Quem segue o Mesa há algum tempo, com certeza sabe da minha admiração por essa cantora, que cresceu junto comigo e hoje, com seus 21 anos, marca pela sua voz forte, sua luta social consistente e suas músicas de letras intensas.
Quem segue o Mesa, também deve se lembrar que eu escrevi uma resenha sobre o album DEMI, lançado no ano passado, e o recheei de questionamentos, no que se diz respeito à Demi ter exagerado no pop e ter conseguido regredir, ao invés de evoluir. Bom, depois de assistir ao seu show, posso retirar algumas das questões colocadas no post anterior e me renovar como fã, pois além de empolgante, o show de Demi Lovato é melhor do que eu esperava.
Verdade precisa ser dita, quando se trata de shows, eu vou naqueles que realmente me interessam. Não costumo perder o fôlego, me emocionar, gritar e comemorar com qualquer cantor, na verdade eu posso contar nos dedos as vezes que eu fiz isso. Ontem eu tive a possibilidade de fazer de novo. E com a alma renovada e um gostinho de quero mais, Demi provou que canta mesmo (e canta muito), consegue levantar um público grandioso e ainda é simpática e fofa.
No set list, Demi cantou quase todas as músicas do seu novo cd, não deixando de fora as adoradas "Here we Go Again", "Let it go", "Surrender", "Got Dynamite", "Unbroken" e, claro, "Skyscraper". Tiveram momentos em que você conseguia sentir toda a energia que emanava, tanto dela para nós, quanto de nós para ela. Em "Firestarter" o público parecia uma onda que pulava junto e gritava durante o refrão. A mesma impressão era possível ter em "Warrior", numa interpretação emocionante e extremamente vocal. Assim como em "Neon Lights", música que nomeia o tour mundial da cantora. Mesmo as músicas mais chatinhas se tornam impressionantes com acordes fortes de guitarra, solos especiais e inéditos, e uma voz muito mais grave.
Sendo os vocais as verdadeiras estrelas desse show, Demi não abre mão de alguns efeitos, sejam eles audiovisuais (com uma compilação emocionante -especialmente para quem cresceu com ela. -de seus videoclipes; uma colagem de noticiários sobre a sua internação; vídeos feitos somente para a turnê), jatos de ar ou uma bazuca de papel picado. Importante dizer, no entanto, que se você esperava ver um show com danças e coreografias, foi ao lugar errado.
Apesar de ter sido curto (1h30m de duração), Demi não parou em nenhum momento para trocar de roupa, nem fez muitas pausas para conversa. Não é possível dizer se era por conta do pouco tempo que ela tinha, ou se o show dela é neste estilo mesmo.
O que deixou muito a desejar foi o número de abertura, The Rosso Sisters. Simplesmente não vale um show. Com apenas quatro músicas, o grupo metade inglês, metade latino, não encanta, não movimenta e nem marca. Suas músicas são mais do mesmo, as letras são bobas, e é tudo muito ensaiadinho.
Para finalizar: àqueles que duvidaram que Demi alcançava notas altas, agudas e intensas, vai a resposta. Ela faz tudo isso e mais no show.
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