Estilo Nota 10: Natalie Portman

A atriz Natalie Portman é uma das mais talentosas atrizes da atualidade, fazendo ótimos papéis, ótimos filmes e passando um ar de elegância e sofisticação que é todo dela, a moça marca presença, sempre muito bem vestida e maquiada.
No hairstyle e make, Natalie se adequa aos seus personagens, já tendo, inclusive, ostentado uma careca ao interpretar Ivy em V de Vingança. Por isso, ela já teve cabelos curtos, longos, médios, loiros, ruivos e por aí vai, mas parece ter preferência por deixá-los ao natural num tom castanho claro. Já na make, a atriz costuma usar cores angelicais e que apenas ressaltam sua beleza.

No Street style a moça, que é a garota propaganda oficial da Miss Dior, é normalmente vista de jeans, camisetas e roupas confortáveis, porém sempre com um toque de clássico e chique, que é típico de uma pessoa que costuma ter bom gosto.

Já no red carpet, Natalie usa vestidos com cortes clássicos, que remetem à elegância de grandes damas da sociedade, como Jackie-O, asism como de princesas, à lá Grace Kelly e Diana. Mesmo sendo fã das passarelas, a atriz costuma usar tendências com cautela e em doses homeopáticas.

E aí, gostou do estilo de Portman? Veja outras roupitchas:


Blogagem Coletiva: Personagens Com Quem Me Identifico

Um dos temas desse mês da Blogagem Coletiva do grupo Blogs que Interagem foi de selecionar personagens que me identifico, podendo estes ser de novela, livro, filme, série, desenho, anime, dorama, manga, HQ... Qualquer lugar! Achei a proposta super interessante e resolvi selecionar alguns para falar.
Eu gostaria de poder trazer mais, porém achava que a listinha ia ficar massante e cheia demais, então me firmei em selecionar 10 personagens para essa BC, selecionadas de Filmes ou Séries (já que tem tudo a ver com a proposta do Mesa ;)). 

10 - Grace (Will & Grace)

Verdade que eu tinha me 'esquecido' da Grace, mas ela desbancou facinho a Peggy da minha lista de 10, porque convenhamos, temos tudo a ver. Quer dizer, tudo que não diz respeito à aparência, né?! Que luxo o cabelo vermelho da Debra! Mas falando sério, de todas as confusões, o canto desafinado, o humor, a sua relação próxima e de compreensão com homossexuais e até o seu amor pela cultura pop, somos unha e carne!

09 - Lily (How I Met Your Mother)

Algumas das situações as quais a ruiva se mete, assim como o fato dela ser extremamente leal aos seus ideais, amigos e amor. Além de me identificar muito com a Lily, também penso que, assim como ela, eu sou um pouco louca, as vezes metendo os pés pelas mãos e dizendo até o que não devia...

08 - Carrie (Sex and the City)

Mais uma personagem de série, assim como Carrie eu costumo pensar demais nas situações. Pensar, inclusive, de modo bastante literário (vide o a sessão Sobre aqui do Mesa). Também tenho amigas inseparáveis, as quais amo e que vem (sempre) antes de qualquer relacionamento amoroso. Gosto de pensar que serei uma escritora/jornalista tão reconhecida quanto a loira. Fora o seu amor por sapatos...

07 - Charlotte "Chuck" Charles (Pushing Daisies)

Além do guarda-roupas, do amor sincero que dedica às pessoas e da lealdade com os amigos e pessoas que ama, o que me aproxima e muito de Chuck é o fato dela ser 'badass', isso mesmo, não se engane pelas roupas coloridas, Chuck é obstinada, não tem medo de se jogar e principalmente, lutar pelo que acredita e conhecer novos destinos. Falei sobre a série aqui.

06 - Emily Jackson (Love and Other Disasters)

Já falei desse filme aqui e é um dos meus favoritos! Principalmente porque consigo me ver na protagonista. Ela é uma otimista convicta, acredita que tudo vai dar certo no final, o seu filme favorito é "Breakfast at Tiffany's", tem vários amigos homossexuais e ela costuma se envolver demais nos problemas deles, resolvendo todos, mas não resolvendo os seus próprios. Guilty! o/

05 - Peggy Carter (Agent Carter)

Falei dessa série aqui e ela me encantou de modo tão substancial porque a protagonista tem diversas atitudes e convicções que se assemelham a mim. Não acho que seja uma mulher a frente do meu tempo, como ela, mas penso ser corajosa e determinada, assim como não ter medo de dar a cara a tapa e até demandar os meus direitos e espaço. Fora que vejo na Peggy um lugar que gostaria de chegar, eventualmente, já que ela é bastante pragmática, conseguindo se envolver apenas o necessário.

04 - Jane (Tarzan)

Entre todas as personagens femininas da Disney, Jane é a que eu mais me relaciono, isto porque além de ser bastante estabanada, ela se joga de corpo e alma naquilo que acha certo, defendendo seus princípios e correndo atrás do que quer. Fora que ela tem um espírito aventureiro que eu adoro, não se ligando a luxos e sim buscando realizar as aventuras (vide viagens) que vivia apenas nos seus sonhos. Queria desenhar como ela, no entanto, hahahaha.

03 - Mindy (The Mindy Project)

Salvo as suas devidas proporções, eu me identifico demais com a Mindy, uma vez que algumas pessoas podem dizer que eu não tenho filtro, que eu falo demais (inclusive o que não devia) e que a minha cabeça tem informações demais sobre cultura pop. Verdade. Bem semelhante à Mindy, eu também tenho um fascínio por roupas coloridas, filmes bobos e comentários sobre tudo e qualquer coisa.

02 - Claire Colburn (Elizabethtown)

Outra otimista desenfreada, já foi protagonista de dois posts aqui (post 1, post 2). Claire é uma mulher bastante esperta e que costuma ter uma resposta pra tudo, mesmo que essa resposta não seja certa. Ela adora filosofar sobre as razões do mundo, tem teorias sobre o mundo e acha que entende o necessário sobre pessoas. Hum...essa sou eu, rss.

01 - Jess (New Girl)

De novo a Jess em primeiro lugar em alguma lista que eu faço....pois é...tenho diversos depoimentos de pessoas ao meu redor que acham a personagem super parecida comigo e vice-e-versa. Sim, sou muito desastrada, falo sozinha, canto sozinha, me meto nas mais diversas situações, inusitadas situações, meus amigos me amam, mas também odeiam algumas coisas que eu faço, principalmente manias minhas (né Maddie, Lora...). Tenho jeito de sabe-tudo e as vezes posso parecer inocente demais...Fora que o guarda-roupas é bem parecido, hahahaah.

Update:
Maddie, quem eu confio imensamente porque me conhece (as vezes) melhor do que eu mesma acrescentou mais dois personagens nesta lista. Love you.
Tracy (the mother) - How I Met Your Mother #truestory

Branca de Neve - Branca de Neve e os Sete Anões. Fisicamente sim, mas acho que essa conclusão foi tirada por causa do meu TCC, hahahaah.

Últimos

Porque sou dessas pessoas que, quando está animada para um filme (especialmente musical) me informo sobre absolutamente tudo que for possível se informar online, aprende as músicas e já tinha uma noção do que esperar do longa The Last Five Years, mesmo assim, o que me deparei foi com um conjunto musical delicioso e primoroso, que conta uma história de modo alinear.

Ficando em algum lugar entre os clássicos musicais e filmes contemporâneos, The Last Five Years conta a história de um casal, Jamie (Jeremy Jordan) e Cathy (Anna Kendrick), que ficaram juntos por cinco anos. Ao longo de pouco mais de uma hora e meia, somos levados a conhecer os motivos pelos quais o casal se separou, assim como ver o quão profundo e sincero era o relacionamento deles, mostrando mais uma vez que esses fatores não são os únicos para garantir que o amor perdure. Importante dizer que o filme é baseado no musical da Broadway homônimo de Jason Robert Brown, que foi inspirada no seu real casamento com Theresa O'Neill.
Com uma edição maravilhosa, o filme é todo musical e as cenas mais se parecem uma série de videoclipes desvelando uma história de amor que, como tantas outras, apesar de verdadeiras, acabam. Isso porque sentimentos podem sim, ser subjulgados por circunstâncias externas, assim como podem ser derrotados por um 'eu' que ainda não encontrou o seu lugar no mundo.

Com uma câmera participante que passeia pelos momentos vividos entre Jamie e Cathy, percebemos que não são suficientes apenas admiração, respeito e amor; é preciso, sim, se perguntar onde ficam o ego, sucesso, tempo, inveja, ambição e individualismo, numa relação que se constroi sobre a égide do amor, pelo amor, como manifestação purista. 
Sim, porque se esses quesitos vão se tornando maiores e sair parece ser a única decisão a tomar, então talvez seja o caso de parar de olhar para frente, sempre pra frente, nunca pra trás ou mesmo questionar as escolhas. Na relação de Cathy e Jamie olhar para trás é sinal de fraqueza, mesmo que ele sirva de balanço para entendermos o porque, apesar de ordinária, no sentindo de comum, essa história precisava ser contada, porque é ciclo que não se fecha, uma vez que sem começo, meio e fim, é um amor que morre, mas renasce a cada nova vez que é contada.

Palmas vibrantes para Anna e Jeremy que tem uma química incrível, vide a cena do casamento! Jeremy é responsável, inclusive, por uma reinterpretação de "Shiksa Goddess" que me deixou irremediavelmente apaixonada. Endosso a campanha de vê-lo mais vezes em séries e filmes, porque o rapaz é maravilhoso! (aproveite para vê-lo em SMASH!). Anna está indiscutivelmente ótima! Cada vez mais ela se afasta de sua personagem medíocre na série Crepúsculo e se aproxima de ser uma das melhores atrizes da atualidade, fazendo personagens sólidos, bem construídos e cativantes; além de atuar ao lado de grandes nomes e ser multifacetária, cantando, dançando e atuando.
Assim, os "últimos" do título é realmente um ótimo nome para definir o que seria a mensagem do filme, tendo a ver com os anos que passaram e os últimos de uma vida a dois, sendo também os últimos momentos de uma história que poderia ser qualquer uma, mesmo que também seja apenas o início.

Bar


Ela foi pro bar sozinha.
Chegou no meio do happy hour, sentou no balcão e pediu uma pretinha. Cruzou as pernas cobertas pelos jeans, soltou os cabelos e beijou com carinho o copo de cerveja.
Estava gelada, do jeito que ela achava que merecia. Do jeito que ela sabia que merecia.
Com um bloquinho de notas, que sempre rodava dentro da sua bolsa. Queria terminar o próximo capítulo de uma história que trabalhava, então se debruçou sobre o balcão e pediu uma caneta emprestada.
Ideias perturbavam sua mente fértil, embebidas por meio litro de cerveja preta e entornada de pessoas que não sabia quem eram. Sem reconhecer rostos. Sem reconhecer gente. Apenas a caneta emprestada, que entre seus dedos contava uma história de fuga. De se jogar no mundo. De ir até ele sozinha, assim como foi ao bar.
Ela estava sozinha no bar. Ouvindo barulhos disformes e completamente inteligíveis. Estava ali sozinha e por um momento pousou a caneta no balcão e pensou em esperar.
Esperar as horas passarem, o tempo a engolir e seus dois copos secarem completamente. 
Esperou...e não que ela achasse que algo fosse acontecer, como conhecer o amor de sua vida, mas pensava que poderia ser surpreendida pela ponta fora da curva, pela pessoa que passou ao seu lado para ir ao banheiro, ou pelo alguém que lhe pagou uma bebida. 
Sem surpresas e sem a malemolência do destino. As horas passaram, drinks foram feitos e chopes servidos. Ela ficou lá, sozinha. Do mesmo jeito que chegou. Do mesmo jeito que bebeu. Terminou o seu capítulo, escreveu uma crônica e devolveu a caneta. 

Levando Porrada

Quem me conhece sabe que eu nutro um estranho, porém real fascínio por essa franquia, porém ao (finalmente) ver o 4º filme da mesma, devo dizer: está mais do que na hora de terminar! Esse é Underworld - Awakening.

Então, antes que você venha me perguntar se eu fumei alguma coisa para gostar dessa franquia, devo dizer que respeito-a por ela visitar com muito mais afíncuo as influências tradicionais (e para mim, mais interessantes) de filmes que tratam do submundo e seus seres, tais como Blade, Resident Evil e um pouco de toque de Entrevista com o Vampiro. Isto, por si só, merece o meu respeito, porque não tentou e nem tenta falar de vampiros cor-de-rosa, lobos sem camisas sexy e zumbis bonitinhos, e sim tratando dos mesmo com toda a luxúria, sede de sangue e mórbidos ímpetos que, de fato, fazem jus à tais criaturas. 
Assim, não pestanejei para assistir à esta 4ª parte (só demorei um pouco), uma vez que os dois primeiros filmes (que se centram na história entre Selene e Michael) foram muito interessantes, perdendo bastante rítmo no 3º filme (que contou a história de Lucius e Freja). A minha esperança era de que na 4ª parte, com o retorno do casal protagonista, nos encontrássemos em uma narrativa digna de 'series finale', o que não foi o caso, uma vez que a gente ficou a frente, de novo, de um gancho para um próximo filme.
Desta vez Selene (Kate Beckinsale) é feita de cobaia por humanos que estão cientes da existência de seres do submundo, atribuindo a eles alguns tipos de doenças e até mesmo pensando se tratar de um vírus. Experimentos são liberados em vampiros e lobisomens vivos, assim como o extermínio deles é decretado. Bem Resident Evil, mesmo, né?!
Pois é, e nada contra, mas achei a película massante. O envolvimento de alguns personagens é muito confuso, superficial e é fácil de se perder, porque eles não foram apresentados de forma coesa. Isso acontece com o personagem de Theo James, David, assim como os dois vilões da vez.

Está certo que se passaram doze anos ali e elas ainda não se conheciam, mas o envolvimento de Eve (India Eisley) com Selene  é tão frio e esquisito que chega a causar incômodo. É possível pensar que esta tenha sido a intenção, mas para mim ficou bastante claro que Selene se importa muito mais em encontrar Michael (Scott Speedman), do que criar laços com sua pequena filha.
As cenas de ação são muito bem coreografadas, e ainda mantem o princípio dos filmes anteriores (de que a inteligência é muito mais forte do que músculos e tamanho), entretanto acho que quando o enredo se perde na ação, o filme perde a graça. Mesmo assim, não deixa de ser incrível como Kate consegue carregar um filme todo nas costas! Chega a não ser necessário coadjuvantes, só mais pessoas para ela bater!

Underworld - Awakening faz parte da minha lista de 24 filmes para 2015 proposto pelo Blogs que Interagem, na categoria Ação.

Blogagem Coletiva: Aplicativos que não vivo sem

Um dos temas da blogagem coletiva desse mês do grupo Tagarelando era esse e como adoro aplicativos, achei uma boa ideia compartilhar com vocês o meu top 10, mas sem uma ordem delimitada, porque todos são indispensáveis pra mim. Então vem ver!

Minion Rush

Jogo do Meu Malvado Favorito, nele você sem tem missões para cumprir e cada vez que o app tem uma atualização é uma alegria geral, porque eu sei que vão vir novas atividades. Gosto do fato dele ser um excelente companheiro de viagens, ótimo para te distrair numa sala de espera e magnífico para passar o tempo no busão durante o a hora do rush.

Candy Crush Soda

A versão mais dinâmica do Candy Crush, hesitei muito em baixar esse app pro meu tablet, porque eu sabia que ia viciar, mas como ele tem um número limitado de vidas facilita para que você se policie e jogue apenas de vez em quando. Assim como o Minio Rush ele funciona sem internet e os níveis nunca parecem acabar!

Cinelândia

É um app para quem é aficionado com cinema, como essa que vos fala. Nele você tem todas os filmes em cartaz, com suas respectivas sinopses e trailers, além de saber a programação dos cinemas perto de você, basta você usar a geolocalização para saber quais são. Além disso, é um app super fácil de usar!

SoundHound

Sabe quando você está assistindo a um filme e uma música começa a tocar e você fica doido pra saber qual é? Então, o soundhound identifica a música, te dá todos os dados dela, te mostra a letra, para você acompanhar e muito mais. Além disso, ele está ligado ao spotify, radio e iTunes, o que facilita e muito, caso você queira comprar a música, ou ouvi-la por streaming.

Drive

Sou dessas que guardam tudo referente ao Mestrado no Drive. Tenho as leituras, os resumos, os trabalhos, as apresentações e por aí vai. O Drive é um excelente app para se ter, caso você, assim como eu, viva esquecendo de ler alguma coisa (e resolva ler no bus), ou não queira encher o pc de artigos que são ótimos para serem lidos, mas que não vão ser primordiais na dissertação.

RunPee

Esse app é sensacional! Nele estão contidos os momentos ideais para você ir ao banheiro, durante um filme. Sério! Funciona super bem, especialmente se o filme for longo. Além de te avisar quando for o mehor momento para ir ao banheiro, ele também dá um resuminho caprichado do que aconteceu naquela cena, para você não perder nenhum momento.

AroundMe

Outro App super útil, AroundMe te conta o que tem perto de você, desde bancos, postos de gasolina, supermercado, farmácia; até academias, lojas de conveniência e muito mais. O App te conta a distância que você está de determinado estabelecimento e traça uma rota para você. Esse app é indispensável para viagens!

HiFutureSelf

Eu sou uma pessoa extremamente estabanada e esquecida, então não posso contar apenas com a minha memória. Por isso eu uso a boa e velha agenda, mas também alio ao HiFutureSelf, um app que te envia uma notificação (tipo a que aparece quando você recebe uma mensagem) falando o que você não pode esquecer. Você escreve o lembrete, programa a hora e o dia, e o aplicativo te responde. Não é lindo?!

Google Maps

Sou dessas que me perco sim! Ainda mais porque moro numa cidade que não é a minha. Aí mesmo que eu preciso desse aplicativo mais do que tudo! Ele traça rota, te fala quanto tempo o bus vai demorar pra passar e ainda serve de gps para quando você precisar ir a pé. Eu acho indispensável!

NossoLideroTordo

O que começou como diversão, acabou se tornando o meu objeto de pesquisa no Mestrado! Falei do aplicativo aqui e desde então ele tem me gerado íntimo fascínio pelas suas possibilidades e potencialidades, tanto é que não vivo sem o mesmo. 

Maestro

Com letras críticas, que jogam na cara manias e hipocrisias sociais, o belga Stromae cria sons diversos, metálicos e eletrônicos.

Stromae é o nome artístico do cantor, compositor e produtor belga Paul Van Haver, um mestiço que começou a carreira como rapper chamado Opmaestro, mas depois mudou seu nome artístico para Stromae (uma inversão silábica de "Maestro", uma prática em francês chamada verlan). Foi só uma questão de tempo, depois da mudança do nome artístico, para que ele fechasse um contrato com uma gravadora e lançasse o seu primeiro cd, Cheese e o seu principal e mais conhecido hit Alors on Danse.
Essa canção ficou bastante conhecida no Brasil, ao ter integrado algumas baladas por ter um refrão bem repetitivo e que diz "então dançamos", porém essa foi apenas uma pequena demonstração como esse Belga tem uma língua afiada e uma mente deveras crítica. Nessa música, ele coloca os impressionantes e tão enraizados contrastes de trabalho, obrigações sociais e como isso é capaz de destruir uma pessoa, caso você se deixe levar por eles e apenas eles.  
Mais recentemente o músico lançou o cd Racine carrée, em que a música Papaoutai fez bastante barulho, levantando a questão se nós somos a imagem de nossos pais e se ser pai é só uma questão geracional. Ainda por cima, a música ganhou mais destaque ao ser reinterpretada pelo grupo acappella Pentatonix com a violinista Lindsey Sterling, o que a deu ainda maior visibilidade e popularidade ao artista.

Além de pessoais, a musicas podem ser vistas como bastante pesadas, porque não se envergonham em escancarar aquilo que estamos nos tornando ou já somos. Sejam nas partes aceleradas ou nos momentos mais mansos, Stromae parece cuspir amplamente suas observações, sem muito medo de ofensas. É notável, inclusive, o quanto os seus videoclipes ajudam a construir essa mensagem, como Carmen, Ta Fête e Tout Les mêmes, que criticam a internet, a espetacularização da vida e a hipocrisia social. Para o caso de você não entender francês, vale dizer que, com certeza, as mini histórias narradas nos videoclipes vão te ajudar com isso, fora que têm alguns clipes com legenda em inglês.
Destaque para as musicas: Alors on danse, Papatoui, Ta Fête, Carmen e AVF

I Don't Know

E de novo me deparei com um filme desses que falam sobre a complicada geração de que tem tudo (mas não tem nada, vive em terapia e quer transformar o ordinário em extraordinário). Dessa vez com os lindozos atores Emma Roberts e Freddie Highmore, que são conhecidos por entrarem de cabeça em projetos como esses, de roteiros afiados e diálogos que deixam a gente com a garganta engatada. Estou falando do delicado The art of getting by.

Para começo de conversa, acho interessante comentar com vocês que tanto Sally (Emma Roberts), quanto George (Freddie Highmore) são adolescentes que não têm absoluta ideia do que vão fazer das suas vidas. Sim, como adolescentes do pós-anos-noventa, os dois sentem que podem conquistar o mundo, fazer o que bem entendem, mas, por algum motivo (ou por vários deles) não têm nenhuma vontade de fazer nada disso. Ou melhor, não veem propósito algum em fazer algo que, fatalmente, irá terminar. Pelo menos em teoria. 
Pelo menos segundo George, um cara fatalista que sob a máxima "We born alone, we die alone" (Nós nascemos sozinhos, nós morremos sozinhos) constroi uma atitude vista como desinteressada, blasé e até arrogante por outros. Mesmo sendo muito talentoso, George passa quase todo tempo do filme se questionando como se pode ter uma motivação de vida, se aparentemente ela é tão sem sentido quanto o motivo da existência humana. Mas aí o seu caminho se cruza com o de Sally, uma garota que permanece como uma constante icógnita quanto à suas vontades, sonhos e metas, fazendo nos questionarmos se a personagem é movida por alguma coisa, ou se apenas (sobre)vive.

A conexão entre os dois é imediata, mas não pelas razões que você possa imaginar, uma vez que o título em português foi bastante infeliz neste sentido, "A arte da conquista" destoa e muito do real sentido da película, que não é centrada em uma narrativa à lá Fica Comigo, ou Ela é demais, onde o cara (ou garota) estranho, de repente se transforma aos olhos de seus pares e se torna incrível. Não. O filme procura falar da busca por um sentido no final de tudo. Mais ainda, um significado para que as coisas possam vir a ter um sentido. 
Não que o amor não seja levando em conta. Na verdade ele é, porém não apenas no sentido de conquista, mas também familiar, o que é significativo para a narrativa ser interpretada. O importante mesmo é descobrirmos com George que, simplesmente, "Se faz sentir, faz sentido", conforme tantas outras obras que temos visto por aí ultimamente, mas trazendo uma interessante discussão, que é a própria noção de vida curta vs vida longa, afinal de contas qual das duas vivemos? Estamos a frente de tanto tempo que precisamos fazer ele valer a pena, ou estamos a frente de flashes que se provam rápidos de mais, até para fazer cada segundo inesquecível?

Bom, a pergunta é lançada mas não respondida, o que nos deixa com a estranha sensação de que, assim como os personagens, simplesmente não sabemos e o que temos que fazer é 'get by'. 

Quando voltar é o (único) objetivo

Filme angustiante e quase imperceptível quanto a complexidade do assunto que trata, How I Live Now traz novamente Saoirse Ronan (Grande Hotel Budapeste, Violet & Daisy, Lovely Bones, Hanna e A Hospedeira) em uma história sobre existência, luta e fé

Com um ar apocalíptico, estamos na 3ª Guerra Mundial. Momento em que todas as pessoas estão tentando se exilar nos interiores, a fim de fugir o quanto for possível das trincheiras. Daisy (Saoirse Ronan), uma nova iorquina cheia de manias, frustrações e cética quanto a humanidade, vai morar no interior da Inglaterra, junto com uma tia e seus primos Isaac (Tom Holland) e Piper (Harley Bird); também se aproxima do rapaz que trabalha naquelas terras, Eddie (George MacKay), com quem desenvolve uma conexão especial, fazendo-a reacreditar nas pessoas. Bom, a Guerra chega ao quintal deles, fazendo com que os quatro se escondam e tentem fugir, porém não há fuga para uma terra devastada pelos horrores da guerra.
Baseado no livro homônimo de Meg Rosoff, a película tem uma atmosfera completamente mórbida, um mundo onde, até mesmo a humanidade é colocada em dúvida, uma vez que se tratam de pessoas que estão passando por séries de eventos traumáticos, levando-os ao extremo de novo e de novo. Tudo que lhes resta é seguir em frente, mesmo que isso signifique não ter segurança nenhuma do que se está fazendo.

Apesar do romance ser uma força motriz que leva Daisy a desafiar seus próprios limites, o filme não gira em torno disso e sim da própria reação de sobrevivência, aliada à vontade de se ter uma vida de verdade (não apenas sobrevivendo cada dia). Os personagens, mesmo sendo crianças e adolescentes, tem uma complexidade tal que nos empatizamos com eles, conforme vão se tornando variações de adultos traumatizados aos nossos olhos, enquanto o medo de ter um final irrelevante também habita aquelas cabecinhas. Se de fato temos visto tantas obras que tratam dessa geração sem batalhas e que vive em terapia, How I Live Now trata de uma geração que viveu sob a realidade das guerras. Como se comportariam crianças e adolescentes que estiveram no front de batalha?
Segundo o filme, talvez se tornassem seres inertes e calados, os quais o relato do que aconteceu diante dos seus olhos se torne, no máximo, uma memória individual e um tema de livro. Ou talvez se tornassem sobreviventes vorazes, fortes e com a zona cercante de moral e ética completamente deformadas. 

E se a Guerra é como mostrada ali e relatada por Walter Benjamin, então How I Live Now é uma reflexão de como o medo é essencial para se encontrar um novo caminho, mesmo que isso signifique a morte da experiência tal qual conhecíamos. 
Destaque para a música "Home" da banda Daughter.

Ele disse que sentia o mesmo*


Ele te disse que sentia o mesmo. 
Disse com olhos pesados, sorriso encabulado e mãos suadas. 
Disse que sentia o mesmo, te vendo através dos dedos trêmulos, de fios de cabelo caídos nos olhos, seu peito que subia e descia em cada respiração pesada e um sorriso....
ah...o sorriso!
Ele disse que sentia o mesmo. 
Afirmou com todas as palavras e todas as letras, arrancando todo temor e a vulnerabilidade que só existem em se expor assim. Cada uma das sílabas saíram daqueles lábios finos, emoldurados por uma barba não feita, exibindo dentes que já usaram aparelho. 
Ele disse que sentia o mesmo! 
E pensar sobre isso não te faz mulherzinha no sentido mais prejorativo da palavra. 
Faz de você alguém sem medo de amar, sem medo de se jogar. Sem medo de ser feliz. 
Mas com muito medo do que tudo isso pode ser. 
Porque pode ser nada.
Mesmo que ele tenha dito que sente o mesmo.

*Texto para uma grande amiga que se jogou, quando ele disse que sentia o mesmo.

Tão simples quanto bolo de aniversário

Diferente do que eu pensei que seria, o longa Cake, com Jennifer Aniston, Anna KendrickSam Worthington é um filme repleto de metáforas belas, uma excelente atuação de Jennifer e profundos desejos de redenção.

Logo no começo do longa, descobrimos que Claire (Jennifer Aniston) faz parte de um grupo de apoio a pessoas que sofrem de dores crônicas e que um dos membros desse grupo, Nina (Anna Kendrick) cometeu suicídio. Claire, que a princípio não nos deixa claro o motivo, irrita-se com a escolha da moça e ainda por cima começa a ter alucinações com ela, as quais Nina deixa evidente, não só para nós, o quanto a vida de Claire é uma droga completa. Droga, não apenas por ela ser viciada em medicamentos, mas por ter deixado uma dor física acabar com a sua própria existência, fazendo com que ela se mantenha sempre aquém das expectativas e acima de qualquer julgamento.
Cake, que também faz parte da minha lista de 15 filmes os quais eu estava ansiosa por neste primeiro semestre, faz com que sejamos ancorados num intermediário de dor e fúria da personagem, de modo que passamos a acreditar que ela está inserida em tanta desgraça e descontentamento que nem mais digna de pena é, passando a ser considerada um completo caso perdido.

Mesmo assim, ainda existe um ímpeto que busca por certa redenção em Claire, tanto é que ela permite que seu caminho se cruze ao de Roy (Sam Worthington), viúvo de Nina. Não quero dar spoilers e entrar na questão que 'te pega pelo pé' no filme, quando você acha que vai por um caminho, mas vai por outro; e sim me ater ao fato de que a discussão de perenidade das coisas é o que marca todo o envolvimento platônico de duas almas que se sentem perdidas. Entre eles há, inclusive, uma indicação de re-vida para ambos e é quando o filme passa a ganhar mais cores, mais luzes e mais respiro.
Sim, porque essa Claire vivida por Jennifer transpira um ar pesado e tem uma aura de depressão constante, a qual quase peca por uma apologia à desistência, mas que consegue cumprir o seu papel discutindo que, na verdade, é preciso ter coragem para ir além. Fora que Jen presenteia nossos olhos com uma intensa e sincera interpretação de uma mulher que perdeu uma enorme parte de si, optando pela inércia como única forma de diminuir esse sentimento.

Indo por caminhos diferentes aos que eu esperava a princípio, Cake fala de sonhos (i)realizados, esperanças (re)encontradas e da força que é, típica e completamente humana, de seguir em frente. Sempre em frente, mesmo que levantar seja a parte mais difícil de toda essa trajetória.


O filme Cake integra a minha lista de 24 filmes para 2015, do grupo Blogs que Interagem, na categoria Drama.

Sobre ter um Blog


Ter um blog te faz ter contato com uma série de questões pessoais, as quais você nem sabia existirem, muito menos que existiam dentro de você. 
Ter um blog te faz ter responsabilidade. Responsabilidade com o que posta, como posta e para qual público. Também te faz perceber que é preciso apurar, caso vá usar informações de algum outro lugar, que não sejam reflexões da sua própria vivência. Isso porque ter um blog te mostra que não dá para confiar em qualquer coisa.
Ter um blog te ensina como é importante ter disciplina. Afinal de contas você precisa se organizar para ter uma postagem relativamente periódica e precisa se planejar para caso você precise ficar um tempo longe desse seu mundinho (quase) particular.
Ter um blog significa expandir o seu mundo, uma vez que você precisa, não só saber o que está acontecendo fora da sua própria bolha, como também falar sobre tais acontecimentos. Não necessariamente no blog, mas através dele, para que seus posts não sejam só mais um publipost ou uma review mal revisada, escrita para preencher o vazio.
Quem tem blog sabe que atualização é primordial, mas você precisa notar, antes de tudo que a crença em si mesmo é essencial, uma vez que para publicar qualquer coisa é preciso coragem e acreditar que aquilo importa para alguém, nem que seja para você mesmo.
Ter blog te faz diminuir as expectativas, porque nem sempre algo gera engajamento e nem sempre as coisas que você escreve tocam as pessoas, então ter um blog também te gera humildade e determinação, porque opiniões divergentes sempre vão existir e percalços também.
Ter um blog faz de você uma pessoa mais leve, pois esse blog é o seu espaço e como tal, você pode ser você mesmo, mesmo que esse 'você mesmo' seja uma identidade criada só para lá, um personagem que você usa para dizer tudo aquilo que você sempre quis dizer. Mesmo que não sejam coisas que importem para o mundo.
O importante é que importam para você. Que é o alguém que mais importa.

Perfumando


Não sei se você, alguma vez reparou em como são os comerciais de perfume. Bom, eu já. Reparei que são comerciais que falam sobre sensações. Falam sobre um espírito criado ali, através de tomadas cor-de-rosas, douradas ou vermelhas, uma música repaginada, com (ou sem) uma narrativa formada, criando uma memória ofativa de um cheiro, que você não sentiu. Ainda. Mas pode sentir.
Porque se o comercial cumprir o seu papel, como a publicidade "deve" ser, então você logo vai querer saber como aquele cheiro é, de verdade, mesmo sabendo que talvez a imagem ofativa que você construiu em cima dessa imagem do comercial não seja igual. 
Talvez nunca seja. Quero dizer, por mais que no comercial predominem flores rosadas, sorrisos fofos e um cara que, de repente se apaixona pelo seu cheiro e PRECISA saber quem você é, pode ser que de doce o perfume não tenha nada. Pode ser que ele não tenha nada a ver com você. Pode ser que nada daquilo que você imaginou que poderia acontecer, por borrifar tal fragância atrás das orelhas, aconteça. 
Cada vez mais esses comerciais estão se tornando curtas, muitas vezes até, dirigidos por grandes nomes do cinema, o que os confere um ar sofisticado, de um curta profissional, ou que poderia até anteceder aquele filme de comédia romântica que você tanto está afim de assitir. Ou até um videoclipe. Ao mesmo tempo, também são acrescentadas atrizes conhecidas, modelos de tirar o fôlego e, claro, tudo acompanhado de uma música que varia entre a melodia doce (que inevitavelmente acompanha o cor-de-rosa das flores) e uma readaptação de uma música conhecida, cantada por uma voz contemporânea. 
Sim, comerciais de perfume são basicamente parecidos. Vendem um way of life que me faz o tempo todo crer que, além de possível, vai se realizar comigo cheirando incrivelmente bem. 
E aí, que história você quer contar?

Forever Young

O filme fofo da vez é o Laggies, que conta com Keira Knightley e Chloë Grace Moretz em uma história sobre amadurecer, encontrar a si mesmo e ajudar o outro a descobrir quem é de verdade.

Megan (Keira Knightley) é uma mulher com os seus 30 e alguma coisa, que vive uma vida de procastinação e sempre na vontade de voltar aos anos áureos de sua adolescência, quando achava que sabia quem era. Para completar, a moça ainda namora com o mesmo cara, tem um emprego medíocre e não parece ter qualquer perspectiva de querer sair de sua zona de conforto, porém a zona de conforto que foge dela, ao colocá-la frente a frente com seus medos e também com uma versão atualizada de quem costumava ser, Annika (Chloë Grace Moretz).
Entre fugidas e retornos, Megan é uma completa personificação daquilo que a sociedade mais 'abomina', o famoso acomodado. Para a moça, ter um trabalho que banque parte das contas, ter comida na mesa e braços para abraçá-la a noite está de bom tamanho, obrigada! mas é perceptível para nós que o que parte das pessoas ao redor dela, desde amigos, passando por namorado e até seus pais, é uma cobrança constante para que ela "tome jeito", "mude de emprego", "encontre o seu lugar no mundo", "se case" e por aí vai. Todas as fases de um suposto ciclo, o qual é esperado que você passe naturalmente.

Como uma Peter Pan, Megan, no entanto, tem o hábito de ignorar essas cobranças, mas nem sempre é possível fugir por tempo indeterminado, afinal de contas, uma hora você precisa voltar. É nesse retorno que Annika se encaixa perfeitamente, ao mostrar para Megan que as pessoas não precisam tomar decisões por ela, mesmo que isso acarrete discordar e até se despreender de velhos hábitos. A relação das duas é quase como um espelho que mostra o passado e o futuro ao mesmo tempo, mas sempre com a noção de um "pode ser" não confirmado, uma vez que quando não é imaginário, o futuro pode se tornar realidade da maneira que você queira.
Sem a pretensão de dar respostas sobre comportamentos humanos, o filme caminha flertando com uma boba comédia romântica e um sentimental retrato de gerações que se perdem dentro de si e ainda trata com cuidado da cobrança pelo crescimento, apoiando a ideia de que é necessário, apenas, crescer no seu próprio tempo.

Assim, em meio a amizades, amores e a sincera vontade de manter laços, Laggies mostra que sim, pessoas crescem juntas, crescem separadas e as coisas mudam, mas não precisam mudar você, só porque é o que os outros esperam que aconteça.