Sobre Prédios e Janelas


Ao olhar pela minha janela hoje em dia, eu vejo prédios. Também têm quadras de futebol, psicina e play. Têm algumas tímidas árvores, em alguma(s) parte(s) escondida(s) entre as edificações.
Mas basicamente são prédios.
Feitos de vigas, concreto, vidros e telas. Contendo térreo, 1ª andar, 2º andar e cobertura. Vendo o mundo do alto, sentindo o vento um pouco (mais) frio. Cortando o céu e aparando raios.
De vem em quando acho que vi humanos. Pessoas (?), cabeças flutuantes em meio a janelas teladas, vedades e trancadas. Ou talvez sejam seres, de indefinidas mentes, corpos e identidades, que se metamorfoseam, enquanto eu mesma estou distraída durante o café da manhã.
São janelas que me encaram cinzas. Prédios que me olham amarelados. Cortinas que escondem o sol.
Uma janela que se abre e o símbolo dela faz sentido. Ou talvez seja só o vento, refletindo a minha necessidade de dar nome às coisas.
Quem são essas pessoas?
Que vida elas levam?
Porque as persianas?
Será que eu vi Medianeras demais?

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