Sobre a minha Pegada Ecológica

Quem segue o Mesa há um tempo, provavelmente acompanhou o #DesafiodaCapsula e percebeu o quanto o assunto me interessa. Pois é, além da questão de sustentabilidade nas roupas, sapatos e afins peças de vestuário, eu comecei um processo de ressignifiação de elementos do meu dia a dia. 

A intenção sempre foi a de melhorar a minha qualidade de vida, ao mesmo tempo em que era possível ajudar o meio ambiente e proporcionar melhorias para o mundo, mesmo que seja um pouquinho e que seja apenas uma pegada ecológica.
Sete hábitos têm me acompanhado durante esse percurso e eu vou compartilhar com vocês alguns deles agora, se você se sentir inspirado para tentar também, fica a vontade e depois me conta o que decidiu tentar fazer ;D

7 - Separar o lixo:
Ensinar meus hamsters a fazer coleta seletiva é um sonho meu.
Tenho duas latas de lixo na minha casa, uma para o lixo reciclado e outra para o lixo orgânico. Parece algo difícil e chato de se fazer, mas a verdade é que se você começa, depois fica tranquilo e natural. E nem precisa dividir em subcategorias, como plástico, papel e vidro. Acredite, se você já divide o que pode ser reciclado do que não pode, já faz uma grande diferença. Aumenta mais ainda a relevância, se você separa pilhas, bateria e lâmpadas para descartar em local apropriado.

6 - Água em garrafinhas:
As mãos da Mindy representam a minha geladeira
Sabe aquelas milhares de garrafinhas de água que a gente compra e/ou ganha na vida? Então, comecei a guardar, encher de água e deixá-las na geladeira. Assim, toda vez que eu saio de casa levo uma garrafa geladinha dentro da bolsa e daí é só reencher nos locais com bebedouro, ou levar de volta pra casa e refazer o processo. Essas garrafas duram muito e quando começam a entortar e/ou furam, é só descartá-las em um local com coleta seletiva (ou na sua casa mesmo, se você separa o lixo). 

5 - Não usar mais canudos descartáveis:
Só pq é um gif da Audrey, mesmo...
Sim, é um trampo e tanto, mas é possível! Os canudos descartáveis são tão ruins quanto os copos descartáveis, eles agridem o meio ambiente, pois se acumulam nos nossos oceanos, são engolidos por seres marinhos e demoram muitos (MUITOS) anos para degradar. Com as andanças da vida, já tinha uns quatro canudos, daqueles que vêm em copos de presente, então comecei a andar com um deles na bolsa, em caso necessários os uso, mas em via de regra, eu não tenho usado.

4 - Shampoos e demais produtos de beleza orgânicos e/ou veganos:
Ainda coloco um pouco de água pra render mais!
Todos sabemos que não são os produtos mais baratos, mas quanto mais orgânica a sua fórmula e o quanto mais próxima do conceito vegano, melhor para o meio ambiente, pois são produtos que levam menos processamento químico, de modo que, quando saem ralo abaixo, não poluem tanto o nosso meio ambiente. Fora isso, esses produtos também se preocupam com a fabricação das suas embalagens, a ponto de as fazerem de materiais reciclados e/ou biodegradáveis. 

3 - Dar preferência para refis:
Finge que está enchendo um copo de Whiskey
Hoje em dia, o valor de mercado dos refis é muito próximo ao de um produto com embalagem completa, mas ainda sim o lixo produzido por um item de refil é bem menor que um pote maciço de plástico. A ideia por trás dos refis, não é apenas o de jogar menos lixo fora, mas a de aprender o quanto um produto rende e quantas vezes você precisa ou não comprá-lo. Esse processo ajuda, inclusive a economizar.

2 - Abandonar o carro:
Saio andando por aí, ouvindo uma musiquínea...
Dirigir é uma paixão pessoal minha. Adoro o sentimento de independência, liberdade e da possibilidade de ir onde eu quiser e como eu quiser. Mesmo assim, quando me mudei de cidade e vi que as linhas de ônibus funcionavam bem, escolhi morar no centro e os aplicativos de motoristas particulares apareceram, não precisei pensar duas vezes quanto a possibilidade de vender o meu carro e ficar andando de outras formas. Hoje, para me locomover pela cidade vou a pé, vou de ônibus ou de uber, ou de carona e, em caso de uma viagem um pouco mais longa, alugo um carro. Minha intenção no próximo ano é testar o uso de biciclestas na cidade, vamos ver o resultado.

1 - Abandonar o uso de absorvenes descartáveis:
Fonte: Pantys
Essa é, provavelmente, a decisão sustentável mais recente minha. Já fazem cinco meses (ou cinco ciclos) que eu parei quase que completamente de usar absorventes descartáveis e mudei para a calcinha absorvente. Digo que ainda não abandonei completamente, pois ainda estou testando os limites das minhas calcinhas e as vezes alio o seu uso ao de um absorvente interno, só para me sentir mais tranquila durante o dia. Mesmo assim, se no primeiro mês eu ainda usei uns seis descartáveis, no último ciclo foram apenas dois. A minha intenção é abandonar completamente o seu uso.
Não foi de um dia para o outro que eu tomei essa decisão e precisei pesquisar muito sobre as possibilidades, as marcas e os feedbacks das pessoas que já tinham usado. Hoje eu tenho 8 calcinhas absorventes, divididas nos tipos de ciclo moderado e ciclo intenso, que eu troco a cada 5 horas em média. Tirando a questão da lavagem (que eu faço à mão com sabão de coco, mas você pode fazer na máquina com o seu sabão regular), o único "incoveniente" nesse método é o fato de ter que trocar de calcinha, às vezes, em banheiros não tão confortáveis como o da sua casa (tal como banheiro de faculdades, restaurantes, casa de amigos...), mas você acostuma. 
Fora isso, quando comento com as amigas que fiz essa mudança na vida, elas me costumam perguntar três coisas, que podem ser as suas dúvidas, então aqui vão:
1 - Mas não é nojento?
   - Não é. A calcinha é super absorvente e você não fica vendo o sangue ali (que pode ser o negócio nojento para muitas pessoas), quando você lava a calcinha que vê o sangue indo pelo ralo, mas é bem menos "eww!" do que fazer um curativo em uma ferida aberta, por exemplo.
2 - Mas não vaza?
   - Todo método de absorção pode vazar, se você levá-lo a esse ponto. A calcinha é interessante, no entanto, pois a área de absorção dela é bem maior e como é na calcinha, você não precisa ficar se preocupando se o absorvente saiu do lugar.
3 - É confortável?
   - Muito! É uma calcinha comum, na verdade, com esse há mais de ser absorvente. 
A marca que eu uso é a pantys, que segue a vibe que eu tenho aplicado na minha escolha de roupas - é brasileira, ecofriendly, gerenciada (e executada) por mulheres e tem um conceito por trás da ideia. 

E você, faz alguma coisa para diminuir a sua pegada ecológica? Que tal fazer o teste para saber o quão grande é a sua pegada? Clique aqui.

Moldura Bonita

[review sem spoilers]
Robin Hood - A Origem é uma aventura com cara de novidade, mas que usa de algumas formuletas para alcançar o efeito desejado, mesmo que não seja alcançado de fato.


Ao lado de histórias milenares como Rei Arthur e Peter Pan, o príncipe dos ladrões já esteve diversas vezes nas grandes telas, desde em versões animadas, até versões baseadas em, mas talvez nenhuma tenha flopado tanto quanto esta, dirigida pelo estreante Otto Bathurst. Com vários gaps de roteiro, incoerência na direção de arte e muita influência da estética dos videogames de gráficos mega detalhistas, esse Robin Hood (Taron Egerton - Kingsman: Serviço Secreto), apesar de carismático, não tem mais do que isso e acaba sendo um personagem de uma história sem nuances e que passa de um objetivo a outre, sem de fato transceder, ou demonstrar complexidade. Não fica claro o foco dele, como personagem, muito menos o foco do filme em si, que até parece uma colagem de referências de aventuras variadas.

Apesar de tentar ser um filme de origem da lenda do Robin Hood, a sensação que fica do filme é que poderia ter sido a história de vários outros personagens, inclusive um não conhecido pelo grande público, de modo que só o nome dos personagens, de fato, nos remete ao ser Robin Hood, já que da natureza dos personagens nada se aproveita. A pouca expressão do casal Robin e Marian (Eve Hewson) também não colabora, assim como um suposto triângulo amoroso entre os dois e Will (Jamie Dornan), que é meramente cenográfico e não tem tanta importância assim na trama, de fato.
Entre os nomes que compõem o elenco, entra Jamie Foxx, interpretando o braço direito de Hood, Little John da melhor forma que deve ter sido possível, com um diretor inexperiente e um enredo que não ajudava muito. O excelente ator acabou perdendo força no meio de uma trama sem viradas, sem dinâmica e um tempo de filme que não flui. 

As quase duas horas de filme passam como se fosse o dobro do tempo na sala. Sendo que o único ponto positivo dessa mistureba, seja a galera dos efeitos e da finalização, que está de parabéns em ter conseguido passar alguma veracidade nas batalhas anacrônicas que utilizam carruagens como carros de velocidade e flechas como balas. 
O plot do filme é muito fraco, especialmente com um vilão falastrão e sádico, que não convence e não contribui, se perdendo na tentativa de conseguir um efeito mais contemporâneo, em uma história já clássica. Trata-se de um filme que é uma compilação de mesmas coisas de filmes de ação, numa moldura bonita.




Robin Hood - a origem foi mais uma cabine feita na parceria entre o Mesa e o Culturadoria.

À Moda da Casa

[review sem spoilers]
A temporada dos filmes de família chegou com tudo mesmo! 
Não é de se estranhar que os lançamentos estão recheados de temas natalinos, de redescoberta dos valores e da magia que essa época pode proporcionar. Surfando nisso, De Repente uma Família (Instant Family) se destaca como uma das dramédias do momento, juntando a delicadeza de uma história sobre relações familiares e a descoberta de uma paternidade/maternidade, com a diversão de personagens bem humorados e cativantes nas suas personalidades próprias (e alguns estereótipos, também).


Baseado nas experiências reais do diretor do longa Sean Anders (que dirigiu Pai em Dose Dupla e Quero matar meu chefe), De Repente uma Família aceita o desafio de falar de adoção de um jeito despretensioso e muito (fofo) leve, sendo extremamente bem sucedido nisso. A história se foca em Ellie (Rose Byrne) e Pete (Mark Wahlberg),  um casal branco e de classe média, que nunca pensou em ter filhos, se aventurando na vida de serem pais. É assim que Juan (Gustavo Quiroz), Lizzy (Isabela Moner) e Lita (Julianna Gamiz), três irmãos de descendência latina e de idades (e personalidades) totalmente diferentes, entram nas suas vidas.
A partir daí, a relação dos cinco, assim como as desventuras e sabores da vida familiar são os elementos que preparam essa história gostosa de assistir, enquanto somos servidos de acompanhamento: momentos muito bem pensados de alívio cômico e pitadas de melodrama, com cenas feitas para chorar. Tudo feito de forma muito redonda, para fluir sem ficar cansativo e sempre naquela gostosa sensação de que tudo vai dar certo no final, para essa improvável família.

A responsabilidade que a narrativa assume, também deve ser levada em conta. Levar informação sobre adoção, ao mesmo tempo em que decide mostrar que isto se trata de uma missão e tanto, traz tons de "pé no chão" para a trama, que poderia descambar facilmente para algo bem monotom e sem graça. É aí que o conhecimento de causa de Anders não nos deixa na mão, assim como o entrosamento e afinidade com que Rose e Mark entregam o casal protagonista, segurando muito bem a peteca e mostrando uma amizade e cumplicidade que não falham.
É preciso entender que, apesar de tentar esclarecer muita coisa em relação aos processos de adoção (nos EUA), De Repente uma Família não está interessado em se ater a cada elemento e tramite legal envolvido nisso, na verdade tem mesmo a vontade de contar sobre essa experiência e (talvez) fazer mais pessoas considerarem essa possibilidade em suas vidas. Então, desde o elenco até o plot dessa história, a intenção fica muito clara, que é a de mostrar como família é família, independente de como se forma. 

De Repente uma Família foi uma cabine do Mesa, em parceria com o Culturadoria.


Lá pelo meio desse filme, me veio um trecho do livro "Arroz de Palma", de Francisco Azevedo: 

O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem! Tudo ilusão! Família é afinidade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.

Deixa pro próximo

[review sem spoilers]
À convite da parceira Culturadoria participei de uma sessão especial de Animais Fantásticos e onde habitam: crimes de Grindelwald e pude assistir em primeira mão essa continuação tão esperada e comaprtilhar com vocês o que o filme me trouxe e o que vocês podem esperar sobre ele.


Provavelmente existe mais de um motivo para você se considerar um fã de Harry Potter. Pode ter a ver com o fato de ter crescido lendo essas histórias, esperando ano a ano uma nova parte. Pode ser que você tenha se identificado com algum(ns) dos personagens e tenha encontrado uma inspiração literária que conversava com você. E, claro, pode ser nada disso e você nem se considerar fã da história...
Mas uma coisa é certa, existe uma constante expectativa em cima de qual será a próxima investida do Wizarding World, que hoje engloba muito mais coisas que inicialmente, talvez, a própria JK tenha previsto. Para quem não se atualizou sobre essa questão, esclareço que o Wizarding World é o universo mágico de Harry Potter, expandido mesmo (a coisa da transmídia que vez ou outra aperece por aqui), em que outras histórias tomam lugar de destaque, dependendo da mídia, da época e do conjunto de elementos a serem explorados. Nesse universo já temos outros livros, parques temáticos, filmes, crônicas e muito mais!
Assim, é importante manter em mente que nem tudo vai sair como a gente espera e alguns elementos não foram feitos para serem particularmente geniais, sendo Os crimes de Grindelwald um bom exemplo disso. 

Calma lá, uma fã dizendo que o filme não é genial?! Como assim?!
É preciso separar algumas coisas, quando estamos olhando pra a complexidade de um longa é preciso entender em que lugar ele está situado e como isso influencia na narrativa, de modo que o resultado da soma dessas partes pode não ser o melhor, sempre. Sendo essa uma continuação super aguardada e precisando dar sequencia à excelente empreitada inicial da história de Newt e companhia, Os crimes de Grindelwald meramente cumpriu sua tarefa de filme de transição, mas nos deixou com o famoso gostinho de "é... poderia ter sido melhor". 
E, pasmem, não se trata da presença do controverso Johnny Depp que integra o elenco, num papel de destaque, sob uma enxurrada de oposições e ressalvas do público. Depp está competente como Grindelwald e entrega um personagem com sutilezas e ares de psicopata, sem as caricaturas que vinham lhe perseguindo em filmes anteriores. 
Então não foi Depp, trata-se de uma série de soluções para questoes complexas e ganchos que na história ficaram na superficialidade. E tudo isso numa sensação de que poderia ter sido tratado nesse filme, mas que foi sobreposto para se ter mais um filme.
Fãs que somos não reclamamos de mais filmes desse universo, não é o caso.

Mas perceba, um filme intermediário, em tese, traz uma continuidade do primeiro e espaço para que novas questões sejam levantadas e tratadas em filmes posteriores, ou seja, costuma resolver algumas dúvidas e até trazer informações novas sobre essas mesmas dúvidas.
Em Crimes de Grindelwald houve uma tentativa de fazer isso, ou seja, de fazer com que alguns espaços do primeiro filme pudessem ser explorados, mas foram tantas informações novas e personagens novos, que a história ficou patinando no mesmo lugar. Inclusive, o próprio título não faz muito sentido, já que não são explicados os crimes do vilão em questão, muito menos Grindelwald é o grande centro da narrativa. Credence é. 
Ezra, infelizmente, está apagado nesse filme. Ficcionado em descobrir algo sobre o seu passado, Credence, nessa empreitada, se filia a Nagini (Claudia Kim) e ambos aparecem em cenas de diálogos rasos e correm de um lado para o outro, fugindo das coisas. Nagini, por sinal, que foi um dos pontos altos do trailer, inaugura uma nova "espécie" de seres mágicos nesse universo e isso foi malmente comentado no longa, muito menos teve o destaque que achávamos que teria.
Jude Law como Dumbleodore foi uma grata e muito satisfatória escolha. Excelente ator, estudou Michael Gambon com maestria e entrega uma versão mais jovem totalmente plausível e coerente com a construção de seu antecessor. 
Outra ótima oportunidade de avançar na história...

O mistério envolvendo a família Lestrange também tem papel protagonista nessa sequência, saciando a vontade e curiosidade de saber o que rolou com Newt e Leta no passado, assim como guardando as duas grandes viradas narrativas da vez. Zoe Kravitz está fabulosa, optando trabalhar nos olhares e no não óbvio. Uma figura trágica, de fato, mas com bastante força e potencial.
Último, mas não menos importante, novamente a direção de Yates, que vem dirigindo os longas do Wizarding World desde Harry Potter e a Ordem da Fênix, entrega o que os potterheads querem, com tomadas majestosas dos cenários, acompanhados de planos detalhes nos momentos-chave, como lançamento de feitiços. Assim como, a qualidade de efeitos visuais, direção de arte e fotografia permanecem, numa direta conversa com o primeiro filme da nova sequência, mas com muita referência a história de Harry dos anteriores.
Segundo a própria J.K veremos o Brasil no terceiro longa. Esperamos que seja lindo, esperamos que seja melhor que esse e esperamos que não seja o mesmo Brasil de Crepúsculo, faz favor. 
#obrigadadenada

A garota da casa ao lado


[review sem spoilers] Betty Cooper tem tudo o que uma garota boazinha precisa. É filha de um casamento estável, super envolvida com as questões da escola e muito bem tratada pelos seus pares na escola.
#sqn
Betty esconde um conflito interno e uma intensa confusão sentimental, que talvez seja destoante demais da aparente natureza dessa doce criatura. Esse é outro ledo engano, achar que uma fofa como ela, não pode ser uma bomba como outras almas torturadas...
Isso porque Betty é uma bomba, tanto no sentido de ser uma "bomba relógio", prestes a explodir a qualquer instante, quanto uma "bombshell", femme fatale, empoderada.
É até surpreendente, porque, se você conhece Betty (ou conhece alguma Betty, ou é uma Betty), pode achar que ser uma bomba nunca vai fazer parte da vida dela. Pode achar que ela não é capaz de ousar, de dizer não é até de gozar.

Mas Betty nos dá esperança! 
A nós, garotas do "mundo real", que têm a aura da "garota da casa ao lado", que crescemos sendo castradas emocional, física e mentalmente. A nós, que não podemos e nem queremos ser uma Veronica, uma Cheryl, uma Josie.
Ela nos representa, pois não mudou suas crenças só as aprimorou. Nem anulou sua história, apenas seguiu construindo a sua própria. Betty não precisa ser ninguém além dela mesma e por completo. E ela quer se conhecer a fundo e se permitir errar, explorar e experimentar.
shippamos bughead com todoas as forças existentes nesse blog!

Vocês conseguem entender o que isso representa em uma personagem de série, que está fazendo tanto sucesso?
Se ainda assim não te convenci de que Betty Cooper é essa puta personagem, que merece ser acompanhada, levada como referência e até discutida num post de review sobre Riverdale, no lugar de falar sobre a série como um todo, então fica aqui o meu comentário geral da série, que provavelmente você já viu algo parecido:
Para quem cresceu com as referências de séries teens dos anos 00s, Riverdale é uma grata surpresa, tanto pela sua fotografia chuvosa e levemente melancólica quanto porque dá conta de trazer um frescor na complexa teia de usar adolescentes e seus dramas de idade para construir o corpus de uma série.
Diferente de algumas séries teens mais recentes, que logo saíram do radar e não conseguiram ganhar os corações do público, Riverdale tem uma cadência que mistura os tais dramas, com uma colcha de retalhos de mistério, política e interesses. Apesar de adolescentes, esses personagens precisam tomar decisões muito importantes e ao mesmo tempo, enfrentar o que está acontecendo com eles mesmos. É cobrada uma atitude mais adulta deles, mesmo assim os hormônios estão a flor da pele e a fase de amadurecimento está acontecendo. 
É dessa questão que vem um dos maiores pontos positivos dessa narrativa: é possível ver humanidade nesses personagens, sem perder a coerência deles, muito menos se tratar de um lapso temporário e incoerente  de personalidade. Tudo o que eles vão se tornando vem deles, mesmo que sejam influenciados por fatores externos, cada um dos personagens é uma cebola cheia de camadas, que vao sendo retiradas aos poucos... 
E Betty é o nosso maior exemplo.