Série divertida, com temperos de música, comédia, assuntos diversos - inclusive feminismo, diversidade e masculinidades - Zoey e a sua fantástica playlist ganhou meu coração em apenas alguns poucos episódios, misturando música e sentimentos. É uma pedida imperdível para quem está a procura de algo leve, divertido e musical para assistir.
A série Zoey e a sua fantástica playlist me chamou atenção logo de cara no catálogo da Globoplay. Sabe como, né? Cores vibrantes, músicas sendo cantadas aleatoriamente e um cast repleto de atores e atrizes excelentes, além de um visual que me lembrou Pushing Daisies, uma das minhas séries favoritas de todos os tempos. Sério, foi amor a primeira vista.
A premissa por trás dessa série é bem simples, na verdade. Zoey (Jane Levy) é uma programadora em ascensão em uma startup, ansiosa por ter uma oportunidade de conseguir uma promoção. Super dedicada, Zoey tem uma vida que gira em torno do seu trabalho, até que um pequeno acidente (que eu não vou explicar pra vocês, pq é bem interessante, rss) acontece e ela acaba com uma espécie de "superpoder", em que ouve músicas - em uma apresentação musical bem coreografada - cantandas por pessoas ao seu redor, quando elas estão passando por um emoção muito grande. Nessa situação, Zoey acaba descobrindo os dramas pessoais de seus amigos e familiares, além de se aproximar de Mo (Alex Newell), Simon (John Clarence Stewart) e Joan (Lauren Graham), que eram pessoas que não faziam parte de sua vida, pessoalmente.
Nesse cenário, Zoey começa a perceber que nem tudo são flores para todes ao seu redor e, até aquelas pessoas que pareciam seguras, felizes o tempo inteiro e transmitiam uma vibe de auto-suficiência, também são humanos, com diversas camadas, dias bons, ruins, sonhos, expectativas e vontades. Não é preciso dizer, também, que essa situação transforma completamente a vida prática dela, certo? Em meio a conversas e trocas com pessoas, ela se vê inserida em um um show de música, então é relativamente complexo lidar com isso.
Sem me deter em detalhes que possam estragar a sua experiência assistindo a essa série, gostaria de comentar 2 coisas que me chamaram bastante atenção nessa série e que eu acredito que valem a pena serem observadas:
1 - Tópicos importantes, tratados dentro da narrativa, de forma tranquila e sem "forçar a barra": é lógico que tratar de temáticas como feminismo, transfobia e masculinidades é importante, principalmente no contexto em que estamos vivendo, em que essas questões estão em voga, mas existe uma linha bastante tênue que muitas narrativas ultrapassam, que é a de "enfiar" essas temáticas ali, quase que de forma a ganhar visibilidade a partir delas e não para tratar do assunto com compromisso. Em Zoey, todos os elementos são postos com naturalidade e mostram o quanto certas questões estão tão enraizadas, que nem nos percebemos delas, até que somos questionados sobre. Um bom exemplo e que não dá spoilers é o próprio ambiente de trabalho da Zoey, em que temos apenas duas mulheres em uma equipe de programação, Zoey e a sua chefe, Joan, que em diversos episódios demosntra certo desconforto em ser dessa forma. Além disso, temos vários episódios em que essa questão aparece, buscando nos fazer pensar na razão disso acontecer e o que é possível de ser feito para mudar.
2 - Estereótipos desconstruídos: uma outra vitória dessa série, é que ela começa repleta de estereótipos. com vários personagens sendo apresentados como o que se espera deles: o bonitão do marketing super confiante e seguro; a chefe mandona e que chegou onde chegou por causa de um casamento; o garoto branco cis privilegiado que consegue tudo que quer etc; mas quebra com eles no andar da série. Mostrando que tem muito mais por baixo dos panos e que os estereótipos não dão conta de nos mostrar. Particularmente, achei esse jogo de desmitificar os estereótipos muito bom e enriquecedor para a série.
Com uma temporada toda já lançada, Zoey e a sua fantástica playlist já está na minha lista de aguardados para uma segunda temporada e na expectativa de que ela venha tão boa quanto a primeira. Vamos assistir?
Numa construção narrativa que se assemelha mais ao que a Disney fez para Cinderela, do que para títulos mais recentes, como A Bela e a Fera e Aladim, Mulan finalmente chegou, arrebatando tudo pela frente (positiva e negativamente) e tendo o seu lugar de centralidade (junto com o destaque a cultura leste asiática tem tomado nos últimos anos.
2020 com certeza vai entrar na lista de todo mundo como sendo um daqueles anos em que tudo e nada aconteceu ao mesmo tempo. Tudo, porque é impossível ignorar a pandemia, como isso tem influenciado na nossa forma de viver e o número irreparável de mortes causadas pelo Covid-19. Nada, porque eventos de abrangência mundial foram suspensos, juntamente com filmes e shows que foram cancelados indefinidamente. Numa esfera mais próxima, aniversários não foram festejados, feriados não foram aproveitados e muites estão num regime de home office até a "segunda ordem", que parece não vir.
Não diferente desse contexto, Mulan, versão live action do filme de 1998 da Disney - e particularmente, meu filme favorito do estúdio - que iria estrear nos cinemas do mundo inteiro em março deste ano, precisou ser cancelado, tendo tido a sua estréia só agora, no fim de agosto. Com uma proposta bem mais tímida do que a expectativa inicial e, ainda, sem muitas garantias de ter o retorno do investimento feito para a sua produção, a Disney lançou o longa metragem nas poucas telas de cinema que já voltaram a abrir em alguns lugares no mundo (como o tão querido mercado Chinês) e de modo premium em sua plataforma de streaming, Disney+, que ainda não está em todos os países. Aqui no Brasi, por exemplo, ainda não chegou.
Bom, como se trata de Mulan, eu não poderia ficar sem conferir esse filme. Especialmente porque eu esperei muito por ele, fiz campanha, acompanhei cada novidade e, de uma certa maneira, ansiava por vê-lo no cinema, tal como eu fiz com todas as outras versões em live action que sairam até agora. Como estamos em tempos atípicos, a forma como eu assisti também foi atípica, mas em nada diminuiu o meu deleite de fã, misturado a animação de finalmente poder conferir com meus próprios sentidos.
Para não correr o risco de dar spoilers, mesmo que a linha principal da história seja em grande parte semelhante à animação, não quero me deter muito nos acontecimentos que decorrem ali, mas gostaria de atestar uma impressão que tem estado comigo desde que a Disney começou a fazer essas versões em live action: o fato de que ela ainda não definiu muito bem qual é o seu objetivo com essas obras.
Veja bem, atualmente já tivemos uns dois punhados de filmes em live action, revisitando narrativas que antes foram apresentadas para nós em forma de animação, porém elas não seguem uma linha de abordagem clara. Enquanto algumas, como: A Bela e a Fera, Aladim e Rei Leãoseguem recontando a mesma história da animação - talvez acrescentando alguns detalhes extras para compor e até justificar a mudança de formato; outras, como: Cinderela, Malévola e Alice, abordam a história de outros ângulos, trazendo novas abordagens, novos personagens e até dando ênfase em outros aspectos que na animação não foram explorados. Nem mesmo os enquadramentos, figurinos e cenários se assemelham tanto assim aos seus antecessores, restando a nós a vaga lembrança do que era.
Tal como eu venho aprendendo com mais e mais afíncuo graças aos meus estudos sobre dinâmica transmídia, cada formato tem suas particularidades e exigências próprias, da mesma forma como cada vez que uma narrativa é recortada por uma nova mídia ela pode (e talvez até precise) passar por uma reforma para que essa passagem não vire uma mera transposição e um mero fan-service meia boca, que agrada pelo efeito de nostalgia. Quando uma narrativa, grandiosa como as que já foram contadas pela Disney, é revisitada anos depois, ela gera expectativas em seus fãs e gera curiosidade sobre qual será a forma pela qual tal narrativa será (re)apresentada. É sensato dizer que estamos procurando familiaridade, mas também estamos procurando novidade. Um sem o outro torna o produto apenas um variante do primeiro e, talvez, bem mais esquecível.
Fico me perguntando se, depois do lançamento do filme em live action de Rei Leão as pessoas preferem assistir a animação, ou a nova versão...
Até então, minhas duas melhores referências, de versões novas e que tinham dado certo eram: Mogli e Cinderela. Exatamente nessa ordem. Em ambos os casos, as suas versões em live action traziam os sequenciamentos dos seus filmes de origem, com aqueles personagens encantadores, mas tiveram a possibilidade (e se debruçaram nela) de ressaltar aspectos significativos e que realmente fizeram a diferença nessas histórias. Aspectos que tornaram as narrativas mais profundas, sem ofuscar os outros elementos (como Malévola errou a mão e fez - aff). Em Cinderela, por exemplo, temos a oportunidade de entender a psiquê da Lady Tremaine (Cate Blanchett), que julga Ella (Lily James) e toda a sua juventude; também conhecemos Kit (Richard Madden) com mais detalhes e ele deixa de ser o príncipe encantado, sem personalidade e sem força da animação. Mesmo assim, a essência de Cinderela permanece. Ela é boa. Ela é sincera. E você entende de onde isso veio.
Uma sobreposição muito interessante para atualizar a personagem e a sua história, que já estavam sendo consideradas ultrapassadas para o contemporâneo, ao mesmo tempo em que resgata as suas qualidades e os valores que, de fato, ainda são importantes para os dias de hoje. Algo bem disneyano de se fazer, eu até diria.
Ok, mas o que isso tem a ver com Mulan?
Bom, posso dizer pra vocês, que eu já sabia que esse live action não seria uma adaptação idêntica a animação. Logo de cara soubemos que não teríamos Mushu (desonra!), depois soubemos que não teríamos as músicas (sem "homem ser...") e depois soubemos que Shang também não estaria lá para liderar as forças imperiais. As perdas todas foram justificadas (muito bem, inclusive), por Niki Caro (que dirigiu A Encantadora de Baleias) e o produtor Jason Reed: Mushu seria trocado por uma fênix, que na cultura chinesa é um símbolo ligado ao feminino; de que na guerra as pessoas não estão cantando e Shang seria substituido por dois novos personagens, que representariam, de um lado uma figura de guia paterna e de outro, um recruta (como Mulan), que poderia ser um interesse amoros - na época Reed ainda reiterou que:
"Acho que principalmente nos tempos do movimento #MeToo, ter um comandante que também é o interesse amoroso era muito desconfortável e não achamos apropriado. Pensamos que, de certa forma, seria como justificar comportamento de estamos fazendo de tudo para sair da nossa indústria. Então dividimos Li Shang em dois personagens. Um sendo o Comandante Tung, que serve como um pai adotivo e mentor durante o filme. O outro é Honghui, que é seu igual no exército. Não tem uma dinâmica de poder entre eles, mas tem a mesma dinâmica do original que é 'Eu te respeito muito e porque eu gosto tanto desse cara? E o que isso diz sobre mim?'" Fonte
Tudo justificado e sem nenhum juízo de valor proferido da minha parte antes da hora, vamos ao filme, sem spoilers e resumidinho noque você pode esperar?
- Uma retomada carinhosa da história, dando papel de destaque para as diferentes relações de gênero feminino inseridas naquela cultura. Temos mulheres fortes, mulheres submissas, mulheres doces, mulheres gentis, mulheres audaciosas, mulheres fortes, "uma deusa, uma louca, uma feiticieira...".
- Existe uma real crítica, mesmo que seja feita de modo bastante sutil, de que: ainda que essas mulheres sejam especiais, elas só podem tomar o seu lugar como tais se elas forem aceitas por um homem (ou um grupo de homens).
- O foco nas questões de: dever, honra e destino, que se tornam lemas importantes, juntamente com as palavras que regem o juramento dos guerreiros "Lealdade, Coragem, Verdade" também ecoam bravamente e são utilizados para prestar várias homenagens à cultura chinesa.
- Cenas lindas, com cores que transpassam de uma cena a outra, compondo um quadro visual que deixa a gente apaixonada com a fotografia.
- A montagem deixa um pouco a desejar, optando por cenas com cortes meio esquisitos. Em alguns momentos parece que a personagem se "teletransporta" do ponto A ao ponto B, como se fosse ali do lado. Tem uns jump cuts para os rostos da personagem e de repente ela está em outro canto, é meio esquisito e deixa a gente meio perdida.
- A forma como a narrativa do filme é montada passa pouco mais de 2/3 do filme focando na tansformação de Mulan em uma guerreira, o que é bastante compreensível, mas nos deixa um pouco a mercê das relações que são construídas dentro do seio familiar. Impossível não comparar, enquanto que na animação acompanhamos uma série de diálogos e momentos intensos entre Mulan e seu pai, no filme é a narração do pai, apenas, que nos faz perceber que ele a considera uma "flor que desabrocha na adversidade".
- A Mulan de Yifei Liu é bem menos arrebatadora do que a da animação, apesar de ser bem mais super heroína. Seus "poderes" de chi a tornam uma guerreira bem ao estilo d'O Tigre o Dagrão, enquanto na animação vemos uma garota obstinada que se destaca muito mais por sua persistência e inteligência, do que por seus dons mágicos sobrenaturais. Pessoalmente, achei isso uma perda para a narrativa.
Ademais, não quero dar spoilers, ou estragar a aventura para vocês. O saldo do filme, para mim, é positivo. Massageou a minha vontade de ver a minha personagem favorita na grande tela e, ao mesmo tempo, me trouxe uma vontade de compartilhar por aqui sobre.
Já assitiu? Compartilha comigo aqui o que você achou. Ou passa lá no meu instagram pra gente conversar!
Desde que eu comecei a minha incursão pelo Minimalismo, cada vez mais eu sinto que estou me afastando do "seguir os caminhos que todo mundo segue". Não porque "todo mundo" é errado e só eu que to certa. Mas porque eu comecei a perceber que não preciso estar em completa sincronia com as expectativas sociais, ou mesmo pedir licença para executar algo que eu acredito.
Por muito tempo, no entanto, eu fiz exatamente isso. Pedi licença, me dediquei a me enquadrar e a suprir as expectativas de todos.
Mas isso não é o suficiente, porque não eram demandas e expectativas minhas, eram alheias e estavam mais ligadas a uma visão do que "deveria" ser, segundo outrém, sem muitas explicações do motivo de não poder ser diferente.
Acho que uma das sortes grandes que eu tirei, foi de ter me aproximado de pessoas que não me limitam e que deixam eu voar livremente, inclusive celebrando os pedaços que fazem de mim, eu mesma.
Apesar de breve, esse post é uma reflexão rápida sobre se permitir.
Se permitr errar, encontrar novos sonhos, realizar aqueles que realmente fazem sentido, descobrir o que te faz feliz como uma pessoa inteira e, assim, se tornar CEO da sua própria história.
Se você quiser acompanhar mais dessa minha jornada, me acompanha no @mesadecafedamanha que eu compartilho muitos dos meus aprendizados por lá.
Fiz esse post aqui em novembro de 2018 e desde então, adotei outras atitudes sustentáveis, muito ligadas ao universo minimalista que eu tenho apostado na vida. Então, decidi retornar a esse post e colocar aqui mais algumas atitudes que tomei, para tentar diminuir a minha pegada ecológica no mundo.
Ah, caso você queira fazer o teste para descobrir a sua pegada, clica aqui.
1 - Substituí completamente os copos, garrafas e outros itens para beber que eram descartáveis:
Sim, eu adquiri esse copo do Menos1Lixo e desde então eu ando com ele para cima e para baixo. As garrafinhas de água que eu enchia a minha geladeira foram colocadas para reciclagem e hoje esse copo é o meu companheiro de aventuras.
Depois dessa experiência só tenho a dizer pra vocês: tem muito mais bebedouro por aí do que você imagina. E, se você for educado em um restaurante e solicitar água da casa, os garçons servem água filtrada para você, sem cobrar por aquela garrafinha. Então, além de diminuir o resíduo, também economizo ;)
2 - Anti-transpirante por desodorante:
Sim, tem uma difereça importante entre eles. O anti-transpirante faz exatamente o que promete, você não sua. Se por um lado isso dá uma sensação de "segurança", por não correr o risco de feder por aí (pelo menos em teoria), por outro lado algumas coisas aconteciam, que me incomodavam bastante:
minhas camisas ficavam com aquela crosta de antitranspirante pregada na dobra do sovaco, que se eu não tirasse um tempo para lavar à mão esse pedaço delas antes de colocar na máquina, quando a roupa saía, ainda estava com o cheiro do antitranspirante e aquela crosta endurecida.
eventualmente, o antitranspirante parava de ter uma efetividade, então eu tinha que ficar mudando de marca periodicamente. Muitas vezes eu não gostava do cheiro, mas ficava com ele até acabar, para não desperdiçar produto e nem a latinha.
Daí, eu comecei a ler sobre usar desodorantes naturais e que não tivessem alumínio - nessa incursão, também descobri que o alumínio é apontado como uma das possíveis causas do câncer de mama, pois há uma absorção dos sais de alumínio pelo nosso corpo (veja sobre isso aqui e aqui) - e aí descobri 2 desodorantes que eu passei a adotar. O primeiro, que foi o que me ajudou a fazer a transição, é o desodorante de Uva Verde da Le Fruit. Além de muito cheiroso e efetivo, eu me sentia protegida por boa parte do dia. No início eu sentia que precisava repor várias vezes, para que tivesse o efeito, mas depois de 3 meses usando diariamente, eu consegui me acostumar, me sentido segura e só reaplico, no máximo, 2 vezes ao dia.
O outro, foi uma receitinha da Bela Gil, que envolve leite de magnésia, óleos essenciais e água. Eu ainda estou experimentando os óleos possíveis, mas basicamente qualquer um serve. Atualmente o meu é feito de:
- 1/2 xícara de leite de magnésio
- 1/4 de xícara de água
- 1 colher de chá de óleo essencial de tangerina
Parecido com o da Le Fruit, ele é bem cheiroso e no início dá uma sensação de molhadinho que você fica preocupada se vai funcionar, mas ele é incrível. Estou usando essa misturinha há pouco mais de 15 dias já e estou adorando! Não preciso reaplicar várias vezes, talvez 1 ou 2 vezes ao dia (quando suo demais), mas não fico fedendo.
3 - Shampoos e Condicionadores em barra (ou sólido):
O que começou como uma curiosidade, se tornou algo que eu realmente estou adorando! Além de veganos e naturais, os shampoos e condicionadores em barra reduzem (e muito) o uso de plásticos e outros derivados petrolíneos. Além de serem mais fáceis de carregar em viagens (já que não corremos o risco de vazarem ou abrirem no chacoalhar), dá pra carregá-los em saboneteira e, apesar de ser meio incomum esfregar uma barra nos cabelos, eles não ficam endurecidos ou elásticos.
Atualmente, estou usando o de Murumuru, Abacate e Limão Siciliano do Ares de Mato, que comprei na Use Orgânico. O cheiro é maravilhoso e ele tem uma vida mais ou menos parecida a de um shampoo líquido.
4 - VistoBio.
Conheci essa proposta em um dos anúncios do Instagram e logo pensei: "olha, parece bastante interessante, especialmente porque agora eu estou suando..." (já que tinha passado a utilizar desodorante). Basicamente, o VistoBio é um produtinho em spray que você borrifa nas áreas da roupa que costumam feder, depois de um dia inteiro de uso. Colarinho, sovacos, costas, enfim...onde o seu suor costuma encostar na peça e criar aquele mal cheio títpico de "fim do dia corrido". Com o VistoBio esses lugares não fedem.
É simples assim, mesmo. Você borrifa - e aí vale testar até você descobrir a quantidade mais indicada para o seu caso - e veste a roupa normalmente. Isso faz com que você as lave menos vezes seguida, dê uma sobrevida maior para as peças e, além disso tudo, ele é antialérgico, antifúngico e antisséptico - então até para lençois de cama é indicado.
Substituí de vez aquela esponjinha metade amarela, metade verde que a gente, comumente utiliza para lavar louça. Além dela ter uma vida útil relativamente curta (principalmente se você presa pela sua higiene), ela não é item fácil de reciclar. Então, eu comecei a usar a famosa bucha vegetal para fazer o serviço de esponja.
No início eu achei que ia ficar tudo meio nojento e que eu não ia gostar da experiência, mas pelo contrário, acho ela muito melhor para fazer esse serviço do que a esponja tradicional. Fora que, como é um item orgânico, depois que ela passa do ponto para ser utilizada, você pode jogar no lixo normal, ou colocar na sua compostagem.
E você, o que andou fazendo para diminuir o impacto que você causa no planeta?
Essa listinha é para você que está procurando o que assistir, mas não quer aquelas séries que cada episódio é um filme de 1h!
Selecionei 5 séries que podem ser consideradas uma espécie de snack, para aqueles momentos intermediários entre preparar algo para comer, dar uma pausa rapidinha em algo que você está fazendo, para relaxar; ou mesmo para curtir na companhia de alguém que esteja em casa com você, durante essa quarentena.
Tentei ir para séries que não são tão conhecidas, ou que não costumam ser citadas nesse tipo de lista, além disso, tentei procurar por séries disponíveis em outros lugares que não são o Netflix. Vamos?
1 - Avatar (A lenda e Aang):
Sobre o que é? A lenda de Aang acompanha o avatar Aang, um garoto de 12 anos que ficou congelado por 100, enquanto uma guerra declarada pela nação do fogo contra as outras (água, ar e terra) implodiu e fez com que o mundo sofresse. Aang tem a missão de restaurar a paz e manter viva a ponte entre os dois mundos (o físico e o espiritual). A primeira temporada e (uma parte da segunda) é bastante infantil, até porque começou como um desenho com essa proposta, mas com o passar do tempo a série vai amadurecendo, os problemas e os personagens vão se intensificando, e a série vai ganhando camadas muito interessantes. Eu digo que é a perfeita série para o intervalo do almoço - e dá para ver em família.
Quanto tempo em média? Cada episódio tem uma média de 22 minutos.
Quantas temporadas? São 3 temporadas, 61 episódios.
Onde está disponível? Netflix.
2 - The Lizzie Bennet Diaries:
Sobre o que é? Uma releitura de Orgulho & Preconceito, como se Elizabeth Bennet fosse uma vloger. Com bom humor e adaptando a linguagem do livro de Jane Austen, para uma pegada mais atual, a websérie está toda disponível gratuitamente, mas infelizmente não é legendada.
Quanto tempo em média? Cada episódio tem uma média de 3:30 minutos.
Sobre o que é? Nathalia Arcuri, fundadora do canal de finanças e entretenimento Me Poupe! começou uma websérie original para o youtube, em que ela entrevistas mulheres incríveis, empreendedoras e fodonas que mudaram o mundo a partir das suas áreas de atuação e, mais, no Brasil. Vale muito a pena para se inspirar e saber que, se o mar não tá pra peixe, você faz uma praia.
Quanto tempo em média? Até o fechamento desse post só tinha saído o primeiro episódio, que teve 33 minutos.
Quantas temporadas? Acredito que serão várias, mas por enquanto só uma.
Sobre o que é? Continuação do filme Karatê Kid, depois de 30 anos do torneiro que consagrou Daniel San e foi a derrota de Johnny. Falei mais sobre a série aqui (sem spoilers) e devo dizer que ela é divertida o suficiente para assistir com a família toda, além de ser uma grata diversão para quem assistiu muito Karatê Kid na sessão da tarde.
Quanto tempo em média? 30 minutos por episódio.
Quantas temporadas? Até agora são 2 temporadas, mas este ano deve sair a 3a.
Sobre o que é? Uma série (e subséries) que fala sobre as peculiaridades de diversos temas, como racismo, sexo, personalidade, ciência e muito mais. Extramemente educativa, mas de uma forma divertida, a série é ótima para conhecer assuntos diferentes e descobrir novos interesses.
Quanto tempo em média? Cada episódio tem uma média de 20 minutos
Quantas temporadas? 2 temporadas, com 20 episódios cada (mas a série tem outras minisséries derivanes e o programa não acabou).
Onde está disponível? Netflix.
E você, tem alguma sugestão para essa lista?
Deixe aqui nos comentários, ou me mande pelo instagram @mesadecafedamanha
Faço home office desde 2015 e, entre tentativas e erros, eu fui aprendendo algumas coisas que funcionam para mim e que podem funcionar para pessoas que nunca fizeram, ou que estão querendo aprimorar o seu modo de trabalhar em casa.
Quero deixar claro que essas dicas foram colocadas em práticas na minha vida e para o meu contexto fez total sentido, então o que eu digo é: teste. Se permita descobrir os seus limites, o que te atrapalha, o que te ajuda e como você pode conviver com esse ser que, na correria do trabalho e no dia a dia intenso de trânsito, escritório e bagunça, esquecemos de lidar que é: a gente mesmo!
As dicas estão numeradas, mas elas não são colocadas em ordem de importância, ok?
Então bora lá:
1 - Coloque-se limites
Acredita em mim, um dos efeitos mais comuns do home office é a falta de limites. Você começa a entrar numa espiral de trabalho intensa, que até esquecer de se alimentar você esquece!
Assim como acontece quando trabalhamos em um escritório, empresa, ou algo assim, tenha um horário para almoçar, para tomar um café, para conversar com alguém (por videochamada, ou alguém que está na quarentena com você) e para trabalhar. Não adianta você só querer mostrar serviço e se esquecer que é importante cuidar de você.
Minha dica maior é separar o seu dia em bloquinhos de atividades que precisam ser feitas.
Como eu faço:
Ex. digamos que hoje eu precise entregar um conteúdo para um cliente. Eu pego esse material e divido em partes para ir alcançando ao longo do dia, ressaltando quanto tempo eu vou dedicar para aquela atividade. Então: tarefa 1 - redação (1h) // tarefa 2 - layout (1h30min) // tarefa 3 - revisão (30 min) e eu anoto as pendências e as vitórias alcançadas naquelas tarefas. - Não é porque a tarefa é pequena, que não deve ser comemorada, especialmente se ela é parte de algo maior.
2 - Cuide-se
Leia um livro bacana, assista conteúdos de engrandecimento pessoal e profissional, informe-se sobre algo além do Corona Vírus. A situação é significativa e precisamos ter cuidado e seguir as orientações, mas isso não quer dizer que devemos entrar em crise, então trate da sua saúde mental. Sobre a física, já existem cursos de exercícios para serem feitos em casa, teste-os (eu super recomendo os da Namu )
Como eu faço: separo de 15 a 20 minutos diários para meditação (eu uso o app lojong) e 40 min para atividades físicas. Atualmente estou fazendo o curso Ballet Blend e o Treino de Musculação ambos da Namu (eles estão com várias promoções, confira lá). Deixo um copo de água sempre em cima da escrivaninha e a vista, para lembrar de me hidratar e tomar água.
3 - O ambiente
Acredite, o ambiente faz toda a diferença para um bom home office. E eu não estou falando apenas do ambiente ao seu redor, como a mesa que você está utilizando para o seu computador, ou a cadeira que você está sentando. Estou falando também da roupa que você está vestindo e a forma como você está encarando o home office.
Não estou dizendo que você precisa se vestir como se fosse trabalhar (até porque ainda estamos no verão), mas sim de pentear os cabelos, escovar os dentes e colocar uma roupa confortável e bacana para acionar aquele lado do nosso cérebro que se prepara para "sair" para trabalhar. Faça uma rotina de manhã semelhante a que você já faz no dia a dia, que o seu corpo entra em automático estado de "hora de trabalhar" e você diminui as chances de se sabotar ou de misturar o seu trabalho, com o seu "estar em casa".
Como eu faço: depois de tomar café da manhã, eu penteio os cabelos, tomo uma ducha e coloco uma roupa confortável (recomendo esse vídeo sobre roupas para trabalhar em casa) e vou para o meu ambiente de trabalho (tem esse vídeo aqui sobre ambientes). Sento-me virada de frente para a janela, pois consigo ver algo além de uma parede branca, além da iluminação ser ideal para economizar na conta de energia e programo alarmes para me avisarem quando o tempo que eu tinha programado para um determinada tarefa tiver se esgotado.
4 - Escrever, organizar e refletir para planejar
Eu sempre separo alguns minutos do final do meu dia para essas três atividades:
-Escrever: coloco no papel as minhas vitórias diárias, meus sentimentos, minhas dúvidas e as questões que eu acho que preciso levar para terapia. Esse processo se tornou um dos protagonistas do meu dia, pois percebo o quanto eu fui produtiva e o quanto aqueles processos mexeram (ou não) comigo.
-Organizar: ao fim do dia de trabalho eu organizo toda a minha mesa. Guardo cadernos, livros e canetas nos seus lugares, passo um paninho na escrivaninha e tiro da tomada os eletrônicos que não precisam ficar conectados, como o computador, impressora e ventilador.
-Refletir para planejar: coloco em perspectiva o que alcancei no dia, quais foram os pontos fortes e os que precisam ser melhorados; e já planejo as atividades que farei no dia seguinte, anotando com um sublinhado aquelas que são mais urgentes.
Sobre isso, recomendo de olhos fechados esse post do site Pick up Limes.
E você?
Como lida com o home office? Tem alguma técnica, hábito ou dica para compartilhar?
No instagram do @mesadecafedamanha eu fiz um vídeo falando sobre isso. Confere lá!
Com uma voz delicada, letras inteligentes e uma ótima representação do que tenho ouvido nos últimos tempos, Gabrielle Aplin começou 2020 bombando com o seu novo (delicioso) álbum: Dear Happy.
Conheci essa fofura em 2015, quando a sua música gracinha Home embalava os momentos apaixonantes de Elisa e Jonathas na novela Totalmente Demais. A novela, em si, não me marcou e eu estava assistindo (lembro-me claramente), porque estava viciada na novela Sete Vidas, que passava antes e na novela Império, que passava depois. Era um período bem intenso noveleiro na minha vida (juro que hoje estou mais contida), mas o ponto que me deixou marcas positivas, foi a trilha, especialmente a música de Gabrielle. Logo depois eu conheci o álbum English Rain, me apaixonando perdidamente no Light up the dark!
Fazendo uma breve bio de Gaby (sim, sou íntima), ela tem 27 anos e nasceu em Bath na Inglaterra. Começou sua carreira mais ou menos no mesmo período que Nina Nesbitt e Ed Sheeran, mas diferente dos dois ela não teve grandes altos e baixos na sua carreira.
Desde o início se dedicando ao estilo indie/folk, hoje ela tem flertado com força no pop e, assim como Nina (desculpa a comparação, mas além de elas serem conterrâneas, ainda gravaram esse primor juntas), ela têm explorado novos ares, trazendo outras sonoridades para a sua música, sem perder o charme musical que a torna tão única.
O site "Tenho mais discos que amigos" fez uma entrevista com a linda e ela comentou o seguinte sobre sua nova fase:
Gabrielle Aplin: Então, foi meio que intuitivo. Não foi algo pensado. Eu realmente passei a pensar mais sobre as mudanças da minha vida, que foram muitas e não pensei demais sobre a música. Deixei ela vir e foquei em refletir de um modo que me divertisse no processo.
E que diversão!
O álbum "Dear Happy", lançado oficialmente em janeiro deste ano traz a maior evidência desse amadurecimento que ela comenta na entrevista, de um jeito que podemos dividir o cd em três partes: 1- ela nos conta sobre seu crescimento pessoal (until the sun comes up, one of those days, so far so good); 2 - suas anotações sobre momentos da vida (kintsugi, my mistake, nothing really matters, dear happy) e, claro, 3 - corações que se apaixonaram, se perderam e se encontraram no meio do caminho (strange, like you say you do, losing me, magic, miss you, love back).
Em "Dear Happy"a gente sente a leveza das escolhas que Aplin fez em suas músicas, dando ênfase para notas alegres, mesmo com letras mais tristes, de modo que ela conta pra gente uma visão otimista e apaixonada de si e sua vida. Dá real vontade de ser amiga dela!
Ao mesmo tempo, ela confidencia suas ideias pra gente como se fóssemos velhos conhecidos, como se nossas vidas tivessem se cruzado várias vezes anteriormente e ela estivesse só atualizando a gente sobre a vida dela. A sensação é de acolhimento e de que está tudo bem (e o que não está, vai ficar).
Até na melódica One of these days, em que a voz confessional dela se funde com um sonzinho quase de trilha sonora de cena triste de filme sobre auto-descoberta. Ali ela sussurra que vai ficar tudo bem e a gente acredita!
Do lado das notas pessoais, Kintsugi é uma verdadeira protagonista, onde ela canta de um jeito alegre e entregue às provações que precisamos passar pela vida. Para quem não sabe (eu não sabia) Kintsugi é uma antiga arte japonesa de reparar uma cerâmica quebrada com pó de ouro, prata ou platina, o que torna a peça remendada mais valiosa do que anteriormente.
A metáfora das cicatrizes e da reconstrução com algo apreendido e como elas se tornam preciosas é genial, tornando a música uma delícia de se ouvir, especialmente quando estamos nessa fase de quase 30 - 30 anos, da tal da "crise dos 7", onde passamos a analisar nossas escolhas e afins. Cai como uma luva!
Já na parte fofa e romântica do álbum, as músicas Magice Losing me se destacam e falam de relacionamentos saudáveis, parcerias verdadeiras e nada de hipervalorizar o que faz mal e traz drama pra vida. Particularmente, Magic, mexeu comigo, pois a letra foca numa conexão que não tem muito como explicar e que não tem nada de convencional, especialmente na visão dos outros. Amei!
E você, ficou a fim de conhecer essa brit lindoza?! Dá o play no Spotify e/ou nos nomes das músicas em destaque que citei aqui, que te levam para o youtube!
[review sem spoilers] Uma meiga história sobre um cara que descobriu ser o único a se lembrar das músicas dos Beatles, depois que um apagão ocorre no mundo todo. Esse é o gracinha, Yesterday.
Yesterday é um filme britânico, embalado pelas músicas dos Beatles, de um jeito bem humorado e fazendo direta relação com as comédias românticas mais clássicas, onde um cara tem uma amizade com uma garota, mas não consegue perceber o que está muito claro para todo mundo: eles se amam. A história (e isso não é spoiler, pois tem no trailer) começa a se desenrolar, quando esse cara, Jack Malik (Himesh Patel), após perceber a frustração que vivia em sua carreira como cantor, decide abandonar esse caminho.
Mesmo com o incentivo incansável de Ellie (Lily James), Jack toma a sua decisão e segue de bicicleta, ladeira abaixo, num dia de chuva, até que um blecaute atinge o mundo e um ônibus atinge o rapaz. Ao acordar com um dente quebrado e numa cama de hospital, Jack se depara, também, com uma espécie de universo alternativo onde os Beatles nunca existiram e ninguém conhece as músicas, exceto ele, que chega com sua memória intacta.
A partir daí, uma sucessão de cenas engraçadas e inteligentes se seguem, em que tudo faz sentido, mesmo que não se tire nenhum momento para explicar o que está acontecendo de fato e o porquê de Jack se lembrar e as outras pessoas não.
Não é impossível prever que a vida do rapaz dá um virada importante e ele se torna um famoso músico. Principalmente, depois que, ninguém menos que Ed Sheeran (fazendo ele mesmo) aparece em cena e o convida para abrir seus shows.
Numa consecutiva e leve sequêcia de momentos embalados pelas diversas fases musicais dos Beatles, o filme caminha para final muito interessante em comparação com outros longas que seguem uma ideia parecida (de mexer com a linha espaço-temporal), o que se torna uma grata surpresa para quem vai acompanhando a narrativa com expectativa e torcendo pelo casal protagonista.
É preciso entender, que Yesterday está longe de ser um filme inovador para o gênero de comédia romântica, muito menos é uma obra das mais primorosas de Danny Boyle (que já dirigiu grandes filmes como Transpointing, Quem quer ser um milionário e A Praia), mas é uma obra delicinha, que traz um calorzinho no coração e faz a gente se sentir feliz.
Fora a trilha sonora, que, para quem gosta do quarteto britânico de Liverpool, é um presente à parte.
No final, é um filme que homenageia a obra da banda, traz em foco uma ideia de "se não fosse isso, seria outra coisa" - quase como uma noção de inevitável - mas ainda sim, consegue se destacar em meio ao gênero fílmico que se sustenta.
Especial aplausos para as regravações cantadas por Patel; as piadas envolvendo Ed Sheeran e na delicadeza que é Lily James, em mais um papel de destaque.
[review sem spoilers] Desde que eu fiquei sabendo que um filme das Birds of Prey iria acontecer, já fui juntando todas as expectativas possíveis, e me informando sobre todas as novidades que saiam sobre esse filme. Isso, por causa da vontade de ver no cinema uma versão mais à láMulher Maravilha, da minha equipe favorita dos quadrinhos!
Sim, eu cresci lendo as hqs dessas mulheres incríveis e, posso dizer, que elas participaram demais das referências femininas que eu me espelho até hoje. Especialmente a senhorita Bárbara Gordon, aka Batgirl, aka Oráculo.
Dito isso, vocês podem imaginar a frustração que eu passei, ao descobrir que, justamente a Babs não iria estar nesse filme. Levou um tempo até eu me conformar que ela não faria parte da história, mas ainda assim, não desisti de ir assistir e muito menos de me animar com as possibilidades que um filme das Birds poderia ter no multiverso da DC.
Então, para compartilhar a experiência que tive assistindo essa aventura, quero ressaltar três aspectos, que eu acredito serem os principais e que, talvez, te faça ter vontade de ir ao cinema também.
1 - Arlequina Foi muito obvio em Esquadrão Suicida que a única parte que realmente valeu a pena no filme (além da sua trilha sonora) foi o protagonismo de Margot Robbie como Arlequina. Além da sua brilhante atuação e do seu jeito louquinha impecável, Margot conseguiu transformar uma personagem secundária em protagonista e mostrar como seria interessante dar mais espaço para ela. Não é difícil entender, que o fato de Margot ter conseguido dar tanto gás em Arlequina, fez com que eles utilizassem a sua popularidade para contar uma narrativa separada dela e introduzir outras personagens femininas do universo de Gotham. Isso tem um reflexo direto, também, no aspecto desse filme, que age quase como uma continuação spin offada do Esquadrão e faz uma apresentação mais direta da personagem, deixando claro que não se trata de um filme de origem.
2 - O sentido de Emancipação Na verdade, se trata de um filme de empoderamento. Não só o empoderamento feminino - que é a parte mais evidente do todo - mas um empoderamento moral, de personagens como Arlequina, Batgirl, Canário Negro e etc, de que elas estão conectadas a alguém. Não estou falando só de uma figura masculina, como também fica claro no filme, mas de uma narrativa que as coloca como secundárias nas suas próprias vidas, dizendo que para que elas pudessem se tornar quem são, precisaram ficar a sombra de outros personagens mais conhecidos. Antes dos novos 52, por exemplo, Helena Bertinelli era, na verdade filha da Mulher Gato com Batman. Já Cassandra Cain foi a Batgirl por alguns arcos, mas a sua história não era valorizada ou mesmo explorada, de modo que depois de ser Batgirl, se tornou a Orfã. A própria Arlequina era muito mais vista como uma versão feminina do Joker, do que uma personagem independente. E a Montoya era mais uma policial da Gotham.
Ou seja, são personagens quase que figurantes naquelas características que as fazem únicas. Olha que bizarro.
Então, o filme consegue fazer essa quebra, de modo bem tranquilo, a tal ponto de não precisarmos saber muitas informações sobre antecessores ou no que elas se parecem com essas sombras do passado. Ficamos curiosos na medida certa para entender melhor sobre as conexões que acontecem entre as personagens, mas na verdade, o que deixa o filme mais bacana é sair e dar um google (para quem não conhece as histórias), querendo saber um pouco mais sobre as suas histórias e o que acontecerá depois.
E se numa primeira visada você achar que é uma história de dor de cotovelo, será bastante surpreendido por uma narrativa de auto descoberta e de uma, quase, redenção, onde os caminhos dessas mulheres se cruzam (de modo quase bobo demais), mas garantindo uma fluidez que dispensa diálogos vazios e situações forçadas.
3- Tiro, porrada e bomba - e coreografias É bem lógico saber que as mulheres também conseguem chutar uns traseiros, tão bem quanto homens, mas acompanhar os ass kicking que as personagens promovem nesse filme é particularmente energizante. Ninguém tenta ficar bonita na foto, não tem cabelos voando, ferimentos que se curam magicamente e nem porradaria minimizada porque são mulheres. Seu gênero não atrapalha, suas habilidades são fiéis às suas personalidades e a luta está longe de ser de "mulherzinha". O mulherzinha caiu por terra (amém) e, sinceramente, foda-se quem está lutando ali.
Fora as piadinhas que foram feitas, como a Arlequina passando um elástico de cabelo para Dinah no meio de uma batalha; em nenhum momento elas tem suas habilidades de luta questionadas por serem mulheres.
Assim, as quase duas horas do filme decorrem um pouco travosamente. Isso porque os e lances que são construídos acabam se alongando um pouco demais e, de fato, existem algumas cenas que poderiam ser menores ou até nem estarem no meio do filme, mas isso não anula, em nada, os ponto positivos da narrativa, embalada em uma trilha sonora super feminista, que embala as cenas bem desenhadas e ritmadas. De modo geral, o filme abre caminho para outras tantas excelentes personagens femininas maravilhosas e densas do mundo das hqs.
Nota importante: Só ponha em prática os 4 próximos passos, se você passou pelos 4 passos anteriores, pois essa parte que se segue vai envolver listas, preparação para compras e você saber exatamente o que tem no seu armário e o que está a procura.
Ressaltando:
O objetivo é conseguir alcançar um guarda roupa funcional e inteligente para o seu estilo de vida, levando em conta a sua rotina e também as suas mensagens pessoais de imagem. Para isso, eu resolvi compartilhar com vocês esse método que eu criei, baseado nos exercícios propostos por Anuschka Rees em seu livro "Os segredos do guarda roupa europeu", na minha experiência com o Desafio da Cápsula e no curso de personal organizer que eu fiz há uns anos.
Bora lá?
Passo 5 - Conheça o seu dia a dia
Como fazer: a verdade é que a maioria das pessoas compra peças de roupa pensando na vida que elas gostariam de ter, muito mais do que na vida que elas, de fato têm. Isso acontece, porque criamos uma espécie de transferência entre o que poderia ser, do que realmente é, de modo que, acreditamos que se nos vestirmos de uma determinada forma, estaremos mais perto do lugar que queremos chegar. Só que, em termos práticos, isso é uma bobagem, uma vez que se não cabe na sua rotina, não vai sair do seu armário e se não sai do seu armário é dinheiro e energia parados. Então nesse passo você precisa ser brutalmente honesto consigo mesmo e avaliar o seu dia a dia de forma clara.
Quando eu fiz esse exercício, criei uma espécie de gráfico de pizza, dividindo a minha rotina em porcentagens, logo ficou mais ou menos assim:
Sala de aula - 30% Home Office - 40% Jantares, Saídas com os amigos - 11%Academia - 10% Reunião de Trabalho e eventos mais formais - 6% Momentos sazonais, baladas e festas temáticas - 3%
Nessa porcentagem, eu consegui enxergar que passava muito mais tempo entre salas de aula (sendo professora ou aluna) e trabalhando em casa, do que tendo reuniões mais formais, logo, eu não precisava ter um estoque significativo de terninhos e calças de alfaiataria - se eu tivesse três ou quatro de cada, já me atenderia perfeitamente.
O mesmo é o caso de momentos sazonais, como roupas de praia, fantasia de carnaval e halloween, que ocupam (no máximo) 3% da minha vida como um todo, logo eu não preciso de um estoque de biquinis e fantasias, duas ou três de cada serve para o ano todo e para outros anos mais.
O que eu precisava ter em maior quantidade no meu armário, eram peças confortáveis (para trabalhar em casa) e que pudessem transitar para o ambiente acadêmico mudando alguns elementos, como sapato, acessórios e detalhes. Como o local que eu dou aula não exige um código específico de vestimenta, posso ser mais casual e, por exemplo, usar jeans e camiseta.
Mas se o seu local de trabalho tem um código de vestimenta, isso precisa constar na sua divisão, como uma observação.
Para te ajudar a ser mais assertivo nessa divisão de porcentagens e não esquecer nenhum detalhe, segue o questionário para você aplicar na sua rotina:
1 . Quanto tempo da sua rotina você passa em cada lugar?
2 . Existe algum código de vestimenta em algum dos lugares que você frequenta?
3 . Quais peças você consegue transitar entre os seus afazeres?
Por fim, analise as peças que você tem (especialmente a do montinho que com certeza fica) e veja se elas estão de acordo com a sua rotina diária, separe aquilo que tem demais e aquilo que tem de menos, ou que falta em uma lista.
Importante: Veja se a sua rotina tem a ver com a sua nuvem de mensagens. Se sim, ótimo, pode passar para a o passo seguinte. Se não, revisite essa nuvem de mensagens e afine ela com o seu dia a dia. É claro que você pode ter mensagens a serem construídas como meta, mas elas não podem ser a maioria delas. Lembre-se - estamos preparando o seu guarda-roupa para a vida que você leva e não para que você gostaria de ter.
Passo 6 - Faça listas
Como fazer: agora que você já sabe o que está faltando no seu armário, e o que você tem demais. É chegada a hora de colocar nomes nos itens que você já tem - ex. camisa de botão de trabalho e de happy hour, calça legging de academia e de rolê de final de semana; vestido preto de coquetel e de happy hour - enfim, você vai criar as suas categorias, de acordo com a sua rotina diária, que você organizou no passo anterior. Feito isso com o que você tem, passe para o que está faltando e crie listas de compras. Essas listas devem ser feitas em termos de prioridade (daquilo que você precisa mais, para aquilo que você precisa menos), ausência (ou seja, se você não tiver nenhuma peça que possa substituir temporariamente o que você busca, em nenhum dos montinhos que você criou) e preço (estabelecendo tetos de quanto você vai poder investir em cada peça).
A recomendação é a seguinte:
1. Faça listas diferentes para prioridades diferentes
2. Tenha referências claras do que você quer em termos de cor, caimento e design, descrevendo o item. Se você usar o celular para isso, vale a pena ter imagens dessas referências e buscar por aquilo. Por exemplo: estou buscando uma calça de alfaiataria preta, que tenha um corte bom, um tecido durável, precisa ter bolsos funcionais e tem que ser lavável na máquina.
3. Não faça as coisas com pressa, mesmo que o desejo seja o de completar aquela lista o quanto antes.
Passo 7 - Pesquise, compre, cuide
Como fazer:Gaste sola de sapato! Ande mesmo, e com a sua lista em mãos, não compre algo que não atenda aos seus critérios, tanto de qualidade, quanto de preço. Se quiser arriscar a negociação, leve dinheiro vivo e tente descontos, especialmente se você gostar de lojas de bairro, brechós e confecções locais.
Para esse passo, eu recomendo esse vídeo aqui, que fala sobre o que observar na hora de fazer compras e procurar por peças de maior qualidade.
As principais dicas nesse passo são:
1. Procure peças que combinem com, pelo menos, três outras peças do seu armário - a referência principal são as peças da pilha do "com certeza fica".
2. Depois de adquiridas, valorize suas peças e cuide bem delas, guardando e lavando das formas corretas. Aqui eu compartilho a legenda de lavagem e passagem das etiquetas. Entenda que se você cuidar bem das suas peças, elas podem durar um tempo indeterminado.
3. Faça amizade com uma boa costureira, tanto para que ela possa fazer pequenos ajustes nas suas peças, quanto para que você possa personalizar antigas peças, em novas, atendendo às suas mensagens e objetivos mais concretos.
Passo 8 - Monte um lookbook
Como fazer: Tire um tempo para experimentar todas as suas roupas, novas e antigas, já vendo o que combina e o que não combina e nomeie as peças novas, como você fez com as antigas. A partir daí, você pode criar fórmulas de combinações que sempre vão funcionar para você. Exemplo: calça skinny casual, camisa soltinha de tecido leve e cardigã - para dias mais frios ou ar condicionado, combinado com sapato fechado - para sala de aula - ou rasteirinha para home office.
A ideia dessas fórmulas, é que elas te ajudem a se vestir mais rapidamente todos os dias, sabendo que a combinação vai funcionar.
Depois, faça fotos de looks prontos e sempre as tenha no celular, ou a mão, dessa forma, quando você for comprar peças novas você terá uma visão geral das suas peças, bem como, quando faltar inspiração você pode voltar nelas.
Ao final, organize seu armário com critérios inteligentes, de modo que você diminua o tempo e o estresse em achar o que você procura. Exemplo: uma porta de roupas de trabalho todas juntas; separar guardar roupas sazonais no maleiro até precisar delas; organizar uma gaveta para lingeries, meias e pijamas, etc.
Observações importantes:
1 - conforme o tempo passa, você também vai mudando os seus gostos e as suas preferências em termos de vestuário. Então, quanto mais você investir em peças de qualidade, mais existe a chance de elas te acompanharem nessas transições, pois elas serão mais perenes e ocuparão um espaço significativo na sua rotina.
2 - não tenha vergonha de experimentar peças em lugares que você nunca entrou! Você não é obrigado a comprar nada e às vezes, você pode descobrir um caimento novo, se sentir mais a vontade com um determinado tecido e até se inspirar para mandar fazer uma peça para você.
3 - não se endivide - por mais que o exercício de compras com listas seja divertido de fazer, você não precisa estourar o seu cartão de crédito para cumprir aquilo. Ao estabalecer prioridades e tetos, carimbe o dinheiro especificamente para aquilo e siga o seu planejamento.
4 - divirta-se! O grande tcham desse processo todo, é que você tenha um armário que você possa se divertir com as combinações e que ele faça sentido para você no médio - longo prazo! Como não há máximo e nem mínimo de peças, o critério é seu e você vai descobrir muito sobre suas preferências nesse processo, com toda certeza!
E aí, vai entrar nessa?!
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