Conto da musica

E por um momento bem singelo ele reparou nela. Um ser alvo, de cabelos esvoassante e vindo a sua direção.
Ele nao sabia o que fazer. Era a primeira vez que se sentia dessa maneira, pois nem mesmo com as sereias que o habitava, tal como as lindas moçoilas que o visitava, ele havia sentido tal conexao.
E ela continuava vindo a sua direção, até que parou e abriu os braços e se entrgou ao vento.
O Mar, que tinha virado o expectador desse ser maravilhoso, recuou suas ondas, até que fosse suficiente para que quando voltasse tocasse os lindos pés dela. Quando a tocou, ela fechou os olhos e ainda de braços abertos respirou fundo. O Mar sentiu uma alegria insana, que o fez nao querer sair de perto dela...e ouviu.
--Ana...--chamava um voz masculina, que ele nao conhecia. Que ele nao previa.
O ser fantastico virou-se e correu até a voz. Ela pertencia a um ser parecido com ela, mas um homem. Tao incrivel quanto, mas um homem. Talvez o seu homem. O homem de Ana.
Mesmo assim, o Mar nao se aquietou. Continuava a avançar com suas ondas até que pudesse enxergar onde Ana estava. Enquanto em sua mente ecoava apenas aquele nome, o nome do seu amor, Ana...Ana...Ana...Ana...
Se o Mar tivesse uma boca, sorriria completamente extasiado toda a vez que Ana entrava em seus dominios. Ele podia a proteger, toca-la, acaricia-la, dançar com ela e principalmente a ter, perto, dentro de si.
Um dia Ana saiu correndo até ele. Se o Mar tivesse um coração pulsante, ele pulsaria tao loucamente que nao conseguiria se controlar, ainda mais por que...porque ela lançava agua com os olhos. A agua escorria por suas bochechas, ja rosadas, como duas pequenas nascentes e nao paravam. Nem mesmo quando ela se deitou diante Dele, do Mar.
Apaixonado, ele a abraçou com suas ondas e a presenteou com conchas belas, mas Ana nao parava de chorar. Ela piava cada vez mais alto, e isso acabava com o Mar. Ele nao queria e nao podia ver o seu objeto de amor intenso daquele jeito.
Até que ele veio de novo. Aquele ser, aquele homem...e se aproximou de Ana...tocou-a...ela o repeliu...ele sussurrou...ela o encarou...ele abaixou a cabeça...ela chorou mais...e o Mar nao suportou.
Como ousaste fazer isso com Ana, a MINHA Ana!
Se o Mar tivesse como gritar, gritaria e correria para Ana, mas nao tinha como fazer isso, entao ele puxou todas as forças que tinha até atingir uma onda gigante e engolir Ele, mas espere...
Ele...foi engolido...com Ana.
Ana...o Mar podia senti-la. Ela estava com ele, mas ela lutava!
Nao queria...mas o Mar a queria. Queria que ela ficasse ali, linda para sempre, Ana e o Mar...
Mas nao, espere, nao poderia, ela chutava-o, socava-o, estapeava-o e procurava por Ele.
Quando Ana O achou, o Mar recuou e percebeu, da pior forma que nao existiria, nunca, um Ana e o Mar! MALDITO! Por que nao se apaixonou por um lagoa?!
Ana e Ele sairam do Mar, deixando-o triste, acabado...dispensado.
E Ana estava ali, abraçada com Ele, e ele percebeu ninguem domina o amor, nem mesmo o Mar, nem mesmo Ana, nem mesmo Ele...
Ele...o Mar sentiu inveja pela primeira vez, mas sempre se manteve ali, fiel a Ana, pois se nao poderia ser Ana e o Mar, poderia ser Mar e Ana.

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Ouvindo mt Ana e o Mar do Teatro Magico, hehehhe.

2 comentários

O ANTI-HERÓI CONTEMPORÂNEO disse...

Acho que o mar Analisou

Claudia disse...

Fantastico texto,
adoro Ana e o Mar do Teatro, me lembra de coisas bonitas e delicadas...
vou coemçar a acomapnhar o seu blog.
[]'s