De Repetto

Quem segue o Mesa sabe que eu não falo SEMPRE sobre moda, mas também sabe que adoro conversar sobre o assunto. Especialmente se este assunto envolve ideias interessantes, girlie style, preppy, vintage e sapatos! Sim, sapatos! Mais ainda se esses sapatos forem de uma das minhas marcas favoritas e sonho de consumo de muita, mas muita mulher no mundo todo (inclusive desta que vos fala). E agora é sonho de consumo de muitas brasileiras que tem a possibilidade de encontrar a grife bem mais próximo. Falo da Repetto.


A marca que chega ao Brasil não é apenas um sonho de consumo, como descrevi no parágrafo anterior, mas é também símbolo de simplicidade, elegância e sofisticação. Tudo porque foram usadas pelos pés certos. Pés de mulheres (e até homens também) significativas, não só para o cinema (como Brigitte Bardot e Audrey Hepburn) ou para música (Amy Winehouse e Serge Gainsburg), mas também que serviam de ícones fashionistas em seus mais diversos tempos. Isso garantiu que essa tradicional marca de sapatos francesa esteja aí, firme forte, encantando a todos.
Porém, é interessante lembrar um pouco da história da Repetto e de repente se sentir mais a vontade para olhar os precinhos (bastante salgados) das sapatilhas e adquirir um par sem tanta culpa. A Repetto começou através de um pedido feito por Roland Petit, coreográfo francês e filho de Rose Repetto. Ele pediu à mãe que criasse sapatos leves e confortáveis, inspirados nas sapatilhas das bailarinas. O calçado ficou conhecido como "ballerines" e seu público alvo eram dançarios, mas com o passar do tempo os sapatos foram sendo usados por pessoas que não tinham nada a ver com a dança, simplesmente porque eram lindos e confortáveis. Foi assim que Rose Repetto chegou à grande tela: aconteceu quando Brigitte Bardot encomendou à Rose um par de sapatilhas para usar no filme "E Deus criou a mulher", nascia um dos sapatos assinaturas da marca, o "Cedrillon" (Cinderela em francês).

Depois da morte de Rose Repetto a empresa foi comprada por um ávido executivo que resolveu dar mais fôlego à produção de sapatilhas e correu atrás de parcerias, ideias inventivas e novidades, como Oxfords, Pep toes e boots. Tudo sem perder a marca registrada de Rose, ou seja, a leveza e a elegância foram mantidas, assim como um balé clássico. Jean-Mare Gaucher, o tal executivo, conseguiu fazer a marca ainda mais conhecida e querida, sendo símbolo de sofisticação, algo que muito provavelmente a senhora Repetto nunca pensou que aconteceria com a marca.
Agora é melhor você se amigar com seu cartão de crédito e passar uns meses sem cometer excessos, pois para ter uma dessas belezinhas no seu sapateiro você vai ter que desembolsar entre R$ 700,00 e R$ 2.000,00. Convenhamos, porém, que eu não teria problema nenhum em ficar uns seis meses sem comprar nada, nem um botão, para ter uma delas nos pés. E você?

Interessantes de Junho #1

Aquela seleção de dez links interessantes que marcaram o mês. Para ler a matéria inteira e também vê a fonte, basta clicar no título do link ou na imagem. Espero que curtam:

Desenhos psicodélicos

O blog Pijama Surf fez uma seleção de 11 animações psicodélicas. Segundo o blog o psicodelismo (nem sei se essa palavra existe =P) é natural em obras de animações, já que coloridos e cheios de traços, esse gênero acaba tendo um alto teor de estímulo visual. Mesmo assim, vale dizer que os 11 selecionados por eles são exageradamente estimulantes.

Jesus e Buda

E se Jesus e Buda viessem dos seus respectivos "mundos do além" para conviverem juntos em Tokyo? Pois é, essa é a proposta da animação Sei Oniisan, do japonês Noriko Takao, que chegou esta semana aos cinemas japoneses. A proposta (como qualquer outra que mexa com religião) foi recebida com algumas controvérsias, porém já conquistou muitos espectadores ao tratar de algumas situações com um tom cômico inteligente, uma delas é que Jesus é confundido com o ator Johny Deep.

Diana do povo

A princesa Diana foi uma das mulheres mais influentes do século XX, principalmente por seu envolvimento com causas sociais e seus tórridos relacionamentos. Também foi muito querida, sendo o local onde morreu, até hoje preenchido com flores e manifestações de carinho. Essa semana foi liberado o primeiro teaser trailer do longa-metragem que está sendo produzido sobre os ultimos anos de vida da princesa, tendo como Diana a indicada ao Osca Naomi Watts, que ficou bastante parecida. Não concordam?

Tá faltando roteirista no Brasil

É verdade! Tanto é que a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do governo federal lançou um edital para levar possíveis roteiristas para o exterior, com bolsa e todos os gastos acadêmicos pagos. Os candidatos precisam ter proficiêncie em inglês, um currículo dando ênfase em projetos de audiovisual e também uma ideia de roteiro. Saiba mais detalhes:


Tudo trocado

O projeto "Switcheroo" de Hanna Pesut resolve fotografar os casais em dois momentos, no primeiro eles estão usando suas próprias roupas e pousando da maneira que quiserem. Num segundo momento eles trocam de roupa, de posição e precisam imitar a antiga foto com tudo invertido. O projeto tem fotos bem engraçadas e com certeza vale a pena conferir.

#aceitaLaura

Em horário nobre um comercial chamou atenção dos paulistas. Um homem chamado Vitor aparece e pede em casamento sua namorada, Laura. Em seguida uma verdadeira campanha começa na internet onde todos querem saber quem é Laura, se a campanha era real, se ela tinha aceitado e mais detalhes sobre esse estranho romântico. Logo depois a Nextel assumiu a autoria da ação e posta um vídeo mostrando o pedido e a resposta de Laura. Será que ela aceitou?

Beijos para o mundo

Outra campanha publicitária que se aproveitou do clima de romance, foi o Burberry Kisses, da grife britânica Burberry. A ideia é bem simples, você usa a sua webcam (ou até a câmera do celular e aparelhos móveis) para gravar o seu beijo, assim você manda o seu beijo para onde quiser, enquanto acompanha o beijo viajando pelo mundo. A proposta é muito interessante, o único problema é que quando você escreve algo na carta a pessoa não consegue ler, já que o quando você clica no envelope, ele não abre para a carta e sim para o site da grife.

Modinha e Nerds

O site "Coleção Nerd" postou uma interessante reflexão sobre o ser Nerd na contemporaneidade. Eles levaram em conta questões bem inteligentes em relação a própria cultura pop e também o histórico do ser nerd e se intitular nerd. É uma interessante reflexão, que pode surpreender os Nerds mais tradicionais.

Gordinhas, uni-vos!

De maneira enlouquecida na internet bombou em choque com o fato de uma das personagens da nova trama das nove ser virgem. Mas se acalme, a questão não era o fato de ela ser virgem, mas o fato de ela ser uma plus size. Sim, um clima de indignação se instalou na internet e a blogueira Paula do Grandes Mulheres escreveu para o autor da trama, pedindo que ele mudasse o destino da personagem e, bom, Walcyr Carrasco respondeu. Excelente resposta, diga-se de passagem. Confira:

A construção de um vilão

Uma das fanpages mais visitadas e mais requisitadas na atualidade é a "Félix Bicha má" que transformou o vilão da nova novela das 9 em um meme, digno de Paola Bracho, Nazaré Tedesco, Flora, Carminha entre outros. É a nova construção de um vilão. Ele precisa funcionar na internet para funcionar de verdade. 

Quem acredita na luz verde?

E era naquele caleidoscópio de pessoas diferentes, de todas as classes e de tipos variados que o grande Gatsby passava os finais de semana. Rodeado de excessos, bebedeiras, mulheres bonitas, pessoas famosas e muita, muita agitação. Definitivamente um homem misterioso, envolto em grandes segredos e inúmeras dúvidas. Quem é Gatsby? Como tem tanto dinheiro? Porque mente tanto sobre quem é?

"O grande Gatsby" finalmete chegou às telonas! Finalmente porque o filme foi praticamente divulgado por dois anos. Desde as pequenas hípoteses de elenco, figurino e locações, até fotos das gravações e um lançamento adiado por sua exibição no Festival de Cannes. É, o novo filme de Baz Luhrmann (diretor de filmes favoritos meus, como Moulin Rouge e Romeu + Julieta) ficou mergulhado nessa mística desde o começo, criando uma expectativa grande em boa parte dos cinéfilos de plantão. Principalmente porque Baz é conhecido por sua estética diferenciada e seus devaneios megalomaniácos. Com essas características em mente, comprei minha passagem para entrar no mundo de Gatsby e devo dizer, o que começou com uma alta expectativa, provou-se superar em tudo o que eu havia pensado que poderia ser! 
Para começar, é importante deixar claro que "O grande Gatsby" é baseado no livro homônimo de F. Scott Fitzgerald, hoje já considerado um clássico da literatura norte-americana. A história gira em torno do relacionamento que se firmou entre Nick Carraway (interpretado por Tobey Maguire) e Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), que envolve uma amizade verdadeira, uma certa dose de melancolia, muitos drinques e um amor mal resolvido. Acontece que todo o mistério em torno de Gatsby é o que primeiramente fascina Nick e o leva a entrar neste mundo, sendo inebriado por todo o luxo, riquezas e festas que acontecem perto de Gatsby. Porém, na verdade o homem rico não se aproximou de Nick apenas por ter simpatizado com ele, mas também por causa de sua prima, Daisy (Carey Mulligan), uma mulher doce, linda e casada, mas que um dia foi namorada de Gatsby.
No desenrolar da trama, algumas questões vão surgindo e sendo respondidas, como o motivo de Gatsby dar tantas festas, porque sua casa é tão grande e luxuosa, como Daisy parece ter tantas dúvidas sobre seu relacionamento com o marido e como Tom Buchanan (Joel Edgerton) consegue amar Daisy e Myrtle (Isla Fisher) ao mesmo tempo? Claro que não irei revelar todos os detalhes da história por aqui, porém devo adiantar que aos que leram o romance, o filme não desaponta em nada, uma vez que se mantem fiel às características físicas, psicológicas e até cenográficas presentes na história, porém, como é de praxe à Baz, tudo envolto em um clima contemporâneo e agitado.
Inclusive a agitação é uma das marcas principais nesta película. As cenas são rápidas, com uma movimentação constante de personagens e ambientes, assim como um cenário irriquieto banhados através das cenas com festas e bebedeiras. As únicas cenas mais lentas são os momentos compartilhados entre Gatsby e Daisy, e quando nos aproximamos do final da história. 
Também como Baz fez em Moulin Rouge e Romeu+Julieta, todos os personagens são apresentados de maneira intensa, eles se desenrolam habilmente e parecemos nos conectar com eles. Isso, em grande parte, é mérito dos excelentes atores escolhidos para viverem o seleto time de personagens profundos. Todos os envolvidos dão a dose precisa de imersão e força, inclusive devo dizer que Tobey Maguire me surpreendeu bastante. Talvez por eu ter ficado com a péssima impressão dele como um Homem Aranha bobalhão, talvez porque ele tem uma carinha de bobalhão, mas uma coisa é certa eu consegui vê-lo como Nick, mesmo que preferisse, talvez, outro ator para fazê-lo.

Carey Mulligan, linda como sempre, em todas as cenas aparece como uma brisa de verão, frágil ao mesmo tempo cálida. A Daisy da história é a típica moça boa dos anos 20. Bem casada, "tolinha" e que finge não ver os excessos do marido, porém a Daisy interpretada por Carey consegue nos fazer pensar que ela pode ser mais do que aquilo (mesmo que o final possa nos deixar levemente frustrados) e até mesmo se tornar uma heroína de verdade.
Inclusive, o verdadeiro heroi da história é Gatsby, um homem que, tem um daqueles sorrisos que você vê apenas umas poucas vezes na sua vida. Aquele sorriso que transmite toda a crença e confiança que você gostaria que fossem transmitidas para você. Gatsby não representa o sonho americano, como alguns podem dizer, ele representa o sonho de si mesmo, de chegar onde quer, fazendo todo o possível para ser com quem realmente se quer. Gatsby é um homem que não perdia as esperanças de voltar no tempo e não deixar Daisy se casar com outro, de voltar no tempo, mas manter tudo o que conquistou, justamente porque quer dar o melhor para o ser que ama. "E ao dar aquele beijo, ele sabia que sua vida nunca mais seria a mesma" e não seria, porque Gatsby nunca conseguiu se soltar do passado e torcer par que ele pudesse ser reconstruido, mesmo que isso o levasse a esperar um telefonema atordoado e até mesmo morrer por isso.
Como sempre Baz não deixa a desejar em suas várias cenas enloquecidas, frenéticas de intensas. Suas tomadas são ricas, tanto em efeito, quanto em sentido e tal como vimos em Moulin Rouge e Romeu + Julieta, o diretor lança mão de elementos bem atuais para compassar o lado antigo da obra. E quando falo disso, penso logo na trilha sonora. Tão marcante e singular nas duas obras passadas e tão marcante e singular neste filme. Desta vez nossos ouvidos são brindados com muito hip hop e eltrônico, misturado com um jazz bem marcado, nas vozes de Jay-Z, Fergie, Florence + the machine, Lana del Rey e muito mais. Acredito que mais do que a trilha sonora e o cenário, as jóias incríveis de Daisy são capazes de tirar os olhos de qualquer um da cena e focar nos belos Tiffany's que a personagem ostenta. 
Clique na capa do cd para ouvir a trilha sonora
De modo geral, muita comparação tem sido feita entre o filme de Baz com o de 1974, assim como o filme "O Aviador", porém eu não iria nem para um caminho, nem para outro. O cinema mudou muito desde 1974 e, apesar de se tratar do mesmo núcleo, a história sofreu diversas modificações para configurar os vislumbres de Baz (o que não é ruim), então não penso que caiba uma comparação, assim como "o aviador", que de semelhante tem a presença de Leonardo no elenco.
"O Grande Gatsby" é sim um filme para ver no cinema, é sim um deslumbre para os olhos e é sim, uma excelente interpretação da obra de Fitzgerald. É intenso, é impressionante, é romântico e é ligeiramente devastador. Como uma boa história deve ser.

Coisa de princesa

Por este mês que passou circulou em muitos cantos um ensaio fotográfico feito por Jaime Moore e modelado por sua filha de cinco anos. O ensaio tenta representar grandes mulheres da história, tais como Amelia Eahart e Coco Chanel, e ficou um resultado lindo e inteligente. O que me deixou muito incomodada foi a forma como a notícia foi tratada. Algo como "saindo dos moldes das princesas Disney" e/ou "um mundo dominado pelas princesinhas submissas..." e tudo isso num tom que deprecia as princesas e colocam-as como se fossem más influências para as "frágeis mentes moldáveis da infância". 

Pois é, só que quando você passa um bom tempo trabalhando com contos de fada, meio que se acostuma com esse discurso meia boca e acaba criando pontos de rebate e até não ligando muito, já que a maioria nem sabe do que está falando, só que quando me deparei com alguns comentários que mudavam o que Jaime alegou como sendo o motivo de criação do ensaio, aí me irritei! Jaime comentou que quando quis fazer o ensaio levou em consideração dois aspectos importantes para ela, o primeiro que não queria fazer um ensaio que lembrasse tudo o que ela já tinha visto, ou seja, ela não queria que sua filha ficasse igual a tantas outras garotinhas que foram fotografadas como Aurora, Cinderela ou Branca. E o segundo aspecto que ela ressalta é o fato de que essas personagens são exatamente isso, personagens. Ela queria que sua filha conhecesse histórias de mulheres que realmente existiram, para que elas servissem como fonte de inspiração real. Mas veja bem, em nenhum momento a fotógrafa condenou ou disse que a influência das princesinhas é negativa, isso ficou a cabo de quem fez as várias materiazinhas e notinhas falando sobre a sessão.
Princesas da Disney não são idiotas, não são burras e também não são anti-feministas. As Princesas da disney são demonstrações sinceras de um comportamento feminino de seus respectivos tempos e que se altera constantemente, visto sob as lentes da inocência e sempre dando prioridade aos valores que sempre foram pregados como mais importantes dentro da empresa Disney: família, generosidade, bondade, sinceridade, elegância e acima de tudo, coragem. Mesmo à espera de um príncipe, essas princesas eram corajosas e capazes de quebrar barreiras para lutarem pelo quê acreditam. 
Ser princesa e sonhar com um mundo mágico é uma época que te prepara para muita coisa da vida, te ensina a ter bondade no coração, valorizar a família e sim, porque não, encontrar um grande amor. O que torna as princesas tão criticadas é o seu suposto comportamento passivo, que na verdade trata-se de uma representação temporal que como sabemos hoje está completamente diferente com princesas como Tiana, Mulan, Rapunzel e Mérida.
Sendo assim, o ensaio é lindo tem uma iniciativa bem legal e não é problema. O problema são as críticas vazias só para parecer "descolado".

Origens e Legados


Era uma vez uma garotinha. Ela tinha os seus seis ou sete anos quando reparou pela primeira vez em um jogo que viciava seus irmãos mais velhos. Os dois passavam horas procurando "macetes" e combinações para vencer a luta e chegar ao topo da torre. Uma torre cheia de personagens meio esquisitos que se vestiam de maneira fantasiosa, porém tinham poderes impressionantes. Principalmente a moça de azul que lutava com um par de leques, a policial que dava estrelas e camabalhotas como ninguém e o cara que jogava um chapéu circular para garantir sangue. Na verdade, mais do que violento, o jogo era divertido. Divertido mais ainda era se mexer junto com o controle, como se isso fosse fazer o personagem soltar um poder mais rápido, ou fazê-lo fugir com mais habilidade.
Bom, para uma menininha muitos teriam odiado a ideia de deixá-la jogar, seja por moralismos imbecis, seja porque era óbvio que ela ia perder para os irmãos mais velhos. Porém, um dia eles deixaram ela ficar na tão sonhada "grade" e jogar "Mortal Kombat" pela primeira vez.
A história não poderia ser diferente, e logo Kitana, Sonya e Kung Lao eram suas escolhas de sempre. Com o tempo ela aprendeu a jogar, aprendeu a socar e combinar golpes. De vez em quando conseguia um fatality e vez ou outra descobria um personagem diferente. Mesmo que fiel aos três personagens de sempre, lutou ao lado de Jade, Mileena e Raiden diversas vezes. 
E sim, a garota cresceu, ainda adorando "jogos de porrada" e mais ainda se eles envolvessem personagens como os que ela adora em "Mortal Kombat". Agora porque eu estou lhes contando essa história? Bom, porque essa história é a minha origem no mundo deste jogo. Foi assim que eu me inseri no torneio de luta e foi assim que meu interesse pelo assunto ficou sem limites, ao ponto de me fazer assistir a todos os filmes, acompanhar novidades dos games e, principalmente, odiar o fato de não ter conseguido parar para assistir a websérie "Mortal Kombat: legacy" até semana passada. 
Mas consegui!

Basicamente, "Mortal Kombat: legacy" é uma minisérie que conta a origem de alguns personagens do game, só que, nas palavras de seu diretor Kevin Tacheroen, a série trata-se de uma visão diferente sobre o universo do Mortal Kombat, "acredito que combina a perfeita dose de realismo brutal, misturado com uma pitada de misticismo", ou seja, muitas das histórias contadas são feitas de maneira bem diferente das que você pode ter imaginado. 
O que é especialmente legal no trabalho de Kevin, é que não foi recentemente que ele se interessou pelo universo do Mortal Kombat. Não sei quantos de vocês já tiveram a oportunidade de assistir ao curta-metragem "Mortal Kombat: rebirth" de 2010, mas por meses após a sua postagem na internet as pessoas continuavam comentando se seria um trailer de um filme que viria, ou uma divulgação de uma nova versão do game. Fosse como fosse, a repercussão foi grande e como tal, Kevin foi convidado a dirigir uma websérie produzida pela Warner Bros em formato para Web e assim nasceu a 1ª temporada, com nove episodios de 10 minutos (média) cada.
Uma das coisas mais legais sobre essa websérie é que ela se foca no universo de personagens não tão badalados do Mortal Kombat, personagens os quais você, provavelmente, nunca teve curiosidade de saber de onde vieram, tais como Kano, Cyrax e Sektor, não esquecendo daqueles personagens que deram a fama a franquia, como Raiden, Jax, Sonya, Scorpion e Kitana.
Devo dizer que algumas das origens propostas por Kevin são bastante pertubadoras. Raiden, por exemplo é tido como um doente mental por quase quatro meses; o motivo de Kano ter aquele olho de vidro vermelho; ou até mesmo o fato de Scorpion ver sua família sendo assassinada. Mas como "Mortal Kombat" não deixa de ser um jogo de luta, sangue e poder, estes tópicos não poderiam ficar de fora.
Bom, não posso dizer muito, se não estraga a vontade de vocês de assistir ao trabalho de Kevin, mas vale muito a pena dizer, que a 2ª temporada está prevista para sair ainda este ano e que ela já contará com o torneio em si. Assista ao trailer e fique roendo as unhas de curiosidade, assim como eu, mas não esqueça de ver todos os episódios (sem legenda) no canal do youtube.