Entre muitas das coisas que eu aprendi durante toda a minha vida, é a valorização de oportunidades unicas.
Só que nao sabia que as oportunidades eram tao fugazes, quero dizer, talvez entre tudo que a vida nos proporciona, depois de um longo trabalho, os lances que sao realmente bons, acontecem num piscar de olhos...
ha algum tempo eu vinha querendo sumir, partir para a fuga, daqui, dali, e me colocar em um lugar que eu pudesse respirar um pouco só e sentir que o que eu estou fazendo é algo que vale a pena...
Essa possibilidade apareceu para mim, como um presente de aniversário atrasado!
Sem muita certeza, fiz as provas, enviei o curriculo e eis que me surgiu-a.
Diante da minha frente...
Cambridge!
Ali, quase eu podendo tocar...
quase...
mas para nao perder a vez, me pus na fila e disse para mim mesma que dessa vez nao deixaria passar!!
E nao deixei!
Julho me espera, me aguarda ansiosamente, enquanto eu faço as minhas malas para essa, que promete ser a melhor experiencia de todas...
O sonho dos amantes
Certa vez em kyoto, havia um rico mercador que tinha uma filha. O nome dela era Ko Shikibu. Ela era bonita, modesta, muito inteligente, e seu pai a amava muito. Ele a tratava com muito carinho e sempre convidava moças de excelentes qualidades para fazê-la companhia.
Numa tarde solitária, enquanto a moça observava a chva de outono pela janela, ela pegou em um sono profundo. De repente, pareceu que um estranho surgiu diante dela segurando um buquê de rosas brancas. Ele estendeu as flores, sem dizer nenhuma palavra. Ko Shikbu, um pouco envergonhada, aceitou as flores, e sorriu. Preso as rosas havia um pedaço de papel com um poema:
Um sonho é tao breve
Quanto a visao do amor
Numa realidade desconhecida
Ela olhou para os versos com admiração. Eram tao adocicados que tocaram seu coração. Que sonho extraordinario!
Na noite seguinte, ao fechar a porta movel para dormir, o mesmo rapaz apareceu em seu quarto. Suas vestimentas eram de um guerreiro, mas seu rosto era tao doce que o coração dela disparou. Ela tentou se mover, mas ele segurou sua mao e começou a lhe dizer sobre seu amor por ela. Ela ouvia, muda em sua agitação.
Quando o galo cantou, ela abriu a os olhos. Quem era aquele homem, que se declarava um escravo do amor?
Daquele dia em diante, a vida de Ko Shikbu mudou. Quando seu amado a visitava, ela era a mais feliz das mulheres. Quando nao, ela passava longos meses vazios, totalmente sozinha. Ela nao tocava mais o koto, nao comia, nao ria. Sua saude definhava visivelmente.
Desesperado, seu pai ofereceu preces para sua recuperação, mas tudo em vao, pois ela permanecia na cama, só pensando no seu amado, morrendo de saudades dele, totalmente incapaz de distinguir a realidade do sonho.
Entao ele ordenou a seus homens que fossem buscar MotoTsuno, um velho monge, um homem santo que vivia ao pé do Monte Shigi. "Ele tem poderes extraordinarios, curará minha filha!" o mercador exclamava consigo.
Felizmente, o monge conseguiu curar Ko Shikbu, e seu pai, com lágrimas nos olhos, prometeu levá-la em uma peregrinação em Ishiyama, o grande templo perto do Lago Biwa.
Quando eles chegaram, Ko Shikbu prostou-se em súplica e rezou fervorosamente. Quando ela terminou, percebeu que nao estava sozinha. Dos homens conversavam na sala ao lado. Ela espiou por uma fresta e quem viu? Sim, seu amado. Parecia que ela voltava a dormir, e que seus sonhos estavam logo ali, apos aquela porta.
Pensando estar sonhando de novo, ela prestou atençao a conversa dos dois.
"Por que você viajou até aqui? Eu nao entendo!" disse um dos homens.
"Eu vou lhe dizer. No ano passado, eu recebi um buque de rosas brancas, com o seguinte poema:
Eu acordo e descubro
Que nosso amor é um sonho.
Pode um sonho tornar-se realidade?
Desde entao, minha vida mudou completamente. De tempos em tempos, eu a visito, mas somente em sonhos. Essa peregrinação seria minha chance de que meus sonhos se tornem realidade."
Ko Shikbu começou a chorar baixinho. Aquele sonho era seu sonho! Aquela realidade era a sua realidade! Ela queria desesperadamente abrir a porta que a separava de seu amado, mas nao era apropriado a uma dama fazê-lo, entao ela se controlou.
Ela esperou silenciosamente até que os dois homens começaram a entoar o Lótus Sutra. Entao ela saiu do templo. Era tarde da noite, e ela nao tinha uma lanterna. Estava tão escuro que ela nao viu o Lago.
Agora ela estava às portas da morte. Num relance, ela se lembrou de sua mae, que tinha morrindo quando ela ainda era uma garotinha. Imaginou a tristeza de seu pai com a perda de sua filha unica. Entao ela rezou para que ela e seu amado pudessem se encontrar na terra pura.
O sol raiou e nem a moça, nem o guerreiro foram encontrados. Procuraram por toda a parte, mas parecia que eles simplesmente tinham desaperecido na noite.
O amor que eles compartilhavam, que tinha florecido em seus sonhos, e sobreviveu sobre as águas negras do Lago Biwa.
Numa tarde solitária, enquanto a moça observava a chva de outono pela janela, ela pegou em um sono profundo. De repente, pareceu que um estranho surgiu diante dela segurando um buquê de rosas brancas. Ele estendeu as flores, sem dizer nenhuma palavra. Ko Shikbu, um pouco envergonhada, aceitou as flores, e sorriu. Preso as rosas havia um pedaço de papel com um poema:
Um sonho é tao breve
Quanto a visao do amor
Numa realidade desconhecida
Ela olhou para os versos com admiração. Eram tao adocicados que tocaram seu coração. Que sonho extraordinario!
Na noite seguinte, ao fechar a porta movel para dormir, o mesmo rapaz apareceu em seu quarto. Suas vestimentas eram de um guerreiro, mas seu rosto era tao doce que o coração dela disparou. Ela tentou se mover, mas ele segurou sua mao e começou a lhe dizer sobre seu amor por ela. Ela ouvia, muda em sua agitação.
Quando o galo cantou, ela abriu a os olhos. Quem era aquele homem, que se declarava um escravo do amor?
Daquele dia em diante, a vida de Ko Shikbu mudou. Quando seu amado a visitava, ela era a mais feliz das mulheres. Quando nao, ela passava longos meses vazios, totalmente sozinha. Ela nao tocava mais o koto, nao comia, nao ria. Sua saude definhava visivelmente.
Desesperado, seu pai ofereceu preces para sua recuperação, mas tudo em vao, pois ela permanecia na cama, só pensando no seu amado, morrendo de saudades dele, totalmente incapaz de distinguir a realidade do sonho.
Entao ele ordenou a seus homens que fossem buscar MotoTsuno, um velho monge, um homem santo que vivia ao pé do Monte Shigi. "Ele tem poderes extraordinarios, curará minha filha!" o mercador exclamava consigo.
Felizmente, o monge conseguiu curar Ko Shikbu, e seu pai, com lágrimas nos olhos, prometeu levá-la em uma peregrinação em Ishiyama, o grande templo perto do Lago Biwa.
Quando eles chegaram, Ko Shikbu prostou-se em súplica e rezou fervorosamente. Quando ela terminou, percebeu que nao estava sozinha. Dos homens conversavam na sala ao lado. Ela espiou por uma fresta e quem viu? Sim, seu amado. Parecia que ela voltava a dormir, e que seus sonhos estavam logo ali, apos aquela porta.
Pensando estar sonhando de novo, ela prestou atençao a conversa dos dois.
"Por que você viajou até aqui? Eu nao entendo!" disse um dos homens.
"Eu vou lhe dizer. No ano passado, eu recebi um buque de rosas brancas, com o seguinte poema:
Eu acordo e descubro
Que nosso amor é um sonho.
Pode um sonho tornar-se realidade?
Desde entao, minha vida mudou completamente. De tempos em tempos, eu a visito, mas somente em sonhos. Essa peregrinação seria minha chance de que meus sonhos se tornem realidade."
Ko Shikbu começou a chorar baixinho. Aquele sonho era seu sonho! Aquela realidade era a sua realidade! Ela queria desesperadamente abrir a porta que a separava de seu amado, mas nao era apropriado a uma dama fazê-lo, entao ela se controlou.
Ela esperou silenciosamente até que os dois homens começaram a entoar o Lótus Sutra. Entao ela saiu do templo. Era tarde da noite, e ela nao tinha uma lanterna. Estava tão escuro que ela nao viu o Lago.
Agora ela estava às portas da morte. Num relance, ela se lembrou de sua mae, que tinha morrindo quando ela ainda era uma garotinha. Imaginou a tristeza de seu pai com a perda de sua filha unica. Entao ela rezou para que ela e seu amado pudessem se encontrar na terra pura.
O sol raiou e nem a moça, nem o guerreiro foram encontrados. Procuraram por toda a parte, mas parecia que eles simplesmente tinham desaperecido na noite.
O amor que eles compartilhavam, que tinha florecido em seus sonhos, e sobreviveu sobre as águas negras do Lago Biwa.
The solid mask
20 de mar. de 2010
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E desde criança eu desenvolvir a técnica de me fechar.
De nao contar para ninguem como me sentia.
De chorar em silência no quarto e dizer para mim mesma que "tudo ia ficar bem!".
Recentemente eu aprendi a otra coisa boa em ter um carro! De poder gritar o quanto quiser e chorar até o peito nao aguentar mais.
Sempre achei que estando um passo a frente de todo mundo eu nao m machucaria, mas acotnece que parece que quanto mais eu grito, mas eu tenho que ficar quieta. E quanto mais eu vou para frente, mais eu recuo e me recuso.
Escrever é uma das coisas que me faz sentir aliviada, ou pelo menos ano tão sufocada. Por que mesmo que ninguem leia, eu sempre vou poder rever como me sentia.
Outra coisa bem interessante tambem vem com essa sensação de vazio: a máscara fixa. Qua nao se desfaz em nenhum momento e por causa disso, ninguem é capaz de dizer queando voce está se sentindo miserável.
Acho que perdi tempo de mais criando essa mascara que ficou perfeita de mais! Ninguem acredita que eu possa precisar de um ombro, pois eu sempre fui quem ofereceu o ombro, o que até certo modo eu até prefiro que seja assim, afinal nao quero ser fraca, nao quero ser quebrável, vulnerável. No entanto nem mesmo os meus amigos mais antigos se percebem desse momento de fraqueza que acontece de vez em quando comigo.
E assim mesmo, quando eu me percebo, choro o quanto posso. Minha alma sai lavada, meu ser calmo e eu posso, enfim continuar dando um passo a frente, um passo a frente de tudo e de todos.
Do dia 13
Welcome to the jungle
We've got fun 'n' games
In the jungle
Welcome to the jungle
You know where you are?
You're in the jungle baby
'Cause you could be mine
But you're way out of line
With your bitch slap rappin'
And your cocaine tongue
You get nuthin' done
I said you could be mine
Cause it would take a lot more hate than you
To end the fascination
Even with an iron fist
All that you got to rule the nation
But all I got is precious time
Knock-knock-knockin' on heaven's door
Knock-knock-knockin' on heaven's door
Knock-knock-knockin' on heaven's door
Knock-knock-knockin' on heaven's door
If the world would end today
All the dreams we had would all just drift away, oh
No, there’s nothing more to say
If the world would end and all loves drift away
All that I wanted was
Now I know you better
You know I know better
Now I know you better
I don't know just what I should do
Everywhere I go I see you
Thought it's what you planned
This much is true
What I thought was beautiful
Don't live inside of you
Anymore
Don't you cry tonight
I still love you baby
Don't you cry tonight
Don't you cry tonight
There's a heaven above you baby
And don't you cry tonight
I BEEN WALKIN' THE STREETS AT NIGHT
JUST TRYIN' TO GET IT RIGHT
HARD TO SEE WITH SO MANY AROUND
YOU KNOW I DON'T LIKE
BEING STUCK IN THE CROWD
AND THE STREETS DON'T CHANGE
BUT BABY THE NAME
I AIN'T GOT TIME FOR THE GAME
'CAUSE I NEED YOU
YEAH, YEAH, BUT I NEED YOU
OO, I NEED YOU
WHOA, I NEED YOU
OO, ALL THIS TIME
So if she's somewhere near me
I hope to God she hears me
There's no one else
Could ever make me feel
I'm so alive
I hoped she'd never leave me
Please God you must believe me
I've searched the universe
And found myself
Within' her eyes
Don't ya think that you
Need somebody
Don't ya think that you
Need someone
Everybody needs somebody
You're not the only one
You're not the only one
Take me down
To the paradise city
Where the grass is green
And the girls are pretty
Take me home
We've got fun 'n' games
In the jungle
Welcome to the jungle
You know where you are?
You're in the jungle baby
'Cause you could be mine
But you're way out of line
With your bitch slap rappin'
And your cocaine tongue
You get nuthin' done
I said you could be mine
Cause it would take a lot more hate than you
To end the fascination
Even with an iron fist
All that you got to rule the nation
But all I got is precious time
Knock-knock-knockin' on heaven's door
Knock-knock-knockin' on heaven's door
Knock-knock-knockin' on heaven's door
Knock-knock-knockin' on heaven's door
If the world would end today
All the dreams we had would all just drift away, oh
No, there’s nothing more to say
If the world would end and all loves drift away
All that I wanted was
Now I know you better
You know I know better
Now I know you better
I don't know just what I should do
Everywhere I go I see you
Thought it's what you planned
This much is true
What I thought was beautiful
Don't live inside of you
Anymore
Don't you cry tonight
I still love you baby
Don't you cry tonight
Don't you cry tonight
There's a heaven above you baby
And don't you cry tonight
I BEEN WALKIN' THE STREETS AT NIGHT
JUST TRYIN' TO GET IT RIGHT
HARD TO SEE WITH SO MANY AROUND
YOU KNOW I DON'T LIKE
BEING STUCK IN THE CROWD
AND THE STREETS DON'T CHANGE
BUT BABY THE NAME
I AIN'T GOT TIME FOR THE GAME
'CAUSE I NEED YOU
YEAH, YEAH, BUT I NEED YOU
OO, I NEED YOU
WHOA, I NEED YOU
OO, ALL THIS TIME
So if she's somewhere near me
I hope to God she hears me
There's no one else
Could ever make me feel
I'm so alive
I hoped she'd never leave me
Please God you must believe me
I've searched the universe
And found myself
Within' her eyes
Don't ya think that you
Need somebody
Don't ya think that you
Need someone
Everybody needs somebody
You're not the only one
You're not the only one
Take me down
To the paradise city
Where the grass is green
And the girls are pretty
Take me home
Sobre 13/03/2010
Entao, eu nao sei como se reporta sentimentos, visões e ações, principalmente num dos maiores e melhores momentos da minha existência.
Eu esperei por esse momento com esperança, alegria e muita expectativa e tive até medo de nao dar certo, ou de eu nao conseguir ir, mas aconteceu! E foi mágico! E foi inesquecível! Impressionante! O melhor show da minha vida!
Eu nao pude acreditar quando cheguei na area VIP, meu irmao estava completamente extasiado com a verdade de estar ali, e poder dizer: "To dentro, Caralho!"
Tomamos alguma coisa, mas a ansiedade era eternamente invasora, e mesmo com as duas bandas nacionais se apresentando nossas cabeças e corações estavam em algo maior. Estavam em poder gritar com todas as forças do pulmao: You're in the jungle baby! You're gonna die!
A primeira banda nacional que se apresentou, nao tem qualquer noçao de conquistar público! Nao fiz questao nem de saber quem eram =P e eu usaria adjetivos nada legais para me referir a eles, se eu fosse uma pessoa mal educada. E de qualquer maneira eles sairam sob vaias e xingamentos (fala serio! Ninguem chama roqueiro de farofeiro!).
DEpois veio o "Forgotten boys". Curti mt o som deles, e acho que é uma banda que promete nesse tipo de rock, aqui no Brasil. Achei o som deles um mistura interessante entre "Foo Fighters" e "McFly" e outras bandas de rock melodico e momentos de pontes selvagens. Eles conseguiram agitar um pouco a galera, mas nvoamente, todos estavam ansiosos para ver uma estrela bem maior!(vale a pena ir atras e conhecer o som deles).
Num momento de completa nostalgia aos anos 80, Sebastian Bach entrou. Skid Row começou a soar nos meus ouvidos, bem como o novo Sebastian, ou "Tião" como foi carimbado nos shows que fez no Brasil. Como eu disse, para as pessoas que nasceram na decada de 80 iria se sentir em casa no show dele, e eu concordo com o que algumas pessoas diziam no show "É uma das melhores vozes do hard (hair) core!". Fiquei muito fã do som dele! Super emocionante e mais do que tudo, é marcante.
Quando o show dele terminou, o palco estava sendo preparado para o Axl. Nessa parada, eu podia sentir a corrente eletrica que se passava em cada parte do meu ser. Estava proximo! Tao proximo que eu podia até sentir! Mas mesmo assim, estava distante!
O show atrasou quase uma hora inteira, só vindo a começar a 00:40h. Até agora nao sei exatamente o que aconteceu, mas sei de uma coisa, Axl é um cara super perfeccionista e se uma coisinha nao estivesse correto, tenho certeza que ele iria enlouquecer, virar as costas e ir embora! O que quase aconteceu em seguida.
Sentei por alguns momentos para descansar, minhas pernas estavam latejando do tempao que eu estava em pé. Alguns minutinhos se passaram e as luzes se apagaram completamente! De um por um os musicos começaram a entrar no palco. Meu coração acelerou enloquecido, na medida em que eu sentia que ele estava perto...
"Chinese Democracy" sob luzes vermelhas e faíscas de fogo, e algum ser, vindo das profundezas do inferno resolveu que seria divertido jogar uma garrafa d'agua no palco. Quase que a garrafa acerta Axl e ele quase vai embora, no entanto tanto esforço, tantos apelos da audiencia, fizeram com que ele continuasse.
Todos sabiamos onde estavamos, no entanto precisavamos ouvir ele gritando: "You know where you are! You're in the jungle baby!" e quando isso aconteceu, parece que todo mundo percebeu onde realmente estava! No show do GUNS!
Eu darei destaque às musicas que foram os destaques para mim, no entanto eu devo dizer que a tracklist foi perfeita! talvez seria ate mais se tivessem tocado "Don't Cry".
O pessoal pulando, no "Welcome to the jungle" parecia uma enorme onda de energia, que pulava ritmadamente ao som das guitarras e aos gritos de Axl. Já tendo percebido que estava realmente ali, "Better" tocou meu coração e a minha mente! Parecia que eu tinha tomado um analgésico que só o que eu podia sentir, era o som (que algumas pessoas insistem em dizer q nao é "guns n roses") caracteristico. E eu nunca vou me esquecer do rosto lindo do AXl dizendo "Now I know better, better!".
"If the World" é provavelmente, a música que os fãs de guns mais acham parecida com o som original da banda, nao é a que eu mais gosto, mas com certeza é uma das musicas de letras mais linda e pesadas que o Axl ja escreveu. É claro que nao se compara, nem nunca se comparará à "November Rain"!
A melodia corre nas minhas veias e a letra mora na minha mente! Se existe uma musica que na minha concepção seja perfeita, essa musica é, definitivamente, "November Rain". Ela desperta em mim, os meus sentimentos mais primários e necessitários. Ela me faz lembrar que apesar de só, nao estou só, pq "Everybody needs somebody, you're not the only one!" Se o Axl diz, entao eu acredito! (hauhauhauh).
Nao é dificil imaginar que eu chorei completamente envolvida ao som do solo que era uma das marcas do Slash, sendo tocado pelo Dj Ashba (nao tenho certeza se o nome dele se escreve assim...).
Antes de N.R tocaram o tema "You could be mine", foi divertido. O Axl realmente interpreta essa musica e com todo mundo gritando "You could be mine!!" ficou ainda mais divertido, talvez nem tanto quanto "Knockin' on heaven's door", ele lindo de chapeu de cowboy e eu senti que ele me encarava, quando parou bem na nossa direção. Mas mais do que isso, foi o seu sorriso ao ler de uma fã: "Mom, don't worry, Axl is watching me!".
Entre rosas, bichos de pelúcia e camisetas da selaçaõ brasileira que os fãs jogavam no palco, ele estava super sorrisos; mesmo quando falou do show particular que ele nao foi na boate do M. Mignion (ou sei la como se escreve o nome dele); ele riu e fez uma piada.
A minha musica predileta desse novo cd é com toda a certeza "This I love", e nunca tinha visto uma musica com letra e melodia tao pesadas desde de "Stranged". Passei a musica inteira choramingando e cantando junto, mesmo com um ser desprezivel que estava ao meu lado e tentava me empurrar (¬¬). Lembrei de uma pessoa muit especial que é tao doido por essa musica quanto eu, queria que pudesses ter assistido, foi um verdadeiro sonho!
A galera começou a gritar "Patience" e ele riu e disse "Ok! I heard!" e trocaram "Don't cry" pela musica do assovio. Só nao tenho certeza se foi uma boa troca...eu prefiro "Don't cry" pelo seu significado.
E mesmo depois de "Paradise City" que eu enlouqueci completamente: gritando, uivando, cantando e desesperadamente, pedindo que nao acabasse; eu ainda esperei um pouco, super esperançosa que eles voltassem e tocassem "don't cry" como um encore. Mas nao aconteceu.
Olhando no relógio, ele marcava 10 para as 4h da matina, do dia 14/03/2010, dia de voltar para casa, ir para o aeroporto e dizer Adeus a minha dupla honra e emoçao: Show do Guns e ainda, estar no campo do Palestra!
Para casa, eu levei uma bagagem cheia de memorias, uma camiseta e a pulseira da area VIP do show da minha vida, que pensando nao parece fazer juz a tudo que eu vivi e senti naquele sabado.
(Imagens: G1)
Familiaridade
10 de mar. de 2010
- 3 comments
Engraçado como algumas coisas podem parecer tao familiares,
um sorriso, um olhar, uma palabvra.
No meu caso foi um abraço.
Sinceramente,nao achei que me sentiria tao necessitada do teu abraço.
Parece mais loucura ainda, pois eusei que nao éda maneira apaixonada que eu te amo,
mas um carinho ainda mais especial,
ele é delicado, precioso, importante e eu preciso dele para mim.
E o teu abraço me dá tudo o que eu preciso.
O conforto, o aconchegoe a familiaridade.
Lembro que me senti tao mal quando coloquei um ponto final ao que nós tínhamos,
pois eu sabia muito bem como vc se sentia,
e essa história é bem velha de se dizer, mas eu nao me sentia da mesma maneira.
Mas adoro te ter por perto. sentindo a segurança que tu me passas, a sensação de que estou sendo protegida e masi do que isso...
que eu sou alguem importante na sua vida...
tudo isso pelo o teu abraço...
um sorriso, um olhar, uma palabvra.
No meu caso foi um abraço.
Sinceramente,nao achei que me sentiria tao necessitada do teu abraço.
Parece mais loucura ainda, pois eusei que nao éda maneira apaixonada que eu te amo,
mas um carinho ainda mais especial,
ele é delicado, precioso, importante e eu preciso dele para mim.
E o teu abraço me dá tudo o que eu preciso.
O conforto, o aconchegoe a familiaridade.
Lembro que me senti tao mal quando coloquei um ponto final ao que nós tínhamos,
pois eu sabia muito bem como vc se sentia,
e essa história é bem velha de se dizer, mas eu nao me sentia da mesma maneira.
Mas adoro te ter por perto. sentindo a segurança que tu me passas, a sensação de que estou sendo protegida e masi do que isso...
que eu sou alguem importante na sua vida...
tudo isso pelo o teu abraço...
Don't Surrender
8 de mar. de 2010
- 1 comment
Remember December //Lembre-se de Dezembro
I feel a separation coming on //Eu sinto uma separação se aproximando
Cause i know you want to be moving on //Porque eu sei que você quer seguir em frente
I wish it would snow tonight //Eu desejo que pudesse nevar essa noite You'd pull me in and avoid a fight //Me segure e evite uma briga
Cause i feel //Porque eu sinto
A separation coming on //Uma separação se aproximando
Just prove that there is nothing left to try //Simplesmente prove que não há mais nada pra tentar Cause the true,// Porque a verdade,
I'd rather we just both deny //É que eu queria que nós dois negássemos
You kiss me with those open eyes //Você me beija com os olhos abertos
It says so much// Isso diz muito,
It's no surprise to you //Não é surpresa pra você
But I've got something left inside //Mas eu tenho algo guardado pra dizer
Don't surrender,surrender,surrender //Não se renda, renda, renda
Please remember,remember december //Por favor se lembre, se lembre de Dezembro
We were so in love back then //Estávamos tão apaixonados naquela época
Now you're listening //Agora você está ouvindo
To what they say //O que eles dizem,
Don't go that way //Não vá por aí
Remember,remember,december //Lembre-se, Lembre-se de Dezembro
Please remember// Por favor, Lembre-se
(don't surrender) //(Não se renda)
You said you wouldn't let them change your mind //Você disse que não deixaria eles mudarem sua mente
Cause when we're together fire melts the ice //Porque quando estamos juntos fogo derrete gelo.
Our hearts are both on overdrive //Nossos corações estão hiperativos
Come with me, let's run tonight //Venha comigo, vamos correr essa noite
Don't let these memories you left behind //Não deixe essas memórias para trás
Don't surrender,surrender,surrender //Não se renda, renda, renda
Please remember,remember december //Por favor se lembre, se lembre de Dezembro
We were so in love back then //Estávamos tão apaixonados naquela época
Now you're listening //Agora você está ouvindo
To what they say //O que eles dizem,
Don't go that way //Não vá por aí
Remember,remember,december //Lembre-se, Lembre-se de Dezembro
Please remember// Por favor, Lembre-se
(don't surrender) //(Não se renda)
I remember us together //Eu me lembro de nós dois juntos
With a promiss of forever //promentendo ficar juntos pra sempre
We can do this //Nós podemos fazer isso,
Fight the pressure //Lutar contra a pressão
Please remember december //Por favor, lembre de Dezembro
Don't surrender //Não se renda
I feel a separation coming on //Eu sinto uma separação se aproximando
Cause i know you want to be moving on //Porque eu sei que você quer seguir em frente
I wish it would snow tonight //Eu desejo que pudesse nevar essa noite You'd pull me in and avoid a fight //Me segure e evite uma briga
Cause i feel //Porque eu sinto
A separation coming on //Uma separação se aproximando
Just prove that there is nothing left to try //Simplesmente prove que não há mais nada pra tentar Cause the true,// Porque a verdade,
I'd rather we just both deny //É que eu queria que nós dois negássemos
You kiss me with those open eyes //Você me beija com os olhos abertos
It says so much// Isso diz muito,
It's no surprise to you //Não é surpresa pra você
But I've got something left inside //Mas eu tenho algo guardado pra dizer
Don't surrender,surrender,surrender //Não se renda, renda, renda
Please remember,remember december //Por favor se lembre, se lembre de Dezembro
We were so in love back then //Estávamos tão apaixonados naquela época
Now you're listening //Agora você está ouvindo
To what they say //O que eles dizem,
Don't go that way //Não vá por aí
Remember,remember,december //Lembre-se, Lembre-se de Dezembro
Please remember// Por favor, Lembre-se
(don't surrender) //(Não se renda)
You said you wouldn't let them change your mind //Você disse que não deixaria eles mudarem sua mente
Cause when we're together fire melts the ice //Porque quando estamos juntos fogo derrete gelo.
Our hearts are both on overdrive //Nossos corações estão hiperativos
Come with me, let's run tonight //Venha comigo, vamos correr essa noite
Don't let these memories you left behind //Não deixe essas memórias para trás
Don't surrender,surrender,surrender //Não se renda, renda, renda
Please remember,remember december //Por favor se lembre, se lembre de Dezembro
We were so in love back then //Estávamos tão apaixonados naquela época
Now you're listening //Agora você está ouvindo
To what they say //O que eles dizem,
Don't go that way //Não vá por aí
Remember,remember,december //Lembre-se, Lembre-se de Dezembro
Please remember// Por favor, Lembre-se
(don't surrender) //(Não se renda)
I remember us together //Eu me lembro de nós dois juntos
With a promiss of forever //promentendo ficar juntos pra sempre
We can do this //Nós podemos fazer isso,
Fight the pressure //Lutar contra a pressão
Please remember december //Por favor, lembre de Dezembro
Don't surrender //Não se renda
Historicamente: a Verdade sobre...
O casamento.
A união para constituição familiar é, sobretudo, uma característica social, uma inter-relação dos homens, sendo que adquire um formato compatível com os anseios de cada época e com o resto da sociedade. Mas também é apontada como uma realidade biológica (a necessidade de procriar para ter-se descendentes).
É relativamente delicado tocar no assunto: relacionamento. Não por que ele é complexo ou cheio de imperfeições, mas por que quando se pergunta a alguém porque o relacionamento passado terminou, a resposta mais comum que se escutará é a de que o parceiro(a) foi infiel
Segundo o que acontecia, desde a Grécia Antiga, o homem seria o grande vilão, capaz de ter até centenas de parceiras e ainda sendo menos discreto quanto deveria. Porem o que tem que se fazer claro é que estamos falando de contextos sociais, e compara-los com contextos diferentes é um erro etnocêntrico, já que está se tomando um determinado tipo como base. Mesmo assim, olhar para esse contexto social passado a fim de entender como ele influenciou no que acontece hoje, pode ser muito útil.
O primeiro relato de monogamia que se tem na História remete ao antigo Egito, cerca de 900 a.C. Segundo estudos, naquela civilização as uniões eram instituições formais, como um contrato onde já se dava o direito de cada parceiro naquela relação.
Ah, mas não se engane, mesmo com o contrato, a poligamia já existia, mas só era aceita para o Faraó. O semideus poderia escolher quantos mulheres quisesse como as concubinas (que era uma honra para as famílias da moças), quando as concubinas engravidavam, elas se tornavam Esposas Secundárias, mas nenhuma delas substituiria, ou teria a mesma função que a Grande Mulher do Rei (essa, era cortada a cabeça – ou pior - se tivesse relacionamento com outro homem).
Na Grécia Antiga, o macho era o centro de tudo, ele poderia sair, poderia se relacionar com quantas mulheres quisesse que não seria malvisto (inclusive era uma pratica socialmente aceitável). A moça, em contra partida tinha que permanecer sob o véu paternal até que sua mão fosse prometida a algum homem, e era quando seu pai arranjava um noivado (sim, ela não comparecia ao próprio noivado) e ela passava a ser protegida pelo esposo. Em uma de suas cidades-estado, Esparta, era tão comum a pratica da poligamia, que os homens poderiam até mesmo dividir uma mesma mulher (mas o contrario não poderia).
Segundo historiadores, o casamento com uma cerimônia que lembra remotamente a dos dias atuais, vem da Roma Antiga, mas não se iluda ao achar que o casamento tinha algum fundo realmente sentimental. Na verdade era mais um contrato traçado entre o noivo e a sua família, com a família da noiva para a manutenção e preservação dos dois sangues.
No mais, seria, talvez, atrevimento, argumentar que o Homem inventou a monogamia apenas para a mulher, e até mesmo Marx e Engels, não obra “A ideologia alemã” (DELEURE apud MARX, ENGELS, 2007) afirmam que os gregos proclamavam abertamente que os únicos objetivos da monogamia eram a de se tornar um homem de família e ter filhos que fossem de fato seus, então o casamento não passava de uma obrigação social.
Depois que Roma passou a ser Cristã, algumas coisas mudaram e a Igreja começava a aparecer como a mãe de uniões, uniões como o casamento. No artigo intitulado Vos declaro marido e mulher, publicado pela revista Super Interessante (05/1996), os autores lembram que, ao reconhecer o significado político do casamento, a Igreja instituiu, em meados do século IX, a cerimônia religiosa, a qual não vigorou de imediato. Até então ela não admitia que no casamento pudesse haver um bem positivo ou que o afeto entre o marido e a mulher fosse belo e desejável. Resultado: o casamento era visto como algo repugnante e poluído, definindo até mesmo como superior quem optava por não casar e entrar no clero.
A verdade é que com a Queda do Império Romano e as Invasões Bárbaras, a Europa (que ainda não era Europa) foi controlada quase que completamente pela Igreja. Mas ela não estava presente como disseminadora de ideais e beleza, mas como controladora da vida social, tanto dos mais nobres aos mais camponeses.
Mesmo assim, como uma sociedade essencialmente machista, as mulheres eram proibidas de terem relacionamentos fora do casamento, e eram chamadas de bruxas por causa disso, correndo o risco de serem queimadas, enforcadas ou esquartejadas vivas, mas com o passar dos tempos a Igreja passou a proibir o adultério até mesmo para homens, alegando que faria parte dos dez mandamentos de Moisés e que estaria na Bíblia (que nessa época somente os clérigos tinham acesso).
Quase ao fim da Idade Média, principalmente na Espanha e em Portugal, surgiam os Trovadores, homens que viajavam de lugar a lugar, cantando suas magoas por amar uma mulher nobre que era casada, e por esse amor não se realizar. É considerada a primeira escola literária e talvez, também, seja a primeira visão do amor romântico, enaltecedor, que vê a mulher como um ser divino e imaculado, inalcançável, já que até então, a mulher nada mais era que um instrumento de prazer e a “carregadora” de bebês.
Na Idade Moderna, a maior característica do casamento era o seu fundo de interesse político. O casamento celava o acordo e muitas vezes dava vazão a "traição" entre os casais pela nao existencia do amor entre eles.
É na Inglaterra da Idade Moderna que conhecemos a História de amor que deu origem a todas as outras histórias de amor depois dela: de William Shakespeare- Romeu e Julieta.
Vimos que historicamente, o papel do casamento como eixo da estabilidade social era mais importante do que o amor entre os casais, e as funções do casamento voltavam-se para a criação dos filhos, a transmissão de valores, servindo como núcleo econômico e organizador das tarefas diárias da vida. Também, que o casamento era usado como um contrato político.
Desde a Idade Media, quando trair passou a ser mal visto pela Igreja, tudo começou a ser feito às escondidas. Está certo que ninguém era tão discreto e como os Feudos eram relativamente pequenos, não era de se estranhar que logo todos soubessem. Então é interessante se pensar que, não era que eles não soubessem que havia infidelidade, mas que eles fingissem que não soubessem.
Talvez a influência de mudança de pensamento sobre o que era certo e o que era errado em um relacionamento, venha muito da noção de romance que foi construído, tal como influencia da Igreja, que através da passagem de Adão e Eva passa a alegar que existiria uma mulher ideal para cada homem e vice-e-versa.
Então, o que foi herdado em grande escala das Idades Média e Moderna, foi a hipocrisia. A hipocrisia em acreditar que para ser monogâmico não se pode ser poligâmico, nem mesmo em pensamento. A hipocrisia em acreditar que se há amor de verdade não há traição. A hipocrisia em dizer que nunca traiu e que nunca trairá. E a hipocrisia em fingir que se acredita que o parceiro nunca traiu. E mais do que tudo isso, a hipocrisia em tentar se convencer de que ao se casar, o amor exclusivo está garantido.
Conclui-se ao final de tudo, que a Monogamia tem alicerces muito frágeis, tais como motivos muito ralos para sua existência. Mesmo assim, é evidente que na sociedade contemporânea todos querem um amor de verdade, a pessoa só para si, essa pessoa mística, quase irreal que vai amar e ser fiel somente a ela. Uma fantasia à lá Romeu e Julieta.
Vê-se que a Poligamia, apesar de ser hipocritamente não aceita é muito mais comum de se encontrar do que a Monogamia perfeita e por isso não se deve simplesmente rotular uma pessoa como fiel ou infiel.
Como se lida com esse fato que depende de cada individuo, mas sejamos sinceros, o que seria das novelas mexicanas sem o triangulo amoroso, e os filmes românticos, e as novelas brasileiras se não existisse esse debate, Monogamia/Poligamia?
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-->Esse texto são partes do que eu escrevi para o meu artigo científico, sobre monogamia e poligamia nas Idades Média e Moderna. Espero que tenham gostado. Adoraria comentários, se possível.
A união para constituição familiar é, sobretudo, uma característica social, uma inter-relação dos homens, sendo que adquire um formato compatível com os anseios de cada época e com o resto da sociedade. Mas também é apontada como uma realidade biológica (a necessidade de procriar para ter-se descendentes).
É relativamente delicado tocar no assunto: relacionamento. Não por que ele é complexo ou cheio de imperfeições, mas por que quando se pergunta a alguém porque o relacionamento passado terminou, a resposta mais comum que se escutará é a de que o parceiro(a) foi infiel
Segundo o que acontecia, desde a Grécia Antiga, o homem seria o grande vilão, capaz de ter até centenas de parceiras e ainda sendo menos discreto quanto deveria. Porem o que tem que se fazer claro é que estamos falando de contextos sociais, e compara-los com contextos diferentes é um erro etnocêntrico, já que está se tomando um determinado tipo como base. Mesmo assim, olhar para esse contexto social passado a fim de entender como ele influenciou no que acontece hoje, pode ser muito útil.
O primeiro relato de monogamia que se tem na História remete ao antigo Egito, cerca de 900 a.C. Segundo estudos, naquela civilização as uniões eram instituições formais, como um contrato onde já se dava o direito de cada parceiro naquela relação.
Ah, mas não se engane, mesmo com o contrato, a poligamia já existia, mas só era aceita para o Faraó. O semideus poderia escolher quantos mulheres quisesse como as concubinas (que era uma honra para as famílias da moças), quando as concubinas engravidavam, elas se tornavam Esposas Secundárias, mas nenhuma delas substituiria, ou teria a mesma função que a Grande Mulher do Rei (essa, era cortada a cabeça – ou pior - se tivesse relacionamento com outro homem).
Na Grécia Antiga, o macho era o centro de tudo, ele poderia sair, poderia se relacionar com quantas mulheres quisesse que não seria malvisto (inclusive era uma pratica socialmente aceitável). A moça, em contra partida tinha que permanecer sob o véu paternal até que sua mão fosse prometida a algum homem, e era quando seu pai arranjava um noivado (sim, ela não comparecia ao próprio noivado) e ela passava a ser protegida pelo esposo. Em uma de suas cidades-estado, Esparta, era tão comum a pratica da poligamia, que os homens poderiam até mesmo dividir uma mesma mulher (mas o contrario não poderia).
Segundo historiadores, o casamento com uma cerimônia que lembra remotamente a dos dias atuais, vem da Roma Antiga, mas não se iluda ao achar que o casamento tinha algum fundo realmente sentimental. Na verdade era mais um contrato traçado entre o noivo e a sua família, com a família da noiva para a manutenção e preservação dos dois sangues.
No mais, seria, talvez, atrevimento, argumentar que o Homem inventou a monogamia apenas para a mulher, e até mesmo Marx e Engels, não obra “A ideologia alemã” (DELEURE apud MARX, ENGELS, 2007) afirmam que os gregos proclamavam abertamente que os únicos objetivos da monogamia eram a de se tornar um homem de família e ter filhos que fossem de fato seus, então o casamento não passava de uma obrigação social.
Depois que Roma passou a ser Cristã, algumas coisas mudaram e a Igreja começava a aparecer como a mãe de uniões, uniões como o casamento. No artigo intitulado Vos declaro marido e mulher, publicado pela revista Super Interessante (05/1996), os autores lembram que, ao reconhecer o significado político do casamento, a Igreja instituiu, em meados do século IX, a cerimônia religiosa, a qual não vigorou de imediato. Até então ela não admitia que no casamento pudesse haver um bem positivo ou que o afeto entre o marido e a mulher fosse belo e desejável. Resultado: o casamento era visto como algo repugnante e poluído, definindo até mesmo como superior quem optava por não casar e entrar no clero.
A verdade é que com a Queda do Império Romano e as Invasões Bárbaras, a Europa (que ainda não era Europa) foi controlada quase que completamente pela Igreja. Mas ela não estava presente como disseminadora de ideais e beleza, mas como controladora da vida social, tanto dos mais nobres aos mais camponeses.
Mesmo assim, como uma sociedade essencialmente machista, as mulheres eram proibidas de terem relacionamentos fora do casamento, e eram chamadas de bruxas por causa disso, correndo o risco de serem queimadas, enforcadas ou esquartejadas vivas, mas com o passar dos tempos a Igreja passou a proibir o adultério até mesmo para homens, alegando que faria parte dos dez mandamentos de Moisés e que estaria na Bíblia (que nessa época somente os clérigos tinham acesso).
Quase ao fim da Idade Média, principalmente na Espanha e em Portugal, surgiam os Trovadores, homens que viajavam de lugar a lugar, cantando suas magoas por amar uma mulher nobre que era casada, e por esse amor não se realizar. É considerada a primeira escola literária e talvez, também, seja a primeira visão do amor romântico, enaltecedor, que vê a mulher como um ser divino e imaculado, inalcançável, já que até então, a mulher nada mais era que um instrumento de prazer e a “carregadora” de bebês.
Na Idade Moderna, a maior característica do casamento era o seu fundo de interesse político. O casamento celava o acordo e muitas vezes dava vazão a "traição" entre os casais pela nao existencia do amor entre eles.
É na Inglaterra da Idade Moderna que conhecemos a História de amor que deu origem a todas as outras histórias de amor depois dela: de William Shakespeare- Romeu e Julieta.
Vimos que historicamente, o papel do casamento como eixo da estabilidade social era mais importante do que o amor entre os casais, e as funções do casamento voltavam-se para a criação dos filhos, a transmissão de valores, servindo como núcleo econômico e organizador das tarefas diárias da vida. Também, que o casamento era usado como um contrato político.
Desde a Idade Media, quando trair passou a ser mal visto pela Igreja, tudo começou a ser feito às escondidas. Está certo que ninguém era tão discreto e como os Feudos eram relativamente pequenos, não era de se estranhar que logo todos soubessem. Então é interessante se pensar que, não era que eles não soubessem que havia infidelidade, mas que eles fingissem que não soubessem.
Talvez a influência de mudança de pensamento sobre o que era certo e o que era errado em um relacionamento, venha muito da noção de romance que foi construído, tal como influencia da Igreja, que através da passagem de Adão e Eva passa a alegar que existiria uma mulher ideal para cada homem e vice-e-versa.
Então, o que foi herdado em grande escala das Idades Média e Moderna, foi a hipocrisia. A hipocrisia em acreditar que para ser monogâmico não se pode ser poligâmico, nem mesmo em pensamento. A hipocrisia em acreditar que se há amor de verdade não há traição. A hipocrisia em dizer que nunca traiu e que nunca trairá. E a hipocrisia em fingir que se acredita que o parceiro nunca traiu. E mais do que tudo isso, a hipocrisia em tentar se convencer de que ao se casar, o amor exclusivo está garantido.
Conclui-se ao final de tudo, que a Monogamia tem alicerces muito frágeis, tais como motivos muito ralos para sua existência. Mesmo assim, é evidente que na sociedade contemporânea todos querem um amor de verdade, a pessoa só para si, essa pessoa mística, quase irreal que vai amar e ser fiel somente a ela. Uma fantasia à lá Romeu e Julieta.
Vê-se que a Poligamia, apesar de ser hipocritamente não aceita é muito mais comum de se encontrar do que a Monogamia perfeita e por isso não se deve simplesmente rotular uma pessoa como fiel ou infiel.
Como se lida com esse fato que depende de cada individuo, mas sejamos sinceros, o que seria das novelas mexicanas sem o triangulo amoroso, e os filmes românticos, e as novelas brasileiras se não existisse esse debate, Monogamia/Poligamia?
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-->Esse texto são partes do que eu escrevi para o meu artigo científico, sobre monogamia e poligamia nas Idades Média e Moderna. Espero que tenham gostado. Adoraria comentários, se possível.
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