Despretenciosa, esta comédia nos leva através de uma história leve, passando por bonitos e (aparentemente) apetitosos pratos, usando toques de contemporaneidade, família em primeiro lugar, sob a assistência de um ótimo elenco, mas com o pequeno problema do clichê.
Para quem não sabe, Jon Favreau dirigiu "Homem de Ferro" 1 e 2, além de "Cowboys & Aliens", de lá para cá chegou a participar em alguns filmes bem bobinhos, mas em "Chef", ele tenta se encontrar com o bom que existe na comédia e fazer uma história mais idependente. Aqui, Jon Favreau dirige, roteiriza e atua como protagonista, e a história o traz como o renomado Chef Carl Casper, um chef considerado extremamente criativo e muito iventido. Ele trabalha no resturante de Riva (Dustin Hoffman), um conservador empresário gastronômico, que por vezes obriga Carl a permanecer no menu "básico". Com a recepção de um importante crítico gastronômico, Riva se impõe e não deixa Carl fazer o menu que tinha planejado a princípio, levando-o a receber uma crítica nada amigável e a ter um verdadeiro surto, coberto por todas as redes sociais. Para quem já era conhecido, Carl Casper passa a ser amado/odiado por milhares de seguidores.
Depois de se demitir e resolver mudar de vida, Carl segue o conselho de sua ex esposa (Sophia Vergara), compra um food truck (caminhão de lanches) e busca sua raíz, ao fazer lanches regionais, com um toque gourmet, enquanto viaja de Miami à Califórnia, incorporando sabores e cores aos seus pratos, conforme passa por lugares como Texas e Nova Orleans. Além de fazer muito sucesso nas redes sociais, graças aos seu filho Percy, que cobre todas os momentos do pai nesta viagem.
Com um roteiro simples, um pouco cheio de clichês (a latinidade e seus personagens passaram um pouco do ponto) demais, somos levados a conhecer personagens cativantes, em que logo nos relacionamos e passamos a torcer por. Mesmo que brevemente, como é o caso de Molly (Scarlett Johanson) e o ex marido de Sophia, interpretado por Robert Downey Jr. Esses dois atores são exemplos de como Jon é bem relacionado, mas é claro que eu esperava que ele pudesse ter usado seus contatos para construir personagens um pouco mais profundos, mas esse não era o plano.
Está certo que é importante colocar, que pela sua despretenção, o roteiro também tem vários gaps para correr mais rápido, mas a proposta conquista, principalmente pelo uso das redes sociais que acabam sendo um motor e também combustível para todas as mudanças que acontecem na vida do personagem, seja pelo uso desenfreado do twitter, seja pela forma como esta tecnologia pode ser uma excelente divulgação e ao mesmo tempo uma mordaz máquina de criar haters.
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