Fancy Natasha Yet

Não era só quem cantava em inglês que chamava a minha atenção nos tempos de Orkut. Na época, um dos fenômenos da televisão, o RBD, invadia qualquer procura que eu fizesse sobre música latina, mas a verdade é que se você procurasse com cuidado se surpreendia com os cantores que apareciam. Pela pesquisa musical feita no Orkut conheci Juanes, Maná e JD Natasha.

JD Natasha, ou Natasha Jeannette Dueñas, é uma cantora norte-americana, descendente de mexicanos que se dedicou a montar uma carreira biligue e que pudesse transitar entre as mais variadas influências, sejam elas latinas, sejam norte-americanas. No começo da sua carreira, JD se focou em apresentações solo e em escrever suas próprias músicas, mas o máximo de atenção que conseguiu em termos internacionais, foi com a música "Plastico", que foi tema de uma das aberturas da novela Rebelde.
Mesmo assim, JD conseguiu lançar seu primeiro cd Imperfecta-Imperfect, em 2004, com 14 músicas cantadas tanto em inglês quanto em espanhol. Seu álbum causou algum burburinho, por JD ter apenas 16 anos na época e por ter apostado em videoclipes que pareciam uma mistura de Contos de Fada com um filme de terror psicológico. Sem contar que sua versão de Hey Ya da banda Outkast, rendeu à cantora várias participações em programas norte-americanos e aparições em shows como convidada.
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Porém, a "faminha" que o seu primeiro álbum lhe deu, JD Natasha ainda era vista como uma cantora teen e por isso não era tão levada a sério. Ainda mais porque na época já tínhamos várias cantoras teen, parecidinhas umas com as outras. Logo, não é estranho achar que ela acabou sumindo, pois parecia que estava buscando sua própria voz e com o tempo acabou concluindo que ela estava junto com os acordes de Chris Bernard e Alex Darren, na banda indie-pop Fancy Me Yet. Também definiu o inglês como a língua que iria cantar, de forma que seu público agora, por mais específico que seja, é fiel e segue a banda em shows feitos em lugares alternativos e com músicas com um som mais melódico que ela costumava fazer. 
Músicas como "Middle Man", "Your Getaway" e "Amusing Me" são claras manifestações de que a mocinha que pedia para não ser vista como uma Barbie de Plástico cresceu, amadureceu e apareceu, encontrando seu lugar.

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