Para além de Hogwarts

Então fomos convidados mais uma vez a entrar no mundo incrível de J.K Rowling. Mas desta vez acompanhamos uma história que antecedeu a chegada de Harry, Hermione, Rony e cia. Desta vez vamos juntos de Newt da Inglaterra para Nova York em uma missão peculiar e ainda numa época bastante complicada. Esse é Animais Fantásticos e onde habitam.

O livro intitulado "Animais Fantásticos e onde habitam" chegou ao conhecimento do público através da história de Harry Potter, em que essa obra foi usada por Hagrid no ano em que ele foi professor de Hogwarts. Sem muita pretensão de ser algo muito além disso, no entanto, depois do fim da publicação das histórias de Harry, foi lançada a edição de Animais e ficamos cientes do seu conteúdo e de algumas das aventuras de seu intrépido autor, Newt Scamander, um ex aluno de Hogwarts e membro da Lufa-Lufa, que por alguma razão foi expulso da escola, mas que parece ter uma facilidade e tanto em lidar com animais. (Lembra alguém?)
Com a inspiração vinda dessas criaturas mágicas incríveis, a nova história que está enchendo as salas de cinema atualmente, gira em torno de uma simpática aventura de Newt (Eddie Redmayne), incluindo o famoso bruxo das trevas Gellert Grindelwald (Johnny Deep) e uma viagem Ingalterra-Estados Unidos em plenos anos 30.

Fica claro, desde o início (logo depois de tocar aquela musiquinha que faz a gente voltar a ter 11 anos) que Newt é um pouco desajustado e que tem dificuldade de lidar com pessoas, especialmente depois que um incidente faz com que seu caminho se cruze ao de um trouxa ('não-maj'), Jacob (Dan Fogler), uma bruxa policial, Porpentina (Katherine Waterston) e sua irmã Queenie (Alison Sudol); já que alguns de seus animais mágicos fogem. Enquanto isso, o mundo mágico está sendo ameaçado de ser descoberto e uma guerra está prestes a acontecer, impulsionada pelas peripécias de um certo bruxo das trevas e depois que um ser misterioso está destruindo a cidade e colocando medo nas pessoas. No meio de disso tudo, Mary Lou (Samantha Morton), lidera um movimento anti-bruxaria que mais parece uma caça desenfreada pelos 'diferentes', a começar pelo seu filho adotivo Credence (Ezra Miller).
Assim, a história segue em duas situações paralelas, mas relacionadas, em que Newt procura pelos animais que escaparam, enquanto há um clima de guerra iminente entre mundos.

Livremente baseados em animais que conhecemos do nosso mundo, talvez essas criaturas sejam um dos pontos mais interessantes do filme, já que são ricamente feitas, com muitos detalhes e uma excelente inserção no longa, já que complementam a história quando necessário e se tornam o centro dela em momentos precisos. A fotografia segue a mesma estética dos filmes já idolatrados de Harry Potter, mas ganha um pouco de escuridão para sinalizar o período em que a história se passa. Salvo as cenas em que estamos dentro da mala de Newt, tudo parece um pouco desolado e sem muita esperança. Nem para os bruxos e nem para os trouxas. 
Com a direção de David Yates (que dirigiu os quatro últimos filmes de HP) e escrito pela própria J.K, Animais Fantásticos e onde habitam tem uma narrativa fácil e dócil, sem grandes viradas e nos poucos momentos em que isso ocorre, já são esperados. Isso porque os acontecimentos são bem elencados e não pretendem narrar uma história de inovação, apenas agradar o nosso lado saudosista por Harry Potter e o mundo incrível de bruxaria criados pela inglesa J.K. Também podemos dizer que esse filme é uma espécie de teste, uma vez que traz personagens novos, em uma ambientação nova e que não está diretamente ligada (pelo menos num primeiro momento) à história de Harry.

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Recheado de referências para os potterheads de plantão (e uma roupitcha à lá Doctor Who para quem curte), o filme atiça a curiosidade do espectador, não pelo enredo em si, mas porque vai mostrando um outro momento do mundo dos bruxos e brinca conosco através de referências à famílias, acontecimentos e personagens que nós compreendemos e lembramos, de modo que queremos saber mais! 
Também existem claros ganchos e detalhes que nos deixam questionando sobre o que virá, então eu imagino que teremos mais filmes da franquia vindos aí, assim como penso que seria bobagem apostar em toda essa ambientação e criação de personagens novos para que não fossem explorados mais à frente. Sendo assim, uma coisa é certa: Animais fantásticos é um presente, não só por ser um bálsamo para saudade, mas também porque é o primeiro passo para o aumento do universo narrativo cinematográfico de Harry Potter e tudo o mais que vai ver junto com isso! Já estamos ansiosos!
Pitacos: Como o bom filme de fantasia que o é, Animais Fantásticos e onde habitam brilha nas categorias técnicas e pede espaço para ser reconhecido. Concorrendo à duas estatuetas, é muito possível que leve a de Direção de Arte para casa, já que normalmente é um prêmio dado para complexos World Buildings.
Indicações: Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte

Estilo Nota 10: Lojinhas Brasileiras que eu amo I!

Então, eu tive a ideia desse post, porque é muito comum as pessoas me perguntarem onde compro minhas peças de roupa. Tá, parece um tópico super batido aí dos blogs da vida (e de fato é um pouco), mas acontece que com essa pergunta recorrente, eu percebi que tem muitas marcas brasileiras que as pessoas não conhecem, mas que são lindezas, com preços bons, propostas eco-friendly e que vestem os corpitchos com capricho.

Separei 5 das minhas lojas brasileiras favoritas nessa primeira parte, porque penso que esse post vai dar pano pra manga (com o perdão do trocadilho) e porque a gente sempre vai encontrando lojinhas novas e com propostas semelhantes as que me chamam atenção. Então sim, é um post super a ver comigo e com o meu gosto pessoal, mas que pode bater com o seu também, quem sabe?!

Viví


Sobre: Loja paraense, assim como eu, a Viví tem uma proposta retrô/romântica e a cada nova coleção eu caio de amores ainda mais com ela! Sempre com um editorial cheio de lindeza, talvez uma das coisas que eu mais amo nas peças da Viví, além do fato dela produzir poucas peças por modelo e tamanho (o que gera uma certa exclusividade ;)), é que são peças com estampas feitas para a loja, ou seja, que tem a ver com a proposta da marca e ao mesmo tempo você só encontra lá. 
Lá vende: saia, vestido, acessório, calça, macacão, camisas, sapatos e roupa infantil.
Dinheiros: Você encontra peças em promoção, mas o preço mínimo costuma ser em torno de R$130,00.
Encontra: Na loja física (Av Generalíssimo Deodoro, 1479, Belém, PA); na loja online; na fanpage; no instagram.

Miranda


Sobre: Com uma proposta de moda acessível e democrática, a Miranda é uma das minhas lojas favoritas, porque tem uma pegada retrô, delicada e muito feminina, que cai muito bem no corpo (seja ele com quais medidas for) e respeita o meio ambiente, já que faz peças sob medidas e sob pedido, de modo artesanal. Elas atendem cada um com muita atenção, perguntando as suas medidas e ainda mandam a roupa toda embrulhada com carinho. Lindeza pura, né?!

Lá vende: saias, vestidos, camisas e infantil.
Dinheiros: A loja virtual costuma ter sempre promoções, mas o preço mínimo costuma ser a partir dos R$60,00.

Ink Gloss


Sobre: Totalmente baseada nas Pin Ups belíssimas, a moda da Ink Gloss é acinturada, meio rocker e totalmente retrô. Já vi gente comprando lá para participar de uma festa temática, eu compro lá porque sou simplesmente apaixonada pelo caimento das peças e acho que os anos 50/60 tiveram uma das silhuetas mais femininas de todas. Mas não se engane, lá vende roupitcha masculina também! 

Uma foto publicada por Inkgloss (@inkgloss) em

Lá vende: saias, vestidos, camisas, casacos, calças, blazers, biquínis, infantil e masculino.
Dinheiros: Você encontra peças a partir de R$45,00.
Encontra: Nas lojas físicas (Av. São João, N° 439 - 1° andar, Loja 226 = Galeria do Rock ou Rua Augusta 1408 loja 10 = De tudo um pouco, São Paulo, SP); na loja online; na fanpage; no instagram.

Bandaid Rosa


Sobre: Com estampas lindozas, essa loja tem uma proposta que cai muito bem para a mulher contemporânea, que faz de tudo um pouco, mas não deixa o seu lado feminino de lado. Ela tem um acabamento que ressalta a figura e a beleza da mulher, mas é adequada para o ambiente de trabalho e para o dia a dia corrido. Para mim, acho a união ideal da inspiração retrô, com a originalidade contemporânea.


Lá vende: saias, vestidos, camisas, calças, casacos e infantil.
Dinheiros: Você encontra peças a partir de R$60,00.
Encontra: Nas lojas físicas (Rua Teodoro Sampaio 1266, Pinheiros ou Galeria De Tudo Um Pouco - Rua Augusta 1408. São Paulo, SP); na loja online; na fanpage; no instagram.

Matilda


Sobre: Criada por uma pernambucana em São Paulo, a Matilda é uma lojinha que tem, tanto confecção própria, quanto multimarcas. Além das roupas lindas e cheirosas como algodão doce, ela vende acessórios e itens de decoração, tudo com esse estilo romântico e cheio de candy color! As estampas são lindezas e vão adoçar sua vida, com certeza!


Lá vende: saias, vestidos, camisas, acessórios, macacão e decoração.
Dinheiros: Peças a partir de R$60,00.
Encontra: Na loja física ( Galeria De Tudo Um Pouco - Rua Augusta 1408. São Paulo, SP); no instagram; na fanpage

Desafio da Cápsula - I

Então, desde que eu assisti The True Cost fiquei pensando nas possibilidades de se fazer alguma coisa, além de um consumo consciente e ecofriendly. Foi aí que fiquei sabendo da ideia de Caroline Rector e o seu "Armário-Cápsula"

Segundo Caroline, em seu blog Unfancy, a ideia do "Armário Cápsula", veio do fato de que ela sentia como se cada vez que ela precisasse se vestir para uma ocasião, ficasse sem escolhas, muito mais do que com diversas, e por conta disso, ela decidiu montar o conceito do "Armário-Cápsula" e testar. Nesse armário você tem menos peças, mas Caroline afirma que nunca se sentiu tão satisfeita! 
E não é que deu super certo?!
Mas do que se trata esse conceito?
É o seguinte: A cada 3 meses Caroline seleciona 37 peças versáteis do seu guarda-roupas e passa a estação inteira usando-as, revesando-as e reinventando-as. As outras várias peças ficam "estocadas" até serem novamente revisitadas, ou não. Caso tenham peças que não foram revisitadas em duas ou mais ocasiões são vendidas ou doadas.
Caroline organiza o seu guarda-roupas com 9 pares de sapato, 9 peças de baixo, 15 peças de cima, 2 vestidos e 2 casacos e indica para quem tem vontade de fazer o mesmo, que mantenha uma faixa de 30 a 40 peças por período, de modo que o que realmente represente você e o seu estilo apareça.
Então, foi aí que eu decidi que essa ideia poderia ser boa pra mim! Yay! 
Se você se interessa por esse método, vem comigo que eu vou explicar passo a passo o que precisa fazer para criar o seu Armário Cápsula e ainda adaptar ele para você e de acordo com a sua realidade.

Parte I - O Planejamento

No seu blog, Caroline separou um manual para montar a sua Cápsula, dividido em alguns passos que você pode fazer em casa com uma reflexão profunda e, claro, com bom senso e força de vontade. Além do manual da Caroline, vale a pena conhecer o criado por Anuschka Rees no blog Into Mind, os dois planners juntos fazem maravilhas para o seu pontapé inicial!

01 - Lifestyle - Comente sobre o seu dia a dia. O que você faz, quais as suas atividades rotineiras. Você pega ônibus? Anda mais de carro? Trabalha em escritório? Sua atividade é mais em pé? Aqui vale acrescentar eventos especiais que já estão agendados, férias, feriados, passeios, viagens e até o tempo de ficar em casa.
O que funcionou pra mim: Levar em consideração que a maior parte dos meus dias não seguem uma rotina fechada de fato, então precisava de roupas que eu pudesse passar o dia na rua, o dia trabalhando, o dia estudando e/ou o dia em casa. Além disso, aliei o planner da Caroline com do blog Into Mind, que listou as possíveis atividades que poderiam vir nesse mês.

02 - Associação de palavras - Se você fosse descrever o seu estilo em até 6 palavras quais seriam? O exercício nesse caso, é do se auto-reconhecer e saber o que te agrada em uma roupa e em estilos. Estão valendo estilos, como boho, clássico, preppy, retrô, etc; e valem termos mais específicos, como: romântico, girly, chique, tendência, esportivo e assim por diante...
O que funcionou para mim: Esse exercício, aliado ao do Into Mind, de "Descrever o seu estilo em 3 palavras" + "Quem é o seu principal ícone de estilo" deu super certo. Cheguei a consenso de algo que já sabia: Estilo: retrô, romântica, girly, clássica, preppy e colorida. Ícone de estilo: Zooey Deschanel.

03 - Marcas e Lojas: Você tem um estilista favorito? Ou uma marca que gosta muito? Aqui é o momento de colocar no papel aqueles e aquelas que você mais gosta, incluindo orçamento. Isso cria uma linha de raciocínio na hora de comprar novas peças e ajuda você a estabelecer um orçamento mais adequado. 
O que funcionou pra mim: Também aliei o planner da Caroline com o Into Mind e sua questão: "Você tem algum objetivo de estilo ou resolução para as compras?", chegando à conclusão que as lojas que eu mais gosto (que você pode ver algumas delas aqui) são relacionadas aos meus objetivos de compra. Eles giram em torno à Trabalhar na descoberta e manutenção do meu estilo; ser mais ousada, mais corajosa e mais confiante; focar em marcas de slow-fashion. Ao perceber essas semelhanças entre si, não tive dúvida, brechós (como Brilhantina e Dorotéia, por exemplo), e lojas como essas aqui estão na minha lista.

04 - Cores e tons: Nesta parte você vai selecionar os tons e as cores que mais gosta e que acha que são mais adequados para você. Você eleje a partir do seu gosto pessoal, mas deve levar em consideração se a cor tem a ver com a sua rotina e o seu dia a dia. Você vai escolher duas cores mais predominantes, uma que é menos predominante e três que servirão para ressaltar o todo.
O que funcionou pra mim: Essa parte foi um pouco difícil para mim, porque eu adoro cor! Vermelho, Rosa, Azul, Amarelo...o que for possível eu to usando, mas já que precisava, listei da seguinte forma: Mais predominante: azul, vermelho; Menos predominante: preto; Ressaltar: rosa, branco e verde. 

05 - Peças-Chave: Eleja e selecione peças que não podem faltar na sua Cápsula. Isso quer dizer que você vai ver quais são as roupas que você mais gosta e que você acredita que fazem algo positivo para o seu look diário. Nesse caso você vai deixar de fora roupas de academia, pijamas, lingerie e moda festa (porque as regras pra essas peças são outras*).
O que funcionou pra mim: Selecionar cinco peças: uma de cima, uma de baixo, um casaco, um vestido e um sapato indispensáveis, daqueles que independente de tudo, vou usar! Rss.  

06 - Looks-Chave: Pense em looks completos que você mais gosta de usar. Pense desde o sapato, até o acessório de cabelo. Esses looks devem funcionar no seu dia a dia e eles serão a base para o resto do seu guarda-roupas.
O que funcionou para mim: peguei as cinco peças acima e organizei três looks que funcionam indiscutivelmente com cada uma delas, o que totalizou 15 looks completos. 

07 - Lista de compras: Se for preciso (e nem sempre é), separe uma lista com itens que você precisa comprar para que o seu guarda-roupas fique completo para aquela temporada. Verifique a estação e se é necessário trocar alguma das suas peças chaves, por exemplo. 
O que funcionou para mim: o objetivo foi o de não gastar dinheiro com roupas. Pelo menos nesses primeiros três meses.

08 - Orçamento: Pré-estabeleça um budget para cada temporada e não o ultrapasse. O ideal mesmo, é não precisar fazer compras por um ano, já que você vai poder conhecer a fundo o seu guarda-roupas assim, mas se houver necessidade de adquirir algo novo, então crie um limite de dinheiros.
O que funcionou para mim: o objetivo é o de não gastar dinheiro com roupas, mas separei R$150,00 para eventuais necessidades (até ajustes entra nesse bolo).

09 - O Armário-Cápsula: Liste suas 30 a 40 peças que vão compor os seus looks pelos próximos meses e não caia em tentação de visitar outras peças que não foram as selecionadas e/ou comprar novas roupas nesse período.
O que funcionou para mim: Parti das 5 peças indispensáveis e dos 15 looks que pensei para montar o meu armário cápsula desses três primeiros meses que consistem em:
8 sapatos (sapatilha gelo; sapato gelo; sapatilha preta de couro; sapatilha vermelha de laço; sapatilha listrada branca e preta; all star preto; sapatênis preto; sapatênis azul de bolinha branca) // 2 casacos (blazer verde esmeralda; cardigã lilás) // 14 partes de cima (blusa preta de bolinha; blusa de botão listrada; blusa de cetim roxa; blusa peplum offwhite; camiseta de melancia; camiseta branca; blusa branca de cetim; blusa verde de alça; camiseta vermelha de Lhama; camiseta preta superman; camiseta azul instagram; blusa preta de bolinha maga 3/4; blusa branca e azul de cetim; camisa rosa com manga branca) // 8 partes de baixo (calça azul de piquet; calça jeans escura; short jeans azul; saia preta midi; saia vermelha cintura alta; bermuda rosa clara; saia listrada azul e brana; saia preta de bolinhas brancas) // 8 vestidos (vestido vintage azul claro; vestido preto com estampas de navy; vestido preto flare; vestido flamingo; vestido bailarina; vestido verdinho de coroas; vestido Amélie; vestido rosa de bolinhas pretas) = 40 peças

10 - "Querido Diário": É importante, segundo Caroline, que você anote as lições que aprendeu em cada temporada, assim problemas com as roupas selecionadas e/ou necessidades que você sentiu poderão ser sanados futuramente.
O que funcionou para mim: A cada mês vou comentar sobre as peças que escolhi e como consegui usar cada uma delas, mostrando os looks e as possibilidades.

*Segundo o blog de Caroline, peças como pijamas, academia, roupas de festa, de praia e lingeries não entram na cápsula, porque são peças que não, necessariamente estão na rotina diária de todo mundo. O ideal é ter de 3 a 5 looks completos para academia, festa, moda praia e pijamas. Para ela, as lingeries são as mais complexas, porque cada mulher tem as suas favoritas e por isso, é preciso ver o que te faz bem. Ela separou três categorias para as lingeries que são: 
1 - Confortável; 2 - Prática; 3 - Faz você se sentir linda. 
Mas vamos lá, um desafio de cada vez! heheheh

Sobre 11/11/2016

Foi como reencontrar velhos amigos, que eu nunca conheci. Embalada em um frenesi musical, daqueles que você pode tentar descrever, mas que me pareceu tão único, que a missão de falar sobre é complicada e não dará conta de tudo que aconteceu naquele momento.
Fonte
E numa clara compreensão do título daquela turnê (Not in this Lifetime - Não nessa vida), eu realmente não pensei que viveria para ver essa reunião acontecer: a reunião da formação que deu o som, a alma e a vida de Guns 'n Roses. Tanto que passei quase metade do show tentando ter certeza de que aquilo realmente estava acontecendo, e que eu não estava sonhando, delirando ou em algum lugar entre a vida e a morte. 
Sim! 
Era relamente Slash e Axl tocando juntos, novamente! 
Sim, Duff realmente estava sorrindo! 
Ao vivo! 
Um ao lado do outro, solando, entoando aquelas músicas e, talvez mais incrível de tudo, encantando novamente, o que eu já achava ter sido encantada anteriormente.
Falar sobre esse show, para mim, extravasa o ato do comentário, porque envolve muitos momentos anteriores, de uma adolescência regada a canções que eu aprendi a cantar, de tanto escutar, com solos de guitarra caprichosos, os quais estiveram comigo em diversas situações inesquecíveis, da mesma forma como esse show se tornou.
Porque, nesse setlist repleto de greatest hits, a gente percebe o quanto o tempo passou, mas é como se não tivesse passado para as músicas, assim como, além de músicas que receberam uma nova e completamente inebriante roupagem, não poderíamos considerar esse show outra coisa, se não um verdadeiro presente, daqueles que você não esperava receber, mas que recebe de bom grado, porque, de repente, pode ser uma daquelas coisas que fazem parte da nossa formação como gente. 
É, pode até parecer exagero e para quem não tem esse sentimento de fã por Guns, ou qualquer outra coisa, fica mesmo difícil de compreender o que aconteceu sentimental e fisicamente com essa que vos fala, mas eu posso lhes dizer que poderia escrever um texto enorme aqui e mesmo assim não seria capaz de ser menos "melosa".
Além disso, ninguém nunca duvidou do protagonismo de Axl e Slash, tanto que no show inteiro os dois eram as principais referências para gritos histéricos e agitações em massa, mesmo assim, é de se admirar como cada uma dos membros teve a sua hora de brilhar e se tornar o centro das atenções. Num verdadeiro espetáculo musical, solos de todos os instrumentos tiveram espaço, bem como ficou evidente o quanto além de ser Guns, eles são músicos de excelência, que impressionam pelo seu trabalho, também como indivíduos. 
Fora que, mesmo depois de 20 anos separados eles conseguiram encontrar sua harmonia juntos. Não sei se isso realmente aconteceu de forma tranquila ou se por baixo da turnê já aconteceram outras merdas, mas quando esses caras tomaram o palco, a única certeza que transmitiram era de que eles pertenciam juntos e que de outro modo, com outros membros, nós apenas acompanhamos um prelúdio do que voltaria a fazer todo sentido.
De alma e corpo lavados, o show foi como um desses momentos que é bom demais para ser verdade, ao mesmo tempo que você quer que seja eterno. Mas se tem uma coisa que a gente aprendeu com elas, é que "nada dura para sempre, nem mesmo a chuva fria de novembro..."

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Quem vê cara...

Devo admitir que no último mês eu vi poucos filmes. A maioria deles repetidos no Netflix, depois de um dia inteiro escrevendo na dissertação e/ou lendo autores diversos sobre as questões que norteiam a minha pesquisa. Sinceramente, quem nunca preferiu ver um dos seu filmes favoritos depois de um dia desses?! 
Eu vinha preferindo, mas então essa semana eu me encontrei com a belezura do filme A Garota no Trem e com certeza valeu a entrada no cinema e superou as expectativas criadas (até porque eu não tinha nenhuma...)

Com certos momentos que lembram a estética de Garota exemplar, o novo longa metragem de Tate Taylor (diretor de Inverno d'Alma e Histórias Cruzadas), baseado no romance homônimo de Paula Hawkins, pode ser um excelente programa, se você vai ao cinema despretensiosamente. Assim como Garota Exemplar, A Garota do Trem se foca em múltiplas entradas, sob as perspectivas diferentes de personagens aparentemente dissonantes para construir um mistério. 
Mas não se engane, essa não é apenas uma história de suspense!
Isso porque, A Garota no trem tem tantos elementos fílmicos e narrativos, que não se encaixa a um gênero só. Ao mesmo tempo que tem drama, tem suspense, tem mistério e tem romance, uma vez que os enlaces retratados na obra se focam na múltipla identidade da(s) alma(s) feminina(s). E sim, tudo nesse plural bagunçado e múltiplo. 
Acontece que, A garota no trem narra a complexa relação de três mulheres, Rachel (Emily Blunt), Anna (Rebecca Ferguson) e Megan (Haley Bennett). Mulheres que têm muito mais em comum do que pensam, mas que são interconectadas (numa primeira visada) pelo passar do trem. O trem que leva Rachel do interior para a cidade grande todos os dias; o trem de ruídos que circula a casa de Anna, enquanto ela cuida de sua filha Evie; e o trem que Megan admira e sonha em poder pular dentro.

Cada uma delas tem uma razão para olhar para o trem (e pelo trem) e esse mesmo trem serve de metáfora ideal para olhar para como as suas vidas se configuraram através das escolhas que fizeram. A forma como a ligação das personagens é construída, me lembrou bastante como As Horas foi montado, através de alguns momentos específicos e de suas consequências no todo de um enredo maior. Sendo assim, vidas se cruzam e se perdem entre uma linha que as liga.
Mas daí ocorre que um assassinato (isso não é spoiler) toma o centro da narrativa e todos se tornam suspeitos, até que se prove o contrário. E daqui pra frente, nada é exatamente o que parece, uma vez que ficamos à frente de uma história de camadas, que vai se abrindo para nós gradativamente. Quase que sem pressa, mesmo que o desfecho aconteça como um solavanco.


Entre relacionamentos abusivos, formas deturpadas de ver a si próprio e mostrando como as aparências enganam, A Garota no Trem nos presenteia com enquadramentos invasivos, personagens intensos e uma vontade de retratar certa crueza nas expressões dessas mulheres. Sem medo se vai ser bonito, ou não e talvez o grande trunfo dessa narrativa more aí, na "sem vergonice" de ir direto ao ponto e mostrar frieza na psiquê humana, através de alguns plot twists instigantes. 

Evolving Sounds

Nesse mês de outubro que passou, me senti presenteada com um álbum novo da pequeno prodígio Sabrina Carpenter. Eu falei dela aqui no Mesa e, sendo a moça uma constante nas playlists do Café para ouvir, nada mais justo do que eu tirar um tempo para falar sobre o EVOLution, segunda coletânea de músicas compostas e cantadas por essa brilhante disney star.

Diferentemente de Eyes Wide Open, EVOLution tem um rítmo próprio. Prima por batidas de diversas referências bem claras, como Tove Lo, Two Door Cinema Club, Florence + the machine, Halsey, entre muitos outros, que gostam de misturar a melodia do pop, com um tom forte eletrônico, mas que corre de ofuscar o potencial vocal da moça. Chega bem próximo ao conceitual, talvez só não chegue, porque não é pretensioso. Na verdade, passa longe de o ser e Sabrina convence pelo gogo e pelas letras maduras, principalmente para uma moça de seus 17 anos.
Inclusive, ela não aparenta ter essa idade. Nem pela voz, nem sobre o que canta e nem como rege os enredos musicais de EVOLution

O que permanece verdadeiro, então, é o fato de que suas músicas são suas. Sabrina as domina como dona da própria habilidade de cantar e de escrever histórias melódicas, que não se resumem ao crush do colégio, à paixão platônica da sexta série, ou ao sentimento de crescer. Ela questiona seus limites, suas paixões, seus insights e seus medos. Trava uma batalha constante entre o que quer transmitir, o que conhece e o que quer conhecer, fazendo uma linda coletânea de músicas sobre amadurecimento e sobre o que vem com isso.
Apesar da profusão de letras interessantes, é claro que o objetivo de EVOLution não é, apenas, o de nos convencer das habilidades de Sabrina, mas de nos envolver com um grupo de músicas que causam estranhamento, de início (uma vez que jogam em uma direção um pouco diferente dos trabalhos anteriores da artista), mas que mostram como, em um ano houve uma evolução (num bobo trocadilho) tremenda no trabalho da moça.
Talvez conseguindo algo que até a Ariana Grande tem tentado de modo mais brusco (falei sobre isso aqui), Sabrina chega dizendo que está se tornando uma mulher complexa e o seu sex appeal está chegando na medida certa, no tempo certo e quando chegar, será ainda maior que o EVOLution. Mal posso esperar para o que virá em seguida.

Músicas favoritas desta que vos fala: Run & Hide; Feels like loneliness; Don't want it back e Thumbs.