Doces acordes íntimos

Com letras simples, melodias calmas e uma deliciosa combinação de doce com salgado, Leighton Meester mostra uma face quase inesperada em seu primeiro álbum, Heartstrings.

Quem não lembra da it girl Blair Waldforf da série de tv Gossip Girl? Bom, se você se lembra, com toda certeza lembra da intérprete da personagem, a morena Leighton Meester. E também, se você se lembra, deve ter em algum canto da sua obscura memória a vaga lembrança da participação que a moça fez na música Good Girls Go Bad, da banda Cobra Starship. Peço que você se lembre disso, porque quando essa parceria foi lançada, logo depois Leighton lançou a baladada Somebody to Love e todas as expectativas recairam sobre a hipótese de que a moça lançaria um álbum e de que essas músicas seriam ao estilo pop eletrônico. Só que a história ficou em banho maria.
E assim permaneceu até quando algumas músicas vazaram. Coisa pouca, coisa "estranha", uma vez que não fazia o estilo que as pessoas esperavam a moça. Logo, foram desconsideradas e colocadas em escanteio, como uma espécie de prévia equivocada. 
No mês passado, no entanto, Leighton (finalmente) lançou o seu primeiro álbum. Heartstrings

O álbum é uma verdadeira e deliciosa coletânea de músicas delicadas e que foram gravadas com uma banda ao vivo no estúdio, fato que dá ainda mais a atmosfera intimista ao cd, que realmente parece ter sido gravado durante uma reunião de amigos, entre os quais um deles canta muito bem e outros três tocam instrumentos.
Por se tratar de um álbum nesse estilo, muitos fãs foram pegos de surpresa, inclusive alguns acharam que essa não é a verdadeira Leighton, mas particularmente penso que não seria ela se a mesma fizesse um trabalho multimilionário, cheio de batidas, auto-tunes e esquemas que fizesse o trabalho todo muito mecânico e artificial. Ao contrário disso, Heartstrings é quase uma representação do eu vulnerável e sensível dela, falando de perto, quase como uma confidência entre amigos. O trabalho, justamente por ter essas notas extremamente particulares, foi lançado pela própria gravadora de Leighton, a Hotly Wanting Records. Ouça abaixo o álbum completo:

Para completar o pacote, ela ainda lançou um clipe para o seu primeiro single e homônimo do cd, que também segue essa linha íntima e pessoal. Sinceramente, gente, estou impressionada e deliciada com a beleza do trabalho dela. Fui pega de surpresa com o tom das músicas e fiquei maravilhada com a possibilidade vocal da moça que, apesar de não ter nada de diferente ou espetacular, é tão bem usada que percebemos que ela sabe o que está fazendo. 
Destaque para as músicas: "Heartstrings", "Run away", "Dreaming", "Sweet" e "Entitled".

Sobre o tempo, o espaço e zonas de conforto*


Se tem uma coisa que o tempo e o espaço influenciam mais do que filme de Ficção Científica, é a nossa vida. A forma como olhamos para ela, a forma como a interpretamos e principalmente, a forma como queremos levá-la adiante. 
Quando você se toca disso, pode se permitir encarar mais coisas de frente. Coisas como, limitações, medos, frustrações, fiascos e outros desafios que, inevitavelmente, irão aparecer e sim, te deixar louco, triste, desmotivado e, eventualmente, sentindo-se muito pouco.
Mas o que, novamente, o tempo e o espaço te ajudam a perceber é que praticamente nada na vida é permanente. Onde você mora, quem você conhece, quem você ama, o que você presa, suas metas, e assim por diante. Tudo pode mudar num piscar de olhos e você precisa estar preparado para isso. E mesmo se não estiver, não esquenta, o tempo e o espaço vão se encarregar de te levar pra frente, mesmo que isso signifique ter que se desfazer de algo/alguém, de um lugar ou de um conforto.
Por sinal, sair da sua zona de conforto é o que torna tudo isso real. Plausível. 
Só quem já saiu de casa, cortou o cabelo de um modo completamente inesperado, parou de roer as unhas, assistiu um filme que achou que ia odiar, comeu algo que nunca imaginou comer, preferiu ficar só, ao ter um namorado chaveirinho; só quem se permitiu saltar, sem saber se iria conseguir chegar do outro lado (numa clara referência ao episódio "The Leap" de How I Met Your Mother) sabe o que é sair dessa zona de conforto e, melhor de tudo, conquistar algo que não esperava, ou mesmo aquilo que mais queria de modo tão intenso que doía. 
E só quem teve que voltar, sabe como é entristecedor o sentimento de regressão. Mas se tem uma coisa que eu tenho aprendido cada vez mais intensamente, é que, de repente o mundo muda, você muda com ele, ele gira e as coisas se transformam. Numa maré de azar, vem uma de sorte, se assim você quiser chamar, e num momento de queda, vem a levantada. Mais alto, mais certo, mais maduro. É hora então de respirar de novo e dizer "Here we go again"! E se tiver que levantar a bandeira branca que seja algo momentâneo, que seja passageiro. Só por agora. Nunca para sempre.

Não quero fazer desse post um texto de auto-ajuda, a não ser que se considere que ele é bem o que eu espero estar acontecendo na minha vida (auto) e que serve de reflexão para este tal momento (ajuda), mas se ele tiver algo a ver com você, então que seja de alguma serventia para lhe trazer mais do que uma simples leitura. 

*Mais um texto reflexivo, não só para mim, mas para Lora e Maddie.

I am. I will.

Primeiramente eu gostaria de falar com você. Sim, você que, assim como eu, acompanhou cada pedacinho de divulgação desse filme. Que aguardou ansiosoo por qualquer novidade, seja ela em vídeo, em fotos, em tuites, em app...você que conseguiu o suado e disputado ingresso de pré-estréia e se sentou entre tantos outros fãs (além de alguns perdidos), em uma sessão lotada, se sentindo importante e confidente dessa revolução. Um verdadeiro tributo. É para você que eu escrevo esses apontamentos sobre "Jogos Vorazes: a esperança - parte I". É para você que eu escrevo, pois é bem possível que você discorde de mim em alguns pontos, justamente pelo seu lado fã, um lado que quase me dominou e que quase me fez acreditar que esse filme é, como uma adolescente que sentou ao meu lado durante a sessão disse: "o mais fodástico até agora!".

Sim, querido fã. Eu discordo. Mas antes de você fechar a sua janela e me levar como traidora, deixe-me dizer que não estou dizendo que o filme é ruim. Que não vale a pena. Que foi um marketing enganoso. Não estou falando isso. Apenas, e por mais que me aperte o coração dizer isso, eu esperava mais!
Já está mais calmo, fã? 
O que eu quero dizer com "esperava mais", você deve estar se perguntando. Vamos lá.
Quero dar início aos apontamentos, afirmando categoricamente que se trata de um filme tecnicamente bom. A cenografia nos ambienta dentro desse mundo rígido e cinza dos militares do D13, também ficamos inebriados com as imagens externas e aqueles bosques, lagos e belas paisagens que se encontram nos momentos de desenvolvimento psicológico de Katniss. Também é impossível não deixar de falar da história em si, que é o que nos conquista em primeiro plano. O fato de se tratar de uma crítica social, um futuro distópico e ao mesmo tempo que clama por esperança. A história não é, de modo algum denegrida neste filme e o mérito de que os filmes estão fazendo jus ao livro continua, assim como anteriormente. As belas sequências das insurgências que eclodem como resposta às propagandas do D13 são sabiamente elencadas e lindamente filmadas, usando recursos de primeira. Definitivamente, é um filme que cumpre o seu papel.
Mas também é aí que ele me perdeu.
Sim, porque nós acompanhamos uma série de histórias baseadas em sagas literárias que tiveram a sua última parte dividida em duas, de modo a ter mais tempo para explorar, tanto as suas nuances narrativas, quanto suas vantagens econômicas. E isso não é nada ruim, até porque para você e para mim, querido fã, sabemos que temos mais tempo par usufruir dessa tão adorada trama. Porém em Jogos Vorazes, fiquei com a sensação de que essa primeira parte poderia ter sido reduzida, resumida e o livro todo poderia ter sido adaptado em um só filme de 3h, do que um o filme meio arrastado de 2h15 que acompanhamos. 

Arrastado, mas rápido. Como assim?
Bom, ele prima por tomadas alongadas, justamente para mostrar essa confusão psicológica da personagem, em não saber muito bem para que lado seguir, quem confiar e se tem condições de ser esse símbolo de uma revolução promovida em Panem, contudo, ao mesmo tempo em que as cenas são alongadas, quase não temos a noção de dias correndo, tempo passando e todas as transições acontecem de modo muito brusco (perceba, essa era a proposta do filme, não estou dizendo que a montagem ficou ruim). Esses recursos acabam deixando a gente com a impressão de que a história dessa primeira parte foi breve, que não houveram grandes momentos e que, como falei, o último livro todo poderia ter sido traduzido em um filme.
Seguindo a diante, as partes que mais me agradaram no filme, foram as partes que mais me agradaram no livro. Esse jogo midiático inteligentíssimo abordado de modo muito intenso na obra original e tratado com destaque na película, reforça o trabalho anterior feito (e acompanhado aqui) pela Lionsgate, que reforça o fato de que o filme nem começou e nem vai terminar nele mesmo. Há aqui uma sinergia midiática e publicitária que está sendo mantida pela franquia, de modo que aqueles que se dispuseram a acessar e a aproveitar tais recursos, se encontraram em uma posição privilegiada, não apenas de participantes dessa revolução, mas também como um verdadeiro "tributo". 

Agora, 'esteje' avisado que se você está indo ao cinema para ver uma guerra civil generalizada e de escalas farônicas, vai perder o seu tempo, já que o que se trabalha nesta obra são duas coisas: 1 - a entrada de Katniss de cabeça nessa revolução e a sua luta pessoal em decidir se esse é o melhor caminho a seguir; 2 - o gatilho, ou melhor, a flecha inicial de todo esse movimento contra-ditatorial, que viemos falando tanto por aqui, durante o pré filme.
Por ser um filme que se atém ao resgate dos Vitoriosos e à essa guerra midiática que falamos, os persoangens, tanto os que já conhecemos, quanto os que passamos a conhecer agora, não tem tanto espaço para se sobressaírem. Se você parar para pensar, fã, no seu coleguinha que nem é tão fã assim, parece para você que ele ficou tão encantado com Cressida e companhia, quanto você? 
Jen Law continua, habilmente, com a sua Katniss de faces independentes, quase frias e esquivas, mas que se mostra uma verdadeira heroína, vívida e beirando o altruísmo. Gostaram tanto do olhar dela na câmera, que marcou lindamente a segunda parte da história, que finalizaram o filme de modo semelhante. 
Philip Seymour Hoffman - What a guy! Ele encarna novamente o marketeiro de primeira e que compreende de modo decisivo como uma guerra midiática pode ser muito mais importante do que uma guerra em si. Ele manobra a revolução para ganhar desenhos precisos e sua atuação extrapola o brilhantismo. Com toda a certeza fará muita falta na parte II.
Julianne More me provou que era a melhor escolha para Alma Coin, apesar de eu estar um pouco temerosa com ela no começo, penso que ela conseguiu transitar entre os dois extremos que poderia cair (do bem e mau) e nos trouxe uma presidente consistente, interessante e crível, mas que com certeza tem os seus esqueletos no armário.
Effy (Elisabeth Banks) e Haymitch (Woody Harrelson) continuam como dois dos personagens mais interessantes e complexos da saga, mesmo que, entre discursos inflamados e uma série de explosões, eles não tiveram tanto destaque nessa parte, é de certo que eles são decisivos para o desenvolvimento de Katniss e a sua entrada na revolução.
Inclusive, a figura do herói que, além de altruísta, está à frente de uma revolução de proporções nacionais, foi deixada muito a segundo plano, para que você compreenda quem é a pessoa por detrás do Tordo. Essa pessoa, que entende depois de um tempo que, na verdade, está sendo manipulada emocionalmente e vendida como um peão bonito o suficiente par ser a cara estampada nos cartazes a favor da revolução. E isso vai além do que foi mostrado nesse início, espero que seja resgatado na segunda parte. Assim como um detalhe que eles, apenas tatearam nesse momento, que é o famoso "os fins justificam os meios" somado à ideia de "dois pesos, duas medidas", onde, para desmontar um regime ditatorial, os "mocinhos" tiveram que se aliar a outro regime, com tantas regras quanto, porém que discursa sobre uma vontade de democracia e igualdade. É importante se perceber que o discurso de união, tratado por Snow, é tão animador e bonito quanto o de mudança de Alma, mas o de Snow não tem mais tanto peso, porque essa realidade já é conhecida. O que garante que se o levante for bem sucedido, Alma não será uma ditadora também?
Bem e Mau não existem de modo maniqueísta, quando falamos do ser humano.

Para finalizar esses apontamentos, trago a célebre frase de Katniss "I am. I will". Esse filme está no I will. Espero que o segundo seja I am. 

Para além das Estrelas

Com um elenco genial, direção de arte primorosa e uma história cheia de reviravoltas e sacadas inteligentes, Interestelar marca presença nos cinemas e envolve com suas quase 3h de duração, dentro de uma história tocante, forte e bem amarrada.

Quando o primeiro trailer de Interestelar saiu, fiquei com aquela sensação meio embrulhante no estômago de que estava frente a um filme marcante. Não pelo óbvio motivo que você deve estar pensando: é o mais novo filme de Cristopher Nolan (diretor de A Origem, a última trilogia do Batman e O homem de aço). Mas porque fazia um tempo que não me deparava com um filme Sci-Fi, de enorme orçamento, mas que conseguia ir além do fato de ser um Sci-Fi e ter na Ciência e Tecnologia os seus motes principais. O primeiro trailer, para quem não viu, ou não lembra, quase não mostra cenas do filme, mas se firma em buscar explicar o que, de fato, norteia esta obra de Nolan, que é a natureza humana. (assista ao primeiro trailer aqui)
Começar esse texto deixando isso bem claro é importante, pois tudo o que leva os personagens a serem o que são e a tomarem as atitudes que tomaram, perpassa por essa questão. Quem somos como humanos, essa raça inteligente, surpreendente e empreendedora; mas também destruidora, mesquinha e egoísta, é o que determina o nosso futuro no planeta terra, segundo Cristopher e Jonathan Nolan, que assinam o roteiro. Um futuro um tanto quanto desanimador, onde a população mundial sofre com a falta de comida, pois quase todas as plantações foram destruídas por uma praga e por enormes tempestades de areia. A de milho é a única que parece sobreviver a ambas, por isso vários homens e mulheres deixam as suas profissões para se dedicarem ao cultivo desse alimento. Que é o caso de Cooper (Matthew McConaughey), um brilhante engenheiro espacial, que odeia a vida que leva atualmente, mas se mantem ali, a fim de ter condições de cuidar de seus filhos e sogro. A vida segue sendo sobrevivida por este grupo de personagens, até que uma série de eventos que parecem sobrenaturais passam a acontecer e Murph (Mackenzie Foy), que ainda representa o lado curioso de seu pai, os leva a descobrir uma missão espacial atrás da Nova Terra.

Não vou entrar muito no enredo, porque acho que é importante que as pessoas se deixem surpreender pela história, simplesmente porque é uma história que, além de bem amarrada, usa de recursos perspicazes para explicar certos eventos e situações que poderiam parecer forçados ou imaginativos demais. A relatividade do tempo e a gravidade, são elementos muito bem explicados e importantes para o desenvolvimento da trama, então fique atento ao assistir o filme. 
Importantes também, são os atores e atrizes que ajudam a contar todas essas reviravoltas de modo genial. Matthew se consolida mais uma vez como o excelente ator que é, trazendo uma atuação forte, sincera e expressiva, de modo que seu diálogo com a câmera se torna nossa principal fonte de informação e até mesmo de aflição, em alguns momentos. Anne Hathaway brilha como Dra. Brand e se sobressai neste elenco, basicamente masculino, assim como as duas Murphs, Mackenzie Foy e Jessica Chastain, que, respectivamente, se desvencilha completamente de um papel medíocre (Mackenzie foi filha de Bella e Edward Cullen na saga Crepúsculo); e continua sendo uma das minhas atrizes favoritas da atualidade. Prevejo indicações e também reconhecimentos para esse povo.

Vale dizer que além da fotografia primorosa, da trilha tocante e dos efeitos visuais de excelência, o filme ganha muito ritmo graças a montagem, que é particularmente impressionante, por conseguir deixar um filme de quase três horas flúido, ritmado e bem elencado. É interessante notar, tambémm, como eles brincam com a estética de documentário em algumas partes do filme, ao inserir depoimentos e vozes em off. 
Com claras homenagens ao 2001: uma odisséia no espaço de Kubrick, Interestelar não pode e nem deve ser resumido a uma comparação desta obra, isto porque tem uma luz própria que, como aconteceu com 2001, ganhará seu espaço e poderá até se tornar um clássico da Ficção Científica do século XXI.  

Com toda a certeza é um filme para se ver no cinema!

Lovers gonna love

Quebrando todos os recordes, deixando todo mundo ansioso e ainda mostrando porque ela é uma das artistas mais reconhecidas e adoradas da sua geração, Taylor Swift corre ótimos riscos com o seu novo álbum, "1989".

Às vésperas de fazer 25 anos, Taylor Swift está em todas as paradas de sucesso! Sua carreira está mais estável do que nunca, seus fãs mais fiéis e sua criatividade rolando solta. Com músicas autorais, cheias de tiradas inteligentes e sonoridades pop like, "1989" é, como um todo, um fenômeno. Seguindo a proposta que, desde o começo deixava claro o seu abandono às raízes country, "1989" é uma coletânea gostosa de ouvir e que comprova o feeling que a artista tem, tanto de mercado, quanto de experiências musicais. A ideia de optar por um pop mais presente, mostra que em "Red", conforme a gente tinha comentado aqui, ela apenas estava testando até onde poderia ir sem causar uma comoção exagerada por parte dos puristas e sem causá-la uma má fama de pensar apenas nos dólares, ao abandonar o country de forma bastante evidente.
"Red", que só tinham umas três músicas do antigo gênero ao qual a moça se enquadrava, deu muito certo neste sentido, abriu caminho para que a menina mostrasse o quanto tinha se tornado uma mulher e o quanto suas novas músicas (e mistura melódicas) tinham a ver com esse momento, onde "1989", apesar do título retrô, é um álbum modernoso e cheio de nuances, como Taylor tem feito com maestria desde o começo de sua carreira.
Carreira que a gente tem acompanhado desde o início aqui no Mesa e para escrever sobre este novo cd da loirinha, reli o que já tinha dito sobre "Fearless", "Speak Now" e "Red". Deu para observar, de fato, um caminho cheio de onludações e de auto afirmações, mas o que mais me chamou atenção foi que o caminho de Taylor foi e está sendo também, um caminho de brilhantismo e grandes obras. "Fearless" continua sendo o melhor trabalho dela, na humilde opnião dessa que vos fala, mas o que "1989" tem de especial é algo que só o tempo poderia dar à Taylor: maturidade.
Maturidade musical, principalmente, para estabelecer parcerias pesadas e muito boas na hora de escrever suas canções. Sim, uma das marcas da moça é a sua autoria criativa, perspicaz e sincera, que em seus primeiros álbuns, principalmente, assinava sozinha as músicas; mas o que a maturidade musical talvez tenha-a levado a perceber, é que com parcerias suas músicas poderiam ir de ótimas para excelentes, então ela se cercou de ótimo co-autores que dão um tom, além de mais maduro, mais denso em suas canções. O que acredito ser uma sobreposição muito interessante, se levarmos em conta que o pop, como gênero musical, é muitas vezes visto como som adolescente. 
Se ouvirmos "1989" despretenciosamente perceberemos ser um álbum de camadas dançantes, mas que não levam a serem "dançáveis" de fato, isto porque fica claro que, como Taylor costuma fazer desde o começo de sua carreira, suas músicas são para serem cantadas junto com ela e não para servirem hino de balada. Ponto pra ela que considerou isso muito bem, dosando o pop, o eletrônico e não errando a mão. 
Ouça o álbum completo abaixo:

Entre as canções, o já badalado "Shake it Off" está lá pelo meio do cd e no grupo maior nem é tão importante assim, se destaca por ter sido escolhido o primeiro single, mas a beleza da obra se esconde em faixas não tão badaladas assim, como "Blank Space", "All you had to do was Stay", "Out of the woods", "Wildest Dreams", "Clean" e a levinha "How you get the girl". Prevejo "Welcome to New York" se tornando uma espécie de hino para os aventureiros de tumblr e revolucionários de facebook, mas é nesta letra que encontramos uma das partes mais legais da inteligência lírica de Taylor, e eu cito:
"Like any great love, it keeps you guessingLike any real love, it's ever changingLike any true love, it drives you crazyBut you know you wouldn't change anythingAnything, anything"

De modo algum 1989 para mim parece ser a obra prima de Taylor Swift, mas com toda a certeza está entre os melhores álbuns do ano e, como sempre, ela merece aplausos e salvas pelas experimentações e por continuar fazendo músicas que falam tão diretamente com as pessoas que ouvem.