[review sem spoilers]
A temporada dos filmes de família chegou com tudo mesmo!
A temporada dos filmes de família chegou com tudo mesmo!
Não é de se estranhar que os lançamentos estão recheados de temas natalinos, de redescoberta dos valores e da magia que essa época pode proporcionar. Surfando nisso, De Repente uma Família (Instant Family) se destaca como uma das dramédias do momento, juntando a delicadeza de uma história sobre relações familiares e a descoberta de uma paternidade/maternidade, com a diversão de personagens bem humorados e cativantes nas suas personalidades próprias (e alguns estereótipos, também).
Baseado nas experiências reais do diretor do longa Sean Anders (que dirigiu Pai em Dose Dupla e Quero matar meu chefe), De Repente uma Família aceita o desafio de falar de adoção de um jeito despretensioso e muito (fofo) leve, sendo extremamente bem sucedido nisso. A história se foca em Ellie (Rose Byrne) e Pete (Mark Wahlberg), um casal branco e de classe média, que nunca pensou em ter filhos, se aventurando na vida de serem pais. É assim que Juan (Gustavo Quiroz), Lizzy (Isabela Moner) e Lita (Julianna Gamiz), três irmãos de descendência latina e de idades (e personalidades) totalmente diferentes, entram nas suas vidas.
A partir daí, a relação dos cinco, assim como as desventuras e sabores da vida familiar são os elementos que preparam essa história gostosa de assistir, enquanto somos servidos de acompanhamento: momentos muito bem pensados de alívio cômico e pitadas de melodrama, com cenas feitas para chorar. Tudo feito de forma muito redonda, para fluir sem ficar cansativo e sempre naquela gostosa sensação de que tudo vai dar certo no final, para essa improvável família.
A responsabilidade que a narrativa assume, também deve ser levada em conta. Levar informação sobre adoção, ao mesmo tempo em que decide mostrar que isto se trata de uma missão e tanto, traz tons de "pé no chão" para a trama, que poderia descambar facilmente para algo bem monotom e sem graça. É aí que o conhecimento de causa de Anders não nos deixa na mão, assim como o entrosamento e afinidade com que Rose e Mark entregam o casal protagonista, segurando muito bem a peteca e mostrando uma amizade e cumplicidade que não falham.
É preciso entender que, apesar de tentar esclarecer muita coisa em relação aos processos de adoção (nos EUA), De Repente uma Família não está interessado em se ater a cada elemento e tramite legal envolvido nisso, na verdade tem mesmo a vontade de contar sobre essa experiência e (talvez) fazer mais pessoas considerarem essa possibilidade em suas vidas. Então, desde o elenco até o plot dessa história, a intenção fica muito clara, que é a de mostrar como família é família, independente de como se forma.
De Repente uma Família foi uma cabine do Mesa, em parceria com o Culturadoria.
Lá pelo meio desse filme, me veio um trecho do livro "Arroz de Palma", de Francisco Azevedo:
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem! Tudo ilusão! Família é afinidade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Um comentário
Já quero assistir :D
http://www.submersaempalavras.com/
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