Normalmente quando uma banda lança o primeiro single de um novo cd, tem a intenção de mostrar ao seu público o que esperar do album. Ou seja, dá o tom do que vem por aí e é neste momento que a maioria dos fãs começam a criar a sua expectativa diante do que está para ser lançado.
Depois do lançamento do cd, com o propósito de mostrar que ainda tem algo há mais na obra, eles lançam a música que se destaca (normalmente aquela que ousa de alguma maneira, saindo um pouco do estilo da banda, ou que mostra um amadurecimento e desenvolvimento do trabalho dos artistas), envolta numa espécie de mística publicitária de estouro e hit. Sem contar que normalmente essa música é aquela que toca em todo o canto, tem milhões de interpretações e consegue mostrar que a banda tem algo para oferecer.
Bom, não estou tentando desvendar as técnicas de venda da indústria fonográfica, ou mesmo dizer que a regra é assim impreterivelmente, o que coloquei nesses parágrafos iniciais é apenas uma observação. Com isto claro, continuo.
Recentemente notei um exemplo de como esta observação pode ser diferente. O cd do Maroon 5, "Overexposed", teve o caminho inverso quando lançou o sucessão Moves Like Jagger como o primeiro single. O que eles não contavam (ou talvez contassem) era que a música ia ser um sucesso tão grande, que todas as viessem depois ficariam meio apagadinhas.
A ideia que a música passa sobre o albúm, sendo a primeira, é que ele seria uma coletânea de hits, a maioria dançante, com parcerias brilhantes e uma sonoridade eletrônica e meio experimental.
Porém, quando "Overexposed" foi lançado nos deparamos com "mais do mesmo". Temos a voz do Adam à lá xavecada, entoando as canções com interpretações de duplo/triplo sentidos; o eletrônico dançante comandando boa parte das melodias e o tema relacionamentos (bons, ruins, baseados no sexo, desastrosos, infiéis...) ainda predominando em tudo.
Clique na capa para ouvir o cd |
O segundo single, "Payphone" é a verdadeira demonstração do que esperar no novo cd e, apesar de se tratar de Maroon 5, penso que se as faixas fossem mais parecidas com "Jagger" o cd seria mais interessante e muito mais indispensável na playlist de todos.
Nada disso é ruim e o cd é bom. Mas é esperadamente bom. Não tem nada demais. Senti que faltou músicas como "Harder to Breathe", "Kiwi", "Makes me wonder" e "Misery", aquelas que te tiram o folêgo, dão ideias 'danadinhas' e te fazem parar o que estiver fazendo para ouvir e imaginar mil e uma coisas...
Nada disso é ruim e o cd é bom. Mas é esperadamente bom. Não tem nada demais. Senti que faltou músicas como "Harder to Breathe", "Kiwi", "Makes me wonder" e "Misery", aquelas que te tiram o folêgo, dão ideias 'danadinhas' e te fazem parar o que estiver fazendo para ouvir e imaginar mil e uma coisas...
Da tracklist vale a pena escutar: "Lucky Strike", "Lady Killer", "Fortune Teller" e "Tickets".