisas! Tem gente que ainda acha que solidão é estar só.
Por isso, não tenha medo da solidão. Não tenha medo de ficar sozinho com os seus sentimentos, com as suas dúvidas e com as suas ambições. Não se perca em achar que a solidão que te enlouquece, porque estar só é que é insanidade.

Café para ouvir #5

O Café para ouvir desse mês, tem uma mistura daquelas que eu adoro e acho que vocês vão gostar também. Contém, na sua maioria, músicas para dançar, algumas para cantar junto e ainda tem para conhecer. 
Vem comigo e dá o play!

01 - Lovin' so hard - Becky G
02 - Búzios do Coração - Banda Uó
03 - Adore - Cashmere Cast feat Ariana Grande
04 - Blue Guitar - Celeste Buckingham
05 - Cool for the Summer - Demi Lovato
06 - I've just seen the face - Across the Universe OST
07 - XO - John Mayer
08 - Deixa ele sofrer - Anitta
09 - Powerfull - Major Lazer feat Ellie Goulding
10 - Only this Moment - Röyksoop



De agora em diante

Você já conheceu alguém que foi capaz de mudar a sua perspectiva sobre si mesmo e sobre a forma como leva a vida? Em The Spectacular Now, meu queridinho Miles Teller conhece Shailene Woodley e é exatamente isso que acontece.

Há tempos eu deveria ter postado esse review, isso porque faz pouco mais de um ano que eu tive a oportunidade de ver essa película pela primeira vez, mas como a vi no avião, acabei perdendo as anotações referentes às mil sensações que tive com ela.
Veja bem, The Spectacular Now não é um filme sobre adolescentes, não é um filme a lá A Culpa das Estrelas e muito menos Um Amor para Recordar. Se fosse referenciar essa história a outra, provavelmente seria As Vantagens de Ser Invisível, justamente por que os temas principais são de: redenção, transformação e revalorização da vida e de si mesmo
No longa, Miles Teller interpreta Sutter, um cara sem qualquer perspectiva para o futuro, alcoolátra e hedonista puro. Depois que Cassidy (Brie Larson) termina com ele, o rapaz mergulha numa espiral de bebida, até que acorda, ressacado, no gramado de um estranho. Aimee (Shailene Woodley) o encontra e entra na sua vida, compartilhando com o rapaz os seus próprios dramas pessoais e mostrando para ele que é preciso olhar pra frente, mesmo quando o presente parece sem direção. De uma maneira bem adorável, os dois se modificam mutuamente e redescobrem a si mesmos, percebendo que as suas maiores limitações são eles mesmos.


O que logo chama a nossa atenção nessa película é a forma bastante sutil com que os personagens vão desabrochando para nós, quase como se os casulos fossem se abrindo conforme um vai entrando na vida do outro. Fora que, esse foi o filme responsável por eu ter caído de amores por Miles e ter batido o martelo quanto a competência de Shailene, não duvidando da capacidade da moça, jamais! Os dois têm uma sintonia excelente e um timing que funciona incrivelmente para o formato do filme, uma vez que a história não se deixa cair num marasmo de filmes sobre amor sublime e a total e completa falta de dúvida sobre como e porque aquela história durará para sempre. Ninguém sabe se ela durará pra sempre...
Assim, o caminho que se desdobra é o de não se valer de grandes acontecimentos, e sim da força regeneradora de ter sua vida mudada, pela vontade de mudança. Vontade pessoal. Tanto é que, mesmo que ambos se ajudem, a mudança só ocorre, porque eles querem mudar. Meio como The Art of Getting by

O personagem de Miles é um descrente do futuro, não faz planos e vive sob a égide do aqui e agora, diferente de Aimee, que não vê perspectiva no presente e foca num futuro que é pra daqui a um tempo. Como dois estranhos de panelinhas diferentes, que poderia até ser confundido como aquele filme High School, onde o cara aposta para transformar a menina feia na rainha do baile, eles se encontram no meio do caminho entre o que te faz querer o agora é o que te faz pensar no depois, desconstruindo toda a expectativa que, ingenuamente você constrói no início. 
Com diálogos intensos, fotografia linda e uma câmera que adora os detalhes, The Spectacular Now se apodera de fraquezas, mas ressalta as grandezas, mesmo que ela seja em perceber o Carpe Diem do futuro, ou o longo prazo do agora.

Começo do fim, ou fim do começo?


Fiquei um tempo ponderando sobre a summer finale de Pretty Little Liars. Na verdade, passei a maior parte desse tempo remoendo o fato de que não acabou! E a outra menor parte dele, tentando construir um raciocínio do motivo pelo qual não acabou. 
Quero dizer, já acho ruim demais a história ter se estendido por 6 temporadas, mais ainda terem finalizando (nem isso temos certeza) a história de "A" e logo depois enfiarem um 'ele está chegando!" goela abaixo, que vai ser remoído por mais 12 ou 13 episódios e de repente mais uma temporada...
Tá, essa sexta temporada foi bastante esclarecedora e permitiu que nós colocássemos algumas peças no lugar certo, principalmente sobre como 'A' sabia tudo das meninas, mas ainda assim algumas peças ficaram faltando, tanto no que diz respeito à índole de 'A', que de repente não era mais psicótica e no fato de que essa cirurgia de mudança de sexo que Charlie passou ter sido muito rápida! A senhora DiLaurents morreu de causas naturais? Quanto tempo demoraram para encontrar as mães das meninas no porão? Quando foi que Cece colocou os chips nas meninas, sendo que elas eram (ou pelo menos pareciam ser) monitoradas pela 'vilã' desde o 1º episódio? E por aí vai...
Tá, a solução que deram para 'A' foi boa, pelo fato de que as peças conseguiram se encaixar bem, também conseguiram agradar o povo que já tinha lido os livros e sabia que na versão literária, 'A' era a irmã gêmea de Aly; mas com um twist ótimo para quem já tinha perdido o interesse na série, ou para quem achava que já tinha visto de tudo.
Mesmo assim, depois de passar por uma senhora enrolação, principalmente nas últimas duas temoporadas, Pretty Little Liars deu um respiro nos últimos episódios e na minha opinião, poderia ter se aproveitado deste detalhe para fechar o ciclo de um modo contundente e, vai...meio final feliz também...

Mas foi lá e fez mais uma curva, com as meninas remaquiadas, penteados novos, Alisson casada e depois de CINCO ANOS...
Será que já não foi o suficiente, não?!

30 atores, com menos de 30...

...que precisamos ficar de olho!

Não sei vocês, mas quando estou procurando por algum filme para conferir, costumo procurar por indicações de elenco. Tem aqueles atores que eu sei que fazem filmes bons e procuram consolidar suas carreiras da melhor maneira possível, normalmente atrelando o seu nome a um gênero, a um diretor, ou a um estilo fílmico. 
Observando algumas constantes em filmes, séries e novelas que me agradaram, eu precisei fazer uma listinha para vocês com os atores e atrizes que acabaram, constantemente, me arrebatando a cada nova obra que fazem. Temos alguns brasileiros na lista e outros tantos europeus e norte-americanos. Se eu tiver deixado alguém de fora, por favor sinta-se a vontade para comentar no post e acrescentar. 

30 - Dove Cameron (19 anos) - protagonista da série Liv & Maddie, já participou de alguns filmes e séries para o Disney Channel, sendo Descendentes a sua obra mais expressiva.

29 - Alice Wegmann (19 anos) - depois da vagabanda, a temporada de Alice foi uma das que teve melhor receptividade. Ela era uma das únicas personagens interessantes na primeira fase de Em Família e também ganhou bastante espaço em Verdades Secretas e Boogie Oggie.

28 - Larissa Manoela (14 anos) - ela é a fofa lindeza do filme O Palhaço, participou como a chatinha Maria Joaquina no remake de Carrossel e hoje é a estrela do remake de Cúmplices de um Resgate.

27 - Margot Robbie (25 anos) - australiana, a atriz foi uma das protagonistas da série Pan Am, brilhou em Focus, O Lobo de Wall Street e é a grande expectativa como Arlequina no Esquadrão Suicída. 

26 - Sabrina Carpenter (16 anos) - a linda Sabrina, além de ótima cantora, também estrela a série Girl Meets World no Disney Channel. 

25 - Agatha Moreira (23 anos) - Agatha está arrasando como Gi em Verdades Secretas, além disso ela foi a co-estrela de Alice na temporada 2012-2013 de Malhação e ainda foi uma das únicas personagens bacanas de Em Família.

24 - Grace Phipps (23 anos) - conheci a Grace atuando em The Nine Lives of Chloe King, como a melhor amiga da protagonista que, convenhamos, roubava a cena sempre que aparecia. Depois ela reapareceu em Vampire Diaries e finalmente como co-protagonista em Teen Beach Movie e Teen Beach 2.

23 - Letícia Colin (25 anos) - na tv desde criança, Letícia já participou de Sandy & Júnior (aquela série que tinha como protagonista os irmãos), já fez Malhação e até Tv Globinho. Mais recentemente foi a Ju em Vidas em Jogo, protagonizou o Ponte Aérea, com Caio Blat; foi coadjuvante na novela Sete Vidas e vai arrasar (de novo) em A Regra do Jogo.

22 - Ansel Elgort (21 anos) - o fofo Ansel é um dos queridinhos do público adolescente, principalmente entre os do sexo feminino. Protagonizou A Culpa é das Estrelas, tirou nossos fôlego em Homens, Mulheres & Filhos, foi coadjuvante nos filmes da série Divergente e brilhou em Carrie, a Estranha o remake.

21 - Juliana Paiva (22 anos) - a eterna Fatinha na temporada de Malhação 2012-2013, ganhou expressivo destaque na série, ganhando a oportunidade de estrelar a sua própria novela, em Além do Horizonte. Está certo que a novela foi flopada, mas a moça tem muito potencial para fazer excelentes projetos. Ela será uma vilã chamada Cassandra em Totalmente Demais, próxima novela das 19h.

20 - Ghilherme Lobo (20 anos) - o rapaz que roubou nossos corações em Hoje eu não quero voltar sozinho, curta metragem onde ele apareceu pela primeira vez como Leonardo, o fez de novo no longa Hoje eu quero voltar sozinho. Além disso, arrasou como Dionísio em Felizes para Sempre? e como Bernardo em Sete Vidas

19 - Blake Lively (27 anos) - essa loira nos conquistou como Serena Van der Woodsen na série Gossip Girl, mas realmente ganhou mérito e atenção para essa que vos fala como Anabelle em Elvis & Anabelle, me fazendo prestar mais atenção no seu potencial. Quando interpretou Ophelia em Savages e Adaline em The age of Adeline me deu a certeza de que precisava se prestar bastante atenção na moça. 

18 - Annasophia Robb (21 anos) - a baixinha foi a melhor escolha para ser Carrie Bradshaw na adolescência e conseguiu mostrar como ninguém a essência da personagem. Além da série Carrie Diaries, Robb também interpretou a surfista Bethany Hamilton no longa Soul Surfer e fez Ariel no episódio "Sofia Coppola's Little Mermaid", da websérie Funny or Die.

17 - Hannah Murray (26 anos) - ela fez parte da primeira geração de Skins e só por isso já merece toda nossa atenção. Isso porque Hannah conseguiu construir uma personagem completa, cheia de nuances e incrível; ainda mostrou toda a sua versatilidade em God Help the Girl e em Game of Thrones.

16 - Logan Lerman (23 anos) - em As Vantagens de ser Invisível esse rapaz me pegou pelo pé! Encantei-me por ele em Stuck in Love e acho incrível como ele mantem uma linha coerente em personagens tão diferentes como Percy Jackson, Cam (de Noah) e Norman (de Fury).

15 - Chloe Grace Moretz (18 anos) - uma das atuais queridinhas de Hollywood, fez ótimas interpretações como Carrie (Carrie a estranha), Isabelle (A invenção de Hugo Cabret) e Mia (If I stay), mas realmente merece destaque nos filmes: Laggies, Kick Ass 2, 500 dias com ela e Movie 43. Incríveis!

14 - Maisie Williams (18 anos) - uma das protagonistas e mais queridas personagens na série de GOT, já fez papéis beeeeeem diferentes, como em Cyberbulling e no inédito The Falling. Vale a atenção redobrada!

13 - Abigail Breslin (19 anos) - para começo de conversa, essa moça fez a fofíssima Olive em Little Miss Sunshine. Só por isso ela já deveria estar nessa lista! Mas o legal, é que Abigail continuou escolhendo papéis consistentes e interessantes para a sua carreira, como Jean em Álbum de Família, Maggie em Perfect Sisters e Valentine em Ender's Game

12 - Isabelle Drummond (21 anos) - outra que conquistou a gente na infância, Isabelle foi a Emília da geração dos 20 e tantos anos, sendo mais recentemente protagonista de um projeto atrás do outro. Ela não pára! Mais ainda depois de interpretar a Cida, de Cheias de Charme. Ela fez Sangue Bom, Geração Brasil e Sete Vidas, todas uma engatada na outra, que fôlego!

11 - Saoirse Ronan (21 anos) - depois de fazer a gente ficar se perguntando "quem é essa mocinha que arrasou?" em Desejo e Reparação, Saoirse começou a traçar seu caminho por filmes com uma pegada mais indie, como Violet & Daisy, Hanna, How I live Now e O Grande Hotel Budapeste. Também fez A Hospedeira e Um olhar do Paraíso.

10 - Shailene Woodley (23 anos) - Shailene ganhou minha total admiração na série The Secret Life of the American Teenager, depois me arrebatou de novo em Os Descendentes e The Spectacular Now, consagrando essa 'adoração' em White Bird in a Blizzard. Ela é a cara da franquia Divergente, mas esse não é o trabalho mais expressivo da sua carreira.

09 - Jennifer Lawrence (25 anos) - lacrante como Rosalyn em Trapaça, teve o auge ao receber um Oscar por O lado bom da vida. Tá, não vamos entrar no mérito da coisa, até porque não é o nosso papel, mas todos sabemos que ela não merecia...ok...superamos...prestemos atenção na quantidade de filmes realmente bons que a moça participou, Like Crazy, Inverno d'Alma, X-men e, claro, Jogos Vorazes

08 - Miles Teller (28 anos) - como eu disse, meu mais novo queridinho de Hollywood, Miles, primeiro, me chamou atenção em Footlose, depois em Project X, finalmente me fazendo esperar sempre mais dele com a trindade: The Spectacular Now, That Awkward Moment e Whiplash. Fora que ele também protagonizou Two-Night Stand, que amei! Foi coadjuvante em Finalmente 18 e na série Divergente.

07 - Emma Stone (26 anos) - foi na comédia que a moça teve a sua oportunidade, fazendo filmes como A Casa das Coelhinhas, Easy A e Amor a Toda Prova. Mas a ruiva teve muitas oportunidades de mostrar sua irreverência e jogo de cintura, em Histórias Cruzadas, Caça aos Gangsters, Magia ao Luar e Birdman. Não esqueçamos da sua Gwen, em O espetacular Homem Aranha. ;)

06 - Lily Collins (26 anos) - a filhota de Phil Collins é super talentosa e não só nas telas, mas também com uma câmera na mão e com muita coisa a dizer. A moça protagonizou Os Instrumentos Mortais e Sem Saída, mostrando seu lado de ação. Também fez os açucarados Mirror, Mirror; Stuck in Love e Love, Rosie

05 - Emma Roberts (24 anos) - a afilhada de Julia Roberts poderia ter feito um caminho semelhante ao da tia, mas acabou optando por montar a sua própria carreira do seu jeito. Desde o começo em filmes fofuxos como Aquamarine, Nancy Drew, Hotel bom pra cachorro e Garota Mimada; passando pela sua fase de transição com filmes como Valentine's day, Pânico 4 e Twelve; até o estilo que parece ser a sua preferência atualmente, tais como Palo Alto, Se enlouquecer não se apaixone, The art of Getting by e Vida de Adulto. Emma já fez série também, como a Unfabulous (que era a protagonista) e American Horror Story.

04 - Chris Colfer (25 anos) - o que dizer sobre um ator que fez os criadores de uma série criar um personagem para que ele não fosse perdido? Fora o fato de que ele canta, dança, sapateia, faz pirueta, escreve, dirige e ainda atua. Ufa! Chris é o pacote artístico inteiro! Apesar de só ter feito Struck by Lightning como algo expressivamente significativo, além de Glee, Chris é o autor da série de livros Terra de Histórias (que é ótimo) e ainda faz peças teatrais.

03 - Emily Browning (26 anos) - Emily fez uma fofa menininha no longa Navio Fantasma e desde então nunca a perdi de vista. Isto porque ela não demorou para fazer Babydoll em Sucker Punch, Lucy em Sleeping Beauty e Eve em God Help the Girl. A sua participação em Pompéia me faz pensar que ela esteja encontrando espaço em Hollywood, mas espero que mantenha a sua linha mais independente...

02 - Ezra Miller (22 anos) - precisamos falar sobre Ezra! Como Kevin, o rapaz conseguiu a proeza de nos fazer deixar completamente encantados e amedrontados ao mesmo tempo. Fora que o seu estilo quase andrógeno é um prato cheio para possibilidades a mil, tanto que ele já fez personagens bem diversos, como em As Vantagens de ser Invisível, Madame Bovary e Royal Pains. Ele será o próximo Flash nos filmes da DC que virão.

01 - Emma Watson (25 anos) - talvez a única do trio protagonista de Harry Potter que conseguiu se desvencilhar completamente do seu personagem, Emma foi bastante além, construindo uma carreira sólida e digna de admiração. Ela parece ter preferência por se envolver em projetos mais complexos, com diretores que dão pontos fora da curva, tais como Coppola (The Bling Ring) e Darren Aronofsky (Noah). Fora que ela será a mais nova Belle, na versão live action de A Bela e a Fera da Disney. Tem como não amar profundamente?!

P.S - a ordem dos atores foi meio aleatória, uma vez que fui preenchendo conforme lembrava dos mesmos. O top 10, no entanto, foi totalmente consciente. 

Tempo Quântico

Diferentemente do último filme dos Vingadores, que falamos sobre aqui, o reboot do Quarteto Fantástico realmente se deixa debruçar sobre os personagens, construíndo reinterpretações mais longas e destrinchando cada um dos integrantes, na tentativa de fazer algo mais substancial. Talvez não tenha funcionado, exatamente, mas é, definitivamente, um tiro numa direção que reformula o estilo Marvel dos últimos anos.

Tá, o filme não é tão fantástico assim (desculpa, não resisti ao trocadilho). Na verdade, você deve imaginar (corretamente) que o motivo que me levou ao cinema atende pelo nome de Miles Teller. O meu mais novo queridinho de Hollywood é Reed Richards, o cara que se transforma num elástico humano. Bom, já que estamos falando de Miles, vale acrescentar que deu bastante tempo para prestar atenção no Mr. Richards criado por ele, e posso afirmar que esperava mais je ne sais quoi, que ele já provou saber fazer muito bem em filmes como Whiplash, That Awkward Moment, Two Night Stand e The Spectacular Now. Ok, ele traz um aspecto desengonçado e meio sem traquejo social, que parece-me bastante sólido para um Reed na idade representada no filme, mesmo assim criei expectativas que não foram atendidas, principalmente no que se trata em vê-lo num filme de ação, como um dos protagonistas e numa posição de liderança. Pelo filme ficamos com a certeza de que ele não é muito bom para esse tipo de papel...infelizmente...
Sobre os outros personagens, o politicamente ultrajado Victor (Toby Kebbell) me pareceu muito mais um psicótico, do que um narcisista, que a mim soa mais coerente com a imagem que eu havia construído do Dr. Destino. Mas posso estar equivocada, afinal não tenho a leitura das revistas deles para saber. Por sinal, tem outros vilões além do Dr. Destino nessa franquia? 
Os irmãos Storm (Kate Mara e Michael B. Jordan) são tão bleh! que ainda não entendi para onde eles estavam levando as suas atuações. Sue é blasé e inexpressiva. Johnny é rebelde e tenta ser galã. Ben (Jamie Bell) poderia ter sido mais explorado, mas acabou ficando meio de lado, apenas apresentado como o bad boy, guarda-costas e melhor amigo do Reed. Ah, ele também é o cara que vira o Coisa... 
É de destacar que nenhum dos atores principais se deteve às imagens anteriores, buscando por aspectos realmente únicos em seus papéis, procurando desenvolvê-los mais intensamente. Só que deu ruim! Salvo alguns pontos interessantes, o filme acabou mesmo sendo subjulgado pela construção do portal quântico, que deve ter tomado quase metade do longa, sendo provavelmente, o motivo pelo qual o diretor Josh Trank errou a mão e acabou medindo errado o uso do que tinha. 

Gostei do fato de tentarem algo 'novo', mas acho que, o que o longa tem de passo para fora do círculo Marvel, tem também de pobre uso do tempo, de atores e de recursos narrativos. Falando a verdade, tudo no filme é meio flopado, talvez pelo fato de que a franquia acabou se tornando mais próxima do público adolescente, que do adulto (como ocorreu na tentativa anterior), ou talvez porque já estajamos (mal) acostumados com a fórmula de Vingadores. Afinal, ela serviu para mostrar como esses personagens podem ser interessantes e se bem administrados, os recursos cinematográficos podem ser de tirar o fôlego! 
Ao final, é certo que eu não saí da sala de cinema com aquela sensação de que tinha acabado de assistir a um filmaço e sim fiquei com a embrulhante sensação de que o tempo passou meio devagar...
P.S: semioticamente, o fato do Dr. Destino ter feito a bandeira dos EUA de capa, foi bem interessante. Direção de arte arrasou nessa!

O filme Quarteto Fantástico faz parte da minha lista de 24 filmes para 2015, proposta pelo Blogs que Interagem, na categoria Super Heróis.

Crônicas de Viagem - IV

Fotografia da minha janela na última viagem

E dizem, alguns pesquisadores da histíra da imagem, que a fotografia perdeu o seu status inicial, se é que poderia ser chaamdo de status. Bom, esse tal status era o que se referia ao fato de que no início, a fotografia era ligada diretamente à sua funcionalidade. Era uma forma de registrar o movimento das coisas, o que inclui a forma como os seres vivos se mexiam, à trajetória que objetos faziam ao serem lançados, ou caírem. Fora que também tinha uma utilidade médica, que basicamente atribuia à fotografia a possibilidade de averiguar mudanças físicas que um paciente passava, ao passar por um tratamento, ou se existia algum aspecto físico em pacientes psiquiátricos, sendo até usada para verificar 'possíveis' psicopatas.
Isso tudo parece meio chato, né?
Especialmente se a gente pensar em obras feitas por grandes fotógrafos, como Bresson, Salgado, Annie Leibovitz, Vivian Maier, entre tantos outros..., ou como é possível tornar um retrato incrível, mesmo que de forma amadora, sendo necessário apenas um olhar, ou um ponto de vista, que faz com que o simples, se torne marcante.
Agora, magia mesmo era o que o avião começou sendo. Os pioneiros da tentativa aeronáutica, em qualquer lugar do mundo, pareciam particularmente encantados com a possibilidade de voar. Voar como os pássaros, tocar o céu como Ícaro e ver o mundo todo de cima. É difícil, inclusive, você ver em discursos ou comentários atribuídos à eles, alguma menção quanto ao aspecto mecânico e meramente funcional do avião. Se voava pela mesma razão a qual se assiste a um filme, ou se lê um livro pela madrugada. Voava-se pelo prazer. Pelo espanto, Pela adrenalina.
Voava-se pela experiência e pela lembrança de como nós, em toda a nossa complexa, porém ínfima existência, podemos ser responsáveis pelos atos mais interessantes, modificadores e bravos.
Bravos de Valente. De nobre.
Mas a gente passou mesmo por uma inversão de valores. Em algum lugar, a aeronáutica se encontrou com a fotografia, apenas para que mudassem suas fisionomias. Viraram uma espécie de reflexo frouxo do que a outra era capaz de fazer. Frouxo, porque o voar nunca será o mesmo que capturar um singular momento, e se locomover pelo ar, nunca será tão simples quanto fotografar. Mesmo que isso pareça lógico, não é verdade?
Talvez seja, mas vez ou outra somos os afortunados que dividem a aeronave com uma família que está voando pela primeira vez. Uma família que, tá, não sabe muito bem como se comportar em meio a tantos avisos de atar os cintos, ou luzes que acendem do nada. Uma família que, provavelmente nunca pôde realizar essa 'proeza' de se sentir como Ícaro, tentado à chegar bem próximo do sol, mas é uma família que, definitivamente, te lembra desse sentimento.
Do encantamento e total embasbacamento. Do de entrega e de ser completamente refém da sensação de incredulidade. O frio na barriga e a doce questão: "eu to realmente voando, mãe?".
É, as vezes a gente se encontra num desses raros momentos em que alguém ainda se maravilha com o mundo, achando que ele pode ser tão mágico quanto a vista da janelinha.

10 filmes para comer com os olhos

Essa semana minha mãe me indicou uma matéria chamada "Explosão Sensorial", escrita por Lais Cattassini, para a revista Hemo em Revista, uma publicação especializada em assuntos de hematologia e medicina em geral. Bom, aparentemente, sem qualquer relação comigo, na verdade a matéria fala sobre o restaurante O Banquete em Fortaleza e como ele une outras experiências artísticas, como música e cinema, à gastronomia. 
Voi-lá! O que tem a ver comigo na matéria!

Sendo assim, fiquei pensando sobre filmes que ressaltem o aspecto belo da gastronomia e de suas complexidades, tanto paladares, quanto visuais e tentei lembrar de filmes que tratam de comida e que são um verdadeiro banquete para os olhos.
Vem comigo!

01 - A 100 passos de um sonho

Esse filme já rendeu post aqui no Mesa, justamente porque fiquei impressionada com a beleza gastronômica dele. O filme conta a história de um jovem cozinheiro indiano, Hassan (Manish Dayal), e sua família, que ao chegarem em Saint-Antonin-Noble-Val, no sul da França se instalam em uma casa em frente (a 100 passos de distância) ao único restaurante da cidade com uma estrela do guia Michellin.  Visualmente falando, ele é repleto de cores vibrantes, frutas suculentas e cheiros que ultrapassam a tela. Indicadíssimo!

02 - Chef

Também protagonista de um post aqui, o despretencioso filme independente de Jon Favreu narra a saída do chef Carl do mundo da gastronomia sisuda e partindo para uma empreitada no mundo dos food trucks. O Food Truck dele faz um enorme sucesso e logo eles estão em todas as partes. O mais bacana no filme é ver a como eles vão acrescentando os pratos criados por Carl e os tornando cada vez mais significativos na trama. É claro que é um filme que você sai com fome.

03 - Ratatouille

Esse não poderia ficar de fora da lista e falando de gastronomia sisuda (risos), o filme trata justamente da ideia de que qualquer pessoa (ou rato) pode cozinhar, mesmo a mais complexa das receitas! É uma animação de sessão da tarde, que conta a história do ratinho Remy e Linguini, uma dupla bastante controversa, mas bem intensa, que acaba se tornando referência na cozinha francesa.

04 - Julie & Julia

Baseado no livro e Julie Powell, sobre a sua aventura gastronômica em tentar fazer todas as receitas (524) do livro de cozinha de Julia Child; e também na autobiografia da chef Julia, o filme acompanha duas histórias separadas pelo tempo, mas que em comum têm a forma como a gastronomia entrou nas vidas delas, mudando tudo e fazendo-as reencontrar o seu próprio centro. É um filme delicioso e não só porque tem pratos incríveis, mas porque dá vontade de se aventurar na cozinha também. Plus para o fato de ser protagonizado por Meryl Streep (que foi indicada ao Oscar por esse papel) e Amy Adams S2

05 - Chocolat

Muitas pessoas acreditam que o chocolate tem poderes sobrenaturais sobre as nossas atitudes e pode, até, simular a sensação de estar apaixonado ou excitado. Bom, partindo de um princípio semelhante, Chocolat conta com Juliette Binoche, interpretando uma mãe solteira que chega a uma cidadezinha provençal na França e abala as estruturas de lá, ao abrir uma loja de chocolates. Divinos Chocolates! O filme é cheio de chocolate, em todas as formas, derretido, branco, ao leite, meio amargo e por aí vai...difícil não sentir que engordou uns trinta kilos só de assistir!

06 - O Sabor da Paixão (Woman on Top - porque eu gosto mais desse título, rss)

Filme com Penélope Cruz e Murilo Benício, conta como Isabela (Cruz), que era dona de um restaurante na Bahia, vê a sua vida virar de cabeça para baixo, ao ser traída por Tonho (Benício) e decidir mudar para São Francisco, ficando a frente de um programa de culinária que faz um enorme sucesso nas terra ianques. Além de ser banhada por uma trilha sonora deliciosamente brasileira, o longa é uma comédia picante e sexy.

07 - O Sabor de uma Paixão (Ramen Girl - porque o título faz mais sentido original)

Apesar do nome semelhante em português, esse filme com Brittany Murphy não tem nada a ver com o anterior e na verdade vai para o outro lado do mundo, chegando ao Japão. No filme, Abby (Murphy) é uma garota que viaja para Tóquio, apenas para ser abandonada pelo namorado. Sem perspectiva de nada, ela percebe que o Ramen produzido por um determinado restaurante provoca diversas reações nas pessoas e que é isso que ela quer fazer da vida: cozinhar e transmitir sentimentos. É um filme visualmente rico, não só pela parte gastronômica, mas também pela cultura japonesa e seus hábitos. 

08 - Sem Reservas

Não é o primeiro filme que trata sobre a dificuldade das mulheres em se tornarem relevantes no competitivo meio da gastronomia profissional, mas Sem Reservas é embalado por ópera, belos pratos e uma cozinha bastante intensa e à flor da pele. Kate (Zeta-Jones) é uma mulher controladora e bastante perfeccionista, exatamente como parece ser a máxima comportamental de alguns protagonistas chefs e consegue controlar tudo na cozinha, até a chegada de Nick (Eckhart)...

09 - Como água para Chocolate

Filme mexicano que narra o romance de Tita e Pedro que, por uma superstição da família dela, não podem se casar. A mãe da moça sugere que Pedro se case com Rosaura, irmã mais velha de Tita. Para ficar perto da amada, o rapaz aceita e Tita é incubida de fazer o bolo de casamento dos noivos. Quando os convidados comem o bolo, acabam sentindo toda a tristeza da moça, ao preparar o doce e essa é uma das cenas mais bonitas do cinema latino. O filme é mais drama do que, de fato gastronomia, mas vale pela forma como a cozinha e as cenas de comida são feitas.

10 - A Princesa e o Sapo

Outra animação, que conta a transformação de Tiana e Naveen em sapos. A animação tem uma trilha sonora requintada e conta com a habilidade gastronômica de Tiana, que faz sopas, sonhos e outras muitas comidinhas que deixam qualquer um com água na boca. Inclusive a meta dela em abrir um restaurante é um dos principais gatilhos da obra. 

Quero contar pra vocês que depois dessa lista, fiquei com o estômago roncando!E você, qual o seu filme gastronômico favorito?