Am I a human? Am I a machine?

Seguindo a linha de filmes sobre histórias reais, "O Jogo da Imitação" se tornou um dos meus filmes favoritos da temporada de premiações e isso não é apenas por conta do INCRÍVEL Bennedict Cumberbatch (sim, eu sei escrever o nome dele sem precisar do ctrl+c, ctrl+v, obrigada), mas por ser uma história formidável, sobre um ser humano significativo.

"O Jogo da Imitação" conta a história de como Alan Turing (Bennedict Cumberbatch), um brilhante matemático e professor de Cambridge (S2) reduziu a Segunda Guerra Mundial em dois anos, ganhou a briga para os Aliados e salvou mais de 14 milhões de pessoas. Turing passou cerca de três anos trabalhando em decifrar o código 'Enigma' que era utilizado pelos Nazistas, em suas mensagens relativas à ataques, tomadas e construção de planos de Guerra; durante esse tempo o matemático passou por diversas situações e provações pessoais e profissionais, a fim de construir uma máquina que pudesse reduzir um trabalho braçal, que era impossível de ser feito. "Apenas uma máquina pode destruir uma máquina", Turing fala em certo momento, no entanto o que coloca em cheque essa afirmação é justamente a história que se desenrola em três tempos diferentes (1927, 1939 e 1951) e marca com maestria a vida de Turing e o caminho para ele se tornar quem foi.
Com um roteiro formidável, seguimos em uma história de ritmo acelerado, onde as informações acabam se perdendo, caso você não esteja prestando atenção; e para completar, somos liderados por um Bennedict que rouba a cena sempre que aparece. Está certo que em diversos momentos eu me deparei com a forma como Cumberbatch interpreta Sherlock, um homem sem qualquer traquejo social, completamente alheio a formalidades e que tem plena consciência de seu brilhantismo (de modo até arrogante); porém, o brilhantismo de Benny está em se deixar levar pela complexidade de um homem que dava muito mais importância para a sua mente, que para as pessoas ao seu redor, mesmo que dê diversas demonstrações de se envolver com aqueles que se aproximam dele, como Joan (Keira Knightley).

Joan é a 'culpada' por Alan ter tido alguma ajuda na construção de 'Cristopher' (a máquina que posteriormente foi chama da Turing Machine e que hoje são os computadores), uma mulher à frente do seu tempo, que possuia uma singular inteligência e classe que são muito bem retratadas por Keira, mesmo que sua força não consiga se sobrepor a construção feita por Benny. É perceptível a conexão que eles constroem um com o outro, mas também o distanciamento existente que ele fazia questão de manter com os humanos. Talvez por seu passado, bem explorado no filme, talvez pelo próprio momento histórico em que viveu, principalmente sendo homossexual.
Para quem não sabe, ser homossexual era cometer crime de indecência na Inglaterra dos anos retratados no filme e quando descobriram que Alan era gay ele foi condenado à castração química, algo que, provavelmente, reduziu e muito a sua vontade de viver, fazendo com que ele cometesse suicídio com apenas 41 anos. Fazendo um adendo aqui, me pergunto porque mentes tão brilhantes assim eram subjulgadas em seu tempo de vida e reconhecidas apenas post-mortem (sendo exatamente o que aconteceu com Turing).
Importante lembrar, que na época Alan foi dado como louco, mesmo sendo o louco que ganhou a guerra para os Aliados e, mais ainda, foi um louco que deixou um legado inimaginável para o mundo contemporâneo e hoje não podemos viver sem os netos de 'Cristopher'! 
É interessante se perguntar se um ser humano "normal" seria capaz de tal feito.
Com uma fotografia requintada, cenografia e figurinos de primeira, "O Jogo da Imitação" é o tipo de filme que, eventualmente, deveria ser feito, não apenas pela história em si, mas por dar àquele que foi tão significativo para o que o temos hoje, a devida importância. É um filme que visa decrifrar a matemática da inteligência por trás de uma Guerra que foi vencida pela mente humana. Bravo!
Pitacos: "O Jogo da Imitação" é um daqueles filmes lineares. Tem uma ótima produção, ótimo elenco, ótima história e ótima construção; talvez por isso não ganhe nada no Oscar. Explicando: sendo um filme que é tão coeso em todas as suas partes, sem ter nenhuma para se destacar como principal, penso que o longa ficará sempre em segundo plano, em relação àqueles que tiveram algo para chamar de excepcional. Concorrendo à 8 estatuetas, inclusive de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptador, vejo-o como favorito apenas em Roteiro Adaptado. Todos conhecem a minha predileção por Benny, mas acho que Eddie será o ganhador na categoria de Melhor Ator. Patricia Arquette deve levar a estatueta de Coadjuvante. As outras categorias ainda são nebulosas para mim, apesar torcer para O Grande Hotel Budapeste na maioria delas (inclusive melhor filme e melhor diretor), seguido de Whiplash e Birdman.
Ainda tenho mais dois filmes para assistir, será que as minhas opiniões vão mudar?!

(des)Engaiolado

Montada em um falso plano sequência, "Birdman" é uma ácida crítica à Indústria Cinematográfica hegemônica e guarda diversas surpresas positivas para quem assiste a este filme sem tantas expectativas e se deixa levar por essa esquizofrenia contemporânea, representada pelo protagonista.

Frederic Jameson tem uma forma muito única de explicar a esquizofrenia pós-moderna, mas primeiramente quero deixar claro que o uso desta palavra aqui, está em conformidade com uma intenção descritiva e não diagnóstica (mesmo que no caso do filme este segundo até seja possível). Para este teórico da contemporaneidade, o esquizofrênico é um indivíduo que vive em um presente perpétuo e por conta disto não consegue se reconhecer em sua própria identidade pessoal, visto que o sentimento de identidade depende do "eu" e de "mim" através do tempo. (JAMESON, 1985; p. 21 a 23, grifo nosso). O "eu" que se perde atráves de uma identidade que não se reconhece em lugar nenhum e que se perde em reinterpretações ralas de si mesmo. Este é "Birdman". Ou melhor, este é Riggan Thomson (Michael Keaton), um homem que no passado fez sucesso (muito sucesso) ao incorporar um personagem dos quadrinhos, chamado Birdman. Antes do quarto filme da franquia, Riggan disse não e por isso acabou vendo sua carreira desabando.
Sempre lembrado como o personagem que o colocou no hall da fama, Riggan só queria uma oportunidade para mostrar que é um ator de verdade, por isso mesmo entra de cabeça (e com boa parte do dinheiro que conquistou no auge da carreira) em um novo projeto. Desta vez no teatro e interpretando um clássico da dramaturgia norte-americana "What We Talk About When We Talk About Love". Assim, em meio aos ensaios  com o elenco formado por Mike Shiner (Edward Norton), Lesley (Naomi Watts) e Laura (Andrea Riseborough), Riggan precisa lidar com seu agente Brandon (Zach Galifianakis) e ainda com a sua própria esquizofrenia.

A primeira e notável questão presente na obra, é a forma como somos conduzidos dentro desta história: com uma forte e decisiva influência de "Festim Diabólico" de Hitchcock, vemos um falso plano sequência, onde a câmera não para, ao mesmo tempo que parece que estamos lidando com apenas uma câmera. Uma solitária câmera, que tem acesso a tudo e que nos direciona para o que está acontecendo de mais importante. Esta dinâmica câmera nos leva junto em um passeio através dessa condição que todos os atores envolvidos ali parecem enfrentar: até que ponto a atuação é a sua carreira e até que ponto atuar se torna a sua vida.
Tanto Riggan, quanto os outros envolvidos na produção são indivíduos que optaram por esta carreira por diferentes questões, além disso, eles mesmos se questionam continuarmente sobre as dicotomias de "popularidade e prestígio" e "amor e admiração", que norteiam a construção do filme. A primeira está presente durante as cenas entre os atores, sendo um verdadeiro desfile de egos, inclusive durante a Guerra Fria entre Riggan e Mike; a segunda é abordada através da filha de Riggan, Sam (Emma Stone) e sua ex mulher, que tentam ser as vozes de normalidade ali, o que deu à Emma uma excelente oportunidade de explorar um quê artístico que ainda estava adormecido na atriz. Conhecida por seus papéis na comédia-ácida, Emma encarna de modo importante o papel de "pobre filha rica e incompreendida de uma celebridade", correspondendo à altura a mais um dos clichês que são criticados na obra.

A marcação da edição, tão bem coordenada, é um som constante de bateria, que se tornam detalhes extra-campo, muito sabiamente editados e presentes, mas também estão em completa conformidade com o clima quase sufocante da tal câmera que não para. Por conta disso, o filme dá uma aula de pós-produção, o que é importante ser ressaltado.
Importante também, é pontuar a atuação de Keaton, que nos envolve por completo na pisquê esquizofrênica de seu personagem e dá uma importante abertura para que fiquemos confusos junto com ele, que entendamos as suas atitudes (mesmo que não concordemos) e ainda compremos essa sua necessidade em reencontrar a si mesmo. A atuação de Keaton, somada a direção de Alejandro González Iñárritu e multiplicada pela excelência por trás da pós produção, fazem desse filme muito mais do que um forte concorrente ao Oscar: faz dele um campeão atemporal e que será um futuro clássico do cinema do séc. XXI.
Pitacos: Liderando as indicações deste ano, com 9 possíveis prêmios, "Birdman" é o filme para desbancar, juntamente com "Boyhood". A película concorre à, entre outros, Melhor Filme, Melhor diretor, Melhor ator, Melhor ator e atriz coadjuvante e Melhor Roteiro Original. Entre as nove categorias, vejo Birdman como um forte concorrente a cobiçada estatueta de Melhor Filme, Melhor ator e Melhor roteiro Original. Fiquei chocada por ele não ser um concorrente em Melhor Edição, mas pelo menos está correndo por Melhor Edição de Som, o que já alguma coisa. Não é o meu favorito na Melhor Mixagem de Som (esse já é Whiplash) e nem de Melhor Ator (esse já Eddie, ou Bennedict). Em atriz coadjuvante, Emma está ótima, mas está concorrendo com a favorita Patricia e a eterna Meryl. Em ator coadjuvante todas as minhas torcidas estão concentradas em J.K Simons. Quanto a fotografia, O Grande Hotel Budapeste é o meu fav. A maratona continua...

Referência:
JAMESON, Fredric. Pós Modernidade e Sociedade de consumo. Disponível em: http://migre.me/bfuNs acesso em 19 out. 2010.

Crônicas sobre o crescimento

Com um ambicioso projeto de 12 anos, "Boyhood" conquista muito mais pela proposta do que pela história em si, já que prima por um caminho que, de tão banal, é completamente relacionável, especialmente se você, como eu, foi criança/pré-adolescente no começo dos anos 2000.

Mason Jr. (Ellar Coltrane) é o filho caçula de uma relação que começou na adolescência, entre Olivia (Patricia Arquette) (amei o nome) e Mason (Ethan Hawke). Eles engravidaram de Samantha (Lorelei Linklater) e logo depois de Mason, isso quando Olivia ainda estava com 23 anos. Não é difícil imaginar que depois dessa série de gravidez numa idade tão jovem, Olivia e Mason não deram certo, logo, Sam e Mason Jr. são frutos de um verdadeiro relacionamento contemporâneo, por assim se dizer, onde papai e mamãe não moram na mesma casa e você acompanha os dois tendo relacionamentos com outras pessoas, sem ter a real noção se aquilo irá para frente.
A infância de Mason é marcada, assim, pela completa instabilidade de uma mãe que se esforça continuarmente para dar conta de todos as suas obrigações e deveres; e de um pai ausente/presente, que se esforça continuarmente para fazer parte de uma família que não parece ser mais sua. E assim, acompanhamos o tema principal dessa película de quase 3h de duração: o crescimento.

O crescimento em todos os sentidos possíveis, físico, mental, comportamental e por aí vai.
Vemos um Mason passar por diversos estágios de uma vida completamente comum, sem grandes coisas acontecendo, apenas aquilo que um menino passaria, normalmente. Ele se muda bastante (na busca de sua mãe em encontrar algo melhor), conhece e faz diferentes amigos em diferentes estágios da vida, vê sua mãe entrar de cabeça em vários relacionamentos furados, vê seu pai se tornando aquilo que ele já deveria ter sido antes, vê sua irmã indo para a faculdade e vê a si mesmo conquistando diversas aptidões, metas e indo atrás de novas realizações, ao encontrar onde quer explorar a sua própria voz.
É impressionante, de fato, o tempo que o filme se dedicou a ser gravado, só de pensar que todos os anos uma equipe gigantesca se reunia para gravar algumas cenas de um longa que só ficaria pronto muitos anos depois, me faz perceber o quanto eram pessoas envolvidas e crentes neste projeto. Ethan Hawke já havia participado de algo semelhante na trilogia "Antes do amanhecer", que teve gaps de mais ou menos 15 anos entre um filme e outro. Já o diretor Richard Linklater, que é co-autor da obra, mostra o quanto é persistente, jogando as suas fichas e o seu nome nesse ambicioso projeto, que só foi possível graças a uma equipe de produção executiva, que investia todos os anos.

Em termos técnicos, o filme não tem nada demais, mas sua montagem é elegante e não usa de caracteres para saber onde estamos e quanto tempo se passou. A própria história e a forma como ela é contata que se responsabiliza por isso. Novamente, quem cresceu no período retratado do filme, consegue identificar perfeitamente que recurso é utilizado para contar a passagem do tempo, além da óbvia aparência de seus personagens: a cultura pop. Particularmente, me agradou muito eles usarem referências como Britney Spears, High School Musical, Harry Potter, Dragon Ball Z, entre outros tantos, que são extremamente reconhecíveis e, em conformidade com o filme todo, relacionáveis.
É de cair o queixo quanto Ellar ficou parecido com um jovem Ethan Hawke e como todos os personagens tiveram os seus caminhos muito bem desenhados pelas equipes de cabelo e maquiagem. O figurino, é claro, segue os anos que também se passam no enredo, assim como objetos, cenografia e demais elementos que não passam despercebidos, uma vez que são importantes para que a história cresca.

Para mim, "Boyhood" se trata de uma série de crônicas de uma geração que sabe exatamente o que não quer, mas que sofre sob a influência de diversas possibilidades, não sabendo o que deve, quer ou mesmo sonha em ser. Os interesses são tantos, mas por isso mesmo é uma geração que percebe o tempo passando, sem ter muita certeza que próximo passo dá, ou "pior" que dá o próximo passo esperando ter a resposta daquela pergunta, que nem ela mesmo sabe qual é. 
Pitacos: Concorrendo a 6 oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor diretor, Melhor Ator e Atriz Coadjuvante, é o franco favorito nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz Coadjuvante. Melhor Filme seria muito mais por conta do fato deste ser um filme de produtor, que manteve a chama da ideia acesa e como antigamente o prêmio de Melhor filme era dado nessas condições, é possível pensar que haja um retorno aqui. Patricia Arquette ganhou o globo de ouro nesta categoria, então é possível que ela ganhe também, mesmo que esteja concorrendo com Meryl Streep. Acho ele um forte concorrente a Roteiro Original. Vamos ficar de olho.
Confira a lista completa dos indicados

Obcecado por uma raposa

Mais um filme baseado em uma história real, "Foxcatcher" fala de vitória e todas as coisas que vem junto com ela, sendo boas ou ruins, apoiando-se em um evento que foi extremamente significativo no começo dos anos 90 para os esportes e para os Estados Unidos, a prisão do excêntrico milionário John Du Pont, após ter matado o lutador Dave Schultz.

Mark Schultz sempre viveu sob a sombra do irmão mais velho, Dave, que era muito mais simpático e fácil de lidar. Mark nunca foi uma pessoa muito sociável e isso lhe causava alguns problemas no quesito político que envolve o esporte, mas como Dave sempre tomou conta da sua retaguarda, Mark vai junto, focando-se apenas em um objetivo: vencer.
Os irmãos, assim, ganharam nas Olimpíadas de 84 medalhas de ouro.

Esta é a primeira parte de uma história que, segundo como é contada no início do filme, justifica a identificação que John (Steve Carell) sente por Mark (Channing Tatum), de modo que consegue convencer o lutador a comprar a sua ideia e ajudá-lo a criar um centro de treinamento para atletas de Luta Greco-Romana. Mark encontra aí a possibilidade de se tornar mais do que "o outro Schultz" e passa a compreender que tem potencialidades não exploradas até então. De repente, ele pode ser mais! 
É assim que ele se torna "a menina dos olhos" do time Foxcatcher. É assim que a relação de Mark e John se intensifica de tal maneira que se torna desconfortável e descontrolável, mesmo que não nos demos conta disso a princípio, uma vez que o filme segue de modo quase parado e quase nada parece acontecer, mesmo que tudo esteja acontecendo ao mesmo tempo. Channing, por isso, nos presenteia com um personagem determinado, porém que parece estar cansado o tempo todo. Cansado da cobrança e da força com que John coloca em cada momento que estão juntos.

A bomba explode mesmo quando Dave (Mark Ruffalo) decide se juntar ao time, muito mais por estar preocupado com o estado mental do irmão, do que por achar que o Foxcatcher é o lugar onde merece estar. E isso fica evidente, criando uma tensão quase palpável entre John e Dave.
Bom, assim como em Capote e o O Homem que virou o jogoBennet Miller deixa bem claro que Foxcatcher é um filme que une o seu ponto de vista como diretor e o brilhantismo de atuações muito bem dosadas, apoiadas na sua coordenação e no excelente desenho de texto. O  que importa aqui são as posturas psicológicas dos personagens, mas ao ser regido da forma que o é, o filme acabou se perdendo em uma melancolia que, diferente de O Grande Hotel Budapeste, não tem ritmo e nem força suficientes para sobrepor o retrato psicanalítico dos personagens. 
Não que isto seja, necessarimaente, um demérito. Na verdade, centrado na excepcional atuação de um irreconhecível Steve Carell, o maior mérito de Foxcatcher é não ser uma história superficial sobre um crime, mas de tentar compreender a psiquê por trás de uma ação que, na época, pareceu completamente sem sentido. Percebemos que este John apresentado na película, sempre lutou para ter reconhecimento e o orgulho de sua mãe, sempre quis se destacar em algo, apesar de ficar bem claro para nós que suas múltiplas "profissões" nada mais são do que um grito por atenção, completamente ignorado pela matriarca.

Quase digno de pena, a construção de John é brilhante, levando-nos a perceber que ele via na sua relação com Mark um trunfo e uma realização pessoal, mas via na figura de Dave um impecílio e um problema. Completamente complexado, o assassinato de Dave é explicado pela simples indagação: "Você tem algum problema comigo?".
Particularmente, eu esperava um pouco mais de uma história que tem sido tão bem comentada, mas compreendo onde mora a beleza do filme: nas atuações e na direção de arte que faz de cada tomada uma imersão ainda mais profunda na mente de cada um dos envolvidos. 
Se a metáfora é usada no filme, não vejo porque não usá-la aqui, a raposa representa um troféu que, por sua inteligência e sentidos apurados, se torna um desafio capturar. As relações mostradas no filme são as raposas.
Pitacos: Concorrendo à 5 estatuetas, Foxcatcher parecia ser um dos melhores filmes do ano, mas acho que o seu destaque está muito mais no fato de ser baseado em uma história que mexeu tanto com os Estados Unidos. Mark Ruffalo é, em si, um ótimo ator, principalmente se for bem dirigido, porém não acho que ele desbanque J.K Simons em Whiplash. Steve realmente está fenomenal, mas ainda estou apostando as minhas fichas em Keaton, Bennedict ou Eddie. Como maquiagem é o verdadeiro favorito, uma vez que usa do mesmo clima de As Horas dando aos seus personagens traços feios e que ajudam a contar a narrativa de modo primoroso.
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Good Job

Através de um filme inteiramente melódico e banhado por Jazz, "Whiplash" é um presente auditivo e também uma surpresa visual e visceral. Com uma trama emaranhada na dúbia conduta de Terrence e na intensidade com que Andrew aceita o desafio, o filme leva para um desfecho digno de uma obra verdadeiramente Audiovisual como esta.

Aceito há pouco tempo numa das melhores escolas de músicas do país, Andrew Neiman (Miles Teller) tem a singular oportunidade de ser o suplente na Studio Band, uma das bandas titulares da universidade, que é regida pelo ovacionado (porém temido) Terrence Fletcher (J.K Simons). A princípio os dois parecem se dar muito bem e o maestro parece ser injustiçado pelos comentários maldosos, mas logo a sua verdadeira natureza se revela e entre sangue (literalmente), lágrimas e uma manipulação piscológica intensa, Terrence desafia Andrew constantemente para ser o melhor. Para ser perfeito, levando o jovem baterista a diversas reações, violentas, depressivas, ansiosas...humanas.

Perfeito, inclusive é o termo que foi escolhido no subtítulo nacional do filme: "Whiplash: em busca da perfeição" e de fato ele se encaixa na trama, mas perde um pouco de sentido, quando a principal música tocada no longa, para o contexto dessa busca de perfeição foi 'Caravan', mas ok, 'Whiplash' é a canção responsável por dar a Neiman, que até então era suplente, a oportunidade de se tornar o baterista principal da Studio Band.
Sem entrar em mais detalhes quanto ao que acontece a partir dai, porque já seria spoiler, posso comentar que Damien Chazelle, quem assina e dirige esse longa, consegue nos regir com verdadeira maestria por dentro dessa história. Seja por conta dos diálogos afiados, ferinos e até cruéis; seja pela forma como conduz a câmera, quase despretenciosamente, entre tomadas clássicas; subvertendo totalmente essa noção no final
A edição e o desenho de som se destacam lindamente nessa obra, onde o Jazz é escutado o tempo todo e o próprio Jazz é o marcador do ritmo explorado ali, onde, no começo, somos levados a entender como as coisas são e porque o são, depois encontramos-nos frente a frente de um majestoso clímax, repleto de viradas de tirar o fôlego. Viradas como em um solo de bateria.


Falando nos diálogos, esses são quase teatrais, sendo eles determinantes para que se intensifiquem as personalidades desses seres que passamos, por pouco mais de duas horas, a nos entregar de modo entopercedor. É mérito desse incrível roteiro passearmos por tantos sentimentos dúbios ao longo da história, batendo de frente com asco, descrença, identificação, alegria  e força de vontade.
O que se destaca de modo tão decisivo nessa obra, também, é a não possibilidade de decifrar Terrence. Até o final do filme, não sabemos se ele é um gênio, com a intenção de levar os seus músicos ao limite (ou além dele) para que se tornem os melhores; ou um enorme Filho da Puta, que nunca teve os seus sonhos realizados e por isso se esforça para fazê-los desacreditarem em si mesmos. É um personagem que, além de complexo, vai e volta em suas atitudes (não de um jeito 'Malévola') principalmente graças aos seus métodos pouco ortodoxos - capazes de deixar os mais tradicionais de cabelo em pé. Porém, como o filme não pinta - e nem o faz questão de fazê-lo - ninguém como sendo heroí, mocinho, bandido ou vilão, Terrence é apresentado como uma espécie de força imparável, onde não exerga nada além do propósito de extrair (mesmo a força) o brilhantismo de seus alunos. 
Em Andrew já é possível ver uma determinação fervorosa (levemente doentia), de quem entende que não nasceu pronto e que precisa trabalhar duro para chegar em algum lugar. Justamente por isso, esta é uma história que vai muito além da superação, pela superação, sendo uma história de trabalho duro, que mostra que o brilhantismo, tão procurado por Terrence, se encontra na perseverança e na vontade de deixar o seu registro no mundo. Miles Teller, que me ganhou com a sua atuação em "The Spectacular Now", volta a ser desafiado com um Andrew que, como ele, é colocado a prova o tempo todo, não apenas por seu regente, ou por sua família (que faz questão de desqualificar o que ele faz), mas por si mesmo, que resolve ir contra todos os limites físicos e mentais, em busca de ir em frente, assinando o seu nome no mundo. Espero ver grandes atuações vindas dele.
Pitacos: "Whiplash" concorre a 5 estatuetas, entre elas as de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante. Particularmente, acho bem difícil ser um concorrente viável em Melhor Filme, mas com certeza corre pela tangente atrás do cobiçado prêmio de Melhor Ator coadjuvante, uma vez que J.K Simons está de tirar o fôlego! Atualmente é o meu favorito pela Mixagem de Som e pelo prêmio de Edição, uma vez que trabalhou com as duas coisas lindamente, para construir uma história que, visualmente e sonoramente, fizessem sentido. Gosto da ideia dele concorrendo à Roteiro Adaptado, mas não tennho certeza se ele bateria "A Teoria de Tudo" ou "O Jogo da Imitação". Veremos...
Confira a lista completa dos indicados

O tempo é o que fazemos com ele

De certa forma, um filme simples, mas que brilha através da complexa relação do casal principal, o brilhantismo de Hawking e a leveza das atuações. Este é "A Teoria de Tudo".

Partindo do momento em que Stephen Hawking conhece Jane Wilde, em meados dos anos 60, o filme indicado à 5 estatuetas Oscars (incluindo Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Atriz) e vencedor de dois globos de Ouro - conta os anos que se seguiram entre a descoberta da doença de Stephen, até o seu convite para se tornar cavaleiro da Rainha da Inglaterra. Para quem não sabe de quem o filme fala, aqui vai um pequeno resumo de quem é Stephen Hawking:
Brilhante físico contemporâneo, hoje com 72 anos, Stephen Hawking sofre de uma doença chamada Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que basicamente degenera o corpo, parando as funções voluntárias musculares, como andar, engolir, falar e escrever, porém a doença não atinge o cérebro de Hawking, que mesmo vivendo em uma cadeira de rodas e se comunicando através de um computador, continuou a sua pesquisa e hoje é considerado um dos mais importantes cosmólogos e pesquisadores da área.
No filme, porém, ficamos de frente com a história por trás do seu brilhantismo e entendemos de onde ele encontrou forças e suporte para que seguisse em frente e continuasse seus estudos. Tudo isso se resume a uma palavra: Jane.

Jane namorou e foi casada com Stephen por 26 anos e neste período dedicou-se a ele para que tivesse uma vida plena e de realizações. Eles tiveram 3 filhos e, apesar de separados, mantem uma relação de amizade até hoje. Também no filme, fica claro que mesmo tendo "o peso da ciência" contra ela na época, Jane não desistiu de estimular o ex marido para que ele usufruisse de todas as suas potencialidades. Sim, até aqui parece uma história recheada de clichês de superação, de momentos de glória e etc, porém é exatamente no contrário que está o grande mérito desta história: nunca a física foi tão humana quanto neste filme
E como humanos, tanto Stephen, quanto Jane, passam por provações e se auto-questionam se estão fazendo a coisa certa. Também passam por desafios juntos e superam-se no dia-a-dia, mostrando que sem uma base sólida, não seríamos capazes de vencer, nem mesmo, os impecílios cotidianos.

O mais interessante neste belíssimo roteiro adaptado, é a forma como a força de Jane extrapola os limites, aparentemente impostos pelas probabilidades, de modo que na relação que constroi com Stephen, ambos se desafiam diariamente. Principalmente em ser uma pessoa melhor e realmente fazer a diferença. Ela coloca em cheque as crenças dele e vice-e-versa e, sinceramente, o quão forte que isso é na película, é mérito completo de Eddie Redmayne e Felicity Jones, que regem com maestria os momentos desta história, com um timing excelente, de modo que as indicações são merecidíssimas e o globo de ouro para Eddie foi mais do que necessário! Além de convencerem-nos de que são essas pessoas, temos a sensação de nos tornamos próximos a eles e capazes de nos relacionarmos com essa vida difícil, porém gratificante que levaram juntos. Identificação é, aqui, a chave para esse filme.

Nessa rotina diária, apresentadas para nós através de uma estética de vídeos caseiros, percebemos o tempo passando - mesmo que esse tempo não tenha sido deixado claro - nos dando conta de que, além de ter desafiado as probabilidades, Jane e Stephen desafiaram a própria existência de si mesmos, e mesmo que eles não tenham ficado juntos, viveram uma verdadeira história de amor, muito maior que outras tantas já contadas pela 7a arte. E já que o tempo não retorna, eles apenas fizeram suas escolhas e seguiram em frente. Tudo então, se resume a ele, o tempo, que parece ser a chave para compreender "A Teoria de Tudo".

Pitacos: Sem grandes detalhes técnicos, o filme prima pela simplicidade e por uma Trilha Sonora muito bem regida, que marca os momentos tratados ali, de modo que se torna uma grande estrela na construção da montagem da película e na fluídez da mesma. Para mim, ele é um grande favorito nesta categoria. Quanto às outras que concorre, acredito que ele possa ir contra as expectativas, uma vez que a Academia parece ser grande fã de histórias como esta. Não me surpreenderia se Eddie levasse a estatueta para casa, como Melhor Ator, porém Cumberbatch continua sendo o meu favorito. Felicity incorpora muito bem essa força motriz que é Jane Wilde, mas será bem dificil superar Julianne More. 

Indicados ao Oscar 2015

Vai, você já sabe que todos os anos, quando chega a temporada de premiação, a gente faz um "esforço" danado de assistir todos os filmes que estão concorrendo à estatueta de melhor filme. Este ano não é diferente e abaixo seguem as infos dos indicados, não só nas categorias principais, mas também nas chamadas técnicas. 
Durante este mês eu estarei assistindo aos que concorrem nas categorias principais e, claro, dividindo com vocês as minhas opiniões e pitacos. 
Seguem os indicados:

Melhor filme
"Sniper americano"
"Birdman"
"Boyhood: Da infância à juventude"
"O grande hotel Budapeste"
"O jogo da imitação"
"Selma"
"A teoria de tudo"
"Whiplash"

Melhor diretor
Alejandro Gonzáles Iñárritu ("Birdman")
Richard Linklater ("Boyhood")
Bennett Miller ("Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo")
Wes Anderson ("O grande hotel Budapeste")
Morten Tyldum ("O jogo da imitação")

Melhor ator
Steve Carell ("Foxcatcher")
Bradley Cooper ("Sniper americano")
Benedict Cumbertatch ("O jogo da imitação")
Michael Keaton ("Birdman")
Eddie Redmayne ("A teoria de tudo")

Melhor ator coadjuvante
Robert Duvall ("O juiz")
Ethan Hawke ("Boyhood")
Edward Norton ("Birdman")
Mark Ruffalo ("Foxcatcher")
JK Simons ("Whiplash")

Melhor atriz
Marion Cotillard ("Dois dias, uma noite")
Felicity Jones ("A teoria de tudo")
Julianne Moore ("Para sempre Alice")
Rosamund Pike ("Garota exemplar")
Reese Whiterspoon ("Livre")

Melhor atriz coadjuvante
Patricia Arquette ("Boyhood")
Laura Dern ("Livre")
Keira Knightley ("O jogo da imitação")
Emma Stone ("Birdman")
Meryl Streep ("Caminhos da floresta")

Melhor filme em língua estrangeira
"Ida" (Polônia)
"Leviatã" (Rússia)
"Tangerines" (Estônia)
"Timbuktu" (Mauritânia)
"Relatos selvagens" (Argentina)

Melhor documentário
"O sal da terra"
"CitizenFour"
"Finding Vivian Maier"
"Last days"
"Virunga"

Melhor documentário em curta-metragem 
"Crisis Hotline: Veterans Press 1"
"Joanna"
"Our curse"
“The reaper (La Parka)"
"White earth"

Melhor animação
"Operação Big Hero"
"Como treinar o seu dragão 2"
"Os Boxtrolls"
"Song of the sea"
"The Tale of the Princess Kaguya"

Melhor animação em curta-metragem
"The bigger picture"
"The dam keeper"
"Feast"
"Me and my moulton"
"A single life"

Melhor curta-metragem em 'live-action'
"Aya"
"Boogaloo and Graham"
"Butter lamp (La lampe au beurre de Yak)"
"Parvaneh"
"The phone call"

Melhor roteiro original
Alejandro G. Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris Jr. e Armando Bo ("Birdman")
Richard Linklater ("Boyhood")
E. Max Frye e Dan Futterman ("Foxcatcher")
Wes Anderson e Hugo Guinness ("O grande hotel Budapeste")
Dan Gilroy ("O abutre")

Melhor roteiro adaptado
Jason Hall ("Sniper americano")
Graham Moore ("O jogo da imitação")
Paul Thomas Anderson ("Vício inerente")
Anthony McCarten ("A teoria de tudo")
Damien Chazelle ("Whiplash")

Melhor fotografia
Emmanuel Lubezki ("Birdman")
Robert Yeoman ("O grande hotel Budapeste")
Lukasz Zal e Ryszard Lenczewski ("Ida")
Dick Pope ("Sr. Turner")
Roger Deakins ("Invencível")

Melhor edição
Joel Cox e Gary D. Roach ("Sniper americano")
Sandra Adair ("Boyhood")
Barney Pilling ("O grande hotel Budapeste")
William Goldenberg ("O jogo da imitação")
Tom Cross ("Whiplash")

Melhor design de produção
"O grande hotel Budapeste"
"O jogo da imitação"
"Interestelar"
"Caminhos da floresta"
"Sr. Turner"

Melhores efeitos visuais
Dan DeLeeuw, Russell Earl, Bryan Grill e Dan Sudick ("Capitão América 2: O soldado invernal")
Joe Letteri, Dan Lemmon, Daniel Barrett e Erik Winquist ("Planeta dos macacos: O confronto")
Stephane Ceretti, Nicolas Aithadi, Jonathan Fawkner e Paul Corbould ("Guardiões da Galáxia")
Paul Franklin, Andrew Lockley, Ian Hunter e Scott Fisher ("Interestelar")
Richard Stammers, Lou Pecora, Tim Crosbie e Cameron Waldbauer ("X-Men: Dias de um futuro esquecido")

Melhor figurino
Milena Canonero ("O grande hotel Budapeste")
Mark Bridges ("Vício inerente")
Colleen Atwood ("Caminhos da floresta")
Anna B. Sheppard e Jane Clive ("Malévola")
Jacqueline Durran ("Sr. Turner")

Melhor maquiagem e cabelo
Bill Corso e Dennis Liddiard ("Foxcatcher")
Frances Hannon e Mark Coulier ("O grande hotel Budapeste")
Elizabeth Yianni-Georgiou e David White ("Guardiões da Galáxia")

Melhor trilha sonora
Alexandre Desplat ("O grande hotel Budapeste")
Alexandre Desplat ("O jogo da imitação")
Hans Zimmer ("Interestelar")
Gary Yershon ("Sr. Turner")
Jóhann Jóhannsson ("A teoria de tudo")

Melhor canção
"Everything is awesome", de Shawn Patterson ("Uma aventura Lego")
"Glory", de John Stephens e Lonnie Lynn ("Selma")
"Grateful", de Diane Warren ("Além das luzes")
"I'm not gonna miss you", de Glen Campbell e Julian Raymond ("Glen Campbell…I'll be me")
"Lost Stars", de Gregg Alexander e Danielle Brisebois ("Mesmo se nada der certo")

Melhor edição de som
Alan Robert Murray e Bub Asman ("Sniper americano")
Martín Hernández e Aaron Glascock ("Birdman")
Brent Burge e Jason Canovas ("O hobbit: A batalha dos cinco exércitos")
Richard King ("Interestelar")
Becky Sullivan e Andrew DeCristofaro ("Invencível")

Melhor mixagem de som
John Reitz, Gregg Rudloff e Walt Martin ("Sniper americano")
Jon Taylor, Frank A. Montaño e Thomas Varga ("Birdman")
Gary A. Rizzo, Gregg Landaker e Mark Weingarten ("Interestelar")
Jon Taylor, Frank A. Montaño e David Lee ("Invencível")
Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas Curley ("Whiplash")

Alguns dos concorrentes já estão com críticas aqui no blog, como Interestelar, O Grande Hotel Budapeste (meu favorito, até então) e Capitão América 2.
Vamos "pitacar"?!

Mais lidos de 2014

Adoro quando um ano termina e outro se inicia. Entre outros motivos, o fato de poder compartilhar com vocês os posts de maior visualização desse ano que passou me deixa super animada!
Então vamos lá?

Uma dupla crítica sobre as sequências de "Capitão América" e "O Espetacular Homem Aranha". Aqui eu falo sobre os dois filmes e como eles se destacaram entre tantas outras sequências mais ou menos por aí. 


Todos os detalhes sobre o Beco Diagonal, inaugurado neste ano no parque Universal Studios na Flórida. Eu conto tudo o que você precisa saber para aproveitar ainda mais a sua visita neste delicioso parque, fora que você também fica sabendo de alguns segredinhos...


Para mim, o melhor filme de 2014, "Her" trata de um homem que se apaixona pelo seu sistema operacional. Nesta crítica, falo de como a relação Theo e Samantha, apesar de artificial, é extremamente real e relacionável. 


A crítica sobre o filme "a 100 passos de um sonho" fez bastante sucesso este ano. Na crítica eu trato da abordagem que optaram por fazer, ao usar cenários belíssimos e comidas coloridas e cheias de vida. O filme é bem simpático e não tem nada de extraordinário, mesmo assim, vale a leitura e a assistida ;) 


O meu top 5 de personagens marcantes pelo estilo (contemporâneo) foi um dos posts mais lidos deste ano, pois reuniu Blair Waldorf, Jess, Spencer e outras personagens incríveis! 

Mesmo assim, ficou empatado com:

Detalhes sobre a minha complexa relação com Ed Sheeran e como hoje somos grandes amigos! rss. Com canções que tocam meu coração e embalam(ram) a minha vida em vários momentos, também discorro sobre o novo cd da carreira do ruivo. P.S ainda não acredito que a gente vai se ver em abril >.<


Sobre um dos filmes que eu mais esperei para assistir no ano passado e como ele me deixou frustrada! Com um roteiro ralo, gaps que incomodam e uma personagem mal construída, Malévola deixou (e muito) a desejar! Saiba porque eu acho isso.


Um sincero desabafo sobre a última novela de Manoel Carlos. Neste post, eu pretendia colocar em questão algumas das escolhas do autor, assim como questionar a superficialidade dos personagens e a falta de fôlego dessa última Helena.


Neste post eu faço um raio-x da estilosa e linda Lily Collins, pontuando algumas das suas escolhas para Street Style, Red Carpet e makeup. 


O último episódio de "How I Met Your Mother" causou tantos comentários e falácias, que eu tive que postar a minha opinião e compartilhar com vocês toda uma teoria baseada em observação e (uma pitada de) vício na séries, que pretende, não só defender o último episódio, mas também fazer você pensar um pouco mais sobre o que viu.


Crítica do filme "Lucy", esse post foi o mais lido do ano de 2014. Nele eu ressalto as qualidades do longa, assim como trato de algumas questões que foram levantadas no decorrer do filme, mas que no entanto podem ter gerado dúvidas nos espectadores. 

Estilo Nota 10: Ginnifer Goodwin

A estrela da vez é a Snow White da série Once Upon a Time, Ginnifer Goodwin, que, fofíssima, sempre manteve um estilo bem feminino e romântico, desde seus primeiros filmes (vide "O Sorriso de Monalisa" e "O noivo da minha melhor amiga"), até hoje, quando é uma das protagonista na série OUT.
Como já fez diversos papéis de diversos estilos, Ginnifer já usou diversos estilos de cabelos. Confesso que prefiro ela de cabelo médio, mas como Ginni tem um verdadeiro rosto de boneca, os cabelos mais curtos caem super bem nela e ressaltam os seus traços delicados.

Falando em traços delicados, particularmente adoro o estilo de maquiagem que ela costuma usar. Ressalta as sombrancelhas e os olhos, mas usa um batom bem claro, apostando em nudes, rosas e pêssegos. Vale dizer que a maquiagem dela só ressalta a pele de porcelana dela, que é lindíssima, vamo combinar!
No Street Style, Ginnifer é normalmente vista usando tons pastéis e neutros, em vestidos fofos e composições de estamparias simples. Vale dizer que ela é adepta do conforto e da roupa "fácil", sem abrir mão da elegância e de traços que fazem com que ela pareça clássica e bem vestida sempre.

No Red Carpet dá pra perceber que ela tem sempre ao seu lado um excelente complemento, que é o maridão Josh Dallas, além de um ótimo gosto para escolher roupas que só ressaltam a sua figura. Super importante dizer que Ginnifer é baixinha, então para não correr o risco de ser engolida pelas roupas, ela costuma usar linhas simples e sóbrias


Particularmente, o que eu mais gosto no estilo da Ginnifer, é que super bate com o meu, ao optar por elementos mais atemporais e cores claras, o que prova que para nós, branquinhas (bem branquinhas) também ficam ótimas peças rosas, lilás, brancos e demais cores assim, sem dispensar o bom e excelente pretinho básico. Veja mais looks da Ginnifer e me conta, o que você achou?


Séries para as suas Férias - parte III

Como todas as séries que nós falamos por aqui, nosso especial teve apenas alguns episódios, mas tenho certeza que deixou muita gente mais feliz nessas férias. Se foi esse o seu caso, então a missão foi cumprida! Nesta última parte vamos falar sobre mais cinco séries que tiveram, no máximo, três temporadas, mas que deixaram saudades e que você pode curtir nesse período de descanso.
Não deixem de comentar se você já viu alguma delas, se gostou das sugestões e se vai assistir por causa das indicações.
Então vamos lá?

05 - The Nine Lives of Chloe King

A série começa no aniversário de 16 anos de Chloe King, uma garota, aparentemente normal, mas que acaba descobrindo ter poderes e fazer parte de uma linhagem nobre da espécie Mai. Essa espécie foi abençoada, ainda no Egito Antigo, pela deusa gata Bastet. Existem outras espécies conflitantes aos Mais e a missão de Chloe é a de unificar as espécies, mas como tal, a moça está sempre sendo ameaçada.
Particularmente eu acho que é uma série legal, porque tem um ritmo bem divertido e constura muito bem as histórias, mesmo que seja bem direcionada ao público adolescente.
Quantas temporadas e episódios? 1 temporada, 10 episódios.

04 - Hellcats

Se você, assim como eu, adora "As Apimentadas", aquele filme adolescente sobre líderes de torcida que se enfrentam numa competição nacional, com certeza vai adorar Hellcats. Nessa série, vemos os treinos, dramas e relações existentes entre as líderes de torcida da universidade. O que era legal nessa série, era que além das torcidas, propriamente ditas, acompanhávamos as questões políticas e existenciais do mundo competitivo da torcida, além dos esportes multimilionários patrocinados e paitrocinados nas universidades norte-americanas.
Quantas temporadas e episódios? 1 temporada, 22 episódios.

03 - Pan Am

Já falamos dessa série aqui, justamente porque ela é particularmente incrível! Nos anos 60, a série conta a vida de quatro mulheres, aeromoças da Pan Am, que entre viagens internacionais e dramas internos, vivem todos os dramas e as questões que marcaram a década. Além dos figurinos lindozos, Pan Am tem uma ambientação primorosa e episódios gravados em diferentes lugares do mundo.
Quantas temporadas e episódios? 1 temporada, 14 episódios.

02 - Make it or Break it

As três melhores amigas Payson, Kaylie e Lauren sempre foram muito próximas e o amor pelo esporte (ginástica artística) as tornaram inseparáveis. As três são atletas de elite, treinando e competindo em campeonatos de ponta, com o sonho de se tornarem as representantes olímpicas dos Estados Unidos. Além de cenas incríveis, com acrobacias, a história consegue nos envolver e fazer com quem nos apeguemos às meninas. Apesar de ter sido cancelada de modo abrupto, a série conseguiu ter um desfecho interessante e aceitável.
Quantas temporadas e episódios? 3 temporadas, 48 episódios.

01 - Smash

Falamos dessa (fodástica) série aqui e para quem gosta de musical, perfomances incríveis e Broadway, vai amar essa série! Ela acompanha os bastidores da produção, construção e estréia de um musical baseado na vida de Marilyn Monroe. A série se centra em como a história de Marilyn pode ser um reflexo e até uma metafora da vida das pessoas que estão envolvidas no desenvolvimento do musical. Vale um note importantíssimo, que é a trilha sonora! Quando você menos esperar, vai cantar e assobiar todas canções de todas as temporadas!
Quantas temporadas e episódios? 2 temporadas, 25 episódios
Já está disponível para quem tem Netflix, mas caso você não tenha Assista Online