Tapa com luva de pelica


Quase como se querendo passar uma mensagem que diz: "estão vendo! Nós sabemos o que estamos fazendo!", a Rede Globo lançou uma dobradinha da pesada em duas semanas seguidas, tomando o horário nobre com excelentes trilhas sonoras, ótimos elencos, histórias substanciais, tanto que fazem a gente se perguntar: "se vocês sabem fazer, porque permitem terríveis dramaturgias tais como vimos nas três novelas anteriores?".
Sim, porque a comentadíssima "Amor à vida" se recuperou nos trinta minutos do segundo tempo, quando desviou completamente a atenção da história chata do núcleo, teoricamente principal, para o anti-herói Félix e sua história de redenção e de amor com o doce carneirinho. Se vocês quiserem que eu refresque as memórias de vocês, "Salve Jorge" também foi uma péssima mostra da união de um roteiro sofrível, público desinteressado e uma geração online que não perdoa certos tipos de formatos sem alma na televisão. Acho que não preciso falar mais nada sobre "Em Família", né?
Seguindo o bonde, estamos com quatro grupos de autores de backgrounds diferentes, formatos peculiares e formas de interepretarem o que deve ser mostrado na tela que não se parecem em nada com o formato sem graça e de uma nota só de Glória Perez e Manoel Carlos; destaco mais ainda as presenças dos queridos Benedito Ruy Barbosa e Aguinaldo Silva, que sempre primaram por trazer à televisão tramas mais elaboradas. Afinal de contas, quem não se lembra das interessantes Cabloca, Sinhá Moça e O Rei do Gado; ou da inesquecível Nazaré Tedesco, a nojenta Maria Silvia e a caricata Tereza Cristina? Na outra ponta nos encontramos com os autores  Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, que brilharam nas sete com Cheias de Charme (que falamos sobre aqui) e agora nos embalam com mais um trama modernosa e antenada, com muita vida e personagens jovens e interessantes. Falando em modernosa, a nova versão de O Rebu incorporou elementos atuais para se tornar mais um exemplo transmidiático e mais um exemplo de que é possível contar uma boa história, sem precisar apelar para clichês pré-fabricados e personagens simplistas.
De modo geral, podemos colocar que o diferencial dessas quatro tramas no ar é justamente o de não simplificar as histórias, transformando-as em frágeis interpretações da natureza humana, como se fóssemos persoangens abobalhados e desinteressantes. Sendo humanos em sua essencia, são capazes de cometer erros e de ter interpretações dúbias e ambíguas, o que nos leva aos nossos dois folhetins mais novos: tratam-se de personagens que nos arrebatam pela complexidade. José Alfredo (Chay Suede/Alexandre Nero) tem um quê de ambição compreensiva, que mesmo depois de ter matado um homem e ter feito fortuna com o comércio ilegal de diamantes, nos faz torcer para que se ele vença na vida e que consiga encontrar a paz, além da ambição na construção do seu Império. O mesmo acontece com os personagens que se envolvem na trama de O Rebu. Não dá para não gostar de Angela (Patrícia Pilar), mas também não dá para não suspeitar que sua elegância esconde muito mais do que aparenta; ou Duda, que parece ser tão frágil e estar tão abalado com o assassinato de seu tórrido romance, que quase nos faz levar a crer que ela não poderia ter nada a ver com aquilo. Sophie Charlotte está fabulosa, por sinal, nos levando a crer em mais uma demonstração de sua brilhante forma de atuar (vide "Serra Pelada" para maiores informações).

Ah, mas fabulosa mesmo são as trilhas sonoras de ambas as novelas. Quem me conhece, sabe que para mim, este é um elemento primordial, uma vez que me faz querer saber mais sobre a história, ou querer encontrar logo aquelas músicas para ouvir quantas vezes quiser. Inovando até neste sentido, Império quebra com o clichê Bossa Novistico e MPBístico de prache nas novelas, quando coloca em sua abertura "Lucy in the sky with diamonds", em uma interpretação de Dan Torres; além de embalar os enredos de seus personagens com o brilhante Ed Sheeran (que falamos sobre aqui), Carla Bruni, Paralamos do Sucesso, Cartola e Charlie Brown Junior. O Rebu também marca um golaço nesse quesito com New Order, Amy Winehouse e Roberto Carlos, entoando uma canção não convencional: "Sua Estupidez".
É claro que a novela serve para o entreterimento, serve como uma espécie de válvula de escape e serve para nos sentirmos mais leves. Mas não quer dizer que devemos ser presentados com ralas formas de se fazer narrativa. Acho que já passamos faz tempo disso e deveríamos ter superado também. Na verdade acho que já superamos como público, e por isso demos um tapa com luva de pelica na globo, através da nossa indiferença e do nosso clamor: queremos mais e precisamos de mais! E assim...nos deram mais!

P.S: Escreverei mais sobre "Império" e "O Rebu" quando as tramas se aproximarem do final, mas posso dizer que estou bastante animada para o que virá! 

Usando o coração na bochecha

Talvez você não tenha ouvido falar dela, mas tenho certeza que se você aprecia música eletrônica, com um tom mais leve e letras bacanas, vai se supreender com o que Marina and the Diamonds tem para oferecer aos seus ouvidos.

Galesa e de nome diferentinho, Marina Lambrini Diamandis usa o nome artístico Marina and the diamonds, como uma tradução de seu último nome, que em grego significa diamantes. Segundo a mesma, os diamantes são seus fãs. Para mim foi uma surpresa descobri de onde vinha o nome da cantora, uma vez que pensei se tratar do nome de sua banda, mas por seu nome ser tão estiloso acabei foi curtindo ainda mais a vibe dela.
Com seus clipes lindozos e sua moda que flerta com o estilo dos anos 50Twiggy, e algo quase futurístico (provavelmente pelo som que faz), Marina conquistou os holofotes europeus em 2010, quando emplacou por lá o The Family Jewels, propondo um som brincalhão, de melodias elétricas, mas resgatando o bom pop através de baladas bem cantadas. Mais recentemente ela lançou o cd Electra Heart, em que trouxe uma proposta diferenciada para divulgar suas músicas, quando transformou todas as músicas de seu álbum em uma série de clipes/curtas, que juntos contam pequenas histórias sobre amor, solidão, tristeza, flerte, poder feminino e muito mais.
De modo bem simplificado, o som que sai dos alto-falantes quando se ouve Marina é bem próximo do feito por Kimbra (que falamos aqui), Florence + the machine, e Ellie Goulding, mas com o diferencial vocal, que surpreende pela potência e pelos momentos agudos. Sim, a gente lê "agudo" e logo pensa que é chato, mas na verdade, a voz de Marina se encaixa perfeitamente no estilo de música que ela faz. Até certo ponto, Marina me lembra a Lana del Rey, mesmo que não façam o mesmo tipo de música. Talvez pela tentativa de um resgate de um tipo sonoro que remete às grandes cantoras de rádio, ou talvez pela sonorização levemente metálica de suas canções.
Do cd Electra Heart eu recomendo, "Primadonna", "Radioactive", "How to be a heartbreaker", "Bubblegum Bitch", "Buy the Stars". No canal do youtube de Marina você confere todas as músicas transvertidas em videos muito bem produzidos, com diversas estéticas fílmicas, que variam do uso de filtro, montagens e até efeitos especiais. Além do uso das músicas no estúdio, ela gravou outras versões acústicas e live, de modo que cada música do Electra Heart ganhou o seu próprio desenho.  
Marina é o tipo de cantora que você procura se está afim de variar um pouco e conhecer algo além do que está nas paradas. Fora que você vai se surpreender com quão rápido vai estar entoando todas as canções dela. Confira os dois clipes que eu mais gostei:

Flórida 101


Com a baixa de preços de passagens do Brasil para os Estados Unidos, especialmente de cidades do norte para Miami, tem crescido exponencialmente o interesse em explorar da melhor forma possível o passeio para esse destino. Por conta disto, resolvi juntar algumas dicas e também explicações sobre o que se encontra para fazer em Orlando e Miami. 
É claro que não concentrarei todas as informações em um post só, caso contrário fica bem cheio de ideias e um pouco difícil de encontrar o que se quer, exatamente. Sendo assim, as informações serão divididas em vários posts, através de perfis de interesse, como parques da disney, parques do sea world, compras, restaurantes, e etc. 
Para começar com chave de ouro, não poderia falar de outra coisa que não fosse:
Disney Parks!
Os parques da Disney continuam sendo o principal motivo para alguém ir à Flórida. Eles são sete, porém existem quatro que precisam estar em qualquer lista de viagens:

Magic Kingdom

O Magic Kingdom é a porta de entrada para o mundo da Disney. Considerada a obra de arte da empresa, o parque é a síntese de toda a história de Walt Disney e sua criação, tendo o Castelo da Cinderela como ponto de referência principal. O parque é dividido em cinco mundos, sendo que você entra por uma espécie de sexto mundo, que seria o próprio mundo real, chamado de Main Street. Em cada mundo existem atrações relacionadas ao ambiente e claro, existem aquelas que merecem destaque; na Adventureland merecem destaque: Pirates of the caribbean, a única atração de parque que inspirou um filme (normalmente acontece o contrário) é uma das mais clássicas, mas sofreu pequenas alterações depois do sucesso da série de filmes; The Magic Carpets of Aladdin é um clássico brinquedo que gira, mas por ser direcionado para crianças tem um ritmo leve e é indicado para a família toda; a Casa de Robson Crusoé é uma casa na árvore baseada na descrita nos livros de John Lang.
Na Frontierland você se depara com a famosa Splash Mountain e Big Thunder Mountain, atrações excelentes, principalmente se a viagem for feita em um período de calor. A Splash Mountain joga muita água. A Liberty Square é dedicada à história norte-americana, então é uma das partes mais tranquilas do parque todo. Vale a pena fazer um cruzeiro pela Liberty Square Riverboad e não pode esquecer a Haunted Mansion, uma das atrações mais famosas do parque.
A grande novidade é a Fantasyland, que está se transformando numa área dedicada às princesas. O recém inaugurado castelo da Bela e a Fera abriga o restaurante Be Our Guest que precisa ser reservado com muita antecedência para garantir lugar, ali também está o Tales with Belle, que é a chance das crianças tirarem fotos e ouvirem histórias contadas por ninguém menos que a Bela. Também está inaugurada a área de Rapunzel, onde, com uma decoração que lembra a cidade retratada no filme Enrolados, as meninas se sentirão verdadeiras princesas. A mina dos sete anões, com Branca de Neve é a atração mais recente inaugurada e é cheia de emoção! Para finalizar esta parte do parque, não podemos esquecer da Under the sea, uma aventura submarina com Ariel, onde você acompanha toda a história da sereia contada de uma maneira única. Se estiver com meninas que gostem muito das princesas, não deixe de garantir um fast pass para o Royal Princess Hall, onde algumas das princesas aguardam para dar autógrafos e tirar fotos.
Já com um cenário futurístico, a Tomorrowland traz ainda mais diversão para os fãs da Pixar, pois conta com atrações inesquecíveis: Buzz Lightyear’s Space Ranger Spin é uma atração interativa, a qual os pequenos podem ajudar o personagem espacial do Toy Story a enfrentar o Império do Mal; também temos a Monster’s Inc Laught House, onde os adorados personagens da Monstros S.A contam piadas e interagem com o público (mais indicada para os que dominam o inglês). É na Tomorrowland que você tem a oportunidade de se divertir com Stich em Stich’s great escape! Você ficará surpreso com a interatividade desse brinquedo!
Ao final da noite, a Eletric Parade encanta com seus carros brilhantes e personagens com roupas iluminadas; em seguida vem o show Wishes, que emociona e traz para todas as idades um pouco da história da Disney, contada através de luzes, fogos de artifício, videomapping e muito mais! Inesquecível!

Epcot

Diversão na certa para os adultos, o Epcot abriga o World Showcase, onde 11 países são homenageados, desde a sua arquitetura, passando pela gastronomia e música, até seus funcionários que são todos nativos. Destaque para o show dos Beatles que acontece em um coreto no Reino Unido, o cinema em 360º da China, o mercado Marroquino, os restaurantes Mexicanos e as miniaturas Alemãs. Além dos países citados, estão representados lá: Noruega, Itália, EUA, Japão, França e Canadá.
Para quem procura emoção, o Mission: Space é um simulador de foguete e efeitos, que simulam de modo bastante realista o lançamento, impacto, ausência de gravidade e muito mais de uma missão espacial. Importante ressaltar que esta atração tem dois modos, o verde e o laranja, sendo o verde indicado para qualquer público e o laranja restrito para quem gosta de radicalidade.
Como must do neste parque temos o Spaceship Earth, que acontece dentro do famoso globo que representa o Epcot e que narra a história das telecomunicações no mundo. É indicada para todas as idades e tem um presentinho divertido ao final. O Test Track é outra atração must do, pois trata-se de um simulador que mostra como são feitos testes de carros. Para aqueles que gostam de videogame, é uma diversão garantida.
A noite acontece o Illuminations: Reflections of Earth, uma atração pirotécnica, que mistura luzes, fogos de artifício e uma esfera (que representa o planeta terra) e que emerge no meio do lago. Um belo show! 

Disney’s Hollywood Studios

Este parque é definitivamente indicado para quem é apaixonado pela magia do cinema! Neste parque você vai encontrar um visual que constantemente lembra os sets de filmagem, sendo este um dos temas mais recorrentes como nas atrações: Indiana Jones e o Lights Motors Action!. Para quem quer algo mais calmo, é uma excelente opção ver os shows: Beauty and the Beast e Ariel, ambos são adaptados dos musicais homônimos da Broadway. 
Como o tema é cinema, a própria história desta arte é contada na atração The Great Movie Ride, que passeia por grandes momentos que marcaram a sétima arte. Para quem é fã da história de Walt Disney não pode perder o The Magic of Disney Animation
Para os pequenos Toy Story Mania! é uma diversão imperdível! Neste brinquedo todo mundo se sente dentro de um videogame gigante e tem que correr para marcar pontos, atirando bolinhas em alvos. O mais legal é que tudo acontece em 3D.
A mais recente atração, Startours – The adventure Continues é um simulador 3D, que usa o tema de Guerra nas Estrelas para lhe convidar em uma aventura pelo espaço. Vale dizer que esse brinquedo tem 50 possibilidades de histórias, o que torna tudo mais legal, caso você queira repetir a atração. 
Agora se você quer emoção, não pode deixar de ir em dois brinquedos que são considerados os mais emocionantes dos parques da Disney: Rock’n Roller Coaster, uma montanha russa, onde, à bordo de uma limusine enorme, o visitante viaja a 100 km/h, ouvindo o som de Aerosmith, entre curvas, loppings e luzes; quase ao lado da montanha russa está a The Twilight Zone Tower of Terror, ou simplesmente Tower of Terror, esta atração é famosa pelo seu visual e seus elevadores mal-assombrados que despencam. Para esta última, a dica é ir a noite, você vai ver (mesmo que por alguns segundos) o parque de uma perspectiva que nunca viu antes.
Para terminar o dia neste parque, assista ao Fantasmic, o show noturno do Hollywood Studios, que é considerado um dos melhores do mundo, por misturar jatos d’água, projeções em videomapping, luzes, fogos de artifício e personagens no palco. É um espetáculo de tirar o fôlego! Não esqueça de chegar com cerca de meia hora de antecedência, pois os shows costumam lotar. (Leia mais sobre o Fanstasmic)

Animal Kingdom
Inaugurado em 1998, o Animal Kingdom é o maior parque (em extensão) da flórida e é focado na vida animal, sendo a Árvore da Vida o seu maior símbolo. Inclusive é na Árvore da Vida que acontece o It’s tough to be a bug, um cinema 4D inspirado no longa Vida de Inseto. 
Neste parque a maior atração é a Expedition Everest, uma montanha russa que simula uma expedição ao monte everest, onde acabamos encontrando o Yeti. Para quem não lida muito bem com surpresas, pode acabar pegando sustos, mas é muito divertido!
O Kali River Rapids é uma atração em estilo rafting em um rio cheio de aventuras, no final tem sempre uma forma de se molhar, o que é ótimo quando se viaja em época de verão. Para quem vai com crianças, a área Dinoland USA é excelente! Com as atrações Primeval Whirl, o musical Finding Nemo e a Dinosaur.
O Animal Kingdom é um ótimo lugar para tirar fotos com os personagens, uma vez que as filas costumam ser menores, já que os personagens estão vestidos com temas de safari. A maioria deles fica no Camp Minnie-Mickey, onde também acontece o Festival of the Lion King, que conta de forma compacta e musical a história de Simba, Mufasa e Scar.

E aí, animou para pegar o próximo voo em direção à Flórida? Quer deixar alguma sugestão? Ainda vem mais dicas vindo por aí!! ;)

Amarga Despedida

A verdade é que eu não ia escrever nada sobre "Em Família" até o fim da novela, uma vez que, apesar das dessincronizações e momentos sem qualquer razão de ser, a trama anterior "Amor à Vida" se revelou uma história sobre redenção e em muitos níveis conseguiu até mais do que se propôs à princípio. Assim, fiquei na expectativa que pudesse acontecer o mesmo com a história de Maneco. #sqn.


Penso que qualquer pessoa que acompanha(ou) pelo menos as notícias sobre a novela, deve ter percebido que, além de bombardeada pelos internautas, a novela está batendo todos os recordes daquilo que a Globo mais odeia: indiferençaPodemos notar que quando uma novela é mal falada e demais zoada na internet, acaba virando hit e gerando buzz, mesmo que não positivo. Sim, é bem aquela história do "falem mal, mas falem de mim" (vide o que aconteceu com "Salve Jorge"). Agora a indiferença é algo que a emissora não tem, nem cacife, nem paciência para lidar, sinal maior disso é o fato da trama ter sido diminuída drasticamente, acabando nas próximas semanas, quando completará vergonhosos 6 meses no ar.
Outra demonstração de completa indiferença do público, é a falta de qualquer comentário mais profundo sobre o "beijo" da Clara e Marina, seguido de uma briga da personagem de Giovana com Vanessa. Tenho a impressão de que a ex parceira de Marina que, entre comentários de uma astúcia interessante e momentos de recalque profundo, não apenas serve de autocrítica de um relacionamento mal construído e uma situação quase cômica, quando debocha de um relacionamento que deveria ser a porta de abertura para mulheres que se encontram numa circunstância semelhante, mas se perde em um conto de fadas na pior tradução da palavra. A trama que envolve este casal extravasa para seus pares, através da explosiva Vanessa e do pacato Cadu, que apesar de bom moço e de coração "bom", quase chega ao ridículo quanto a sua passividade perante a esta mulher mudada, descolada e gay, que sua esposa acabou se descobrindo. Não acho que seja impossível um casal que se separou por uma terceira parte se tornar amigo, mas não é um processo tão simplificado quanto este que aconteceu. Mais ainda que eles cheguem ao ponto de trocar dicas de sedução e o moço chegue a dizer a ex mulher que se encontra em dúvida entre duas mulheres. Ainda bem que ele se decidiu! O garotinho Ivan é o mais interessante desse núcleo, onde fala quase como um adulto e se tornou um bálsamo na relação dos pais, apesar de não ter perdido a delicadeza e sensibilidade infantis.
As duas moças que disputavam o amor de Cadu se resumiram a seres flutuantes, que nos fazem questionar esta vida de médica levada pela Silvia e se Verônica tem alguma ocupação, que não seja ser um satélite ao redor dos homens com quem tem algum envolvimento.
Não quero entrar muito no mérito da discussão sobre a história de Juliana, Jairo, Nando, Bia e companhia. Desde o começo aquele apego da personagem pela menina não pode ser visto como normal, que sá saudável, muito menos faz sentido o que ela foi capaz de fazer para que conseguisse ficar com a menina. A avó da Bia, que seria uma "avó da Salete", na verdade se revelou uma boba e rala interpretação de sanidade na relação de Juliana e Jairo, que nada mais é do que um tácito acordo de ter o que ambos querem. Eu não consigo parar de me perguntar que é ponto é esse que uma pessoa chega para "ter" algo que não lhe "pertence"?
Outra coisa que não quero entrar no mérito é a clara discrepância de idade que os persoangens deveriam ter e as idades que eles tem e aparentam. Era para Helena ser filha de Chica e não a sua irmã caçula, assim como Felipe tinha que ser mais velho que Clara, mas parece ser o caçula e as vezes até filho mais velho de Helena. 
Quero é "perder o meu tempo" no que acontece no núcleo "principal" desta história, quero tentar entender essa complexa relação que existe entre Helena, Virgílio, Laerte e Luiza, que sinceramente são: surtada, bobinho, psicopata e mimada, respectivamente. Helena, que deveria ser uma mulher forte, independente e determinada se tornou uma tola garota que cresceu de modo fresco, mas que nunca admitirá isto. Passou uma vida ruminando um amor quase-realizado, um filho perdido e uma relação matrimonial penosa e não amorosa. Note que, apesar de ter ficado tanto tempo remoendo o passado, ela continua agindo como se fosse uma mulher eternamente apaixonada pelo seu ex psicótico. 
Virgílio é um frouxo. É um menino frouxo, um pai frouxo, um marido frouxo. Das poucas vezes que demonstrou algum pulso, foi rapidamente colocando para "sentar lá" (dá pra virar meme). Não indo longe, lembre-se da tal cena em que ele insistiu em falar umas verdades para a Luizinha. Um fiasco!

Laerte já começa incomodando por causa daquela porcaria de flauta! Que está presente em nove de cada 10 cenas de Gabriel Braga Nunes. Aliás, todas as cenas do Laerte são iguais! Ou ele está tocando flauta, ou ele está gritando/destratando/brigando com alguém. Esta pessoa não pode estar fazendo bem para a vida de nenhum espectador. Eu não acredito nisso! Sua obsessão psicótica vai acabar levando o personagem por caminhos de vilão desajustado, à lá Soraya Montenegro, só que sem o mesmo brilho.
O que nos deixa com a mimada e insuportável Luiza. Minha filha, que tipo de pessoa faz tudo o que ela faz e sai, simplesmente, impune! Que tipo de ser humano, que cresceu ouvindo tudo de ruim que um certo alguém fez aos seus pais, quando chega à fase "adulta" faz o que? NOIVA com o CARA e ainda entra num espiral de tentar defendê-lo, mesmo depois de não conseguir viver em paz com ele. Esse é o tipo de pessoa que é Luiza. Agora, o que de bom ela acrescenta na trama? Que tipo de luta ela defende que é digna de ser vista? Simplesmente não faz sentido.
Quem consegue, quase se salvar, é a dinâmica Shirley que, entre uma personalidade beirando a ridícula e uma senso de aventura invejável tem falas interessantes, debocha da non-sense relação de Laerte e Luiza, e ainda serve de consolo para a mãe do flautista, que foi completamente deixada de lado no caminhar da novela. Shirley deveria ser uma vilã na história, mas a verdade é que ela é quase digna de pena, apesar de ser elegante demais para aceitar pena de qualquer um. E porque uma cobra?
Depois de todo esse passeio não sei que rumo essa história vai tomar. Com uma narativa que dá a sensação de "sem quê, nem porquê", a impressão que temos é a de que nem para onde ir, essa novela tem para. Com um começo cheio de fases e transições rápidas, nos deparamos com um desenvolvimento lento e sem ritmo, o que me faz acreditar em um final desesperado e...deprimente.

Panem para sempre

Quem é fã (e até quem não é), deve estar sabendo que a campanha para o próximo filme de Jogos Vorazes já começou com força total! Isso porque eles estão se alinhando de modo transmidiático e, devo acrescentar, bastante inteligente para unir os elementos que fazem deste filme uma aula, não apenas de pós-modernidade, mas também de comunicação publicitária e aplicada aos moldes de possibilidades que temos hoje em dia. 
Para começar a história, vocês devem se lembrar que no ano passado, perto do lançamento de Jogos Vorazes: em chamas, o Mesa fez um especial falando de como a Moda influenciava na história e como ela estava completamente alinhada à campanha que a Paris Filmes estava desenvolvendo para divulgar o novo capítulo. Bom, desta vez eles levaram a parte da moda um nível há mais, quando além de trazerem pra gente os elementos de figurino de cada um dos distritos, ainda fez isso como se estivéssemos vendo uma campanha da Capitol City para os distritos que aderiram à revolução simbolizada por Katniss. Acompanhe os pôsteres:





Fora que, ao que tudo indica, teremos uma verdadeira comoção transmidiática, com a criação de uma Capitol Tv (ou Tv da Capital) que contará com pronunciamentos de Snow, como se fóssemos nós cidadãos de Panem. Uma jogada fantástica que, se bem gerenciada, será uma das melhores campanhas publicitárias de audiovisual que temos visto. O primeiro pronunciamento de Snow já está no ar e já conta com muita polêmica ao ter Peeta ao seu lado. Os próximos vídeos devem ser variações deste e claro, teremos o trailer oficial, mas de qualquer forma, Jogos Vorazes vem provando porque é um sucesso para além das páginas dos livros e das telas de cinema.

Ninguém é mal por ser mau

Depois que Malévola foi quase "heroinizana" (com o perdão do neologismo) no seu filme live action homônimo, ficamos pensando no que aconteceria, caso todas as vilãs tivessem uma oportunidade de contar pra gente porque elas cometeram seus respectivos atos de maldade. É um musical bem interessante e vale a pena assistir, caso você queira se divertir e acredito em mim quando eu digo que a desculpa da Malévola aqui é bem mais interessante e cabível que a do filme.
O musical é do pessoal do AVbyte, que já fez algumas músicas sobre as Princesas Disney e sobre o Facebook. Confira:



E aí, o que acharam? Ninguém é mal simplesmente por ser mau? rss

Voltando para casa


-Nina...
-...não imaginei que você abriria a porta...
-Porque?
-...
-Eu não quero te odiar. Só gostaria que você nunca tivesse ficado com o homem e tivesse esperado pelo menos duas semanas...até deixar que ele te levasse.
-E você permaneceu fiel, acredito...
-Sim! E ele não é o cara certo para você!
-Você é o cara certo!
-Sim! Nos conhecemos há tanto tempo que não consigo nem lembrar como nos conhecemos!
-Isso não está certo! Você é tão egoísta!
-Eu entendo, mas não posso evitar. Eu ponho meu trabalho na frente de tudo, menos minha família e meus amigos. Mas acho que você estará no meio, para sempre.
-Se nós tivéssemos nos casado, teríamos que ser, mas tragicamente, nosso amor perdeu a vontade de viver.
-Mas você também perde a vontade de tentar?
-Nunca foi bom ter te perdido...
-Só acho que tínhamos que ter olhado as coisas de uma outra perspectiva.
-Você vive na estrada. Não sei mais quem você é.
-Agora você assiste ao Blue Planet e criou novos hábitos. Nos falávamos sempre ao telefone, mas isso nunca foi suficiente para você. 
-Não e você sabe porque. Sua estrada é longa e você não volta para casa. E você me escreveu aquela carta em que dizia...
-Eu sei o que dizia. "O amor vem, o amor vai, mas você pode se dar bem sozinha! Cante aquela canção, vá, por que você não me deixa agora. As pessoas crescem, e desmoronam, mas você pode remendar seu coração partido. Pegue-o de volta, você não me vai deixar agora.". Achei que você não me deixaria.
-Eu sei que é dificil lidar e até colocar as coisas em perspectiva, mas eu fiquei aqui, tendo que catar meus pedaços pessoais, sozinha, enquanto mais uma canção saia pelos alto-falantes. Não quero mais isso e não, a distância não é só o tempo de um avião decolar e pousar. Achei que você entenderia isso.
-Então, Nina...Você deveria ir embora...Porque eu nunca vou voltar pra casa.

Baseado nas músicas "Nina" e "The Man" de Ed Sheeran.

Leve-me para onde você for

Não sei quantos de vocês gostam de séries fotográficas, mas eu adoro! Especialmente se a série envolve ideias interessantes, conceitos inusitados e viagens. Viajar através de fotos é uma das formas mais interessantes de conhecer pessoas e lugares que você nunca pensou ser possível, ou as vezes nunca reparou como deveria. Sendo assim, quando me deparei com essa série fiquei encantada e achei um máximo, tudo ao mesmo tempo.
Esta série está sendo produzida pelo casal Nataly Zakharova e Murad Osmann, que nada mais, nada menos, viajam pelo mundo registrando os momentos que passam em cada lugar. O diferencial desta série, que nasceu de modo bastante inusitado, é que nas fotos Nataly está sempre puxando Murad pela mão e, apesar de não vermos os rostos de nenhum dos dois, nos sentimos parte daquele cenário engraçado de um modo "impaciente". O projeto se chama "Follow Me" e pode ser acompanhado no Facebook aqui. Na fanpage você tem a chance de conhecer mais dos dois viajantes e, inclusive descobre que o projeto nasceu quando Nataly puxou Murad, um afixionado por fotos, para que os dois andassem mais rápido. O resultado foi uma foto acidental, mas que acendeu uma lâmpada na cabeça de Murad e o resto...bom, já dá para ter uma ideia ;)
Confira algumas das fotos (minhas favoritas, rss):