Café para ouvir #8

Esse mês são músicas que não to conseguindo superar! Tão tomando conta das minhas diversões, das minhas viagens de busão e das idas pra academia!
Vem se viciar comigo, vem!

01 - Without You - Renee Olstead
02 - Chamego meu - AnaVitória
03 - You! Me! Dancing! - Los Campesinos
04 - The sound of silence - Simon & Garfunkel
05 - Le Festin - Camille
06 - Touch and Go - Ed Sheeran
07 - Walkashame - Meghan Trainor
08 - Outra vida - Armandinho
09 - Sorry - Justin Bieber
10 - Down - Jay Sean feat. Lil Wayne
11 - Chewing Gum - Nina Nesbitt
12 - 24 horas por dia - Ludmilla

Favoritos Oscar 2016 - Bolão do Mesa


Ei gente, tudo bom? Então, agora a gente chega naquele momento em que os dois meses que passamos dando pitacos sobre os filmes concorrentes ao Oscar aqui no blog, chegam ao fim. Mas não os pitacos sobre os filmes, de modo geral, eles continuam sendo a base alimentar da nossa Mesa de Café da Manhã.
Bom, como no ano passado eu preparei dois bolões, com os filmes que eu apostaria dinheiro que ganharia e os que eu, sentimentalmente, gostaria que ganhasse. Também como no ano passado e no anterior, e no anterior do anterior, eu explico o motivo da escolha dos que eu aposto que ganharão. As categorias estão divididas em Técnicas, Coadjuvantes e Principais. Vamos lá?

CATEGORIAS TÉCNICAS


Melhor Edição de Som
Quem eu QUERO que ganhe: O Regresso
Quem eu APOSTO que ganha: O Regresso
Quem ganhou: Mad Max
Porque? Como eu comentei na review do filme, um dos grandes trunfos do filme é, justamente, a sua parte de áudio. Totalmente recheada de ruídos, grunhidos e selvageria. Fora que é possível contar o filme através das suas sonoridades, o que normalmente garante o prêmio na academia.

Melhor Mixagem de Som
Quem eu QUERO que ganhe: Star Wars - O despertar da Força
Quem eu APOSTO que ganha: O Regresso
Quem ganhou: Mad Max
Porque? Bom, a parte que a mixagem faz é a de criar sonoridade para o filme, muitas vezes a criação ocorre em estúdio. Apesar da mixagem de Star Wars ser particularmente única, eu penso que é também muito característica, porque já foram feitos outros filmes com as sonoridades semelhantes, logo não é novidade. Também costumam se destacar produções que usam de elementos reais e de ruídos da natureza, normalmente sendo elas escolhidas.

Melhor Trilha Sonora
Quem eu QUERO que ganhe: Os 8 odiados
Quem eu APOSTO que ganha: Os 8 odiados
Quem ganhou: Os 8 odiados
Porque? Morricone é um dos músicos de trilhas sonoras mais respeitados do mundo, é uma assumidade no assunto e, já idoso, deve receber essa honraria. Fora que ele tem levado o prêmio em todas as outras dispustas pré-Oscar.


Melhor Música Original
Quem eu QUERO que ganhe: 'Till it happens to you - Lady Gaga (The hunting ground)
Quem eu APOSTO que ganha: 'Till it happens to you - Lady Gaga (The hunting ground)
Quem ganhou: Writings on the walls - Sam Smith
Porque? Bom, até umas semanas atrás eu tava apostando em Writing on the wall - Sam Smith (007), mas depois de assistir ao doc em que a canção de Lady Gaga está presente eu preciso dizer, ela consegue resumir muito bem o que é uma Música Original. É uma música que contextualiza os acontecimentos do filme e que consegue marcá-la de um modo único. A música de Sam Smith, apesar de ótima, não tem toda essa potência.

Melhor Efeitos Visuais
Quem eu QUERO que ganhe: Star Wars - O despertar da Força
Quem eu APOSTO que ganha: Star Wars - O despertar da Força
Quem ganhou: Ex Machina
Porque? Tipicamente esse prêmio vai para filmes de ficção científica e de fantasia, justamente porque são necessários muitos efeitos e edições visuais. Particularmente penso que, o que mais tem a ver com a categoria é Star Wars, mesmo que seja possível Mad Max surpreender.

Melhor Edição
Quem em QUERO que ganhe: A Grande Aposta
Quem eu APOSTO que ganha: Mad Max
Quem ganhou: Mad Max
Porque? Bom, nessa categoria eu não to com tanta certeza de favorito, isso porque o prêmio foi até que bem dividido nas premiações pré-oscars, mesmo que Mad Max tenha levado alguns há mais. É possível lembrar do meu comentário sobre A Grande Aposta ser um filme baseado fortemente na edição, mas é preciso dizer que Mad Max também é. 



Melhor Fotografia
Quem eu QUERO que ganhe: O Regresso
Quem eu APOSTO que ganha: O Regresso
Quem ganhou: O Regresso
Porque? Se você lembrar da review que eu escrevi sobre o filme, vai perceber que o que mais eu elogiei no longa foi justamente a fotografia. Potente e bastante glorificante, ela recoloca o Western e ainda separa momentos de verdadeira contemplação. É definitivamente a maior qualidade do filme.

Melhor Maquiagem
Quem eu QUERO que ganhe: Mad Max
Quem eu APOSTO que ganha: Mad Max
Quem ganhou: Mad Max
Porque? Entre os concorrentes, é possível notar que Mad Max é o que realmente se firma na maquiagem para contar a história. São rostos transfigurados, feições totalmente transformadas e tem o fator da fantasia, que normalmente é considerado pela academia.

Melhor Figurino
Quem eu QUERO que ganhe: A Garota Dinamarquesa
Quem eu APOSTO que ganha: Mad Max
Quem ganhou: Mad Max
Porque? Basicamente pelos mesmos motivos de maquiagem, Mad Max deve levar a estatueta pra casa. Mesmo assim, minha torcida estará com A Garota Dinamarquesa, porque sou uma apaixonada por elementos visuais que recontam o filme. Se você reparar, em A Garota Dinamarquesa, o enredo todo, assim como as personalidades dos personagens e os seus momentos de transição são marcados pelo figurino. É digno de aplauso.



Melhor Design de Produção
Quem eu QUERO que ganhe: O Regresso
Quem eu APOSTO que ganha: Mad Max
Quem ganhou: Mad Max
Porque? Design de Produção antigamente era chamado de Direção de Arte, porque basicamente premia a construção daquele mundo, através dos elementos de cenário e onde eles devem aparecer. No caso de O Regresso o filme é todo em cima da ideia da 'natureza' e da sua característica inóspita, sendo aparentemente desnecessário um trabalho grande por parte do Design e por isso pode passar despercebido os detalhes do mesmo. Normalmente é uma categoria que premia grandes projetos visuais, sendo esta a razão de Mad Max ser o favorito.

CATEGORIAS COADJUVANTES


Melhor Animação em Curta Metragem
Eu não vi todos os curtas concorrentes, mas eu sempre aposto no trabalho lindo da Pixar e da Disney, então estou torcendo e apostando por Os Heróis de Sanjay, que além de ser da empresa, é também uma história que normalmente traz o que a academia gosta em animações: fantasia, infância e família.
Quem ganhou: The Bear Story

Melhor Animação em Longa Metragem
Quem eu QUERO que ganhe: Divertida Mente
Quem eu APOSTO que ganha: Divertida Mente
Quem ganhou: Divertida mente
Porque? A Disney sempre vai ser preferida nessa categoria, porque já tem um longo histórico de prêmios na mesma e esse ano não tiveram animações de grande destaque público. Talvez a única que possa fazer o Divertida Mente tremer um pouco é Anomalisa, que é assinada por Kaufman e tem uma história linda, mas pode ser que os votantes a achem muito adulta. Importante lembrar que O Menino e o Mundo está concorrendo nessa categoria.


Melhor Documentário em Curta Metragem
Eu não vi todos os curtas concorrentes, mas pelas premiações pré-Oscar, o grande favorito é Body Team 12. Sendo seguida de perto por A Girl in the River. 
Quem ganhou: Girl in the River

Melhor Documentário em Longa Metragem
Também não vi todos, mas não me restam dúvidas de que o doc Amy vá levar. Ele é bem aquilo que a academia costuma votar, próximo ao público, tem a ver com a cultura geral e é facilmente reconhecido. Fora que foi um doc bastante elogiado pela crítica.
Quem ganhou: AMY

Melhor Curta Metragem (ficção)
Essa categoria está bem acirrada, porque as premiações pré-Oscar se mostraram bem divididas na hora da premiação. Ainda assim, o favorito parecer ser Ave Maria. Como não assisti todos, não tenho como eleger um favorito pessoal.
Quem ganhou: Stutterer

Melhor Filme Estrangeiro
Quem eu QUERO que ganhe: Cinco Graças (França)
Quem eu APOSTO que ganha: O Filho de Saul (Hungria)
Quem ganhou: O Filho de Saul
Porque? É um filme que tem aquelas 'coisas' que a Academia adora num filme estrangeiro, mas principalmente tem pouco desconto cultural, significando que traz uma narrativa cheia de universalidade e basicamente compreensível em qualquer lugar que seja exibido. O tema holocausto nunca sai totalmente da moda. 


CATEGORIAS PRINCIPAIS


Melhor Roteiro Adaptado
Quem eu QUERO que ganhe: A Grande Aposta
Quem eu APOSTO que ganha: A Grande Aposta
Quem ganhou: A Grande Aposta
Porque? A adaptação foi feita de um livro rígido sobre economia e eles transformaram num filme offbeat, que flerta com documentário, com videoclipe, com comédio e com um monte de outras influências, fora que se tornou um excelente enredo.

Melhor Roteiro Original
Quem que QUERO que ganhe: Divertida Mente
Quem eu APOSTO que ganha: Spotlight
Quem ganhou: Spotlight
Porque? To achando que esse será o único Oscar que Spotlight vai levar pra casa, até porque se trata de um filme em que o roteiro é a principal arma, amarrando os acontecimentos pessoais dos personagens, diretamente com a investigação desenvolvida por eles. 

Melhor Atriz Coadjuvante
Quem que QUERO que ganhe: Alicia Vinkander (A Garota Dinamarquesa)
Quem eu APOSTO que ganha: Kate Winslet (Steve Jobs)
Quem ganhou: Alicia Vinkander
Porque? A Kate ficou um tempinho fora dos holofotes e agora retorna em um papel bastante forte e que deve arrebatar a academia, principalmente por ter sido uma mulher que realmente existiu. Bom, essa segunda argumentação também faz parte da interpretação de Alicia e para mim, como coloquei na review d'A Garota Dinamarquesa, ela é uma força da natureza. 

Melhor Ator Coadjuvante
Quem eu QUERO que ganhe: Christian Bale (A Grande Aposta)
Quem eu APOSTO que ganha: Sylvester Stallone (Creed)
Quem ganhou: Mark Rilance
Porque? É o retorno de Sylvester como Rocky e tem um detalhe que parece encantar a academia em particular, trata-se de um filme de superação e vencer desafios. Sylvester também tem levado boa parte dos prêmios nesta categoria, nas cerimônias pré-Oscars, o que indica uma preferência por ele. 


Melhor Atriz
Quem eu QUERO que ganhe: Saoirse Ronan (Brooklyn)
Quem eu APOSTO que ganha: Brie Larson (O Quarto de Jack)
Quem ganhou: Brie Larson
Porque? Ela tem levado quase todos os prêmios, fora que deve ser difícil encarar um filme em que basicamente todos os momentos são pautados pela sua própria interpretação. É a primeira indicação de Brie, o que normalmente é um problema, mas pelas concorrentes, penso que não será neste ano. 

Melhor Ator
Quem eu QUERO que ganhe: Leonardo DiCaprio (O Regresso)
Quem eu APOSTO que ganha: Leonardo DiCaprio (O Regresso)
Quem ganhou: Leonardo DiCaprio
Porque? Ele, assim como Brie, tem levado todos os prêmios para casa. Tem também o detalhe de que o filme é basicamente ele o tempo todo (algo que a academia costuma gostar bastante), fisicamente destruído (academia também ama isso) e sem quase diálogos (pronto! ganhou os votantes tudo!).



Melhor Diretor e Melhor Filme
A categoria mais acirrada deste ano é a de Melhor diretor, pois quem ganhar nela determinará quem vai ganhar o Melhor filme. Aqui pode acontecer duas coisas:

Melhor Diretor; Alejandro Iñarritu, garantindo Melhor Filme para O Regresso.
Se isso acontecer vai ser uma dobradinha nova no Oscar, porque tanto o mesmo diretor levou dois anos seguidos o prêmio para casa, quanto o filme o qual ele dirigia também. Particularmente não é o meu favorito, em nenhuma das duas categorias, porque não penso ser o melhor trabalho de Alejandro, muito menos o melhor filme deste ano. Esse é o cenário que eu apostaria.



Melhor Diretor: George Miller, garantindo Melhor Filme para A Grande Aposta.
Esse é o meu cenário favorito, porque dignifica o trabalho de Miller e o filmão que é Mad Max, sem deixar de lado outros filmes tão completos quanto e que tem uma pegada mais interessante. No caso do Miller ganhar de direção, é muito possível que a disputa de Melhor filme fique entre A Grande Aposta e Spotlight, porque são filmes que os votantes norte-americanos se identificam bastante. A Grande Aposta que tem mais características que costumam ser vistas como perferidas da academia. Estamos na torcida \o/

Quem ganhou: Melhor Diretor Alejandro Iñarritu e Melhor Filme Spotlight

E você? Já fez o seu bolão? Que tal compartilhar com a gente?

Quer saber mais sobre alguns dos fimes concorrentes? Leia as críticas do Mesa:

Não perca, no dia 28 eu no twitter comentando tudinho! @oliviayale

Tudo começa com 'I'

Investigação, Imprensa, Igreja, Impacto, Ideologia, Infância...
Essas são as diversas palavras que podem servir para definir esse filme, envolvendo o mote jornalístico de um grupo do Boston Globe, sobre casos recorrentes de pedofilia na Igreja Católica, o longa metragem Spotlight tem um ótimo roteiro, mesmo que no seu formato fílmico não guarde grandes momentos.

Quando você faz o curso de jornalismo, uma das coisas que mais ouve de desavisados sobre a profissão, é de que ela está acabando. Outros preferem a abordagem de que o ofício é "simples", ou que "hoje, com a internet, qualquer um pode fazê-lo". Tem pessoas também, que insistem em achar que o jornalista é só aquele que aparece na TV. Pré-concepções, de fato, que você vai colocando em perspectiva durante o curso e tratando de ignorar, quando é aquela tia sua, mal informada (e que nem tenta melhorar esse estado) que diz alguma dessas baboseiras. 
Sim, é possível dizer que o jornalismo purista está se reconfigurando (não acabando), mas também é possível dizer que ele vem se reconfigurando desde que ele é ele. O Fazer Jornalismo é quase um ser vivo e não se resume à escrever um bom texto, checar meia dúzia de informações e/ou entrevistar algumas fontes. E o longa Spotlight trabalha com essa noção ideológica do trato da notícia, mesmo que não chegue a brilhar como outros vários filmes que se validam através dessa questão, como Todos os Homens do Presidente, Boa Noite, Boa sorte; ou O Quarto Poder

Além da questão jornalística, Spotlight fala do duelo de duas instituições, a Imprensa e a Igreja. Duas gigantes, que ainda conseguem ditar linhas de comportamento, crenças e até mesmo modus operandi social, de modo que o contexto ao qual o filme está inserido se torna de importância singular para compreendê-lo como um todo. Até recentemente a Igreja Católica não tinha se manifestado sobre os recorrentes casos de pedofilia e abuso sexual envolvendo padres, cardeais e bispos de diversas comunidades católicas ao redor do mundo. Os casos corriam sigilo e muitos dos envolvidos eram, de fato, desligados do corpo da Igreja, mas como os casos nunca tinham sido discutidos abertamente, era como se eles nunca tivessem ocorrido.
No começo da década de 2010, diversos processos vieram a tona e, em grande parte, isso ocorreu graças ao trabalho de equipes inteiras de jornalistas investigativos, que se debruçavam sobre informações incompletas, advogados escorregadios e uma instituição que insistia em manter toda essa sujeira embaixo do tapete. A equipe Spotlight, do Boston Globe, foi uma das primeiras que se dedicou a esmiuçar tais dados e trazer a tona o encoberto, sendo vencedora do Pulitzer ao fim de mais de 500 reportagens sobre.
Com Michael Keaton, Mark Ruffalo, Rachel McAdams e Liev Schreiber, Spotlight se centra na pesquisa em si e em como as peças foram se encaixando para essa equipe que, no começo, parecia estar correndo atrás do próprio rabo. Como a instituição laica que deve ser, a Imprensa tem diversas obrigações morais com o público, entre elas a de não divulgar detalhes imprecisos, especialmente sobre figuras públicas, mas como uma instituição formada por seres humanos, ela também é recheada de questões pessoais, de modo que a forma como o roteiro de Spotlight se configura, vamos compreendendo que: mais do que colocar sob o holofote (com o perdão do trocadilho) o escândalo, era preciso perceber a crença, a fé e a ideologia de cada um desses indivíduos como seres humanos, além da profissão. Característica que é, um dos maiores trunfos deste enredo, sintetisada por uma cena entre Keaton e Jamey Sheridan: "Se todos sabiam que algo estava errado, porque ninguém fez nada antes?".

Optando por enquadramentos clássicos, em plano americano, poucos planos detalhes e quase nenhum plano aberto, a história em sua estética é bastante comum, sendo possível dizer que na direção de Tom McCarthy, o que se destaca é o ritmo do filme, que não cai no marasmo de longuíssimas investigações, mas ao mesmo tempo, temos a noção de que demandou um período considerável de dedicação.
Sem grandes estrelas, Spotlight é um filme coeso, de boa edição, mas sem brilhantismos, mesmo assim tem um quê que lembra filmes antes já premiados pela academia. Afinal de contas, é uma história real, tem um especial detalhe nacionalista e prende pelo manejo do escândalo. É de se aguardar para ver se realmente encherá os olhos dos votantes.
Pitacos: Spotlight concorre em 6 categorias. Para mim é favorito apenas para Melhor Roteiro Original.

Depois do Piloto 3

Vamos continuar falando das séries lindozas (ou nem tanto) que eu vi o primeiro episódio, gostei (ou não) e vou continuar vendo (ou não). Adoro a pessoa que inventou as observações entre parênteses e o tachado no blogger. Obrigada a vocês ;P

Jane, the virgin

Eu resolvi me aventurar e ver Jane, the Virgin, porque ouvi e li comentários muito positivos sobre a história e também sobre a atuação de Gina Rodriguez. Como fazia um tempo que eu não me encantava por uma personagem latina (mais ou menos, desde Ugly Bety), resolvi assistir. E não é que a série faz jus a todos os comentários?! Engraçada, dinâmica e com personagens que realmente fazem referência às suas origens latinas, é uma série que eu vou dar continuidade, com certeza!
Minha conclusão deopis do piloto


Lucifer

Vi a Bia, do Vestindo o Tédio comentando sobre essa série e ela parecia tão animada, que eu corri para ver e Bia, que sugestão legal! O personagem principal é, realmente, o diabo (mas isso não é spoiler) e apesar de ter a vibe de investigação de crimes (que não é lá algo que me excita há um tempo), as relações são interessantes, bem como o tom cômico dado ao Lucifer. Também continuarei vendo, definitivamente. 
Vamos "estar baixando" novos episódios

The Originals

Provavelmente, algumas pessoas que visitam o Mesa amam essa série, mas eu devo admitir que depois do piloto eu não quis nem continuar. Já tem um tempo que eu a vi e lembro que dei uma chance a ela, por causa das primeiras temporadas de Vampire Diaries (que eu tinha curtido), mas na verdade a inspiração desse spin-off foram as últimas temporadas de VD, que eu já tinha enjoado e abandonado. Achei legal, no entanto, que eles me lembraram um pouco da 'sujeira' do True Blood (também em seus tempos áureos). Fora que a expectativa de ver Phoebe Tonkin e Claire Holt juntas de novo me animou, mas pelo menos no 1o episódio, elas nem se viram!

Auto-Explicativo

Basicamente são essas séries que eu tinha para compartilhar com vocês. Já conferiram alguma delas? É fã de alguma? Me conta!!

Tag: Recomendações Literárias

A fofa Monique, parceira do blog e dona do Inverno de 1996, me indicou para fazer a tag: Recomendações Literárias. Achei a ideia super legal, até porque faz tempo que eu não faço nenhum post aqui no Mesa sobre literatura, mesmo sendo uma das coisas que eu mais gosto. 
Então bori lá, que eu acho que vai dá caldo. Basicamente são 10 livros para recomendarmos, um em cada uma das 10 sugestões. 
Tchananã!

01 - Recomende um livro de um gênero que você goste
Ah que difícil! Mas vou recomendar o delicioso Terra de Histórias de Chris Colfer. Um dos meus gêneros literários favoritos é a fantasia. Melhor ainda quando são livros que reinterpretam Contos de Fada, tem uma pegada inteligente e são super gostoso de ler.
Sinopse: Os irmãos gêmeos Alex e Conner estão vivendo os piores dias de suas vidas. Para tentar alegrá-los, no aniversário de 12 anos, a avó os presenteia com o antigo livro de histórias que o pai costumava ler para eles, quando crianças, antes de dormir. E a magia volta a tomar conta da vida dos dois - de verdade! Assim como Alice chegou ao País das Maravilhas após cair num buraco do coelho, Alex e Conner são sugados pelo livro e vão parar dentro do mundo dos contos de fadas. Lá, descobrem o que aconteceu com os personagens após o "E foram felizes para sempre!". Cachinhos Dourados, por exemplo, é uma fugitiva, Chapeuzinho Vermelho tem seu próprio reino e Cinderela, agora rainha, está prestes a se tornar mãe. Mesmo em meio a tantas surpresas, os gêmeos não têm tempo a perder: precisam voltar para casa antes que o livro se feche e a mãe dê queixa do desaparecimento deles. Para que o Feitiço do Desejo se cumpra, Alex e Conner têm de desvendar as pistas deixadas em um diário. Eles só não podiam imaginar que mais alguém estava no rastro e faria de tudo para atravessar para o mundo real no lugar deles: a Rainha Diabólica. 

02 - Recomende um livro pela capa
AMOOO a capa desse livro! E acho, de quebra, uma das mais bonitas que eu já vi, principalmente porque tem um quê de místico e mortal, ao mesmo tempo. Fora que eu comprei esse livro por causa da capa :P Feita de Fumaça e Osso é uma piração, já vou avisando!
Sinopse: Pelos quatro cantos da Terra, marcas de mãos negras aparecem nas portas das casas, gravadas a fogo por seres alados que surgem de uma fenda no céu. Em uma loja sombria e empoeirada, o estoque de dentes de um demônio está perigosamente baixo. E, nas tumultuadas ruas de Praga, uma jovem estudante de arte está prestes a se envolver em uma guerra de outro mundo. O nome dela é Karou. Seus cadernos de desenho são repletos de monstros que podem ou não ser reais; ela desaparece e ressurge do nada, despachada em enigmáticas missões; fala diversas línguas, nem todas humanas, e seu cabelo azul nasce exatamente dessa cor. Quem ela é de verdade? A pergunta a persegue, e o caminho até a resposta começa no olhar abrasador de um completo estranho.

03 - Recomende um livro que virou filme
Se você gosta de distopias, talvez seja a hora de ir conhecer algumas das primeiras obras do gênero, mas não estou falando de 1984, ou Nós; estou falando do graphic novel de Alan Moore e Dave Gibbons: Watchmen.
Sinopse: O ano é 1985. Os Estados Unidos são uma nação totalitária e fechada, isolada do resto do mundo. As presenças de arsenais nucleares e dos chamados super-heróis mantêm um certo equilíbrio entre as forças do planeta, até que o relógio do fim do mundo começa a marchar para a meia-noite, e a raça humana, para um abismo sem-fim.




04 - Recomende um livro que você ame de paixão
Esse livro reconfigurou o meu pensamento sobre religião, fé e me fez repensar sobre muita coisa que eu acredito em termos de mundo e quem foram essas pessoas na bíblia. Não recomendo se você acha heresia dizer que Jesus foi casado, mas recomendo se você achou Código Da Vinci genial, porque esse livro é muito melhor!! O Segredo do anel de Kathleen McGowan.
Sinopse: A protagonista do romance é a jornalista Maureen Paschal que, com a intenção de escrever um livro que faça justiça a personalidades femininas difamadas por razões políticas, corre o mundo em busca de documentos raros que contradigam a História oficial. Sua pesquisa começa em Jerusalém, onde pretende localizar documentos que a ajudem a escrever o capítulo que dedicará a Maria Madalena. Perambulando pelas ruas da Cidade Santa, a pesquisadora se sente atraída por um anel, exposto num antiquário. O anel não está à venda, mas ela estranhamente o recebe de presente do comerciante. Este é o ponto de partida da jornada que leva Maureen das ruas de Jerusalém para as catedrais de Paris e os misteriosos caminhos da região de Languedoc. Repleto de aventura, suspense e romance, o livro joga luz sobre pontos obscuros da História oficial e revê o papel feminino ao longo dos séculos.

05 - Recomende um livro que você quer, mas não tem
Vi esse livro na Saraiva, mas achei ele ainda um pouco caro (fora que já to com uma penca de livros para ler do mestrado e da vida também), daí resolvi esperar um pouquinho, mas logo logo ele será meu! hsahahah. A Rainha Vermelha.
Sinopse: O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe — e Mare contra seu próprio coração

06 - Recomende um livro pelo seu título
Eu, você e a garota que vai morrer é um título e tanto! Assisti ao filme baseado nesse livro e fiquei encantada, porque é uma história delicada e muito intensa. Esqueça de A Culpa é das Estrelas se for ler esse livro, mas lembre-se com carinho de As Vantagens de ser Invisível...
Sinopse: Eu, você e a garota que vai morrer é uma mistura perfeita entre drama e humor e um retrato preciso da adolescência em face do amadurecimento. Na trama, Greg tem apenas um amigo, Earl, com quem passa o tempo livre jogando videogame e (re)criando versões bastante pessoais de clássicos do cinema, até a sua mãe decidir que ele deve se aproximar de Raquel, colega de turma que sofre de leucemia. Contrariando todas as expectativas, os três se tornam amigos e vivem experiências ao mesmo tempo tocantes e hilárias, narradas com incrível talento e sensibilidade.

07 - Recomende um livro por causa do autor
Ah gente, Meg Cabot marcou a minha vida adolescente, assim como deve ter marcado boa parte da de vocês. O que poucas pessoas sabem, é que a autora tem um pseudônimo que escreve para o público mais adulto, também feminino. Então vou indicar para vocês o meu favorito dessa linha dela, como Patricia Cabot, que é: A Rosa do Inverno.
Sinopse: "A Rosa do Inverno" é um romance leve, com boa dose de romantismo, forte aroma de sensualidade e uma pitada de suspense. Fala de paixão arrebatadora e indevida, de destino e escolha. Mas, sobretudo, é uma história que acende o debate sobre a condição feminina, o papel, os desejos, os temores da mulher. Ao confrontar o instinto de se entregar a um homem e a decisão de manter a independência, a Patricia Cabot faz do livro um espelho dos dilemas femininos.


08 - Recomende um livro que você leu em pouco tempo
Bom, eu não li esse livro, eu devorei! E ainda lambi os dedos depois! Sendo o primeiro de uma saga, ele tem mais três livros, seguindo a protagonista. Vale muito a pena a leitura deste, especialmente se você gosta de histórias de sociedades secretas, faculdade e, claro, uma boa dose de sensualidade. Sociedade Secreta, Rosa e o Túmulo.
Sinopse: Amy, editora do jornal literário da universidade, tinha certeza que seria convocada para a sociedade secreta Pena & Tinta, que lhe traria alguns contatos, mas não muito glamour ou comprometimento. Mas tudo muda quando ela é convocada para a Rosa & Túmulo, a sociedade mais poderosa da universidade e cercada de segredos. Lá, a história é outra...


09 - Recomende um livro brasileiro
Raphael Draccon escreveu uma trilogia contando a história de Nova Ether e conquistou o meu coração de vez. Com um quê de mitologia, contos de fada, rpg e muita criatividade, esse brasileiro apaixona a gente na sua escrita e personagens realmente complexos e bem construídos. Recomendo o primeiro livro da trilogia, Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas.
Sinopse: Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer... Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real.


10 - Recomende essa tag para outro blogueiro/vlogueiro
Adoro essa parte!
Recomendo para: Visão Periférica
                             Uma garota com ideias
                             Mareland
                                           Vestindo o Tédio

Hello, Jack

Imerso em um lugar recheado de pedaços de um mundo que nunca teve, Jack (Jacob Tremblay) nem sabe o que está perdendo e entre "bons dias" vazios, seus cinco anos de vida estão para sofrer uma mudança drástica. Este é Room (O Quarto de Jack).


A minha relação com Brie Larson é antiga. Para quem não sabe, a moça tentou ser uma dessas Mady Moores da vida, ou seja, tentou a carreira de cantora e de atriz simultaneamente, mas ficou apagada nas duas. Eu ainda estava no colégio, quando a ouvi cantar "Life After You" e achei super catchy, daí "She Said" e "Go Your own way", não muito tempo depois, fez Sleepover como coadjuvante e demorou muito tempo para que eu a visse novamente nas telas. Até que ela foi coajuvante em Anjos da Lei e ano passado fez Descompensada (que ainda vamos falar sobre aqui) e O Quarto de Jack, sendo indicada por este ao prêmio de Melhor Atriz no Oscar, já levando o Globo de Ouro pra casa, na mesma categoria. 
Ok, mas porque demos início a esse post sobre o filme, falando especificamente sobre Brie?
Começa pelo fato de que acho que ela é a grande favorita nessa categoria. Apesar de não achar que ela mereça (por ser o primeiro papel, realmente expressivo de sua carreira -daí o levantamento), penso que entre todas as concorrentes deste ano, Brie foi a que mais surpreendeu a academia. Não era esperado dela dar uma interpretação tão forte e significativa. Ainda mais num filme em que, basicamente, estão ela e o maravilhoso Jacob Tremblay.

Mas olha só como são as coisas, Jacob é a grande alma d'O Quarto de Jack. Ele que dá o ritmo à narrativa, ele que rouba a cena quanto aparece e, principalmente, ele que dá sentido a esse filme um tanto psicológico, um tanto emotivo. Jacob é, verdadeiramente, uma criança. Passa pra nós a essência da infância, a delicadeza da inocência e a magia de descobrir o mundo ao seu redor, sem perceber a importância que tem na vida da mãe. Ele é a sanidade dela. Simplesmente: Bravo!
Engraçado também, pensar que esse ano temos dois filmes feitos em lugares diferentes, mas que guardam algumas semelhanças entre si, principalmente no que se diz respeito à parte infantil. O Menino e o Mundo (que já falamos aqui) e O quarto de Jack tem propostas bem parecidas de descobrimento de mundo e se jogar nele, no entanto suas narrativas (apesar de tratar de família) seguem por caminhos bem distintos. Enquanto que n'O Menino e o Mundo existe uma sobreposição de técnicas de animação para promover tal descoberta, em O Quarto de Jack o efeito é alcançado pelo alargamento de cenários, numa percepção subjetiva de Jack.
Como assim?
O quarto em que ele e Joy estão presos, no começo do filme parece enorme. As paredes parecem distantes umas das outras, quase como se existisse um cômodo dentro do outro. Assim como o armário de Jack, que tem cara de ser espaçoso e amplo. Conforme o garoto encontra o mundo, esse quarto parece pequeno demais, porque o desconhecido ficou grande demais. Jack se sente tragado, curioso, mexido e, ao mesmo tempo, encantado com tanta novidade e esses sentimentos são transmitidos através de uma câmera que, às vezes é subjetiva e às vezes é contemplativa, mesmo que sem grandes viradas ou novidades no enredo.

Agora, imagine você ficar sete anos preso em um quartinho mínimo, sofrendo abusos consecutivos (tanto verbais, quanto físicos), sem ter a opção de ir embora...parece aterrorizante, não é verdade? Pois é, mas um dos grandes trunfos desse longa, é justamente o de não cair no discurso de auto-piedade, muito menos na aura perturbadora do assédio e da violência - não que esses detalhes não sejam abordados na narrativa, porque são, só que a escolha de um tom mais delicado e dedicado à relação de Jack e Joy, bem como a forma como eles abordam o antes e o depois deles sairem do cárcere, dá à narrativa fílmica mais peso e, na minha opinião, deixa o filme mais humano, porque conseguimos nos colocar naquele lugar. 
Com um roteiro adaptado da obra homônima de Emma Donoghue, O quarto de Jack é, provavelmente, um dos filmes mais delicados que temos na temporada deste ano. Ao tratar da infância de um jeito bastante intimista, a história leva-nos a nos reconectarmos com as crenças que tínhamos, bem como a nossa forma de ver os acontecimentos, já que é Jack, com os seus cinco anos e crente de que 'sabe de tudo', quem nos conta os fatos, chegando, ele mesmo, à conclusão de que: "Tem tanto mundo, que o tempo não dá conta e tudo tem que ser feito com pressa e cada vez mais rápido".
Pitacos: O Quarto de Jack concorre às estatuetas de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor atriz e Melhor roteiro adaptado. Deve levar a de Melhor Atriz para Brie Larson.

*O Quarto de Jack está na minha lista de 24 filmes para 2016, proposta pelo Blogs que Interagem, na categoria Infância.

Recomendando dos Parceiros #5

Cinco meses de parceiros S2 que lindo!! Está sendo uma delícia ter esse povo como meus cafecólatras favoritos, então se você não conhece os meus parceiros, corre aqui comigo pra saber o que eu recomendo deles, neste mês de Carnaval...digo, Fevereiro. Clica na palavra post ou na imagem relacionada ao post para acessar o texto original ;)

No finalzinho de janeiro, Ana Cláudia do Lucidez Feminina, entrevistou a nutricionista Carolina Berger e fez um post super interessante sobre a profissão, sobre nutrição esportiva e reeducação alimentar. Vale a pena dá uma conferida, especialmente porque a Ana fez um levantamento com questões do pessoal do instagram também, o que traz uma gama de assuntos.

Em 2013 Bernardo foi entrevistado por Jô Soares sobre a biografia de Jânio Quadros que escreveu. No post ele fala sobre como foi a entrevista, a emoção de estar sendo entrevistado por ele e ainda comentou sobre a sua própria trajetória de acompanhar a carreira de Jô.

Valéria fez um post realmente interessante sobre: vestir 34. Sim, a moça é petite e veste uma numeração baixa, que normalmente as pessoas acham impossível para a mulher brasileira, mas a verdade é que, assim como as plus size tem lutado pelo seu espaço (yes!) as pequenas e magrinhas também querem ser respeitadas, a ponto de marcas fazerem roupitchas para elas. "Queremos expandir, não restringir." isso mesmo, linda! 

A Monique do Inverno de 1996 respondeu a tag Recomendações Literárias e me marcou no post para responder também. Que bacana que você curte tanto distopias, mana, um dos capítulos da minha dissertação é justamente discutindo esse conceito. Adorei a indicação, logo logo farei aqui no blog ;D

Conheci a Liège no Festival de Audiovisual de Belém de 2015 e achei o som gostoso, cheio de irreverência e boas referências. Depois do lançamento do seu EP online, Gustavo Ferreira do Repórter E fez um post com um review do trabalho da moça e me deixou ainda mais ansiosa por novos trabalhos. Não deixa de conferir!

Olha só esse trecho do post do Seis Mil Milhas: "Então eu juntei um pouquinho da minha criatividade e aproveitei a situação de ter um pouquinho de esperança me chamando para fazer algo que eu já queria a muito tempo, o meu Pote da Felicidade. E nele vou escrever todos os momentos e coisinhas que me proporcionarão felicidade em 2016." Sarah, que ideia ótima! To fazendo um pra mim também!

Respondendo à tag 11 fatos sobre mim e o blog, Jheni fez um post comentando coisas como "o que te inspira?", "Qual lugar do mundo tem mais vontade de conhecer?" e "qual foi o primeiro blog que conheceu?". Esse tipo de tag é muito bacana para conhecer melhor nossos parceiros e também a si mesmo, não é? 

Tay, Tay, Tay, como eu te entendo...passei por isso, não faz muito tempo (e ainda passo de vez em quando). A tal crise dos vinte e tantos. E se tem uma coisa que eu aprendi com ela, é que não, a sua mente e suas escolhas ainda não precisam estar tomadas, não todas e não completamente. Se joga no mundo e não é inércia não, nega! Que post lindo, viu?

Sali, eu realmente tentei fazer um comentário sobre o seu post de erros da blogosfera, contendo todos os erros que você se irrita tanto, mas olha, que difícil é fazer isso! hahaha. Devo dizer que o seu post me ajudou a prestar mais atenção nas minhas vírgulas, então obgs ;D Quem sabe não ajuda vocês, também?

Uma vez, uma conhecida minha disse que não gostava de fazer amizade com mulheres, porque todas elas tentavam puxar os tapetes uma das outras. Eu fiquei tipo, "oi?", "Porque isso já?", não tinha conseguido colocar em palavras o que senti, mas você conseguiu! Que texto incrível, Mari, amizade sim. Vamos ser amigas? 

Selvagem

O Regresso tem cara de filmão, parece filmão, mas na verdade não é um dos melhores filmes do ano e nem mesmo um dos melhores filmes de Alejandro G. Iñárritu, ainda mais depois de um ano de Birdman.

Entre todos os diretores deste ano, um dos que mais conquistou destaque e gerou expectativa foi o mexicano Alejandro G. Iñárritu. Super aclamado por Birdman, o diretor regressa (com o perdão do trocadilho) com um filme que mistura elementos do Western tradicional, com a sua assinatura bastante peculiar e uma fotografia de tirar o fôlego!
Agora assim, esqueça tudo o que você sabe sobre Western. Ou melhor, enquanto você assiste a esse filme, deixe-se lembrar do que o western representa em sua mente. Que tal as referências? Bang Bang? Ou se preferir lembre-se do aclamado Onde os fracos não tem vez. Lembrou? Pois é, a grande e talvez principal 'inovação' no filme de Iñárritu, foi o de colocar nesse lugar, quase inusitado de belo, um gênero que, há algum tempo não foi revisitado de maneira mais 'ousada'. Sim, tivemos Jango Livre há pouco tempo e também o já citado remake de Onde os fracos não tem vez, mas nenhum dos dois brincou de transformar a fotografia em seu principal recurso, ou mesmo dar à história uma outra cara que não fosse o faroeste.
Sim, é evidente que Alejandro bebeu muito na fonte do italiano Sergio Leone, o 'cara' que incorporou o psicologismo nos personagens de western, principalmente ao narrar uma história, basicamente, em cima das expressões de Leonardo DiCaprio e na fotografia bela de um ambiente inóspito e conflituoso (sendo tipo uma metáfora da vida do personagem de Leo), porém, neste momento, é preciso ser um pouco mais do que severa em dizer que o roteiro de O Regresso não lhe faz jus. Nem ao diretor. Nem à fotografia. Nem ao filmão que poderia ter sido.

Penso eu, que a partir do momento em que você pode resumir a história de um filme de duas horas em três linhas, justamente por ser flat e por não ter camadas, esse filme perde o potencial do que poderia ter sido. Porque poderia ter sido muito mais! Sempre poderia ter sido! Tanto é que se você parar para pensar nos aspectos visuais de O Regresso, perceberá que ele guarda verdadeiros momentos de glória, entre as câmeras participantes, os olhares dos personagens e os enquadramentos em plano aberto. O visual é estonteante, pena que não prende.
Sendo bem sincera, achei o filme tão mono, que chegou a ser chato.
Mas vamos lá, para quem está curioso, O Regresso conta a história de vingança de Hugh Glass (Leonardo DiCaprio), que depois de ter sido atacado por um urso, ver seu filho ser morto e ser abandonado pelos companheiros de expedição, traça uma verdadeira caçada atrás do seu algoz, Fitzgerald (Tom Hardy). E bom, basicamente o filme é isso. Sério mesmo. 

Nas duas horas que se seguem, entre as câmeras de 360º de Iñárritu, eventuais planos detalhes, muitos planos abertos, cheios de contemplação (nossa e do personagem), é desenvolvida uma atuação brilhante por parte de Leonardo DiCaprio, sendo este um dos melhores trabalhos de sua carreira. O desafio de estar fisicamente destruído, juntamente com a jornada desolada que o personagem trava deram a oportunidade de Leo mostrar um lado ainda mais intenso da sua capacidade artística, que perspassa mais pela entrega de um personagem que só tem um fio de sanidade e um pensamento em mente. 
Acredito que pela hibridação de um tempo cronológico a um tempo psicológico, de modo que eles se confundem, nós ficamos bem mais agoniados com o desenrolar da trama, uma vez que é impossível dizer exatamente quanto tempo se passou e há quanto tempo estamos sentados na cadeira. Tente resistir ao ímpeto de olhar o relógio ou checar o celular. Aproveite para se deliciar com a direção de arte desse filme, que ensina uma coisa ou outra sobre cor e sobre o famoso "filmar sob o risco do real", que Comoli tanto falava. Está certo que ele falava de documentário, mas filmar a céu aberto e com toda aquela natureza, definitivamente, é está a mercê do que vai acontecer.
Quase sem diálogos, podemos dizer que o filme se concentra no lado animalesco das coisas, carnal, na sua selvageria e necessidade de sobreviver e manter a quem se ama vivo. Recheado de metáforas visuais, somos tão ursos quanto aquele que nos ataca, sendo esta mensagem muito bem passada pela edição sonora, que inebria a gente com os gemidos de DiCaprio, o farfalhar das plantas, o cavalgar dos cavalos e os grunhidos da natureza.


Pitacos: Um dos filmes que mais está concorrendo em categorias, O Regresso foi indicado à 12. Como favorito eu diria que é, nas estatuetas de: Melhor Ator, Melhor Fotografia, Melhor Maquiagem e Cabelo e Melhor Edição de Som.
Confira a lista completa dos indicados