Uma dose de GOT, por favor.

Aqui vai mais um texto da colunista Amanda Mota, que agora resolveu falar sobre Game of Thrones. Será que a comoção em torno dessa série tem explicação científica? Descubra:

Por: Amanda Mota

A ciência envolvida por trás de maior série da atualidade.

Não é de hoje que a série televisiva da HBO, baseada nos livros As Crônicas de Gelo e Fogo de George R.R.Martin, causa comoção nas redes sociais, rodas de conversa e até grupos do Whatsapp. Foi ousado colocar na tv uma mistura tão intensa de elementos do gênero fantasia, mas deu certo. E muito certo! 
Além de colecionar prêmios importantes como: Critics Choice Awards, TCA Awards, Globo de ouro, entre outros. Game of Thrones entrou para a história do Emmy como a série mais premiada em uma única edição, levando para casa nada mais, nada menos, do que 12 estatuetas ano passado, incluindo a de melhor série dramática e somando um total de 26 Emmy’s durante suas 5 temporadas.

A série também entrou no livro dos recordes como a marca de série dramática de maior transmissão simultânea ao redor do mundo e conquistou o posto de série com o episódio mais bem avaliado no IMDB (nota 10 para o nono episódio da sexta temporada “Batalha dos Bastardos”), sendo assim, reconhecido como o melhor episódio da história das séries, já exibido. Tá pouco, ou quer mais?
Mas o que faz Game of Thrones ser uma série tão viciante? 
Além do seu elenco afiado, roteiro e direções impecáveis e efeitos visuais incríveis, pode-se dizer que existe uma ciência por trás de toda essa devoção do telespectador pela narrativa do velho George.
Cientificamente falando, somos controlados por um sistema de recompensa responsável por nos proporcionar prazer. Ele está localizado no nosso cérebro e é o mesmo centro que é ativado quando estamos apaixonados, quando alcançamos alguma conquista, quando comemos algo que queríamos muito e quando vemos nossa série preferida
Basicamente, esse sistema libera um neurotransmissor chamado dopamina, que é responsável por causar todo esse prazer que sentimos ao comermos aquele bolo de chocolate que tanto queríamos, ou de vermos nossos personagens preferidos ganhando batalhas. E é isso que acontece com GOT.
Sendo uma série extremamente envolvente, cheia de reviravoltas e muitos momentos emocionantes, protagonizados por personagens bem construídos e tramas complexas; você aprende a torcer e a sofrer junto com os acontecimentos e os personagens, e essa relação forte tem reflexos no nosso sistema nervoso.
Choramos com a queda para logo depois nos deliciarmos com a vingança. Sofremos uma perda e celebramos a vitória. Esse acúmulo de emoções acaba desencadeando uma grande liberação de dopamina no nosso sistema, assim que um de nossos personagens preferidos acaba ganhando uma guerra, que antes estava perdida. Estamos em constante estado de tensão para, logo depois, sermos preenchidos de prazer pela onda química que se alastra no cérebro justamente por causa de um grande momento de sucesso. 
Vale lembrar que esse sistema é o mesmo que é ativado em usuários de drogas. Mas no nosso caso, o vício é muito mais saudável.




Um comentário

Beatriz disse...

Gostei muito do post, e acho que dá pra aplicar para várias séries. Achei interessante que o vício em série é verdade, não só expressão nossa, haha.

Beijos!
Vestindo o Tédio