Alice in the Waterland


Alice no País das Maravilhas é, provavelmente, uma das histórias mais conhecidas no mundo todo e desde o seu lançamento, muitas versões já foram construídas. Tanto para a literatura, quanto para o cinema e para fotografias.
Ou seja, não é de hoje que os simbolismos existentes nela são reinterpretados e trazidos para a nossa realidade das mais diversas formas. Já tivemos Alice no país das maravilhas de Walt Disney, Alice de Tim Burton, Alice em versão Pin Up, Alice como inspiração para editoriais de moda e recentemente eu fiquei sabendo de uma Alice embaixo d'água!
O photoshoot é de criação da fotógrafa Elena Kalis e na entrevista que ela deu para a Yatzer ela diz que "o encatamento que Alice exerce nas pessoas é a sua atemporalidade e mesmo que já tenha sido recontado de diversas maneiras, é a primeira vez que ela é feita em um lugar completamente diferente: dentro d'água."
Eu separei algumas fotos para postar aqui, mas se você quer ver o ensaio completo, acesse o Carbonmade de Elena.


Especial Bonequinha de Luxo - Parte V

Holly Golightly e as Vadias


Nós últimos meses postei algumas histórias, curiosidades e até análises sobre Bonequinha de Luxo, indo além do filme estrelado por Audrey Hepburn e do livro de Capote, mas indo até a essência própria personagem principal, seu contexto social e finalizando na sua última e bem sucedida adaptação para o teatro.
Tudo isso a fim de, não só levar mais pessoas a conhecerem a história e se deixarem encantar por ela, mas também para mostrar a sua importância para a sociedade (e suas mulheres) através de Holly Golightly.
Veja bem, assim como falei no post "Então sou uma Amélia", sinto que a luta feminista se perdeu e suas opiniões extremistas agem de modo negativo à elas próprias, impedindo que aquelas pessoas que realmente tem algo a dizer ganhem espaço e credibilidade ao falar de assuntos realmente importantes, como a violência doméstica.
Agora o que tudo isso tem a ver com a última parte (por hora) deste especial?
Bom, Holly era uma mulher a frente de seu tempo, de postura duvidável, independente e, nas próprias palavras de seu agente, uma impostora. Era realmente uma mulher diferente, mas todas as suas questões intrísecas são de teor atemporal, que envolvem as próprias necessidades humanas de se sentir único, especial e ao mesmo tempo aceito e respeitado na sociedade.
Importante lembrar que na época de seu lançamento, Holly fez muitas pessoas se escandalizarem com o seu jeito ousado e glamuroso, principalmente porque o seu aparecimento no mundo deu mais espaço para as mulheres se sentirem mulheres, serem lindas, independetes e muito femininas.
De repente Holly foi interpretada como sendo o pivô de transformar o feminismo em coolSim, porque as mulheres da época de Holly estavam começando a sair de casa e se tornarem donas de suas vidas, estavam começando a compreender que a diferença dos sexos não significam diferenças de direitos (e de deveres). Foi nessa época que o movimento deixou de ser underground e o barulho começou a se multiplicar e com a ajuda de Holly a visão de mudança e possibilidade logo se espalhou e tudo mundo queria estar a frente em uma marcha pela vontade de ser alguém.
Direitos conquistados, mudanças drásticas (mesmo que graduais) se instalaram na sociedade e hoje, ele volta com outra cara. A cara das "vadias". E dessa vez é por causa delas que o feminismo é cool de novo.
Só que, que tipo de bandeiras elas levantavam e que tipo de bandeira estão levantando hoje?

Holly é a representação atemporal de sofisticação e ferocidade, de uma mulher que já tem imposto para os outros todos os seus direitos, sem precisar gritar aos quatro ventos. Holly vive o que prega e não precisa dar explicações sobre si, enquanto que as "vadias" parecem apenas procurar por um motivo para bater panela, só porque panela parece ser coisa de Amélia. Vamos todxs ter cuidado e saber diferenciar femismo de feminismo, tá bom?

Olimpíadas e a festa de encerramento


Quem me conhece sabe que eu não sou repórter esportiva. Eu até gosto de acompanhar alguns esportes e ver os resultados. Também gosto de torcer para alguns atletas e jogadores. De fato, já tinha decidido que não ia comentar absolutamente nada sobre as Olimpíadas deste ano, até porque só acompanhei uns 2 ou 3 esportes. Mas depois da cerimônia de encerramento, percebi que não poderia deixar passar em branco.
Acho que todos estavam ansiosos para ver o encerramento, justamente para ver o tal momento em que a bandeira olímpica seria passada para o Brasil e ver o show que estavam preparando para fechar esta passagem.
Na hora em que o Hino Nacional terminou de tocar e o samba, sob cores verde-amarela iluminaram o estádio vermelho e azul, a expectativa se instalou. Talvez quisessemos ver algo de diferente, talvez algo de inovador, talvez algo que só quem é brasileiro entende, talvez até o tchú-tchá parecesse mais a nossa cara. Pois é, não foi bem assim.
O Rio de Janeiro, como sede do evento em 2016, foi o maior representado, com todos aqueles estereótipos conhecidos (e reconhecidos) de malandro, samba, calçadão e asa-delta. Mesmo assim, ainda esperava que pudessem me surpreender com algo de novo, mas Marisa Monte de Iamanjá, Seu Jorge cantando no meio de uma roda de capoeira e índios com cocares de led foi o máximo que a criatividade deles conseguiu chegar.

O Brasil, em sua enormidade cultural e social foi representado ao mundo como tantos críticos daqui menos gostam: futebol, carnaval e bunda. Exôtico, Misturado e natural. Cheio de cores, só alegria e muita malandragem.
Fomos representados da mesma forma como sempre fomos e com tanto estereótipo fica difícil dizer para turista que não é bem assim. Que aqui em cada cidade (as vezes até em cada bairro) você encontra uma realidade diferente e com magia própria. Que a música não é algo geral e sim algo único, que nos individualiza em cada local.
Que você pode passar anos viajando por aqui, mas que vai sempre encontrar algo de inusitado e que nunca esperaria. Que somos urbanos (pelo menos a grande maioria da população o é) e que não vemos índio em qualquer lugar. Que nos vestimos como eles se vestem e também tocamos/ouvimos rock, jazz, pop e que temos mais do que samba, funk e bossa.
Que nossa gente tem conteúdo e que trabalha a beça para chegar em algum lugar. Sim, somos receptivos, mas não idiotas e enlatados. 
A demonstração foi bonita, porém não mostrou nada de novo e ainda excluiu o Brasil em sua diversidade, que para mim é uma das características mais importantes deste país. Espero que esta não seja uma mostra fiel do que nos espera em 2016...

Princesses Pockets


E se as princesas da Disney morassem juntas e tivessem que conviver com as suas manias, personalidades e principalmente, diferenças temporais. Bom, a ideia já parece interessante e quem coloca ela em prática é desenhista Amy Mebberson, que já tinha, inclusive criado a série de princesas PinUps entre muitas outras versões e rascunhos.
A ideia dela é fazer uma série de desenhos retratando situações cômicas de como seria a convivência entre as princesinhas. Muito mais do que este trabalho, vale a pena conferir o que Amy faz, por que além de desenhar profissionalmente e vender suas obras para se manter, ela também faz doações para caridade e é super engajada, principalmente para com as crianças do mundo.
Eu separei alguns dos mais legais na minha opinião, mas entre o tumblr dela e veja todos os que já foram postados: