Não deve ser novidade para ninguém que, desde que eu descobri Ed Sheeran não consigo fazer uma playlist que não contenha, pelo menos, duas músicas deste fofo cantor inglês.
A verdade é que não são apenas os seus cabelos ruivos, suas sardas encantadoras e a sua voz inconfundível que selaram esta idolatria (não de um jeito doentio) que eu cultivei há mais ou menos três anos. Tem, na verdade, muito mais a ver com as suas letras e melodias, escritas e desenhadas de tal maneira, como se nós dois tívessemos vivido vidas muito parecidas, apesar de envolver uma quantidade muito menor de histórias com drogas ilícitas da minha parte. Ed canta sobre uma vida que, de alguma forma, se entrelaça com a minha e em "X", suas canções se tornaram verdadeiros vícios para mim, que ainda não consigo parar de escutar.
Para quem não conhece, aqui vai um pequeno resumo: Ed Sheeran nasceu em 17 de fevereiro de 1991, em Halifax na Inglaterra. Compõe desde criança e toca violão desde muito novo, talvez por este motivo mesmo ele tenha se focado tanto em compor músicas que focavam muito mais na relação entre voz e violão e talvez por este motivo eu tenha me envolvido ainda mais em suas composições.
Ed lançou o cd "+" em 2011, mas antes chegou a lançar alguns EPs. Sua composição de maior destaque foi "The A Team", que foi reinterpretada várias vezes, mas "Lego House" viralizou na internet, ao ter Rupert Grint como estrela do seu videoclipe. Falando em Videoclipes, Ed é conhecido por fazer alguns bastante inusitados, seja em "Drunk" que ele e seu gato se embrenham por diversas aventuras, enquanto consomem alcóol como ninguém, ou em "Sing", que ele, na verdade, é interpretado por um fantoche. Mais recentemente Ed foi homenageado no tour mundial de Demi Lovato, ao ter a sua música "Give me Love" reinterpretada por ela em diversos shows, abrindo espaço até para uma campanha de parceria entre os dois, que resultou nesta interpretação ao vivo, que eu fiquei *_*. Fora que Ed fez uma parceria com Taylor Swift para o cd Red, chamada "Everything has changed", que além de ser uma das melhores músicas do álbum, também tem um videoclipe fofíssimo.
Ok, passando por cima dessa parte, quero tirar um momento aqui para falar que eu conheci Ed Sheeran através de Nina Nesbitt, que, para quem não sabe, foi namorada do ruivo por algum tempo. Nina tem um estilo musical que lembra bastante a Lana del Rey, mas também guarda algumas semelhanças com outras cantoras que eu já tinha um apreço como Joss Stone. Quando fiquei sabendo da relação dos dois e que Ed teria dedicado algumas das suas canções mais lindas para este amor, não tive outra reação se não a de descobrir mais sobre ele. Não me arrependi de tal decisão.
Em "+" destaco as músicas "U.N.I", "Give me Love", "Drunk", "Legohouse", "The City" e com muito carinho "Wake me Up", uma verdadeira declaração de amor, que envolve Shrek, jogadas de cabelo, álcool e muito mais.
Mas em "X" Ed está mais maduro e fala mais dessa relação com Nina, traz a tona algumas das questões que os fãs se fizeram quando os dois se separaram, homenageia lindamente o seu avô e ainda canta de modo magnífico sobre segundas chances, carreiras brilhantes e novos horizontes. Descobrimos um Ed torturado, mas ao mesmo tempo que encontra plenitude entre as melodias de um violão que ele tem desde criança; ainda mantem aquela marca registrada de cantar frases de modo dinâmico, fazer rimas inteligentes e nem um pouco clichês, além de nos convencer cada vez mais que seu lugar na indústria musical não será passageiro.
Quero ressaltar as canções "One", "Nina" e "The man", que me envolvem todas as vezes que as ouço. Compreendo completamente as questões que ele aborda nessas letras, me identifico com as menções claras e até pessoais de um relacionamento que só o tempo poderia ter acabado, mas que foi adiantado pelas circustâncias. Ed é sincero, expondo fraquezas e limitações que vários relacionamentos já passaram ou irão passar, mas consome as melodias através de letras que se complementam entre o amor pleno e sem dúvidas ("One"), o amor com problemas ("Nina") e o amor depois que não é mais amor, mas com esperanças de que o seja de novo ("The man").
Entre as canções que foram "feitas para se tornarem hits", encontramos "Sing", que atualmente é o single de lançamento do cd, também "Don't", onde Ed nos conta tudo sobre um romance passageiro, que envolve traição, sexo, gim e limão e tours; além delas, "I'm a mess" e "Bloodstream" são possíveis estouros de rádio.
Ed fala da carreira em "Take it back" e até um pouco na fofa e romântica "Thinking out loud", mas não deixa de lado o seu jeito mais suave, com as canções "Even my dad does sometimes" e "Photograph". Não podemos esquecer daquelas que são declarações de amor, à lá "Wake me Up", tais como "Tenerife Sea" e "Shirtsleeves". A sempre emocionante "Afire Love" te envolve de um modo impensado e se você ouvir de mais pode se encontrar entre lágrimas no ônibus a caminho do trabalho.
De um modo muito geral e claro, pessoal, minha opinião sobre o "X" esbarra em pouquíssimas críticas negativas sobre a produção, que em algumas músicas tiraram a simplicidade acústica das canções, mas sinceramente, "X" é um brilhante cd, a seu modo, já que não dialoga com todos os públicos e nem pretende fazer isso.
Sim, Ed, como ele bem mesmo diz, "não é um cantor que querem ver sem camisa". Também não é cantor que conquista por ser lindo ou bad boy. Na verdade Ed tem todas as qualidades de um namorado que você apresentaria para a sua mãe, bonzinho, inteligente, meigo -você facilmente o imagina dando flores para alguém -mas que surpreende com uma língua afiada e uma extrema habilidade de brincar seriamente com palavras.
Mal posso esperar pelo que vem em seguida!