[review sem spoilers]
Desde que eu fiquei sabendo que um filme das Birds of Prey iria acontecer, já fui juntando todas as expectativas possíveis, e me informando sobre todas as novidades que saiam sobre esse filme. Isso, por causa da vontade de ver no cinema uma versão mais à lá Mulher Maravilha, da minha equipe favorita dos quadrinhos!
Desde que eu fiquei sabendo que um filme das Birds of Prey iria acontecer, já fui juntando todas as expectativas possíveis, e me informando sobre todas as novidades que saiam sobre esse filme. Isso, por causa da vontade de ver no cinema uma versão mais à lá Mulher Maravilha, da minha equipe favorita dos quadrinhos!
Sim, eu cresci lendo as hqs dessas mulheres incríveis e, posso dizer, que elas participaram demais das referências femininas que eu me espelho até hoje. Especialmente a senhorita Bárbara Gordon, aka Batgirl, aka Oráculo.
Dito isso, vocês podem imaginar a frustração que eu passei, ao descobrir que, justamente a Babs não iria estar nesse filme. Levou um tempo até eu me conformar que ela não faria parte da história, mas ainda assim, não desisti de ir assistir e muito menos de me animar com as possibilidades que um filme das Birds poderia ter no multiverso da DC.
1 - Arlequina
Foi muito obvio em Esquadrão Suicida que a única parte que realmente valeu a pena no filme (além da sua trilha sonora) foi o protagonismo de Margot Robbie como Arlequina. Além da sua brilhante atuação e do seu jeito louquinha impecável, Margot conseguiu transformar uma personagem secundária em protagonista e mostrar como seria interessante dar mais espaço para ela.
Não é difícil entender, que o fato de Margot ter conseguido dar tanto gás em Arlequina, fez com que eles utilizassem a sua popularidade para contar uma narrativa separada dela e introduzir outras personagens femininas do universo de Gotham. Isso tem um reflexo direto, também, no aspecto desse filme, que age quase como uma continuação spin offada do Esquadrão e faz uma apresentação mais direta da personagem, deixando claro que não se trata de um filme de origem.
Foi muito obvio em Esquadrão Suicida que a única parte que realmente valeu a pena no filme (além da sua trilha sonora) foi o protagonismo de Margot Robbie como Arlequina. Além da sua brilhante atuação e do seu jeito louquinha impecável, Margot conseguiu transformar uma personagem secundária em protagonista e mostrar como seria interessante dar mais espaço para ela.
Não é difícil entender, que o fato de Margot ter conseguido dar tanto gás em Arlequina, fez com que eles utilizassem a sua popularidade para contar uma narrativa separada dela e introduzir outras personagens femininas do universo de Gotham. Isso tem um reflexo direto, também, no aspecto desse filme, que age quase como uma continuação spin offada do Esquadrão e faz uma apresentação mais direta da personagem, deixando claro que não se trata de um filme de origem.
2 - O sentido de Emancipação
Na verdade, se trata de um filme de empoderamento. Não só o empoderamento feminino - que é a parte mais evidente do todo - mas um empoderamento moral, de personagens como Arlequina, Batgirl, Canário Negro e etc, de que elas estão conectadas a alguém.
Não estou falando só de uma figura masculina, como também fica claro no filme, mas de uma narrativa que as coloca como secundárias nas suas próprias vidas, dizendo que para que elas pudessem se tornar quem são, precisaram ficar a sombra de outros personagens mais conhecidos.
Antes dos novos 52, por exemplo, Helena Bertinelli era, na verdade filha da Mulher Gato com Batman. Já Cassandra Cain foi a Batgirl por alguns arcos, mas a sua história não era valorizada ou mesmo explorada, de modo que depois de ser Batgirl, se tornou a Orfã. A própria Arlequina era muito mais vista como uma versão feminina do Joker, do que uma personagem independente. E a Montoya era mais uma policial da Gotham.
Na verdade, se trata de um filme de empoderamento. Não só o empoderamento feminino - que é a parte mais evidente do todo - mas um empoderamento moral, de personagens como Arlequina, Batgirl, Canário Negro e etc, de que elas estão conectadas a alguém.
Não estou falando só de uma figura masculina, como também fica claro no filme, mas de uma narrativa que as coloca como secundárias nas suas próprias vidas, dizendo que para que elas pudessem se tornar quem são, precisaram ficar a sombra de outros personagens mais conhecidos.
Antes dos novos 52, por exemplo, Helena Bertinelli era, na verdade filha da Mulher Gato com Batman. Já Cassandra Cain foi a Batgirl por alguns arcos, mas a sua história não era valorizada ou mesmo explorada, de modo que depois de ser Batgirl, se tornou a Orfã. A própria Arlequina era muito mais vista como uma versão feminina do Joker, do que uma personagem independente. E a Montoya era mais uma policial da Gotham.
Ou seja, são personagens quase que figurantes naquelas características que as fazem únicas. Olha que bizarro.
Então, o filme consegue fazer essa quebra, de modo bem tranquilo, a tal ponto de não precisarmos saber muitas informações sobre antecessores ou no que elas se parecem com essas sombras do passado. Ficamos curiosos na medida certa para entender melhor sobre as conexões que acontecem entre as personagens, mas na verdade, o que deixa o filme mais bacana é sair e dar um google (para quem não conhece as histórias), querendo saber um pouco mais sobre as suas histórias e o que acontecerá depois.
E se numa primeira visada você achar que é uma história de dor de cotovelo, será bastante surpreendido por uma narrativa de auto descoberta e de uma, quase, redenção, onde os caminhos dessas mulheres se cruzam (de modo quase bobo demais), mas garantindo uma fluidez que dispensa diálogos vazios e situações forçadas.
3- Tiro, porrada e bomba - e coreografias
É bem lógico saber que as mulheres também conseguem chutar uns traseiros, tão bem quanto homens, mas acompanhar os ass kicking que as personagens promovem nesse filme é particularmente energizante.
Ninguém tenta ficar bonita na foto, não tem cabelos voando, ferimentos que se curam magicamente e nem porradaria minimizada porque são mulheres. Seu gênero não atrapalha, suas habilidades são fiéis às suas personalidades e a luta está longe de ser de "mulherzinha".
O mulherzinha caiu por terra (amém) e, sinceramente, foda-se quem está lutando ali.
É bem lógico saber que as mulheres também conseguem chutar uns traseiros, tão bem quanto homens, mas acompanhar os ass kicking que as personagens promovem nesse filme é particularmente energizante.
Ninguém tenta ficar bonita na foto, não tem cabelos voando, ferimentos que se curam magicamente e nem porradaria minimizada porque são mulheres. Seu gênero não atrapalha, suas habilidades são fiéis às suas personalidades e a luta está longe de ser de "mulherzinha".
O mulherzinha caiu por terra (amém) e, sinceramente, foda-se quem está lutando ali.
Assim, as quase duas horas do filme decorrem um pouco travosamente. Isso porque os e lances que são construídos acabam se alongando um pouco demais e, de fato, existem algumas cenas que poderiam ser menores ou até nem estarem no meio do filme, mas isso não anula, em nada, os ponto positivos da narrativa, embalada em uma trilha sonora super feminista, que embala as cenas bem desenhadas e ritmadas. De modo geral, o filme abre caminho para outras tantas excelentes personagens femininas maravilhosas e densas do mundo das hqs.
Bora continuar?!
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